Grajaú pede ônibus de volta
Moradores do Jardim Castro Alves fizeram protesto pedindo volta de duas linhas, que foram canceladas
Cerca de 300 moradores do Jardim Castro Alves, na periferia da Zona Sul, fizeram na manhã de ontem um manifesto na Rua Miraflores pedindo a volta das linhas de ônibus que partam do bairro para a Vila Mariana, Zona Sul, e para o Largo São Francisco, no Centro. O grupo pretende continuar a mobilização hoje, a partir de 5h, no Teminal Grajaú.
O líder comunitário Humberto Oliveira, 32 anos, um dos organizadores do manifesto, explica que desde que a Prefeitura cancelou esses itinerários, no dia 6 de outubro, os moradores do bairro têm de pegar uma van até o Terminal Grajaú. A partir dali, devem embarcar nos ônibus que ligam o bairro às zonas mais centrais e ao Metrô Vila Mariana.
"Saio de casa às 4h30, levo meia hora de van do bairro até o Terminal do Grajaú. Quando eu chego lá fico mais de meia hora na fila para pegar um ônibus cheio para a Vila Mariana", conta a empregada doméstica Rita Maria da Conceição, 49 anos. Antes, segundo a moradora do bairro, era posslvel pegar apenas um ônibus para ir até seu trabaIho na Vila Mariana. "Teve dia que eu saí às 4h30 da manhã e cheguei em casa por volta das 22h. É muito cansativo, o trajeto tem demorado 40 minutos a mais".
O confeiteiro Ednilson Santos, 46 anos, reclama que não há mais ônibus que liguem o bairro a uma estação de metrô. Antes da retirada das linhas pela Prefeitura, ele pegava um ônibus para a Vila Mariana, lá embarcava no metrô e fazia uma baldeação até o serviço, na Penha. "Levava em média 1h30. Hoje eu tenho que pegar perua, descer no Autódromo de Interlagos, pegar um ônibus para o Brás. E nele vou até o ponto final em pé, porque não tem como sentar".
A Secretaria Municipal de Transportes esclarece que os itinerários foram remanejados para o Terminal Grajaú para que os moradores da região tivessem mais opções de linhas de ônibus. No entanto, a pasta informa que o pedido dos moradores da volta da linha de ônibus Vila Mariana está em estudo.
Fonte: Jornal da Tarde / ANTP
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