quinta-feira, 4 de junho de 2009

INFO

EMTU pesquisa a qualidade das linhas

Uma pesquisa da EMTU Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos aponta as piores linhas intermunicipais das principais regiões metropolitanas do Estado. Oito dessas piores linhas estão na grande São Paulo.

A EMTU disse que usa as informações dessa pesquisa para fazer mudanças nas linhas. O problema é que as melhorias podem levar até três meses.

O SPTV mostra que basta acompanhar o dia a dia dos passageiros para ver que a EMTU tem muito a fazer.

É o mesmo ponto e o mesmo horário com as mesmas reclamações. “Eu pego o ônibus lotado todos os dias”, reclamou a cozinheira Alessandra Franco.

Entrar em alguns ônibus é uma tarefa difícil. O professor de inglês Augusto de Oliveira tentou, mas não conseguiu. “É assim toda manhã. A gente que sofre. A gente é tratado como gado. Isso não é uma vez. É todo dia. Como fica meu emprego?”, questionou.

A alternativa foi pegar um ônibus de outra linha, que dá mais volta e ainda deixa o professor longe do trabalho.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos catalogou as reclamações dos passageiros que usam as linhas intermunicipais. Vinte e três foram apontadas como as piores.

Oito são da grande são paulo, duas ligam o Embu à capital, as outras saem de Guarulhos, Juquitiba, Cotia, Embú-Guaçu, Carapicuíba e Itapecerica da Serra e segue para São Paulo.

“A maior reclamação é quanto à lotação. A EMTU, diante dessa informação, pega a equipe de fiscais que vai a campo fazer o que a gente chama de diagnóstico. Diante da confirmação daquela informação inicial, a gente adota algumas ações”, esclareceu Júlio de Freitas, presidente da EMTU.

É preciso mesmo porque na volta para casa o cenário da manhã se repete.
Às 6hs, há fila para entrar no ônibus que faz a linha 395, que liga São Judas a Itapecerica da Serra.

“A gente, se tirar o pé do lugar, não consegue colocar no lugar de novo. Fica muito cheio mesmo”, falou Raimundo de Jesus, operário.

Pelo caminho, o ônibus só enche. Em poucos quilômetros, é esta a situação. No fim do dia, cansados depois do trabalho, os passageiros, que precisam voltar para Itapecerica da Serra, encontram o ônibus lotado. A volta para casa leva cerca de duas horas. Dentro do veículo, fica evidente que não existe conforto.

As modificações nessas linhas ainda vão demorar um pouco. “O processo é de mais ou menos três meses, entre ouvir o cliente e ter a ação propriamente dita”, esclareceu presidente da EMTU.

Será que são necessários mesmo três meses para fazer as mudanças nas linhas? A EMTU informou que 60 agentes de fiscalização das regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas estão verificando, pessoalmente, os problemas relatados pelos passageiros e que os resultados aparecerão na pesquisa do ano que vem.
sptv

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