quinta-feira, 27 de março de 2008

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O papa-filas

Uma das características que se destacam na história dos transportes no Brasil, especialmente nas cinco últimas décadas, é a falta de investimento em transporte de massa, a qual degradou a qualidade de vida nas grandes cidades do país a um ponto inimaginável. Redes de metrô, quando existem, possuem apenas uma fração da extensão que deveriam, cobrindo pequena parte da área urbana. E ainda foram criadas com atraso absurdo, na década de 70, quando deveriam ter sido construídas, mais tardar, nos anos 30. Em contraste, basta citar que o metrô de Buenos Aires iniciou em 1913, e possui atualmente seis linhas. E, com certeza, a Argentina não é um país mais rico que o Brasil. O final dos bondes, nos anos 50, gerou uma carência crescente no transporte carioca. Como solução, alguns "gênios" rodoviários da época propuseram o uso daquele que talvez tenha sido o veículo com existência mais curta entre nós: o papa-filas. O nome, pretensioso, se referia à sua carroceria, onde ficavam os passageiros, rebocada por um cavalo mecânico, como se fosse uma carga. De grandes dimensões - cabiam mais de 100 pessoas - eles, segundo alguns, deveriam suprir a demanda.Este tipo de carro não foi inventado por aqui. Foi usado no exterior como solução temporária, em casos de necessidade, nunca como opção regular. Nos EUA, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, usaram-se alguns veículos deste tipo para transportar operários até fábricas de armamentos. Por aqui, como era de se esperar, o mastodôntico ônibus não deu certo. Grande demais, um trambolho, não conseguia fazer curvas em ruas normais. De uma perspectiva atual, não cumpria nenhuma exigência quanto a conforto e segurança dos passageiros, que viajavam como se fossem gasolina em um caminhão-tanque. Assim, pouco tempo depois, foi abandonado.O papa-filas foi mais uma tentativa frustrada e absurda de se tentar uma solução para a questão do transporte público nas grandes metrópoles usando-se a opção rodoviária, o que se sabe ser impossível e equivale a tentar tapar o sol com uma peneira. Só o investimento em transporte de massa movido a eletricidade poderá melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades, descongestionando as ruas e a atmosfera. Seria um bom modo de distribuir a riqueza gerada pelo país, concentrada nas mãos de poucos, em favor do povo, mantido em catividade vítima de um transporte deficiente e de qualidade inferior.
Fonte: WEBTRANSPO

PÁRA-CHOQUE

"Quando Deus falou, haja luz, a minha sogra já tinha puxado a fiação toda"

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Começam obras para construção de retorno no Terminal Varginha

Mudança servirá para reduzir tempo de viagens de ônibus

Começaram ontem as obras para a construção de um retorno na Avenida Teotônio Vilela, em frente ao Terminal Varginha, na Zona Sul da capital. O objetivo é permitir que os ônibus que saem do terminal, localizado na pista sentido Centro, possam cruzar a avenida e seguir no sentido bairro.
Hoje, todos os ônibus que deixam o Terminal Varginha em direção ao extremo da Zona Sul são obrigados a andar cerca de 3,5 quilômetros pela avenida no sentido Centro até o retorno mais próximo. A obra deve ser entregue até junho.
Com a volta, o percurso cresce sete quilômetros e chega a levar 40 minutos a mais nos horários de pico da manhã e da tarde. Das 37 linhas que passam pelo terminal, 27 vão no sentido bairro. Segundo a Prefeitura, cerca de 80 mil passageiros do terminal serão afetados pela medida. Em dias úteis, 275 mil pessoas usam o Terminal Varginha. Nos horários de pico, fazem o retorno cerca de 100 ônibus por hora.
"Demoraram muito para fazer a obra. Vai beneficiar não apenas os ônibus, mas todos os carros que precisam retornar e são obrigados hoje a dar uma volta do tamanho do mundo na avenida", afirma o taxista Eliseu Famelo, de 42 anos.
"É uma vergonha terem construído o negócio sem esse retorno. A gente passa horas dentro do ônibus. Aí passa pela frente do terminal de onde acabamos de sair. Dá um desânimo", diz a diarista Elisa Soares do Amaral, de 32 anos.
A obra faz parte de um pacote de 19 intervenções viárias anunciadas pela Prefeitura na semana passada, com o objetivo de diminuir o trânsito e aumentar a fluidez nos corredores de ônibus da capital. "São pequenas medidas, simples de serem feitas, que na sua somatória terão um impacto muito positivo para a cidade inteira", afirmou o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Mais obras

Ainda ontem, foram iniciadas as obras em mais dois pontos da cidade. Começou a ser construída a abertura de um acesso à Avenida 23 de Maio a partir do Terminal Bandeira, no Centro da cidade. Também está sendo trocado o lado da última parada de ônibus na Avenida Ipiranga, antes da Rua da Consolação. Para hoje; estão previstos os inícios de obras nas avenidas Robert Kennedy, Rodrigues Vilares e Guarapiranga, todas na Zona Sul.
Fonte: ANTP

PraDESCONTRAIR

O português estava...
O português estava dirigindo em uma estrada quando viu uma placa que dizia "curva perigosa à esquerda´.

Não teve dúvidas: virou à direita!

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Diadema terá bilhete único no transporte público

Diadema está prestes a ter o bilhete único no sistema de transporte coletivo. Isso porque o vereador Laércio Soares (PC do B), autor do projeto que cria o benefício, está preparando, em conjunto com o governo do prefeito José de Filippi Jr. (PT), a aprovação da matéria em segunda discussão.
"Ele foi aprovado em primeira discussão, e por unanimidade, no ano passado. Adiamos a segunda em virtude da necessidade de uma pesquisa de demanda na cidade. Negociamos para que o governo contratasse essa pesquisa e o processo terminou na semana passada", disse Soares. Através da pesquisa, será possível saber o destino dos passageiros, o tempo que os usuários passam em meios de transporte e quanto demoram em seus trajetos.
O projeto, que está na ordem do dia da sessão desta quinta-feira (27/03), deverá, portanto, ser adiado até que os resultados da pesquisa sejam tabulados pela equipe do governo. "Foi um acordo que fizemos com a administração", disse Soares. De acordo com o vereador, o comprometimento da administração do prefeito Filippi é que a implementação do bilhete único aconteça junto com as comemorações do 1º de Maio.
Para Soares, o projeto tem o objetivo de garantir qualidade e segurança para os usuários. "E também para baratear o custo do transporte. Que as pessoas possam usar mais e pagar um valor menor pelo serviço. Hoje, por exemplo, só se pode fazer baldeação dentro dos terminais e a instituição do bilhete único vai mudar isso, ampliar essa possibilidade", disse.
Além do projeto, que deverá ser adiado, estão previstas para votação na ordem do dia desta quinta-feira (27/03) a criação do Centro de Referência da Mulher em situação de violência, da Rede de Atenção a Criança e ao Adolescente de Diadema, entre outros.
Fonte: ABCD MAIOR

quarta-feira, 26 de março de 2008

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Cresce opção por fretados

Circulam pelas ruas da Capital 3.659 desses ônibus e a Prefeitura estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas

A agente de viagem Regina Carolina Tafner Inaimo trocou o transporte público e o carro pelo ônibus fretado para ir ao trabalho. Como ela, muitos paulistanos recorrem a essa alternativa - nos dois últimos anos cresceu em 8% o interesse por esse transporte, segundo pesquisa encomendada por empresas de fretamento empresarial. Eles saem dos quatro pontos da cidade para as regiões das avenidas Paulista, Luís Carlos Berrini e Eusébio Matoso.
Regina saía de casa às 7h para chegar ao trabalho às 9h. Moradora da Casa Verde, Zona Norte, pegava um ônibus cheio até o Metrô Santana, fazia baldeação para, na Paulista, pegar carona com um colega de trabalho e enfrentar o trânsito até a Faria Lima, Zona Sul. Se perdia o ônibus, o marido tinha de levá-la. Hoje, pega o fretado às 6h45 e chega ao trabalho às 7h20.
Em busca desses passageiros, 18 empresas criaram o Consórcio Usebus em setembro de 2007. Por mês, são criadas, no mínimo, três novas linhas e há lista de espera de itinerários. 'Nosso foco são aqueles que usam carro e não encontram qualidade no transporte público', diz o diretor do consórcio, José Boiko.
O administrador João Batista Augusto mora na Penha, Zona Leste, e trabalha na Avenida Faria Lima, Zona Sul. Dependendo do dia, alternava o meio de transporte. De carro, gastava R$ 220 por mês, só de estacionamento, sem contar o combustível, e demorava entre uma hora e meia e duas horas. De transporte coletivo, gastava R$ 280 com passagens de metrô e ônibus e chegava em uma hora e meia. De fretado, gasta R$ 250 por mês e demora cerca de uma hora. 'Não me preocupo mais com o trânsito e aproveito para colocar minha leitura em dia.'
Para o assessor da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo Jorge Miguel dos Santos, o interesse aumenta na mesma proporção em que o trânsito piora. 'Os paulistanos preferem a comodidade do fretado, com ar-condicionado, banheiro, TV e poltronas reclináveis, aos ônibus lotados', acredita o presidente da Associação de Passageiros da Vila Industrial, da região da Vila Prudente, Zona Leste, Mauro Sérgio Romeiro Oliveira.
Estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas circulam de fretados na região metropolitana de São Paulo entre moradores de outras cidades que trabalham na Capital, paulistanos que buscam conforto e rapidez e funcionários de empresas que fornecem transporte de ônibus. O serviço surgiu nos anos 1950 com trabalhadores do ABC. Muitas associações foram criadas pelos passageiros, donos de ônibus ou empresários do setor. O Departamento de Transportes Públicos estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas junto com a SPTrans. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, circulam pelas ruas da Capital 3.659 fretados.

Problemas

Para Paula Santoro, urbanista do Instituto Pólis, eles são uma opção contra a poluição dos carros. 'O transporte individual é um dos maiores problemas do trânsito da Cidade. O fretado é melhor que uma grande quantidade de carros na rua e é pior do que um sistema de transporte público eficiente. Ele é uma resposta para o transporte público que não é bom', acrescenta o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Marcos Pimentel Bicálio.
Empresários do setor e estudiosos do trânsito dizem que cada fretado tira de 15 a 30 carros das ruas. O secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, diz que ninguém comprovou efetivamente essa proporção. 'Eles (os fretados) são importantíssimos e têm nosso apoio.' Porém, causam impacto no trânsito quando embarcam ou desembarcam passageiros.
O presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), José Ignácio Sequeira de Almeida, enfatiza que atrapalham menos do que a quantidade de carros que estariam no lugar deles e cabe à Prefeitura analisar e definir lugares de parada. 'Os fretados só não podem criar situações de conflito com o transporte público. Não é conveniente usar espaços como corredores e paradas de ônibus.'
Em todos os fins de tarde, os problemas do engenheiro civil Marcelo Libeskind, 47 anos, morador da Alameda Casa Branca, Jardim Paulista, Zona Sul, começam. Ele fecha a janela do apartamento, no 6º andar, para que a fumaça do combustível dos fretados não invada sua casa. Ele reclama também do barulho e do espaço que os ônibus ocupam na rua - atrapalhando o trânsito.

Regras de convivência e sobrevivência

Se tiver de conversar ao celular, fale baixo. Com outros passageiros, use tom de voz baixo. Não seja espaçoso

Se for permitido, deixe um pequeno travesseiro para dormir com mais conforto. Se você ronca, tente não dormir

Não saia de casa sem um kit com livro, jornal ou revista, iPod ou tocador de MP3 e casaco, por causa do ar-condicionado

De manhã, não abra a cortina presa com velcro, não mexa em sacolas plásticas ou qualquer outra coisa que faça barulho

Não coloque bolsas ou mochilas na poltrona vizinha.Evitar a presença de alguém ao seu lado é uma atitude egoísta

Se houver poltronas vazias, ocupe primeiro as janelas. Se preferir o corredor, não durma até alguém sentar-se ao seu lado

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Lentidão afasta usuário de carro do ônibus

A maior demora da viagem dos ônibus mesmo nas faixas teoricamente exclusivas também reforça as alegações de motoristas que resistem a deixar seus carros na garagem. A velocidade dos automóveis em parte das vias com corredor de ônibus pode ser até inferior em alguns horários de pico -na Eusébio Matoso/Rebouças/ Consolação, por exemplo, era de 10,4 km/h em 2005. Mas uma vantagem muito pequena na rapidez do transporte coletivo em relação ao transporte individual é insuficiente para torná-lo atrativo, de acordo com os técnicos."A diferença precisa ser sensível para que alguém deixe seu carro em casa. E ainda é necessário um segundo incentivo", afirma Cláudio Senna Frederico, especialista em transporte. O segundo incentivo que ele cita é, por exemplo, uma restrição maior ao carro -como a alta do preço para estacioná-lo.Uma pesquisa feita em 11 municípios e divulgada num congresso da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) indicou que a desigualdade na ocupação das vias públicas atingia até as com faixas exclusivas de coletivos. Proporcionalmente à quantidade de usuários que transportam, os carros ocupam 8,7 vezes mais as vias do que os ônibus nos corredores -a diferença atinge 10,5 vezes no caso de pistas sem nenhuma prioridade ao transporte público.Se a lentidão dos ônibus desestimula a classe média a deixar o carro na garagem, na periferia ela gera atrasos inevitáveis para quem não tem outra opção. Há duas semanas, a demora e a superlotação do transporte chegaram a motivar um protesto em que mil pessoas fecharam por seis horas a estrada do M'Boi Mirim, na zona sul.A Folha voltou ao local na semana passada e verificou que as ações adotadas pela prefeitura em resposta ao protesto ainda não foram suficientes para resolver os problemas. O congestionamento dos ônibus continua e se forma a partir das 6h -embora as filas tenham tido breve queda.O segurança Gilberto Simões, 28, só conseguiu embarcar após meia hora de espera. A empregada doméstica Ana Maria Santana, 53, usuária da mesma linha que levaria ao terminal Jabaquara, na zona sul, resolveu não subir. "É a segunda vez que deixo passar. Vem lotado, não dá para entrar."Após o protesto, além de ter destacado 50 fiscais da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da SPTrans (empresa municipal que cuida dos transportes) para a faixa que vai do terminal Jardim Ângela à avenida Guarapiranga, a prefeitura transferiu a operação de quatro linhas da viação Itaim Paulista para a Campo Belo e pôs tachões nas saídas das paradas, para evitar que carros invadam a pista dos ônibus.A reportagem, porém, flagrou automóveis trafegando pelo corredor entre os pontos, longe das vistas dos fiscais. No local, as paradas de microônibus, que funcionam do lado direito da pista, contribuem para a lentidão de carros."Mesmo depois do protesto, os ônibus ficam parados nos horários de pico", afirmou o segurança Marcelo Joaquim dos Santos, 31, que se disse surpreso ao voltar, em 2006, a Piraporinha, bairro "onde nasceu e se criou", após dez anos em Natal (RN). "Antes não tinha corredor, mas também não havia esse trânsito. Levava 40 minutos ao centro. Hoje, dá duas horas."
Fonte: WEBTRANSPO

segunda-feira, 24 de março de 2008

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Ônibus Mercedes-Benz ganham sistema de freio Top Brake

Os chassis articulados O 500 da Mercedes-Benz passam a ser equipados de série com freio-motor Top Brake, equipamento de segurança que segundo a montadora proporciona maior potência de frenagem, mais velocidade em declives, maior economia no consumo de combustível e na vida útil dos componentes dos freios e dos pneus, além de menor custo de manutenção. O principal destaque para esse veículo é a combinação do Top Brake com o retarder da caixa automática, que também é item de série. Com isso, o acionamento do freio-motor Top Brake está conjugado com o primeiro estágio do retarder, aumentando a potência de frenagem do veículo já no início do curso do pedal de freio. Isso foi possível devido à evolução tecnológica dos motores Mercedes-Benz e das caixas automáticas.
Além do Top Brake e do retarder, os ônibus articulados Mercedes-Benz também são equipados com freio a disco (modelo O 500 UA) ou a tambor (O 500 MA). Juntos, esses componentes proporcionam maior redução nos custos operacionais, graças ao menor desgaste de freios e pneus. Opcionalmente, estes veículos podem ser equipados com freio ABS, aumentando ainda mais a segurança.
As duas versões do O 500 articulado são indicadas para transporte de elevado número de passageiros. Dependendo da configuração interna da carroçaria e da disposição dos bancos e do salão de passageiros, podem levar mais do que 160 pessoas. Estes veículos são equipados com o motor eletrônico OM 457 LA, de 360 cv de potência a 2.000 rpm, com torque de 1.600 Nm a 1.100 rpm. O elevado torque garante força ao ônibus a partir das baixas rotações, agilizando as arrancadas e retomadas.

Fonte: O Carreteiro

FRASE DE PÁRA-CHOQUE

"Mulher feia é igual a ventania só quebra galho."

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Uma viagem de risco

Agências clandestinas desafiam fiscalização em SP

As agências de turismo clandestinas desafiam a fiscalização e oferecem bilhetes de viagem para quase todos as regiões do Brasil pela metade do valor cobrado por empresas regulares. A Subprefeitura da Mooca investiga 18 na região, além de ter fechado outras 12 em 2007. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) apreendeu, em 2007, 663 ônibus clandestinos. Neste ano foram 75. “Enxugamos gelo porque os motoristas usam rotas alternativas e se comunicam para saber das fiscalizações. Tiramos um carro da rua e, na mesa hora, outros são colocados no lugar”, afirma José Antônio Schmidt, superintendente da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).A oferta é grande e o passageiro pode comprar o bilhete e embarcar no mesmo dia. Mas o transporte é feito em ônibus com condições de segurança suspeitas, como pneus carecas. As ‘firmas’ atuam principalmente no Brás e na Vila Guilherme, Zona Leste, e na região central. A reportagem do JT passou na terça e quarta-feira em nove agências, sendo sete no Brás. Todas vendiam passagens e não estavam registradas na Associação Brasileira de Agências de Viagens. Elas funcionam em garagens, salões de cabeleireiros e até em postos de gasolina. A maioria das viagens é para cidades do Norte e Nordeste. A passagem para Feira de Santana, na Bahia, por exemplo,custa em média R$ 150. O preço cobrado pela Viação Gontijo fica entre R$ 230 e R$ 308. O embarque dos clandestinos em geral acontece às terças, quintas, sábados e domingos, entre 14h, 16h e 18h na porta das agências. Em duas do Brás (Alfredo Tur Ltda. e Júnior Turismo) e na Raimundo Turismo, que funciona num salão de cabeleireiro na Rua Helvétia, Centro, os atendentes admitiram o transporte clandestino. “A gente prefere dizer alternativo”, disse uma atendente da Alfredo Tur. A mesma reposta foi dada pelas outras agências.
Em outras seis (LipTur, Neném Tur, Graça Turismo, Net’s Tur, Van Tur, no Brás, e Cetur, em frente ao Terminal do Tietê), a resposta foi de que o trabalho e o transporte são regulares. As viagens, segundo as agências, seriam operadas pela Viação Transacreana, que funciona com liminar na Justiça e está com o Certificado de Fretamento vencido desde 2002 na ANTT. A Cetur não informou que empresa transporta seus passageiros.A reportagem encontrou ainda três motoristas autônomos (Praça Princesa Isabel, Alameda Dino Bueno, no Centro, e Rua Cavalheiro, no Brás) com coletivos próprios. José da Silva saiu na terça-feira da Praça Princesa Isabel rumo a Piauí, Maranhão. “Se a fiscalização parar, a gente dá um jeito.”A coordenadora de projeto turísticos da São Paulo Turismo, Fernanda Ascar, explica que as agências de viagens não podem vender bilhetes nem embarcar passageiros na rua. “Isso é transporte irregular.” Segundo o superintendente da ANTT, para uma empresa transportar passageiros precisa de permissão. “Os regulares são obrigados a sair dos terminais rodoviários.” Outra opção é o fretamento. “O ônibus pode sair das ruas, mas precisa do certificado da ANTT, que o usuário pode pedir na hora do embarque.” O motorista deve levar na viagem outros cinco documentos, como relação de passageiros. “Sem isso, o transporte é irregular.”O dono do ônibus irregular flagrado na estrada é multado em R$ 4 mil. Os passageiros são obrigados a esperar na estrada a chegada de outro carro. “Mesmo que se pague menos na passagem, há incertezas na viagem, como ficar sem seguro em caso de acidente”, diz Schmidt.
Fonte: Jornal da Tarde

domingo, 23 de março de 2008

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Ônibus /100 ANOS NO BRASIL

Rio de Janeiro - Há quase cem anos, um veículo bastante conhecido encerrava uma das mais longas carreiras no transporte público carioca, levando milhões de passageiros em dois séculos diferentes. No início do século XX, desaparecia o Tílburi. Pequeno carro de praça de duas rodas, puxado por um cavalo, era destinado ao aluguel e também dispunha de tarifa, como os táxis atuais. Em 1847, cobrava-se 1$000 (mil réis) por hora, para destinos próximos ao centro. Nos domingos, feriados, dias santos, ou - pasmem quando chovia, o cliente tinha de desembolsar mais 500 réis. Segundo Charles Dunlop, o veículo foi inventado por um inglês chamado Gregor Tilbury, em 1818, e chegou aqui por volta de 1830. Por incrível coincidência, um dos primeiros proprietários locais foi um padre chamado William Paul Tilbury, professor de inglês na Rua do Cano, atual 7 de Setembro. Quando o viam chegar, falavam: "Lá vem o Tilbury". O apelido pegou imediatamente, e se difundiu mais ainda quando este passou a prestar serviço de aluguel. Como carro de praça, o tílburi, ao longo do século XIX, tornou-se universal. Seu número não cessava de crescer, desbancando outros tipos de veículos que prestavam o mesmo tipo de serviço. Em 1868, aconteceu o recorde de licenciamento, registrando-se 600 novos veículos. Só com o aparecimento do automóvel é que seu uso começou a declinar, rumo ao fim inexorável. Mesmo assim, foi uma queda em câmara lenta, tal seu grau de enraizamento nos hábitos dos habitantes locais. O tílburi foi, com o bonde, um dos meios de transporte mais importantes do século XIX. Sua mobilidade pôde acompanhar a expansão urbana desencadeada pelos bondes, os quais possibilitaram a criação de bairros mais afastados do centro, mas ligados a este por um transporte eficiente. Prestou serviço através das diversas transformações que a cidade passou, tornando-se parte inseparável da cena do Rio Antigo. Sua imagem de perenidade é testemunhada por Machado de Assis, em seu conto "Anedota do Cabriolé": "O tílburi...promete ir à destruição da cidade. Quando esta acabar e entrarem os cavadores de ruínas, achar-se-á um parado, com o cavalo e o cocheiro em ossos, esperando o freguês de costume". Nem Machado nem nenhum contemporâneo seu poderia prever as transformações do século XX, as quais finalmente acabaram por levar o tílburi. Mas ele deixou seu legado, transmutando-se em lembrança marcante de uma grande época.
Paulo Pacini
Fonte: NTU

sábado, 22 de março de 2008

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Passageiro poderá monitorar atraso de ônibus no terminal

Secretário de Transportes afirma que, até abril, coletivos vão operar com GPS

Até abril, os 15 mil ônibus da capital vão operar com sistema de monitoramento por GPS. Com o aparelho, segundo a Prefeitura, o usuário poderá verificar em painéis eletrônicos, em todos os terminais e em parte dos corredores de ônibus, se o coletivo que ele espera está atrasado, o motivo do atraso e quanto tempo irá demorar.
"Se houver problema como um pneu furado, o motorista deve comunicar e o tempo de espera será atualizado para o usuário", disse o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes.
De acordo com o secretário, o GPS também será utilizado para fiscalizar se as empresas de ônibus cumprem exigências da Prefeitura, como número de partidas em cada linha, quantidade de ônibus nas ruas, itinerário e tempo de espera nos pontos. Com o uso do aparelho, a Prefeitura também vai acompanhar a velocidade dos ônibus nos principais corredores viários.
Informação em tempo real
O secretário afirmou que dados sobre lentidão e problemas no transporte público também poderão ser colocadas na internet, em tempo real. A Prefeitura já havia anunciado o uso do GPS por outras vezes, sem colocar o projeto em prática. A última vez foi em outubro de 2006.
O DIÁRIO solicitou à Secretaria de Transportes quais terminais e corredores têm painéis em funcionamento, mas não obteve resposta.
Fonte: ANTP

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Passageiro estranha mudanças na Paulista

Pontos de ônibus trocam de lugar para a reforma das calçadas

Com as mudanças dos trechos em obras na Avenida Paulista, região central de São Paulo, os passageiros de ônibus reclamam da alteração das paradas dos coletivos. A doméstica Iraci Pereira Rocha, de 54 anos, conta que passou um mês pegando ônibus na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Mas, ontem, voltou a utilizar a parada da Padre João Manoel. "Tenho que ficar andando para lá e para cá, nessas calçadas quebradas. É um inferno", disse.
Para Iraci, a reforma na calçada da Avenida Paulista não é necessária. "Existe tanta rua esburacada em lugares distantes, mas fazem as obras na Paulista porque passa muita gente que tem dinheiro aqui".
A dona-de-casa Geraldina Nascimento Fuciji, de 56 anos, desistiu de procurar ônibus na Avenida Paulista. "Está essa confusão, vou pegar ônibus na Rua Augusta", afirmou. Mas nem todos os pedestres criticam as reformas na Paulista. A mudança melhora a calçada principalmente para as mulheres, que usam salto alto. É momentâneo", avaliou a advogada Karina Aguiar, de 28 anos.
A SPTrans informou que, no momento, apenas a parada em frente ao Parque Trianon está desativada. Uma outra, na frente da Kalunga, também será inutilizada. Um ponto na altura do número 1.912 será criado. A SPTrans anunciou que aumentará de dois para quatro o número de funcionários para orientação dos passageiros.
A faixa da direita na Avenida Paulista, na região central, foi interditada em três novos trechos anteontem. No sentido Consolação, os bloqueios vão da Rua Professor Otávio Mendes à Rua Ministro Rocha de Azevedo, e da Rua Bela Cintra à Rua da Consolação. No sentido Paraíso, a interdição fica entre as ruas Padre João Manoel e Pamplona.
Fonte: ANTP

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MARCOPOLO PRODUZ ÔNIBUS COM 15 DIFERENTES MARCAS DE CHASSIS EM TODO O MUNDO

As 10 fábricas da Marcopolo localizadas no Brasil (3) , Colômbia, México, África do Sul, Rússia (2) e Índia (2) produziram 17.807 unidades em 2007, recorde absoluto da empresa , que em seus 58 anos de atuação já atingiu a marca de 200 mil ônibus. Além do elevado volume, o destaque foi que, pela primeira vez em sua história, montou veículos com 15 diferentes marcas de chassis, dos mais diversos tamanhos e capacidades , confirmando a sua destacada posição no setor e credenciando-a para atuar nos mais diferentes mercados mundiais .Os chassis Mercedes-Benz, Agrale, Volkswagen, Scania e Volvo produzidos no Brasil se constituíram nas marcas principais e mais utilizadas. Seguiram-se Mitsubishi, Nissan, do Japão; Isuzu/GMC, da Colômbia; Daewoo, Hyundai, da Coréia; MAN, da Alemanha; DAF/VDL, da Holanda; Iveco, da Itália; Tata Motors, da Índia, e Voldai, da Rússia.A Marcopolo prevê fabricar 20 mil ônibus em todo o mundo em 2008. No Brasil, a empresa estima crescimento de 10%, com mais de 15 mil unidades. As novas operações na Índia e Rússia devem intensificar suas produções e contribuir no aumento do volume total de veículos produzidos.Fonte: ShopTrans

sexta-feira, 21 de março de 2008

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Olá pessoal!


Faz um tempão que não vou ao Term. Pq. Dom Pedro II, no centro de SP. Dá até saudade, pois pode-se dizer, que lá é o paraíso dos "busólogos"!

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Fura-Fila na mira do TCU

Técnicos do tribunal apontam sobrepreço de 145% no concreto fornecido pelo consórcio

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram suspeitas de superfaturamento nas obras de prolongamento do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), em São Paulo. Em processo encaminhado no dia 11 deste mês ao ministro Benjamin Zymler, eles relataram que o preço do concreto betuminoso fornecido pelo Consórcio Queiroz Galvão/Andrade Gutierrez apresentou sobrepreço de 145% em comparação com o valor do material verificado pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), da Caixa Econômica Federa.A irregularidade foi apontada na execução do trecho de 8 quilômetros entre o Parque D. Pedro II, na região central, e o Sacomã, na Zona Sul da Capital. A fiscalização dos técnicos do TCU foi realizada durante a execução das obras do prolongamento, em 2006. Mas o processo com a auditoria sobre a obra só chegou ao ministro do Tribunal de Contas da União na semana passada.Vitrine de KassabDesde 2005, o Ministério das Cidades liberou R$ 72,8 milhões para a construção do Expresso Tiradentes, uma das vitrines da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).O corredor de ônibus, cujo primeiro trecho até o Sacomã foi inaugurado no ano passado, depois de quatro gestões e dez anos de obras, vai ligar o Centro à Cidade Tiradentes, no extremo leste da Capital. Serão investidos na conclusão do projeto R$ 450 milhões - R$ 250 milhões pela União e R$ 200 milhões pelo município.Os técnicos do órgão que fizeram a auditoria classificaram as suspeitas como 'graves', mas não recomendaram a paralisação dos repasses 'por causa da importância socioeconômica do projeto, que beneficiará 1,5 milhão de pessoas'.A auditoria sobre o contrato (2004/086) que permitiu a execução das obras do corredor até o Sacomã, no valor de R$ 143,8 milhões, também apontou suspeitas de fraudes ocorridas entre 2003 e 2004, no processo licitatório, com a subcontratação de empresas para realizar a fiscalização do projeto.Subcontratação irregular
Na conclusão do parecer da auditoria encaminhada ao ministro do TCU, os técnicos do tribunal dizem que a subcontratação das empresas Laboratório de Engenharia e Consultoria e Tekhnites Consultores Associados foi considerada irregular, pois elas não teriam 'a isenção que deve caracterizar o trabalho de fiscalização da execução das obras'.Os técnicos não conseguiram levantar, contudo, quanto o sobrepreço do concreto representou no total do contrato de R$ 143,8 milhões.Antes de se manifestar sobre a auditoria, o ministro do TCU poderá pedir novas diligências ou ajustes nos atuais contratos em andamento para a manutenção do projeto.Julgamento das contasAtualmente, o governo municipal executa a conclusão do trecho de 2,8 quilômetros entre o Sacomã e a Vila Prudente, na zona leste . A intenção da Prefeitura é estender o corredor, chegando a Cidade Tiradentes em 2010 - serão 31,8 quilômetros no total.As suspeitas de irregularidades na execução do trecho até o Sacomã também são apuradas pela promotora de Cidadania de São Paulo Andrea Chiaratti do Nascimento.Desde maio do ano passado, a promotora pede ao Tribunal de Contas do Município (TCM) que seja feito o julgamento das contas dos contratos da obra.A assessoria de imprensa do TCM informou ontem que o julgamento do contrato do Expresso Tiradentes para a execução do trecho até o Sacomã está na pauta de votação da sessão de hoje, que está marcada para 15h.Especialistas divergemEspecialistas têm opiniões divergentes sobre o uso do Sinapi, o índice do governo federal que define o valor do preço de materiais em licitações de projetos conduzidos por governos estaduais e municipais com repasses da União.Para o advogado Adílson de Abreu Dallari, especialista em Direito Administrativo, embora o índice oficial 'goze de presunção de veracidade', é possível provar que ele não se aplica em alguns casos. 'Obras têm peculiaridades. Nem sempre o Sinapi traz com exatidão os preços dos materiais utilizados', explica ele.Já o especialista Paulo Ricardo Chenquer discorda dessa avaliação e defende o sistema. 'Nos julgamentos de contas, até mesmo de tribunais municipais, o Sinapi é usado como a principal referência', afirmou o advogado.
Fonte: Jornal da Tarde

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Transporte público deve ser ampliado

Segundo especialistas, a prefeitura deve tomar medidas de curto e longo prazos

As medidas tomadas pela administração municipal podem ajudar a minimizar os problemas de trânsito em São Paulo, mas eles não serão resolvidos de uma vez. Questionados sobre soluções para o trânsito, especialistas preferem falar em propostas de curto e longo prazo.
Propostas que, segundo eles, podem ajudar a capital a reduzir problemas, como a frota antiga, a circulação de veículos de carga, a maior rapidez dos carros em relação aos ônibus e o desrespeito às normas de trânsito. Para todas estas questões, há propostas.
O doutor em engenharia de transportes Eric Ferreira, coordenador do Instituto de Energia e Meio Ambiente, foi categórico: "Não há solução para o trânsito de São Paulo em curto prazo. Não há como prover espaço suficiente para aqueles que desejam se deslocar de carro pelas cidades". Para Ferreira, a prefeitura deve buscar a melhoria do transporte público, "investindo na ampliação das calçadas, na construção de sistemas cicloviários, privilegiando o espaço público para os ônibus e integrando os sistemas metroferroviários".
O superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Marcos Bicalho, também defende a racionalização do transporte coletivo, a ampliação da rede de corredores e ações de coordenação e planejamento da rede. "O planejamento urbano é necessário também. As pessoas acabam fazendo viagens muito longas para ir ao trabalho. É algo que pode ser atenuado com a geração de empregos e moradias onde é necessário", afirmou Marcos Bicalho.
Fonte: ANTP

NOTICIA

Bilhete único valerá por 8h nos feriados

"Bilhete Amigão" começa a valer na Sexta-Feira Santa

A prefeitura de São Paulo testou ontem em parte dos ônibus o "Bilhete Amigão", novo sistema que permitirá fazer quatro viagens de ônibus em oito horas pelo preço de uma (R$ 2,30).
A novidade, que valerá apenas para domingos e feriados, será implantada nesta Sexta-Feira Santa, dia 21. Dentro do mesmo período, será possível fazer três viagens de ônibus e uma de metrô ou trem da CPTM por R$ 3,65.
A prefeitura vai subsidiar a implantação do "Amigão", a um custo não divulgado. O objetivo, segundo o prefeito Gilberto Kassab, é estimular o lazer na cidade.
Ontem. Kassab deixou o carro oficial de lado e chamou a imprensa para ser fotografado andando nos ônibus que testavam o "Bilhete Amigão".
A novidade prevê uma série de exceções. Trabalhadores e estudantes, por exemplo, ficarão de fora, porque seus bilhetes "já contam com outros benefícios, como redução de 50% na tarifa no caso dos estudantes e custeamento parcial ou total da passagem pelas empresas empregadoras, no caso do Bilhete do Trabalhador", segundo a prefeitura
Quem recarregar o bilhete com cartão de crédito ou pagar ao cobrador com dinheiro para validar o bilhete também não poderá se beneficiar do "Amigão".
Desde outubro, o governo estadual já fornece o Bilhete Lazer, que dá desconto de R$ 0,40 para os usuários de trem e metrô aos domingos e feriados, sem integração com os ônibus.


Como funciona

O benefício do bilhete único será estendido de 2h para 8h

Neste período, será possível fazer quatro viagens par R$ 2,30

A medida só vale para domingos e feriados

A última recarga deverá ter sido de R$ 9,20 ou mais

A novidade não vale para os bilhetes Estudante e Trabalhador

NOTICIA

Vans irregulares andam superlotadas

Sem fiscalização da Prefeitura, peruas circulam pelas ruas da capital em situações precárias e deixam passageiros em risco

No caótico trânsito de São Paulo, a falta de fiscalização tem despejado nas ruas vans que circulam muitas vezes lotadas ou em situações precárias, colocando em risco a segurança dos passageiros. Alguns desses perueiros trafegam graças a liminares concedidas pela Justiça, mas nem a Prefeitura, nem as associações que reúnem os motoristas, sabem dizer quantos veículos operam nessas condições pela cidade.
Por dois dias, o DIÁRIO andou em lotações que saem do Largo do Paissandu, no Centro, rumo a Zona Norte. Numa das viagens, 33 pessoas se espremiam em uma van com lugar para apenas 17 pessoas sentadas. Na outra, o veículo era velho, com fiações expostas e a porta não fechava direito.

As peruas irregulares — que operam à margem da fiscalização da Prefeitura e não tem o validador do bilhete único — são encontradas em diversas regiões da cidade. A maioria circula com a inscrição "liberada pela Justiça" nas latarias. Elas podem ser vistas próximo ao Mercado da Lapa, na Praça do Correio, no Largo Treze de Maio, na Estrada do M'Boi Mirim, entre muitos outros pontos da capital.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, afirmou que o Departamento de Transportes Públicos (DTP) aumentaria a fiscalização das peruas e que nenhuma poderia circular sem o validador dos bilhetes.

Corredores exclusivos

No congestionamento, as peruas levam vantagem sobre os microônibus, por trafegarem ora pelos corredores exclusivos dos ônibus, ora se enfiando e cortando as filas de carros. Mas nos corredores exclusivos, quem quer embarcar, se arrisca a entrar no meio da rua, pois a porta das vans fica à direita e, os pontos, à esquerda.
Ao menos três associações — Assesp, Abracov e Microluxo — reúnem os perueiros autônomos. Porém, as próprias entidades, que somadas têm atualmente pouco mais de 100 veículos na cidade, admitem que muitas das peruas que circulam pelas ruas não estão ligadas às associações, embora se identifiquem como tal.
Por isso, não é possível saber se as vans "clandestinas" passam por inspeções de segurança periódicas.
"Não temos poder de polícia. Quando o perueiro se desliga (da associação), comunicamos que ele deve retirar os adesivos na porta. Há quem obedeça, mas sabemos que há quem continue a circular com.eles", admite Benedito Massei, advogado da Cooperativa Microluxo, que entre ações coletivas e individuais, representa atualmente apenas 13 perueiros, que trabalham à base de liminares.
A situação se repete na Associação Brasileira dos Condutores de Veículos (Abracov), que tem cerca de 20 perueiros filiados. "Não há como forçar os motoristas que não pertencem à associação a tirarem os adesivos", explica Leandro Cavassini, secretário da Abracov.

Prefeitura vai fazer cadastro

O secretário Alexandre de Moraes afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os 70 fiscais do DTP estão nas ruas retirando as peruas que não possuem liminares para operar na cidade. O secretário disse ainda que todas os veículos devem circular com o validador de bilhete único. De acordo com Moraes, os motoristas que possuem liminares serão convocados pelo DTP para colocar o validador. Eles terão uma linha para operar na cidade. No entanto, a Secretaria Municipal de Transportes não soube informar um prazo para que isso ocorra.
Sobre as condições das peruas que circulam na cidade, Leonilson Pereira da Silva, diretor-presidente da Associação dos Transportadores em Auto-lotação de São Paulo (Assesp), afirmou que não se pode generalizar. "Os 70 veículos da Assesp passam por inspeção de segurança veicular a cada 90 dias, por uma empresa homologada pela SPTrans", explica ele. Na Abracov, a informação é de que os veículos também são verificados a cada três meses e, na Microluxo, os veículos passam por vistoria mensal na oficina da própria associação.
Silva afirma que os motoristas ligados à Assesp têm que seguir uma regulamentação da associação. "Se é verificado que o motorista coloca em risco a segurança dos passageiros, como superlotar o veículo, ele é chamado para ser advertido ou suspenso. Caso haja reincidência, ele pode até ser expulso".
O diretor-presidente afirma que nos seis anos de operação da Assesp, nenhum acidente grave foi registrado com as vans da entidade.
Fonte: ANTP

terça-feira, 18 de março de 2008

FOTO DO DIA

Olá pessoal!


A foto de hoje eu recebi por email da própria Suzantur. Outras fotos voces podem ver no APAIXONABUS tanto no Terra quanto no UOL.

PÁRA-CHOQUE


NOTICIA

IVECO FORNECE AO EXÉRCITO ARGENTINO


Os veículos da Iveco passam a compor a frota do exército argentino a partir deste mês. A compra marcou o plano de renovação do parque automotor da instituição com doze novos ônibus de passageiros, 35 caminhões médios EuroCargo e semi-pesados Cavallino e dez pesados Stralis com carretas. Os veículos foram produzidos na planta industrial da Iveco de Ferreira, em Córdoba e possuem motorização eletrônica Euro III. Os caminhões Iveco Stralis versão 6x4 servirão ao comando de logística do exército, no transporte de maquinaria pesada.
Fonte: O Carreteiro

sábado, 15 de março de 2008

FOTO DO DIA

Olá pessoal!


Trago esse Alpha da Viação Imigrantes (Diadema/SP). Foto tirada pelo celular no dia em que fui visitar a garagem. No APAIXONABUS (em postagens antigas) tem varias fotos desse momento especial. Menos essa! rs

NOTICIA

Parada 'fantasma' na Paulista

Ponto desativado por conta das obras de revitalização da avenida não está sinalizado e irrita passageiros

Em nenhum outro ponto de São Paulo o ônibus demora tanto. Na altura do 2.026 da Paulista, o próximo coletivo só deve aparecer daqui a dois meses. O ponto está desativado por causa das obras de revitalização da avenida, mas não há aviso, nem ninguém para orientar os incautos passageiros.
"Não está funcionando? Não acredito. E eu esperando aqui à toa", reclamou a auxiliar administrativa Monique de Oliveira, 18 anos, ao ser avisada pela reportagem que o ponto estava desativado. "É um desrespeito. E agora, onde é o ponto mais perto?", perguntou. A dona de casa Rita Pessoa da Silva, 43 anos, fazia coro: "Estou andando para cima e para baixo e não encontro o ponto. Onde fica"?
São 360 metros até o ponto ao lado do Masp. Ou 270 metros na outra direção, mas lá não param os ônibus que passam pela Av. Rebouças e pela Dr. Arnaldo, como queriam as duas, que iam para República e Lapa. Ao lado do Masp, a concentração de pessoas é enorme. Às 15h de ontem havia 60 pessoas no local. Vários vindos da outra parada. A situação do outro lado da avenida, sentido Paraíso, é pior. Quem pegava ônibus em frente ao Parque Trianon tem de andar 600 metros até o ponto da Gazeta ou 460 metros até o do Conjunto Nacional. São 1.060 metros entre um e outro. Mais uma vez, sem aviso.
Questionada, a SPTrans não disse quantos pontos de ônibus desativados há na Capital. Até o fechamento da edição, a empresa não respondeu ao JT.
Adolfo Mendonça, coordenador do sistema de informações da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), diz que além de ter um aviso no ponto desativado, a distância entre eles deveria ficar entre 200 e 500 metros. As obras de revitalização na Paulista devem durar mais 60 dias entre as Ruas Peixoto Gomide e Pamplona, sentido Paraíso, e entre Peixoto Gomide e Augusta, sentido Consolação.
Fonte: ANTP / JORNAL DA TARDE

NOTICIA

SUPERANDO EXPECTATIVAS, ROMA JÁ CONQUISTA SEUS PRIMEIROS CLIENTES NAS AMÉRICAS E NA ÁFRICA


Nem as mais otimistas previsões indicavam que, em tão curto espaço de tempo, e justamente no mais competitivo segmento da indústria de ônibus, a primeira carroceria da Mascarello para médias e longas distâncias alcançaria tamanho sucesso.Lançado no último mês de outubro, batizado com nome que resulta da junção das sílabas iniciais de “ROdoviário MAscarello” com o número correspondente à altura externa de 3500mm, inédita no mercado, o ROMA 350 já foi incorporado a diversas frotas de transportadores nacionais e estrangeiros, com surpreendente nível de aceitação por parte dos usuários.No Rio de Janeiro, a primeira empresa de ônibus a adquirir o modelo foi a Xavier Tour, uma tradicional operadora do setor de turismo e fretamento. Satisfeita com o desempenho e as inovações tecnológicas do ROMA, ela acaba de encomendar outras duas unidades à mais jovem montadora de ônibus do país, instalada há cinco anos em Cascavel, Oeste do Paraná.O prestígio que a Mascarello já desfruta no exterior através de outros modelos da marca também está abrindo caminho para a comercialização do novo ônibus em diversos países.Em fevereiro, quatro unidades foram exportadas para a América Central, uma para o Peru e duas para a Nigéria, na África. Fonte: ShopTrans

PÁRA-CHOQUE

"Quem tem loira tem saudade, quem tem morena tem qualidade. Quem tem as duas é o garanhão da cidade, e quem não tem nenhuma olha a dos outros e passa vontade."

NOTICIA

Ônibus grátis cai para 60 anos

Guarujá - Depois de duas semanas sem votar um item sequer, a Câmara de Guarujá aprovou ontem, por unanimidade, um bloco de 20 projetos. Entre os destaques, a redução de 65 para 60 anos no acesso grátis aos ônibus, o fim da dupla função de motorista, além da ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses das servidoras tanto do Executivo quanto do Legislativo.
Fonte: NTU / A Tribuna

quarta-feira, 12 de março de 2008

PÁRA-CHOQUE

"Fiado só para pessoas com mais de 68 anos acompanhado dos pais"

NOTICIA

Van clandestina lucra com caos na Zona ul e roda sem segurança

Fiscalização da SPTrans só observa se lotações têm liminares para circular. Veículos não repassam dinheiro à Prefeitura

O caos no transporte na região do Jardim São Luiz, na periferia da Zona Sul da capital, abre espaço para a circulação de lotações que não cumprem as regras do sistema municipal de transportes. Ontem de manhã, o DIÁRIO flagrou vans levando passageiros da Estrada do M'Boi Mirim para o Terminal Santo Amaro e para Pinheiros em condiçães de risco à segurança. A situação se repetiu à tarde.
A opção dos passageiros por esse transporte ocorre por causa da lentidão dos ônibus e microônibus regulares que, também estão sempre superlotados. "Prefiro pegar a lotação, que é mais rápida. Demoraria uma hora para voltar do trabalho de ônibus. Com a van, levo cerca de 20 minutos", disse o segurança Cícero Cleiton, de 28 anos, que utiliza a van entre o Largo 13 de Maio e a M'Boi Mirim.
No trecho, muitas vans que circulam pelo corredor de ônihus, à esquerda, cruzam a via perigosamente, para o embarque e desembarque de passageiros nas calçadas à direita.
Na sexta-feira, uma manifestação contra os problemas no transporte da região bloqueou o trânsito por cinco horas na M' Boi Mirim. Houve confronto com a polícia e apedrejamentos de ônibus.
A São Paulo Transportes (SPTrans) admite que as vans não passam por vistoria. As lotações rodam graças a liminares judiciais. Nas laterais, levam os dizeres: "Cidadania e Justiça — autorização judicial, vedada a apreensão". Ontem, esses veículos circularam pela M'Boi Mirim entre 6h30 e 7h30, e à tarde, das 18h às 20h. Uma das empresas que roda na região é a Abracovi. Por telefone, o DIÁRIO procurou o departamento jurídico da empresa para comentar a questão da segurança e se suas vans possuem liminares. Mas as ligações não foram retornadas.
Sem bilhete único
A SPTrans informou que as vans com liminares não tem validador de bilhete único — ou seja, escapam de dividir seus lucros com a Prefeitura, além de não oferecerem o benefício de quatro viagens no período de duas horas pelo preço de uma passagem.
De mãos atadas juridicamente, os fiscais da SPTrans podem apenas checar a documentação dessas vans e de seus motoristas quando os encontram. A Prefeitura tem uma lista de motoristas autorizados a circular por determinação da Justiça, cadastro que é fornecido pelo departamento jurídico da Prefeitura. Caso a liminar seja irregular, porém, o veículo é apreendido, diz a SPTrans.
Autorizações duplicadas
Segundo alguns perueiros autorizados pela Justiça para circular, há casos de liminares "duplicadas". O esquema funcionaria da seguinte maneira: um perueiro consegue uma liminar para rodar e o despacho é reproduzido e utilizado por outro(s), burlando assim a fiscalização da Prefeitura.
Procurada pelo DIÁRIO, a Secretaria de Negócios Jurídicos, responsável pela fiscalização das liminares, diz não ter conhecimento do problema.

Passageiros andam 4 quilômetros

Cansados de esperar parados no congestionamento, milhares de passageiros descem dos ônibus e das lotações e seguem a viagem a pé na Estrada do M'Boi Mirim, pela manhã. Algumas pessoas chegam a andar até quatro quilômetros. A romaria acontece entre 6h30 e 8h nos dias de semana.
"Está tudo parado. Não anda", reclamava o auxiliar de serviços gerais Paulo Pedro da Silva, de 25 anos. Ele saiu de casa às 5h40 para chegar ao trabalho, próximo do Terminal Santo Amaro, no Largo 13, às 7h. Mas às 6h55, ele ainda esperava um ônibus no ponto.
Paulo desistiu do ônibus no cruzamento da Estrada M'Boi Mirim com a Rua Belchior Félix e foi andando até o ponto fica em frente à subprefeitura, já na Avenida Guarapiranga (continuição da M'Boi Mirim). Lá, o trânsito já flui por causa das vias de acesso à região central. Foram 40 minutos de caminhada. No ponto da subprefeitura, as vans passavam abarrotadas de passageiros, que chegavam a se pendurar nas portas abertas de entrada e saída, arriscando a vida.
O técnico em manutenção de celulares Thiago de Souza, de 19 anos, estava no mesmo ponto. Ele já tinha caminhado meia hora, do Parque Ipiranga até lá, e às 6h50 esperava por uma van que não estivesse tão lotada. Thiago tinha que chegar à Avenida Domingo de Moraes, na Vila Mariana, às 8h. "Até o Terminal Santo Amaro são duas horas", afirmou. Depois, ele ainda pegaria mais um ônibus e o metrô até a Estação Ana Rosa.
Fiscalização não alivia lentidão
A CET intensificou a fiscalização, ontem pela manhã, para evitar que carros e motos invadissem a faixa exclusiva de ônibus na Estrada do M'Boi Mirim. Ao longo do corredor, foram colocados cones. Quem insistiu em rodar na área dos ônibus levou multa.
Porém, o cerco aos invasores trouxe pouco resultado prático para os passageiros. O percurso entre os terminais Capelinha e Santo Amaro estava demorando duas horas, de acordo com um cobrador. Sem engarrafamento, o trajeto pode ser feito na metade do tempo.
Nos pontos, fiscais da SPTrans seguravam os ônibus para os passageiros entrarem. "Os fiscais seguram os ônibus e os que vêm atrás não podem passar", afirmou a doméstica Dalva da Silva, de 39 anos. "Precisa de mais ônibus e de menos fiscal segurando os carros", disse a auxiliar de limpeza Diana Rosa, de 29 anos.
O DIÁRIO pediu para entrevistar o secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, para falar sobre a continuidade dos problemas na região, mas a pasta informou que ele não falaria. Além do aperto na fiscalização, na sexta-feira, a Prefeitura transferiu quatro linhas da viação VIP para a Campo Belo. A alegação é que a segunda possui ônibus maiores e mais novos. Também há planos para fazer pequenas obras na região para melhorar a fluidez. Ontem, 50 agentes da CET e da SPTrans trabalharam no corredor.
Fonte: ANTP / AGORA SP

NOTICIA

Solução do caos está no transporte público

Engenheiro brasileiro desenvolveu soluçao para o trânsito em Bogotá e faz projetos para a China e África do Sul transmitindo o que aprendeu no Brasil

Depois de implantar em Bogotá um dos sistemas de transporte público mais inovadores do mundo, o Transmilênio, o engenheiro Paulo Sérgio Custódio, 60 anos, está na China prestando consultorias a oito cidades que pretendem construir corredores de ônibus. Do outro lado do mundo ele dá treinamentos e trabalha com transferência de tecnologia. Paulista de Birigüi, formado na Escola Politécnica da USP, em 1971, Custódio diz que viaja o mundo transmitindo o que aprendeu com experiências brasileiras. O Transmilênio, por exemplo, foi inspirado no sistemade Curitiba e no corredor da Avenida nove de Julho, em São Paulo. A iniciativa colombiana prevê, além de corredores, um projeto de revitalização urbana. O Transmilênio começou a ser construído em 2000 e em 2001 já tinha 43 quilômetros de extensão. Ao contrário do que ocorreu no Brasil nas últimas décadas, em Bogotá, o projeto vem sendo mantido por três gestões diferentes. Por que aqui temos essa dificuldade? "Porque no Brasil os planos não foram feitos para serem implementados", disse Custódio. "E quanto menos têm a ver com a realidade, melhor, porque não comprometem o governo a cumpri-los".
O engenheiro conta que chegou a apresentar um projeto muito parecido com o Transmilênio para a Prefeitura de São Paulo há três anos. "Seria na Celso Garcia, ao custo de U$ 300 milhões e com capacidade para atender 360 mil passageiros por dia".
Para Custódio, o trânsito de São Paulo só tem uma saída: a restrição do automóvel. E ele não fala em ampliar o rodízio. "Isso só faria a frota aumentar, porque os ricos comprariam mais carros". A solução, segundo ele, está no pedágio urbano aliado a uma política drástica de restrição de estacionamento. Da China, ele acompanhou na última semana, pela internet, os consecutivos recordes de congestionamento batidos na Cidade.
Com uma equipe de quatro brasileiros, um colombiano e um francês, Custódio está desenvolvendo projetos piloto para as cidades de Jinan e Chengdu. Em outras seis localidades ele está dando treinamentos. Além disso, está assessorando projetos em Cape Towne Johannesburgo na África do Sul.
Evolução do transporte público em São Paulo
1880 - É construída a linha de bondes com início na rua da Liberdade, ligando a Capital à Vila de Santo Amaro.
1900 - A Light inaugura o sistema de bondes elétricos em São Paulo.
1906 - Prefeitura autoriza o serviço de carros de aluguel.
1925 - São criadas linhas de ônibus circulares com veículos importados da Europa.
1926 - A Light importa 50 ônibus Yellow Coach que circulam até 1932. A empresa apresenta um plano de integração dos transportes urbanos, incluindo um sistema metroviário. O plano não é aceito pela Prefeitura.
1946 - A administração municipal assume o controle dos transportes públicos na Capital, com a criação da Companhia Municipal de Transportes Coletivos.
1949 - A CMTC implanta o sistema de trólebus com 30 veículos importados dos EUA e Inglaterra.
1958 - Começam a ser fabricados os primeiros trólebus brasileiros.
1968 - Desativação do sistema de bondes.
1974 - Início da operação comercial da Linha1-Azul, no trecho Jabaquara - Vila Mariana.
1983 - Tem início integração ônibus-ferrovia.
1991 - Entra em vigor a Lei da Municipalização. A CMTC controla a receita do sistema de ônibus.
1994 - O Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus passa a ser operado por 47 empresas privadas.
1993 - Começa a primeira fase de privatização da CMTC.
1995 - É criada a SPtrans.
2006 - Implantada a integração do Bilhete Único com o sistema metroferroviário.
Fonte: ANTP / JORNAL DA TARDE

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Fura-Fila completa um ano com ônibus lotados

Passageiros aprovam rapidez, mas reclamam de coletivos cheios e da falta de manutenção. Outra queixa é a demora nos finais de semana

O Fura-Fila -corredor de ônibus que liga o Sacomã (zona sul) ao parque Dom Pedro (região central) - apresenta sinais de descaso na manutenção um ano após o início das operações comerciais, em 10 de março de 2007. O Vigilante Agora viajou na última semana nos ônibus do Fura-Fila, rebatizado pela atual gestão de Expresso Tiradentes, e constatou equipamentos quebrados e a falta de atendentes no guichê onde é carregado o bilhete único.
Passageiros relatam de problemas em alguns ônibus em uma obra que, mesmo inacabada, já consumiu R$ 800 milhões. Por outro lado, a redução no tempo de viagem - de 40 minutos para 12 minutos, em média - mantém a aprovação pelo usuário.
A linha começou a operar com dez ônibus articulados energia elétrica e a diesel. Hoje, a proporção se inverteu: 17 articulados e quatro híbridos.
"Gasto menos tempo, mas o problema são os híbridos, que param muito. Eu evito", diz o vigilante Elson Nogueira Antônio, 24 anos. "Já quebrou comigo", diz a caixa Sônia Marina, 35 anos. "Quebrou uma vez", diz Marcos Antônio, 38 anos, técnico em eletrônica.
Em um ano, o número de usuários por dia útil pulou de 29 mil para 42,5 mil, 46,5% a mais. Já a capacidade da frota cresceu em 223 lugares (9,6%) e em um número menor de ônibus: 21 ante 25 no início. Karina Gonçalves, 19 anos, que trabalha em cartório, reclama. "Acho que é muito cheio." O estudante Thiago Wieser, 20 anos, que gosta do Fura-Fila, tem opinião semelhante. "Acho que tem que ter mais ônibus. Aumentou [o número de passageiros na linha]", afirma.
Os usuários pedem também a redução no intervalo entre os ônibus nos fins de semana. "Demora muito, principalmente, aos sábados", diz Sônia Marina. "[Precisa de] um pouco mais de rapidez", diz o açougueiro Altair Nicolete, 31.
Estrutura
Na quarta às 8h, o terminal Sacomã tinha só dois dos oito guichês de recarga do bilhete único em funcionamento, o que criava fila. As máquinas automáticas, que não dão troco, estão sem a opção de pagamento com cartão de débito em todas as estações.
Na estação C.A. Ypiranga e no terminal Mercado um dos elevadores estava quebrado. Na Metrô Pedro 2º, eram os dois parados. Se os passageiros do Fura-Fila ganharam tempo, os de outras dizem ter sido prejudicados por alterações de itinerários.
"Eu pegava um ônibus direto para o Metrô Santa Cruz. Agora pego dois: um até o terminal e outro até o metrô. Fazia em 30 minutos agora perco 45 minutos", diz Celso Abreu, 20, que trabalha com comércio exterior.

Resposta
'Problemas são corrigidos e lotação é adequada'
SPTrans informou que a nível máximo de conforto dos passageiros no Fura-Fila é de 4,5 passageiros por m2, enquanto no sistema a média é de dez, Quando um ônibus quebra, diz a secretaria, os usuários seguem viagem em até cinco minutos. A SPTrans diz estar em estudo o ar condicionado em mais veículos. A empresa nega problemas no elevador da C.A. Ypiranga diz e que os demais problemas serão consertados.
O número de extintores, diz, é aprovado pelos bombeiros. Haverá mais um bebedouro por estação. A SPTrans afirma que as partidas aos fins de semana ficam entre três e cinco minutos e que as alterações nas demais linhas estão de acordo com o "novo sistema em implantação".
Já o cartão de débito, diz a SPTrans, pode ser usado em outros postos da rede credenciada.
Fonte: AGORA SP

sábado, 1 de março de 2008

FOTO DO DIA


Olá pessoal!


Essa foto já nao pode mais ser tirada. A Santa Pauloa (tradicionalissima em SCS) agora roda com o nome da VIPE.

NOTICIA

Ponte Orca é ágil, mas microônibus atrasam
Serviço oferece transporte gratuito entre estações do metrô e da CPTM. Passageiros fraudam sistema
O número de passageiros que usam as linhas da Ponte Orca (Operador Regional de Coletivo Autônomo) em São Paulo já chega a 13,5 mil por dia. O serviço oferece transporte de graça em microônibus entre estações do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O Vigilante Agora utilizou as três pontes disponíveis na capital. O sistema é uma mão na roda e é ágil, mas tem falhas.
O primeiro embarque do Vigilante Agora foi na terça-feira passada à tarde na estação da CPTM da Barra Funda, na zona oeste da capital. E já começou com um problema: à tarde, o serviço deveria ter início às 16h30, mas o primeiro microônibus só partiu às 16h40.
"Acho o serviço bom, funcionando como deveria, porque não tem muitos atrasos. Mas já cheguei a esperar mais de 15 minutos na fila", disse o médico José farias, 32 anos, durante o trajeto.
A chegada à Vila Madalena (zona oeste) já revelou um dos principais problemas da Ponte Orca: a facilidade com que o sistema pode ser burlado.
Pessoas esperavam os passageiros chegar para pedir o bilhete-senha Orca. Retirado na estação de partida, o bilhete garante a entrada na próxima estação. Quem não precisa mais usar o metrô ou o trem acaba entregando a senha para outras pessoas.
Outro jeito de andar de microônibus "de graça" é alguém do lado de fora das catracas pedir para alguém de dentro pegar uma senha. O Vigilante tentou na estação da Vila Madalena (zona oeste), mas foi coibido por um funcionário do Metrô. "Quando tem muita gente, é mais difícil flagrar isso", disse.
Mesmo quando havia fila sextensas, os transportes não demoravam mais do que cinco minutos para chegar. O maior tempo de espera em fila que o Vigilante enfrentou foi na estação Tamanduateí: 23 minutos, na manhã de quinta.
Um dos fiscais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) chegou a conclamar quem estava na fila: "Reclamem, gente! Faltam vans". Nessa estação, o Vigilante entrou no microônibus sem apresentar a senha.
As viagens foram confortáveis. Os veículos eram novos e tinham cintos de segurança. Na maioria dos trajetos havia a lotação de 20 pessoas, mas ninguém viajou em pé. Não há dificuldades em conseguir informações. Cartazes nas estações alertam sobre o sistema, funcionários foram pacientes em tirar dúvidas e a maioria das paradas tem cabine de informações.

Bilhete único pode substituir senhas
O diretor-presidente da EMTU, José Ignácio Sequeira de Almeida, afirmou que a empresa estuda integrar o serviço da Ponte Orca ao sistema do bilhete único, substituindo os bilhetes-senha. A mudança, ainda sem data para começar, ajudaria a coibir usuários de burlar o sistema.
Segundo ele, apesar da fiscalização, os usuários também precisam se consdentizar. "A população tem de entender que todas as fraudes aplicadas no sistema de transporte comprometem seriamente os custos. As pessoas que pagam acabam sendo oneradas", disse.


Resposta
Atrasos são exceções, diz EMTU
A EMTU informou. por meio de sua assessoria de imprensa, que os atrasos na Ponte Orca são exceções e que as horários têm sido cumpridos satisfatoriamente. O intervalo máximo permitido nO serviço é de 12 minutos e a operação está mantendo intervalos médios de quatro minutos.
Segundo a empresa, mesmo quando se formam filas,o tempo ganho compensa as antigas baldeações no sistema metroferroviário.
A empresa informou, ainda, desconhecer ocorrências em que passageiros pegam vários bilhetes nas máquinas e os distribuem fora das catracas, e que intensificará a fiscaliiação para evitar qUe usuários entrem nos microônibus sem apresentar a senha.
Fonte: AGORA SP / ANTP

NOTICIA

Volare bate recorde de produção

A Volare encerrou o ano passado com a produção de 3.232 veículos e por isso registrou o melhor resultado desde o início de suas atividades, em 1998. O desempenho representa crescimento superior a 14% em relação a 2006, quando foram produzidos 2.837 miniônibus, e é melhor que a marca atingida em 2002, de 3.042 unidades fabricadas. De acordo com Gelson Zardo, diretor da Unidade de Negócio Volare, o recorde de produção está relacionado ao crescimento da marca no Brasil, da expansão dos setores hoteleiro e turismo e vendas externas. Desta maneira, foram comercializadas 2.897 unidades em 2007 contra 2.595 no ano anterior, que também representou o melhor resultado em nove anos de atividades.
Outro fator que colaborou no recorde foram as exportações, com 335 veículos vendidos contra 242 em 2006, que representa crescimento de 38%. Entre os principais mercados destacam-se a África do Sul, Angola, Argentina, Chile, Paraguai e Venezuela.
Entre os seis modelos fabricados: W9, W8, V8, V8L (recentemente lançado), V6 e V5, o mais vendido foi o W8, com 952 unidades (33% do total), seguido pelo V8, com 847 (29%). A empresa comenta que os dois modelos destacam-se pelo maior espaço interno para transporte de passageiros e pelo baixo custo operacional.
O CARRETEIRO

FRASE DE PÁRA-CHOQUE


NOTICIA

Corredor terá que vencer gargalo sem 'afogar' bairros
Carros e ônibus farão um 'X' em trecho final da nova faixa exclusiva, em Santo Amaro
Com a inauguração do corredor de ônibus da Avenida Vereador José Diniz, em Santo Amaro, Zona Sul da capital, moradores da região temem o estrangulamento do trânsito no trecho final da faixa exclusiva, na altura da Rua Marechal Deodoro, e o excesso de veículos nos bairros Alto da Boa Vista e Chácara Flora.
O motivo é a abertura, desde ontem, da Rua Marechal Deodoro para o trânsito — a via passa na altura da confluência da Vereador José Diniz com a Avenida Adolfo Pinheiro.
Muitos ônibus no sentido centro-bairro terão de sair do corredor, na faixa da esquerda, para entrar à direita na Marechal Deodoro, que dá acesso à Avenida Santo Amaro. Já alguns carros farão o contrário. Vão sair da faixa da direita para entrar à esquerda, na Marechal Deodoro, rumo aos bairros Alto da Boa Vista e Chácara Flora, e até mesmo para fazer um caminho alternativo para a região de Interlagos.
Carros e ônibus, portanto, vão fazer um "X" no cruzamento. Com isso, a Vereador José Diniz pode ficar congestionada. Um semáforo foi reativado no local. A Rua Marechal Deodoro foi aberta ontem porque a Companhia de Engenharia de Tráfego concluiu ser fundamental para a fluidez do trânsito. A via estava fechada a pedido de moradores dos bairros.
"Não passarei por lá"
Jaci Ghirotti, da Associação de Amigos do Alto da Boa Vista, afirma que, com o tempo, os motoristas vão notar a reabertura do atalho para Interlagos. "Pode ser que o impacto não seja tão imediato. Mas, amanhã (hoje), não vou passar por lá, às seis da tarde, para chegar em casa. Vou buscar outro caminho", disse.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, afirmou que, para impedir o uso da Marechal Deodoro como atalho, vão ser colocadas rotatórias em cruzamentos na região por onde, passa a rua, as vias vão ser afuniladas e também receberão lombadas eletrônicas. "Assim, as pessoas vão diminuir a velocidade", disse Moraes. Segundo ele, as medidas serão aplicadas em até três meses.
Custo de R$ 22 milhões
Com 1,8 quilômetro de extensão, o Corredor da Vereador José Diniz vai atender, segundo a Prefeitura, 345 mil passageiros por dia em 60 linhas. A faixa exclusiva opera entre as avenidâs Professor Vicente Rao e Adolfo Pinheiro. A obra custou R$ 22 milhões.


Sem faixa exclusiva na Cruzeiro do Sul e 23 de Maio
O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, desistiu da idéia de testar corredores virtuais (de limitado com cones) de ônibus nas avenidas Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e 23 de Maio, na Zona Sul.
De acordo com Moraes, técnicos da CET verificaram que um corredor na Cruzeiro do Sul causaria um estrangulamento do trânsito, no trecho de acesso à Marginal Tietê. "Fizemos testes em computador (sobre a mudança descartada na Cruzeiro do Sul)", disse o secretário. Moraes afirmou que, agora, estuda fazer um corredor "em outras vias da Zona Norte". Ele não quis citar quais avenidas podem ser testadas.
Na 23 de Maio, uma pesquisa de interesse do usuário indicou que a maioria pára em pontos ao longo da avenida, sem necessidade de um expresso que ligue o Anhangabaú ao Aeroporto de Congonhas. "Não há razão, portanto, para ter uma - faixa exclusiva", disse Moraes.
ANTP / DIARIOSP

NOTICIA

Kassab inaugura trecho de corredor de ônibus
Obra em Santo Amaro vai tornar viagem mais rápida, mas vizinhos reclamam de medidas não-incluídas
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) inaugurou ontem um trecho de 1,8 quilômetro do corredor de ônibus na av. Vereador José Diniz, em Santo Amam (zona sul). A obra deve tornar mais rápida a viagem de 350 mil passageiros que passam pelo local por dia, mas vizinhos reclamaram que medidas de segurança, estética e meio ambiente não foram incluídas.
O novo trecho, que terá quatro paradas em cada sentido, passa pelo bairro Alto da Boa Vista, um dos mais arborizados de Santo Amaro. O projeto inicial, criado durante a gestão Marta Suplicy (PT), previa oito faixas e a derrubada de cerca de 400 árvores. Com os protestos da comunidade, foi redesenhado para cinco faixas — e o corte de 46 árvores.
A presidente da Ciranda (entidade que agrega 13 associações de bairro do distrito), Nancy Cardia, entregou ontem ao prefeito uma lista de outros pedidos não-atendidos. "Nos últimos dois anos, tivemos dezenas de reuniões com técnicos da prefeitura. Eles reconhecem a necessidade dos pedidos, mas deixaram vários de lado".
Entre as solicitações estão o enterramento da fiação, piso especial com drenagem para favorecer um aqüífero da região, rotatórias e lombadas eletrônicas para evitar que o trârnsito seja desviado para pequenas ruas do bairro.
O secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, disse que a obra foi feita "em comunhão com a comunidade" e obras de "proteção do trânsito" do bairro serão feitas nos próximos três meses. "São obras baratas que têm projeto da secretaria e serão executadas pela subprefeitura".
O novo trecho do corredor custou R$ 22 milhões e passa a integrar a conexão Capelinha-Ibirapuera-Santa Cruz.
Durante o evento de inauguração ontem de manhã — com a presença de deputados, vereadores e coquetel —, Kassab também voltou a falar do investimento da prefeitura em metrô. "Vou me reunir nesta semana com o governador José Serra para acertar a primeira transferência de verba", disse. O prefeito afirma que vai investir R$ 1 bilhão no metrô.
O secretário também descartou ontem a implantação de um corredor virtual — improvisado com cones em horários de pico — na avenida Cruzeiro do Sul (zona norte). A prefeitura agora estuda implantar a medida em outras vias da zona norte.
ANTP / FOLHA DE S. PAULO