terça-feira, 29 de dezembro de 2009

COLUNA

Primeiro Plano - Ariverson Feltrin
Exportação de serviços

Com 53 anos desde que começou a operar em São Bernardo, a Mercedes-Benz do Brasil produziu mais de 1,2 milhão caminhões e 540.000 ônibus. A cada 10 caminhões que rodam pelo País, cinco são Mercedes. E de cada 10 ônibus, sete são marca da estrela de três pontas. Além de maior mercado mundial de caminhões da Mercedes-Benz, título agora conquistado ao superar a Alemanha, o País também é o número um em ônibus da marca da estrela. A montadora, que no Brasil produz tudo - motores, câmbios eixos e cabines - concentra ainda no País o maior CDT (Centro de Desenvolvimento Tecnológico) fora da Alemanha. "Temos 400 técnicos no centro de desenvolvimento." Além de criar produtos para o mercado interno, o CDT exporta serviços de engenharia para outros países. "Fizemos o face lift do modelo de caminhão Atego para Mercedes da Europa", disse Gero Herrmann. (Diério do Grande ABC)

SP

Só passagem a R$ 2,90 poderia zerar subsídio
Em 2010, Kassab prevê repassar mais R$ 360 milhões às empresas; em 3 anos, total é de R$ 1,5 bilhão

O aumento da tarifa de ônibus, anunciado ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), não eliminará a necessidade de subsídio para o sistema de transporte coletivo da capital. Simulações apresentas pelo secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, em audiências públicas na Câmara Municipal demonstravam que cada R$ 0,10 de aumento na passagem representariam R$ 148 milhões a menos de subsídio para as viações. Neste ano, a Prefeitura gastou mais de R$ 800 milhões com a chamada "compensação tarifária". Ou seja, para se ver livre das subvenções, o Executivo teria de fixar o valor da tarifa em pelo menos R$ 2,90.

A manutenção da tarifa em R$ 2,30 foi uma das principais bandeiras de campanha de Kassab nas eleições de 2008. Ao tomar posse, em janeiro deste ano, o prefeito anunciou um corte de R$ 2 bilhões no orçamento, já projetando a queda de arrecadação provocada pela crise econômica mundial. Naquela época, Kassab minimizou os efeitos dos subsídios nas contas do Município. "Como a Prefeitura está numa boa saúde financeira, fizemos uma opção pelo social. E o que é o social? Transporte público, saúde e educação. Hoje São Paulo tem a tarifa mais barata do Brasil. É muito positivo fazer com que 4 milhões de usuários tenham a tarifa mais barata do Brasil. Aqui está R$ 2,30 por três horas. Vamos poder, mesmo com a crise, manter a tarifa", disse o prefeito, em entrevista ao Estado.

O orçamento do Executivo para 2009 previa gasto de R$ 600 milhões com os subsídios. Mas, só nos três primeiros trimestres, as viações e cooperativas já haviam recebido R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do estipulado inicialmente. A Secretaria dos Transportes sempre argumentou que os repasses para renovação da frota estavam embutidos na "compensação tarifária" e totalizavam àquela altura R$ 202 milhões. Os subsídios, por sua vez, somavam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota teve rubrica específica e jamais foi incluída no repasse dos subsídios.

O sistema de transporte coletivo da cidade custa, por ano, R$ 4,5 bilhões, mas o valor da arrecadação gira em torno de R$ 3,5 bilhões, daí a necessidade dos subsídios.

NÚMEROS

R$ 1,5 bilhão
é o total de subsídio pago às empresas de ônibus em três anos

R$ 600 milhões
era o limite estabelecido pelo prefeito aos subsídios em 2009

R$ 783 milhões
é o total pago até novembro pela Prefeitura às empresas de ônibus

R$ 360 milhões
estão previstos no Orçamento de 2010 para subsidiar as empresas
(ESTADÃO)

SOROCABA

Urbes abre licitação para nova empresa de ônibus
Valor estimado é de R$ 480 milhões por um contrato de 8 anos de serviço
Pedro Guerra
Agência BOM DIA

A Urbes – Trânsito e Transporte abre nesta quarta-feira licitação para a contratação de uma nova empresa de ônibus que vai operar o chamado lote 1 no lugar da TCS (Transporte Coletivo de Sorocaba). O valor estimado é de R$ 480 milhões por um contrato de oito anos, com a possibilidade de ser prorrogado pelo mesmo período.

A informação foi passada nesta segunda pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB) durante visita ao BOM DIA. “Estávamos só esperando aprovação do projeto na Câmara”, disse Vitor Lippi.

O projeto ao qual Lippi se refere é que o possibilita o pagamento da nova empresa por passageiro e não por quilômetro rodado como é feito hoje. “Hoje só duas cidades cobram por quilômetro rodado: Sorocaba e Curitiba”, explicou o prefeito.

Questionado se esse tipo de remuneração não levaria Sorocaba ao passado, com ônibus lotados, ele disse que não. “Tudo será colocado na licitação. Haverá planilhas de acompanhamento.”

Foram 18 meses de intervenção na TCS
A empresa TCS ficou sob intervenção desde junho de 2008. A medida foi motivada por dívidas trabalhistas e com credores que colocavam em risco a operacionalização do sistema.

A prefeitura fez a contratação emergencial de quatro empresas (Reunidas Paulista, Rosa, Jundiá e Viação São João) que assumiram as 43 linhas operadas pela empresa até que sejam concluído o processo de licitação.


Termo do fim da concessão é publicado
O termo de extinção de concessão para prestação de serviço de transporte coletivo urbano da empresa TCS foi publicado no jornal “Município de Sorocaba” de sexta-feira passada. O documento é assinado pelo prefeito Vitor Lippi e tem como testemunhas a secretária interina de Negócios Jurídicos, Silvana Maria Siniscalco Duarte Chinelatto, e também o presidente da Urbes, Renato Gianolla.

De acordo com o termo, fica declarada extinta a concessão para prestação de serviço de transporte coletivo urbano firmada com a empresa TCS.

O contrato foi assinado em 5 de fevereiro de 2003 e entrou em vigor partir de 1º de março do mesmo ano.

Pelo documento ficam definitivamente disponibilizados à empresa TCS os 156 veículos – 150 ônibus, um ônibus articulado, dois caminhões de socorro, dois carros e um caminhão – bens móveis e imóveis, equipamentos e o quadro integral de seus empregados. Também foram destituídas as pessoas nominadas para as funções de interventor geral, interventor administrativo-financeiro e interventor operacional.

O presidente da Urbes, Renato Gianolla, marcou para a tarde desta terça uma coletiva com a imprensa para falar detalhes do processo licitatório de contratação da nova empresa. (Bom Dia Sorocaba)

RODOVIARIA DO TIETE, SP

Difícil é se encontrar no Tietê
A falta de sinalização da maior rodoviária do País dificulta a vida dos usuários do terminal
Naiana Oscar

O único banheiro gratuito está escondido. Na saída do desembarque, as placas levam às escadas convencionais, mas ignoram os elevadores. O carrinho para as bagagens está proibido de mudar de andar. E quem não conhece o lugar tem de se virar perguntando, porque o maior terminal rodoviário do País, por onde passam 90 mil pessoas por dia, embora seja “modelo”, deixa a desejar quando o assunto é informação.

Até o dia 29, cerca de 950 mil pessoas devem passar pela rodoviária. Para evitar desencontros, o JT preparou um guia para quem tiver de “se achar” ou achar alguém no prédio de 120 mil m2 - quase dois estádios do Pacaembu. A planta do Tietê não está a disposição dos usuários no terminal, mas você poderá vê-la no Portal www.estadao.com.br.

Primeiro, uma informação de utilidade pública. A localização do único sanitário gratuito: fica ao lado de uma LAN house, no primeiro piso. As comerciantes da loja vizinha é que indicam o caminho aos perdidos. “Eu mais digo onde é o banheiro do que vendo cosmético”, disse uma lojista, que não quis se identificar. A placa que fica em frente a esse sanitário aponta para o lado oposto e leva os passageiros a um dos banheiros com catraca, onde é preciso pagar R$ 1,25. As condições de higiene e o cheiro, pouco agradável, são os mesmos. A explicação da Socicam, que administra a rodoviária, é que uma nova placa poluiria visualmente o ambiente.

Chegar ao desembarque pelo elevador é outra peregrinação. Ele fica na área administrativa e um painel restringe a entrada de quem não seja funcionário. A falta de sinalização torna mais difícil a chegada dos passageiros. Ao descerem dos ônibus, eles se deparam com uma escada rolante e duas convencionais. Não há placas que apontem o elevador, 50 metros adiante, depois do ponto de táxi. Semana passada, quando foi buscar a mulher, o caminhoneiro Vanderlei Aparecido da Silva, 43 anos, não se animou a subir as escadas. Sabendo que teria de andar por meia hora até o carro, foi atrás de um elevador. Ele achou o local, mas não conseguiu entrar porque um funcionário disse que seu uso era exclusivo para pessoas com deficiência. “Parece que aqui a gente só tem deveres. Se quer conforto, tem de pagar.”

E tem mesmo. Os 120 carrinhos de bagagem que ficam na saída do desembarque não podem ser levados para o andar de cima, por onde os passageiros precisam passar para chegar ao metrô ou a um dos estacionamentos. Isso é um privilégio dos carregadores, que cobram de R$ 3 a R$ 5 para fazer o “frete”. Eles são autônomos e não se submetem à administradora do terminal. Entre os 144, alguns estão ali desde que a rodoviária foi inaugurada, em 1982.

A promotora de Justiça, Jane Callegares, de 58 anos, não dispensa o serviço. Ela passa pelo Tietê pelo menos duas vezes por semana, para ir a Campinas, e prefere pagar. “Acho eles maravilhosos e nunca tive problema.”

Nem todo mundo está disposto a remunerar um carregador. Recém chegadas da Bahia, as aposentadas Maria Pereira, 83 anos, e a filha Mazinha Santana, de 58, tiveram de atrasar a chegada na casa dos parentes. Os sobrinhos levaram as 12 malas no braço até o carro. “A gente está guardando as malas até eles carregarem tudo.”

A Socicam alega que, se os carrinhos pudessem circular pelo primeiro andar, atrapalhariam o acesso à estação do metrô - que já é complicada. A fila nas sete bilheterias costuma assustar. Para reduzir a espera, o Metrô orienta os passageiros a comprar seus tíquetes antes da viagem, de preferência em outra estação.

TRANSTORNOS

Na chegada pelo metrô, o número reduzido de guichês faz com que se formem filas enormes para a compra do bilhete

Há 9 elevadores, dos quais 4 não estão funcionando. Um deles fica escondido no setor da administração e é o único que dá acesso à área de desembarque

Não há placas indicando onde fica o único banheiro gratuito da rodoviária, ao lado de uma LAN house. Nem a escada rolante, que leva até o desembarque e o embarque para longas distâncias

No desembarque, as pessoas colocam as malas nos carrinhos (como os do aeroporto), mas não podem subir para o andar de cima. O jeito é subir as escadas com a bagagem. Existe um elevador no local, mas não há sinalização para se chegar até ele

A falta de informação também leva os usuários da rodoviária a caírem no golpe dos falsos taxistas. Eles costumam oferecer viagens combinadas na saída da Av. Cruzeiro do Sul, perto da base da Polícia Militar, com preços abusivos. Nos últimos três meses, três ocorrências com táxis clandestinos foram registrados no 9º DP (Jornal da tarde)

ABC PAULISTA

S.André recebe ônibus equipado com consultórios médico e odontológico
Natália Fernandjes

Os munícipes de Santo André terão à disposição, a partir de janeiro, um ônibus que prestará atendimento médico e odontológico nas áreas de cobertura do Programa de Saúde da Família. O veículo foi equipado com consultórios médico e odontológico e readequado para oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência física.

A ação é fruto da parceria da prefeitura com a ONG Capacidade, que trabalha com portadores de necessidades especiais, e o Instituto Alcoa. “A prefeitura conseguiu catalizar as energias da ONG e do Instituto e formar essa bonita parceria para salvar vidas, além de prestar assistência básica à população”, destaca o Secretário de Saúde, Leonardo Carlos de Oliveira.

Para o prefeito Aidan Ravin, essa peça é fundamental para a secretaria de saúde e traz tranquilidade. “É uma maravilha essa confiança que passamos para os parceiros. Essa troca é muito importante para fazer um trabalho de verdade pela cidade”, acrescenta.

O Instituto Alcoa foi o responsável pela reforma e readequação do veículo. “Encontramos o veículo em péssimas condições de uso, tivemos que reformar toda a parte elétrica, mecânica, além de implementar o elevador de acessibilidade”, observa a responsável pelos projetos sociais da Alcoa Santo André, Jacqueline Rempel. O investimento por parte do Instituto foi de R$ 35 mil. Em contrapartida, a Prefeitura oferecerá médicos, dentistas e atendentes para o veículo. (Colaborou Natália Fernandjes) (Reporter Diario)

ABC PAULISTA

Ampliação do corredor ABC ficará pronta no 2º semestre

Heloísa Resende
A partir do segundo semestre do próximo ano, a população do ABC terá acesso mais fácil a zona sul de São Paulo por meio da extensão do Corredor Metropolitano ABD. A medida, que faz parte do Plano de Expansão São Paulo recebeu investimento de R$ 24 milhões e ligará a cidade de Diadema até o bairro do Morumbi e beneficiará cerca de 15 mil usuários por dia.

Serão implantados 12 quilômetros de faixas de ônibus exclusivas, com 18 pontos de paradas e cinco estações de transferência no trajeto do terminal Metropolitano Diadema até a futura estação de transferência Morumbi, onde os usuários terão acesso a Linha 9 Esmeralda (Osasco Grajaú), da CPTM (Companhia Metropolitana de Transporte Metropolitano). Além disso, o corredor estará interligado com a Linha 5 Lilás do Metrô, na futura estação Brooklin - Campo Belo.

Na visão dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, este projeto beneficiará a população a medida que prevê a integração das tarifas e ainda permitira que os municípios do ABC tenham acesso mais fácil a São Paulo. "Isso mostra que o plano de expansão não é só metrô, trem e estação, e sim um estudo amplo do transporte de São Paulo que foca a integração de todos os tipos de transporte", destaca.

Para o governador José Serra, este é um corredor que deu certo e precisa de investimentos para ser aprimorado. "Para nós o investimento no transporte coletivo é fundamental porque beneficia os assalariados", defende.

O corredor, gerenciado pela EMTU, receberá cinco novas estações: Jardim Miriam, Washington Luiz, Vereador José Diniz, Santo Amaro e Morumbi. Também será realizada a complementação do pavimento rígido da faixa exclusiva a esquerda no trecho próximo ao Shopping Morumbi, a execução da sinalização viária horizontal, vertical e semafórica, travessias de pedestres, recapeamento das faixas adjacentes e paisagismo.

Metrô Leve
O evento marcou ainda a assinatura do protocolo de intenções para a elaboração do projeto funcional do Metrô Leve que atenderá as cidades de São Bernardo e São Caetano. O meio de transporte ligará as duas cidades até a estação Tamanduateí, que atende hoje a Linha 10 Turquesa da CPTM e, a partir do próximo ano, a Linha 2 Verde do Metrô.

"O transporte de massa é uma saída para solucionar os graves gargalos de trânsito e a integração da região do ABC com as estações de trem e metro é uma ação importantíssima", observa o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

O projeto básico e também o funcional será elaborado em conjunto entre as duas prefeituras e a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos. Para o projeto básico, o Ministério das Cidades liberou recursos da ordem de R$ 27,6 milhões e o município de São Bernardo colaborou com cerca de R$ 2 milhões. A execução da obra será de responsabilidade do Governo do Estado. (Colaborou Natália Fernandjes) (Reporter Diario)

CURITIBA

LINHA TURISMO de Curitiba amplia frota de ônibus dois andares

A exemplo de Londres e outras cidades que utilizam o veículo como um dos principais motivadores dos city-tours, Curitiba vai ampliar o seu receptivo da Linha Turismo com a utilização de ônibus panorâmicos de dois andares. A partir de março de 2010 será colocada a versão double-deck com toldo retrátil, suporte para bicicletas e carrinhos de bebê, tudo para facilitar a presença dos turistas e dos próprios curitibanos.

A frota atual de cinco ônibus terá o aumento de mais quatro unidades. Será dobrada a capacidade de transporte dos turistas nos ônibus de dois andares com 65 passageiros sentados a mais por carro A utilização dos veículos de dois andares completou um ano no dia 15 de novembro passado e a presença do toldo evitará que nos dias de chuva o serviço fique ocioso. De acordo com o Instituto Municipal de Turismo, da prefeitura de Curitiba, desde a entrada do ônibus foi registrado um crescimento de 54,5% no número de passageiros da Linha Turismo.

A Linha o circula a cada 30 minutos, percorrendo aproximadamente 45 quilômetros em cerca de 2 horas e meia Da extensa lista de pontos turísticos em seu percurso, os mais visitados são o Jardim Botânico, Ópera de Arame, Parque Tangua e Praça Tiradentes, o ponto de partida. O dia de maior movimento é o sábado, e neste ano, de janeiro até novembro ocorreram 117.953 embarques nesse dia. (Estadão)

RIO

Coletivos que voam
Rio teve mais de uma multa de excesso de velocidade por ônibus em 2009
O Globo

RIO - Eles não são pássaros, não são aviões, mas não é difícil avistar um ônibus "voando" pelas ruas do Rio. Num ano marcado por sérios acidentes, dados do Detran-RJ mostram como os motoristas desses veículos estão com o pé embaixo: de janeiro a novembro deste ano, foram registradas, somente na capital, 19.155 multas por causa de excesso de velocidade, o que significa, em média, mais de uma multa por coletivo (1,3). O índice é quatro vezes maior do que a média atribuída ao restante da frota nos primeiros 11 meses de 2009: 0,3 por veículo. Um teste feito pelo GLOBO em quatro pontos da cidade na semana passada mostrou que, de 40 ônibus analisados, 27 (67%) trafegavam acima do limite permitido na via.

Não bastasse o abuso de velocidade, a falta de conservação também parece ser um problema crônico dos ônibus. Um levantamento inédito da prefeitura, com base nos registros de ocorrência do Centro de Controle Operacional da CET-Rio, revela que, de janeiro a novembro deste ano, 53% dos veículos que enguiçaram nas vias da cidade, atravancando o trânsito, eram coletivos. Em seguida, vieram os carros de passeio (31%), os caminhões (15%) e as carretas (1%).

- Às vezes, dá muito medo descer a Grota Funda de ônibus. Tem uns motoristas que correm muito, já houve uma vez em que eu achei que o ônibus ia virar de tanto que balançava na descida - conta o jardineiro Fernando Chaves, que volta diariamente do trabalho, na Cidade da Música, na Barra, para a casa, em Ilha de Guaratiba.

Um ano de acidentes graves

MAIO: No dia 19, um guarda municipal morreu atropelado por um ônibus na Avenida Presidente Vargas. No dia 25, um menino de 4 anos foi vítima de atropelamento por um coletivo, no Méier.

JUNHO: No dia 31, um ônibus da Viação Pégaso arrastou por dez metros a menina Luana Macedo, de 12 anos, que tentava embarcar na Avenida das Américas, após sair da escola.

JULHO: No dia 13, um idoso ficou ferido ao ser atropelado por um ônibus que subiu a calçada da Rua Afonso Cavalcante, na Cidade Nova. O acidente aconteceu quando o motorista do coletivo da linha 401 (Rio Comprido/Praça São Salvador) perdeu a direção e subiu a calçada, em frente ao prédio dos Correios, derrubando dois gradis de metal e atingindo o vendedor de doces Sebastião Alves Cruz, de 89 anos.

DEZEMBRO: No dia 8, uma pessoa morreu e três ficaram feridas na calçada da Avenida Ayrton Senna, na Barra, invadida por um ônibus desgovernado, da linha 702 (Rio das Pedras-Recreio). O coletivo derrubou dois postes, um sinal e um radar eletrônico. (O Globo)

RIO

Confira o ranking das empresas de ônibus que receberam mais reclamações de leitores
Fernanda Baldioti

RIO - Na disputa realizada pela enquete do site do GLOBO - que pedia para que os leitores apontassem as linhas e os problemas que mais os incomodavam nos ônibus - o que as empresas de transporte menos queriam era chegar na frente. Mas, nas ruas, o excesso de velocidade é um dos problemas que mais incomodam os passageiros, segundo revelou a pesquisa. No ranking das dez empresas com mais reclamações, a Amigos Unidos foi a campeã, com 39 queixas contra suas linhas. Em segundo lugar ficou a Real Auto Ônibus, com 27 citações. A medalha de bronze foi para a Tijuquinha. Em seguida vieram, respectivamente, Transportes São Silvestre, Transurb, Transportes Pégaso, Braso Lisboa, Viação Verdun, Viação Saens Peña e Breda Rio.

Poucos carros na rua, problemas mecânicos constantes, excesso de velocidade, desconforto, demora no intervalo entre os ônibus, falta de higiene e superlotação foram os principais problemas apontados pelos leitores que fizeram queixas contra as linhas 107, 158, 175, 524, 546, 591, 592, 593, todas da Transportes Amigos Unidos. O diretor da empresa, Hélio Carvalho, informou que a manutenção dos carros ficou prejudicada em virtude da desapropriação das duas garagens na Estrada da Gávea (Rocinha). Carvalho ressaltou, no entanto, que a empresa está trabalhando para reverter esta situação. "Queremos prestar serviço de qualidade a nossos clientes", afirmou, em nota.

Já as 27 reclamações recebidas pela Real Auto Ônibus referem-se às linhas 121, 123, 127, 128, 132, 170, 172, 173, 178. As queixas mais recorrentes são com relação a baratas, falta de higiene nos bancos e vidros, assentos mal conservados, problemas mecânicos, excesso de velocidade, motoristas que não param nos pontos, falta de ar-condicionado e superlotação. A Real Auto Ônibus informou que a empresa faz dedetizações periódicas em sua frota e que, em função do forte calor, tem intensificado a aplicação do produto. Segundo a viação, todos os veículos recebem diariamente lavagem especializada. "Esse é um assunto de extrema importância para a Real, tanto que hoje contamos com um equipe de 126 pessoas dedicadas exclusivamente a esse serviço", disse a nota da assessoria de imprensa da empresa. Em relação à má conservação dos veículos, a Real Auto Ônibus informou que todos os carros são revisados periodicamente.

No terceiro lugar do ranking ficou a empresa Tijuquinha, com 19 reclamações abrangendo as linhas 220, 225, 226, 229, 234. Segundo os leitores, os principais problemas são superlotação, motoristas que não param no ponto, falta de ar-condicionado e de manutenção. Três leitores da linha 226 se queixaram do fato de os ônibus não terem mais ar-condicionado. Já os passageiros das linhas 229 e 225 reclamaram de horário irregular e do grande intervalo entre um ônibus e outro. A Viação Tijuca informou que opera com a frota determinada pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). Sobre a demora, a empresa afirmou que, na linha 229, os veículos circulam com intervalos de cinco minutos. Já na linha 225, o espaço entre os veículos é de 15 minutos. A respeito da linha 226, a empresa informou que, devido a reclamações de usuários, somente tem ar-condicionado a linha que faz integração com o Metrô.

Os 16 leitores que fizeram com que a Transportes São Silvestre ficasse em quarto lugar no ranking apontaram problemas nas linhas 136, 154, 180, 184, 511, 512, 569, 570, 572, 573, 583, 584. Frota velha ou mal cuidada, espaço curto entre os assentos, superlotação e demora foram questões recorrentes. Nas linhas 136 e 154, os passageiros disseram ainda que os motoristas dirigem em alta velocidade, que faltam carros com ar-condicionado e que os veículos estão sujos e em péssimo estado de conservação. Já sobre a linha 180, os leitores afirmaram que, além de sujos, os vidros não abrem e as campainhas não funcionam. Os responsáveis pela empresa não retornaram aos contatos feitos pelo GLOBO.

Em quinto lugar na disputa ficou a Transurb, com 12 reclamações abrangendo as linhas 214, 390, 410, 422, 691. Em geral, os leitores se queixaram de excesso de velocidade, superlotação, motoristas que dirigem fumando, direção ofensiva, falta de higiene e de manutenção dos carros, horário irregular e frota velha. Passageiros da linha 410 reclamaram ainda da demora excessiva no ponto do antigo Bob's, na Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon. A Transurb informou que recolhe os veículos toda noite "para fazer manutenção preventiva e corretiva, limpeza interna e externa, abastecimento, verificação de todos os itens de segurança, inclusive reposição de adesivos dentro dos veículos que os próprios usuários retiram e são informações obrigatórias". A empresa afirmou ainda que seu ônibus mais velho tem 2 anos e 4 meses.

A Expresso Pégaso recebeu 11 queixas pelas linhas S-20, 382, 387 e 1136. Excesso de velocidade - principalmente na Avenida Niemeyer e na Praia do Flamengo-, motoristas que não param nos pontos, ônibus com os bancos quebrados estão entre as queixas dos usuários. A coordenadora de Pessoal da Expresso Pégaso, Gisele Dutra da Silva, reconhece que, eventualmente, alguns motoristas agem fora dos padrões, mas ressaltou que eles sempre são pegos através de denúncia ou pelos fiscais da empresa e são encaminhados para reciclagem.

Já a Braso Lisboa recebeu dez reclamações abrangendo as linhas 209, 472, 474 e 476, o que a deixou em sétimo lugar no ranking. Um leitor afirmou que, na linha 209, a água do ar-condicionado fica caindo em cima dos passageiros. Em geral, as principais reclamações contra as linhas da empresa dizem respeito à motorista que não param nos pontos e que dirigem e fazem o trabalho de trocador ao mesmo tempo, vendedores ambulantes e baratas nos ônibus - principalmente os da Praia do Flamengo e da Praia de Botafogo. A empresa informou que o vazamento de água no interior do ônibus já foi sanado. Quanto à reclamação sobre baratas, a Braso Lisboa afirmou que contratou uma empresa para fazer o trabalho de dedetização. Mas, ressaltou que "o combate nem sempre é eficaz, uma vez que as baratas criam resistências ao veneno e este, por sua vez, não pode sair dos padrões de toxidade estipulados pela Inea". A empresa disse ainda que sua orientação é para que os motoristas só façam o troco com o veículo parado. Sobre as paradas no ponto, a Braso Lisboa afirmou que trata-se de um problema disciplinar e que o motorista é sempre punido de acordo com CLT. Com relação aos ambulantes, a empresa ressaltou que a orientação é não permitir a entrada deles nos ônibus, mas disse que alguns são violentos e por vezes têm agredido e até atentado contra a vida dos funcionários, além de apedrejarem e depredarem os ônibus.

A Viação Verdun recebeu nove reclamações sobre as linhas 238, 239, 247 e 455. A demora entre os carros foi a reclamação mais recorrente, seguida de os motoristas não pararem no ponto. Os leitores queixaram-se ainda de falta de manutenção e de ar-condicionado, acesso irrestrito de vendedores e ambulantes. A Viação Verdun afirmou que o acesso irrestrito de vendedores e pedintes, assim como a desobediência nas paradas nos pontos são práticas em desacordo com as normas da empresa. Segundo a viação, os profissionais são advertidos severamente. A empresa disse ainda que a frota é constantemente renovada. Sobre a demora de carros em geral, a Verdun informou que já vem adotando as devidas providências, através do monitoramento de toda a frota por GPS.

Também com nove reclamações ficou a Viação Saens Peña. Quanto à linha 409, as queixas referem-se a intervalos longos e irregulares e excesso de velocidade. Já com relação à linha 217 todas as reclamações se devem ao fato de os ônibus com ar-condicionado terem sido retirados de circulação. Segundo a supervisora de Desenvolvimento Humano da viação, Waldéa Portela, os congestionamentos podem acarretar dificuldades no cumprimento da frequência da linha 209. Sobre a 217, Waldéa ressaltou que há alguns anos a linha tem operado com frota mista, sendo a maioria sem ar. De acordo com ela, após a criação do serviço de integração da linha 217 com o Metrô, com todos os veículos dotados do equipamento, a demanda por veículos convencionais com ar-condicionado do serviço regular caiu drasticamente.

A Breda Rio ficou em décimo lugar no ranking, com 11 reclamações abrangendo as linhas 261, 484, 485, 498 e 497. Baratas, horário irregular, excesso de velocidade, carros velhos, pneus desgastados, superlotação e falta de ar-condicionado foram as principais queixas. A empresa não retornou ao contato feito pelo GLOBO.

SP

Bilhete carregado até dia 3 terá tarifa menor

O paulistano tem uma semana para carregar o bilhete único antes do aumento da tarifa de ônibus, que ocorrerá em 4 de janeiro. O reajuste será de 17,4% e elevará o preço da passagem de R$ 2,30 para R$ 2,70, uma das mais altas do País. Mas quem recarregar o bilhete até o dia 3 de janeiro, próximo domingo, pagará o preço da passagem atual até que os créditos se esgotem. O limite da recarga é de R$ 200 por cartão. A lista de postos de recarga pode ser consultada no site www.sptrans.com.br. (Estadão)

RIO

Prefeitura promete renovar ônibus. Até 2016
Gustavo Goulart

RIO - Ao analisar reportagem do GLOBO publicada no domingo - mostrando, entre outros dados, que somente de janeiro a novembro, na capital, 19.155 multas por excesso de velocidade foram aplicadas contra ônibus -, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, atribuiu boa parte do problema às más condições de trabalho dos motoristas e anunciou: no início de 2010, o prefeito Eduardo Paes vai baixar decreto determinando a troca de toda a frota da cidade (8.700 coletivos) por veículos modernos. Será, segundo ele, o fim dos chassis de caminhão instalados nos ônibus. O secretário disse esperar uma média de mil ônibus renovados a cada ano, até 2016.

(Leitores apontam as linhas de ônibus que mais apresentam problemas no Rio)

- O motor não poderá ficar na frente do ônibus. Imagine um motorista dirigindo o dia inteiro com aquele barulho do seu lado, com o motor esquentando suas pernas. Ele se estressa, e aí as coisas que não devem acontecer acontecem. Vamos implantar um novo padrão tecnológico. O câmbio, por exemplo, tem que ser automático. Não abriremos mão da troca do chassis e da suspensão. Aliado a isso, teremos os corredores expressos, que reduzirão o tempo de percurso dos coletivos, além do projeto Motorista Cidadão (convênio da RioÔnibus com a Fundação Getúlio Vargas para dar noções de civilidade no trânsito) - disse Sansão.
Aumento de tarifa não está descartado

O secretário reconheceu que a modernização da frota poderá acarretar aumento de tarifa, mas se disse otimista:

- Se você dá conforto aos usuários, com ônibus modernos, motoristas desestressados, corredores exclusivos para os coletivos, a demanda de passageiros certamente aumentará. Por isso, acredito que os novos ônibus, como existem em países desenvolvidos, atrairão muita gente que hoje vai de carro para o trabalho.

A RioÔnibus representa as 47 empresas da capital, que empregam cerca de 20 mil motoristas. O vice-presidente da entidade, Octacílio Monteiro, ponderou que as medidas da prefeitura poderão elevar o custo das passagens em até 50%.

- Em muitos países europeus o transporte é público, subsidiado. Aqui não. Quando cheguei ao Rio, em 1951, a empresa Nacional já tinha ônibus da General Motors, importados, com câmbio automático. Há dez anos tínhamos cerca de seis mil ônibus em circulação e transportávamos 110 milhões de pessoas por mês. Hoje temos 8.700 coletivos e transportamos 65 milhões de pagantes por mês e 20 milhões de usuários com passagens gratuitas - comparou.

Nesta segunda-feira, uma colisão de traseira entre dois ônibus deixou 14 pessoas feridas levemente na Penha. (O GLOBO)

ABC PAULISTA

Marinho assina convênio para elaboração do projeto básico do Metrô Leve

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, assinou na tarde desta segunda-feira (28/12) o convênio para elaboração do projeto básico do Metrô Leve. O acordo foi firmado entre a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e o Metrô de São Paulo, com a prefeitura de São Bernardo e a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos como intervenientes. A iniciativa permitirá integrar diretamente o município à capital.

A partir da oficialização foi liberado o repasse da ordem de R$ 27,6 milhões do Ministério das Cidades, do Governo Federal, para a elaboração do projeto básico que será contratado pelo Metrô de São Paulo com previsão de conclusão em 2010.

Caberá ainda ao Metrô a elaboração dos estudos ambientais e os procedimentos de licenciamento junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente. A próxima fase será contratar o projeto executivo para início efetivo da obra.

Os estudos irão definir o custo da obra, utilização do VLT (Veículo Leve sobre Trilho) ou monotrilho, local onde passará a linha, as regiões mais importantes que deverão ser atendidas, entre outros aspectos.

A obra será executada pelo Estado e atenderá prioritariamente as cidades de São Bernardo e São Caetano, que são responsáveis pelo projeto funcional e estudos técnicos de viabilidade. O processo está em fase de conclusão em São Bernardo e contou com investimentos de R$ 1,3 milhão pela prefeitura.

Segundo o prefeito Luiz Marinho, existe possibilidade do município fazer conexão com a Estação Tamanduateí, que atende a Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e que, a partir de 2010, integrará metrô e CPTM. O Metrô Leve é um sistema de transporte sobre trilhos que opera com média capacidade e é muito comum em países da Europa e Ásia. (Reporter Diario)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FOTO DO DIA

MONTADORA

Volare adota nova identidade de marca
A partir de janeiro a fabricante brasileira de miniônibus Volare adotará nova identidade de marca, pretendendo ressaltar atributos de jovialidade e dinamismo.

A agência da empresa, Planet House Propaganda e Marketing, explica que a nova marca tem linhas mais fluidas e leves, letras mais firme e ganhou novas cores azul-escuro e detalhe em laranja.

“Esta é a primeira modernização na identidade da marca desde 2001, quando a Volare passou a ser uma unidade de negócios e iniciamos um reposicionamento”, destaca Nelson Gehrke, diretor-geral, justificando a necessidade de mudança para alinhamento com os clientes de perfil jovem.

O ícone gráfico do "pássaro", reestilizado, foi separado do nome e tornou-se um elemento mais aerodinâmico, que alça vôo – segundo a agência. As letras da fonte Lucida Sans foram alteradas para dar uma maior sensação de movimento. A letra O, em especial, ganhou um traço de ‘velocidade’.
Mais em www.volare.com.br. (Automotive Business)

MERCADO

Mercado de ônibus cai, mas eventos esportivos devem impulsionar o setor

Assim como outros setores da economia, segmento verificou queda nas vendas devido, principalmente, aos escassos investimentos em renovação de frota

Mesmo com a queda do mercado, indústria de ônibus urbano produziu 2,8% mais

Embora os impactos da crise financeira mundial já tenham diminuído, segundo especialistas, as marcas da retração econômica ainda perduram nos principais setores produtivos. Durante o auge da recessão, inúmeras iniciativas foram realizadas afim de garantir a normalidade econômica. No setor automobilístico, por exemplo, a redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) permitiu às montadoras retomar o fôlego nos negócios. No entanto, poucas pessoas pararam para analisar como ficou o mercado de ônibus, principalmente o urbano, durante esse período.

Para se ter uma ideia, além dos problemas diretos causados pela crise, o setor ainda precisa se ajustar para não sofrer ainda mais com os impactos indiretos, como a queda na procura pelo serviço, devido às baixas nos postos de trabalho, e os inúmeros feriados ao longo deste ano, por exemplo.

De acordo com o anuário da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), publicado no fim do segundo bimestre deste ano, inúmeras empresas sentiram na pele o que o crescimento dos níveis de desemprego causaram ao País.

Segundo o levantamento, com o aumento no número de desempregados, as empresas prestadoras deste tipo de serviço amargaram uma queda de usuários transportados, com isso, há menos renda e mais veículos ociosos.

Além disso, a pesquisa aponta que devido a estes fatores houve uma diminuição na necessidade de ampliar a frota, já que menos passageiros utilizaram o serviço. Com isso, uma outra ponta da cadeia produtiva sentiu o resultado ao longo deste ano: as fabricantes de ônibus.

Produção

Dados do último balanço da Anfavea (Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores), referente ao mês de novembro, apontam que no acumulado do ano 32.405 ônibus foram produzidos no País. Desde total, 28.516 representam a demanda de veículos urbanos. No mesmo período do ano passado, 42.837 unidades foram fabricadas, sendo 36.392 ônibus urbanos.

Embora os números revelem queda, em relação ao mesmo período do ano passado, no último mês as fabricantes registraram um crescimento de 2,8% na produção deste tipo de veículo em comparação ao mesmo mês do ano passado, período auge da crise. Enquanto isso, os modelos rodoviários contabilizaram uma queda de 13,3% no mesmo período.

Prova que o mercado vem ser recuperando é que a Mercedes-Benz, empresa que possui 48,5% de participação no mercado de ônibus, segundo dados da companhia, contabilizou no acumulado deste ano a comercialização de 8.695 unidades destinadas ao uso urbano, entre modelos com motor frontal e traseiro.

Neste mercado, tanto de ônibus rodoviário quanto urbano, a empresa comemorou em novembro a comercialização de 1.041 ônibus. De acordo com os dados apresentados, este foi o melhor mês do ano e dos últimos quinze anos.

Para a organização, contribuíram para esse desempenho as solicitações maiores por ônibus urbanos para as grandes cidades e por ônibus escolares de programas do governo federal e de estados como São Paulo e Paraná. Atualmente, conforme os números apresentados, o mercado de ônibus urbano é o carro chefe da empresa no segmento, já que a marca comercializou um total de 10. 880 unidades.

Outra empresa que, embora tenha sentido os efeitos da crise, acredita no potencial do mercado de ônibus urbano é a montadora sueca Scania. Eduardo Monteiro, Responsável pelas vendas de chassis urbanos da companhia no Brasil, explica que a queda no mercado foi irremediável já que boa parte das pessoas estavam com receio de fazer investimentos que não pudessem arcar no futuro. No entanto, segundo ele, o que se percebeu no segundo semestre deste ano foi uma retomada na renovação da frota em operação no País.

Copa e Olimpíadas

Para Monteiro, a tendência é que o mercado cresça significativamente nos próximos anos, já que o Brasil será palco de dois grandes eventos esportivos mundiais: a Copa de 2014, que contará com 12 cidades-sedes, e as Olimpíadas de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro.

“Todas as federações envolvidas nestes acontecimentos esportivos deverão realizar grandes investimentos em infraestrutura de transporte, implantando BRTs (Bus Transit Rapid) ou corredores exclusivos para ônibus, com isso haverá uma procura crescente e contínua por este tipo de veículo”, explica.

Embora a fabricação deste veículo deva crescer para atender a busca pelas melhores soluções em transporte coletivo, de acordo com Monteiro, ainda não é possível estimar um incremento para o mercado.
(webtranspo)

MONTADORA

Marcopolo prevê produção de 24,7 mil ônibus em 2010
Agência Estado
Por Sandra Hahn

Porto Alegre - O crescimento de produção estimado pela Marcopolo para 2010 terá três vertentes principais: o mercado interno, a entrada em operação de uma unidade no Egito no primeiro trimestre e o aumento de produção na Índia. A companhia espera produzir 24,7 mil ônibus no Brasil e exterior no próximo ano, ante 21 mil unidades previstas para 2009. A receita líquida deve alcançar R$ 2,55 bilhões, ante R$ 2,3 bilhões definidos como meta este ano.

Da produção total esperada, o Brasil deve responder por 14,9 mil unidades. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prorrogou, até 30 de junho de 2010, a vigência do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que financia ônibus com juros fixos de 7% ao ano. Além da oferta de financiamento com condições atrativas, a prorrogação das concessões de linhas interestaduais de transporte - decidida em novembro pela ANTT - também vai melhorar a demanda do setor, observa o diretor de relações com investidores da Marcopolo, Carlos Zignani. A indefinição sobre a eventual prorrogação ou o lançamento de nova licitação das concessões atrapalhava o planejamento dos operadores de transporte de passageiros.

Entre as 9,8 mil unidades que devem ser fabricadas no exterior, o Egito deve gerar 600 veículos, enquanto a fábrica na Índia entregará o dobro em 2010. A produção na Índia é feita em associação com a Tata Motors e a Marcopolo consolida 49% do total em seu resultado. O ritmo de produção deve saltar de 6 mil em 2009 para 12 mil no próximo ano, cabendo metade à fabricante brasileira. No país asiático, a Marcopolo substituiu, com a associação, fabricantes locais que faziam a carroceria de forma terceirizada para a Tata. No Egito, a Marcopolo também incorpora 49% da produção local a seu resultado.

Ainda debilitado pela crise, o mercado mexicano deve contribuir com 1.500 unidades no planejamento da Marcopolo em 2010, que já divulgou uma parada temporária na unidade durante o primeiro trimestre para eliminar estoques. No país, os fabricantes costumam produzir antes da chegada dos pedidos, explicou Zignani, e o mercado acumulou estoques elevados. A produção prevista representará metade do ritmo habitual no México, que seria de 3.000 unidades.

A Rússia não voltará à contabilidade em 2010. A fábrica no país, na qual a Marcopolo está associada à Russpromauto, está parada e não há expectativa de retomada do mercado no próximo ano. Na Colômbia, a companhia prevê gerar 600 veículos, mesmo número que na África do Sul, enquanto na Argentina, deve consolidar 500 unidades em 2010.

Nos próximos anos, alguns eventos têm potencial gerador de negócios para os fabricantes de ônibus. Em 2012, haverá eleições municipais, que habitualmente estimulam a renovação das frotas. O Brasil tem uma frota com idade média acima de 15 anos, que deveria ser reduzida para 10 anos, na avaliação dos fabricantes. Depois disso, a Copa do Mundo em 2014 no Brasil e Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 também devem gerar investimento tanto em infraestrutura de transporte quanto em renovação de veículos, projetou Zignani.

Volare

A Unidade de Negócios Volare, da Marcopolo, deve fechar 2009 com venda de quatro mil unidades do miniônibus, com queda ante o resultado recorde de 5.070 veículos registrados em 2008. Além dos problemas de crédito ao longo do ano, a demanda do programa Caminho da Escola frustrou os fabricantes habilitados na licitação, explicou o diretor-geral da Volare, Nelson Gehrke.

Havia expectativa de pedidos para 6,6 mil unidades entre os fabricantes habilitados, mas o volume deve ficar em até 1.700 este ano, dos quais a Volare prevê fornecer entre 500 e 600. O programa financia a renovação de frotas escolares a prefeituras e governos estaduais. As prefeituras restringiram os pedidos em parte pela queda de arrecadação no ano. Os preços licitados vigoram até fevereiro de 2010, prazo limite para fazer contratos pela licitação de 2009. Após esta data, as encomendas podem ser entregues em até 120 dias nos locais mais distantes. Uma nova licitação do programa deve ser feita entre o final de fevereiro e começo de março, mas o prazo de contratação será menor, por causa das eleições. A restrição à assinatura de financiamentos entra em vigor em julho.

Para 2010, a Volare estima produção de 4,2 mil a 4,4 mil unidades, que são fabricadas na unidade da Marcopolo em Caxias do Sul (RS). As exportações, que caíram para 5% do total em 2009, devem voltar ao patamar de 10% no próximo ano. Os pedidos de fretamento e turismo representam 40% da carteira da Volare, fatia que deve permanecer igual em 2010. (ABRIL)

RIO

Transcarioca reorganizará os ônibus
Linhas serão extintas e outras, alimentadoras do sistema, serão criadas

A prefeitura pretende aproveitar o Transcarioca, linha segregada de ônibus (Bus Rapid Transit, ou BRT) que ligará a Barra à Penha, para dar início a um processo de reordenamento das linhas. A empresa que vencer a licitação que a Secretaria municipal de TRANSPORTES lançará em 2010 para implantar o novo sistema com veículos articulados até 2013 também vai operar 38 novas linhas.

Chamadas de alimentadoras, essas linhas, com percursos de menor extensão, serão criadas para ligar os bairros às futuras estações.

- Já está decidido que o preço da passagem será o da tarifa-padrão cobrada hoje pelos coletivos (R$ 2,20). Com uma única passagem, o usuário poderá viajar nas linhas alimentadoras e no próprio Transcarioca. O que ainda falta definir no edital é o tempo de validade para viajar com um só bilhete - disse o secretário municipal de TRANSPORTES, Alexandre Sansão.

A implantação do Transcarioca - que até recentemente era conhecido na prefeitura como corredor T5 - provocará também a extinção de 28 linhas que fazem percursos que coincidem ou se assemelham ao novo sistema. A linha 732, por exemplo, que hoje faz o percurso Gardênia Azul-Cascadura, será substituída por uma das linha alimentadoras.

O ponto final continuará em Gardênia Azul, mas o passageiro, para seguir viagem até Cascadura, terá que embarcar na estação do Transcarioca a ser criada na Taquara. Situação parecida viverão os usuários da linha 766 (Freguesia-Madureira): os coletivos irão da Freguesia apenas até o Tanque, onde haverá uma integração com o novo serviço.

A estimativa da prefeitura é que sejam gastos quase R$ 1,1 bilhão em obras e no pagamento pela desapropriação total ou parcial de 3.630 imóveis localizados no eixo do novo sistema. A previsão é que as obras sejam concluídas por etapas: Barra-Madureira (2012) e Madureira-Penha (2013). Sansão, no entanto, explica que o processo de reorganização das linhas começará antes do término das obras: - Queremos iniciar a operação gradativa do serviço.

Nada impede que, quando o trecho até a Taquara for concluído, as linhas alimentadoras já comecem a transportar PASSAGEIROS sem concorrer com as existentes. (O Globo)

SP

Lippi muda remuneração das empresas de ônibus
Pagamento será feito por passageiro e não mais por quilômetro rodado
Pedro Guerra - Agência BOM DIA

O prefeito Vitor Lippi (PSDB) vai mudar a forma de remuneração das empresas que operam o transporte coletivo em Sorocaba. A intenção é pagar por passageiro transportado e não mais por quilômetro rodado como é feito atualmente.

O projeto de lei que pede a alteração será votado nesta quinta-feira pelos vereadores, em sessões extraordinárias. Na justificativa Lippi afirma que após aprovação da proposta será possível dar prosseguimento à concorrência pública que escolherá a empresa que vai operar definitivamente no lugar da TCS (Transporte Coletivo de Sorocaba).

Apesar do projeto constar a alteração, Lippi ainda deixa outras possibilidades de pagamento. A proposta chega a manter o pagamento por quilômetro rodado.

O prefeito explica que desta maneira ampliam-se as opções de remuneração das empresas, permitindo escolher aquele que melhor se adequar ao sistema de Sorocaba. O atual sistema está em vigor a 20 anos.


TCS está 100% fora do sistema
Desde o dia 8 a empresa TCS (Transporte Coletivo de Sorocaba) não opera mais nenhuma linha de ônibus na cidade. Quatro empresas foram contratadas emergencialmente para fazer o serviço até que seja realizada a concorrência pública pela prefeitura.

De acordo com o diretor da Urbes – Trânsito e Transporte, Renato Gianolla, são 183 veículos, distribuídos entre as empresas contratadas. “A Rosa opera com 47 veículos; a São João com 44; a Reunidas com 46 e a Jundiá também com 46”, disse.

A empresa TCS sofreu intervenção administração municipal em julho de 2008. A medida foi motivada por dívidas trabalhistas e com credores que colocavam em risco a operacionalização do sistema.

Na Câmara foi formada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar possíveis irregularidades na intervenção.

SP

Ônibus pode ter licitação em 2010
MP e Justiça devem aceitar acordo de empresas e Prefeitura para novo processo

Um processo de licitação para a concessão (hoje é permissão) do transporte coletivo urbano de Ribeirão Preto pode ter início em fevereiro de 2010, caso as empresas permissionárias cheguem a um acordo com a Transerp e a Prefeitura para a compensação de uma indenização pela prorrogação do prazo de permissão.

Mas o acordo precisa ser aceito pelo Ministério Público e julgado pelo juiz da 2ª Vara Fazendária, João Donizeti Gandini. O assunto foi discutido ontem com representantes das três empresas, o superintendente da Transerp e secretário de Governo, William Latuf, o promotor Sebastião Sérgio da Silveira e o juiz Gandini. Eleconsiderou que as discussões avançaram e suspendeu o julgamento da ação, proposta pelo promotor Sebastião Silveira, por 45 dias. Assim, o acordo deve ser entregue ao promotor na primeira semana de fevereiro.

Caso o promotor aceite e o juiz julgue válido o acordo, a Prefeitura inicia o processo licitatório, que deve demorar dois anos. “Apenas a contratação de um consultoria especializada para a formatação e elaboração do edital deve demorar um ano”, disse Latuf. Ele acredita que o processo de escolha da empresa (ou empresas) demore mais um ano.

“Caso o acordo não seja aceito, julgo a ação. Mas se ele for assinado, terá prazos estipulados, tanto para cumprimento dos investimentos quanto para a realização da licitação”, disse Gandini. “Posso aceitar o acordo, sem abrir dos pedidos que estão na ação”, afirmou o promotor Sebastião Silveira.

A ação do Ministério Público é uma das três que questionam a ilegalidade da prorrogação, por 15 anos, feita em 1999. Pela prorrogação, as empresas teriam a permissão para trabalhar até 2014. Mas todas as ações já julgadas determinam o fim da prorrogação e a indenização, pelas permissionárias, por possíveis prejuízos aos cofres públicos.

Entre os investimentos que devem ser propostos pelas empresas está a construção de 200 abrigos para passageiros e investimentos de R$ 3,5 milhões na bilhetagem eletrônica. (Guto Silveira) (Gazeta Ribeirao)

MINAS

BH deve operar com dois terminais rodoviários
Pedro Rocha Franco - Estado de Minas

Unidade do Bairro São Gabriel, na região Nordeste de BH, já está em teste e cumpre o requisito de se comunicar com o trem metropolitano
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) admitiu na quarta-feira que a solução para pôr fim à polêmica da transferência da rodoviária da capital será operar com mais de um terminal rodoviário, em articulação com o metrô. Para não criar um gargalo em um único ponto da cidade, a estação deve ser desmembrada em dois pontos e o tão esperado anúncio sobre esses locais deve ser feito na sexta-feira. “Belo Horizonte pode ter mais de uma rodoviária. A cidade é muito grande”, disse na quarta-feira o chefe do Executivo.

No dia do aniversário de 112 anos da cidade, Lacerda prometeu confirmar o local da nova estação entre terça-feira e hoje, mas, por causa da visita do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, prevista para sexta-feira, o anúncio ficou para a própria sexta. “Estamos debatendo o assunto. Pela manhã, tivemos uma longa reunião. Tivemos forte apoio da BHTrans e de consultorias que analisaram todas as implicações da possível entrada da rodoviária no trânsito do Calafate, (Oeste da capital) principal preocupação das pessoas que moram lá”, afirmou o prefeito, evitando comentar se a viabilidade de um terminal no bairro foi ou não confirmada.

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A escolha do terreno da nova estação, planejada para funcionar nos próximos 40 anos, leva em conta principalmente a integração com o transporte público, o que possibilita o deslocamento dos passageiros sem usar veículo particular e, por consequência, reduz congestionamentos na região. Por isso, um quesito obrigatório é estar vinculada à linha do metrô. Se a escolha está entre a Região Oeste e a Nordeste – onde a estação São Gabriel, também integrada ao trem metropolitano, passou a receber parte dos ônibus rodoviários, o prefeito desconversa. Mas que a nova estrutura estará perto dos trilhos é certo. “O traçado do metrô é conhecido”, diz Lacerda.

A Estação BHBus São Gabriel, na Região Nordeste atende à prerrogativa de unir diferentes meios de transporte, associando os coletivos rodoviários ao sistema regular de ônibus e, principalmente, ao metrô. Desde terça-feira, a unidade está em teste, com a transferência temporária de um quarto das viagens previstas para o Terminal Governador Israel Pinheiro, na área central. Mesmo com solução a ser anunciada amanhã, a atual rodoviária não será desativada, diz o prefeito. Também vizinha aos trilhos do trem metropolitano, o equipamento continuará em funcionamento, mas pode funcionar como uma estação para ônibus metropolitanos, turísticos e que seguem em direção ao aeroporto.

Além da conexão com o metrô, um dado levado em conta para a escolha do terreno é a proximidade com vias rápidas que cruzam a cidade, como o Anel Rodoviário. “Temos que considerar que o projeto do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para revitalização do Anel mexe nas travessias da via. Por isso, também estamos conversando com o Dnit e podemos pedir para que sejam feitas adaptações para facilitar os acessos”, disse Lacerda.

COLUNA

Primeiro Plano - Ariverson Feltrin
Scania faz meganegócio

Depois de um 2009 de extrema dificuldade pela brutal retração dos mercados importadores de caminhões pesados, a Scania, instalada em São Bernardo, chega ao final do ano em situação mais confortável. O mercado externo ainda está longe de se recuperar, mas no ambiente doméstico a montadora de origem sueca já colhe boas encomendas, reflexo da maior atividade econômica do País e de programas que reduziram taxas de juros e tributos que incidem sobre caminhões e ônibus.

Um grande negócio, por exemplo, foi fechado recentemente com um dos maiores compradores de ônibus Scania no mundo, a mineira Empresa Gontijo de Transportes, com sede em Belo Horizonte. A Gontijo encomendou em torno de 200 chassis de ônibus, negócio avaliado em cerca de R$ 50 milhões. Os chassis, dos modelos K380 e K420, vão renovar 20% da frota da operadora, que tem cerca de 1.000 ônibus (o grupo, além da Gontijo, controla ainda a Cia. São Geraldo, dona de outros 700 ônibus).

Se nos ônibus os negócios começam a melhorar, em caminhões, a Scania já está em boa posição. Fechou janeiro a outubro com 24,7% de participação nas vendas internas no atacado da linha pesada. Trata-se de avanço de 6 pontos percentuais sobre a fatia que tinha ano passado, em igual período.

Com a economia retomando o crescimento, a Scania não deverá ter em 2010 as dificuldades que enfrentou ao longo de parte de 2009, quando precisou recorrer com frequência a férias coletivas, licenças remuneradas e a programas de demissões voluntárias, entre outras medidas de ajustes.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

FOTO DO DIA

COLUNA

Primeiro Plano - Ariverson Feltrin
Dibracam faz megavenda

A Dibracam, uma das três maiores revendas MAN-Volkswagen Caminhões e Ônibus do Brasil, com matriz em Santo André, e revendas em Sorocaba e na Capital, vendeu lote de 180 ônibus para três empresas - Rosa, São João e Jundiá -, que passaram a operar o transporte urbano de Sorocaba, no interior paulista. A informação foi dada à coluna pelo empresário Heitor Tosi Neto, dirigente da Dibracam.

Os chassis vendidos são dos modelos VW 9.150, VW 15.190 e VW 17.230. A venda total, incluindo carrocerias, passa de R$ 30 milhões.

As três empresas, Rosa, São João e Jundiá, começaram a operar oficialmente na última quarta-feira. Elas substituem a TCS (Transportes Coletivos Sorocaba), que respondia por 50% do transporte coletivo da cidade. A TCS, depois de passar por intervenção da Urbes, gestora pública de Sorocaba, teve a concessão dos serviços cassada.

A Dibracam, com certificação ISO 9000 em todas as concessionárias, além de venda de caminhões e ônibus novos e seminovos, tem área dedicada ao pós-venda, que inclui acordos de manutenção com frotistas.

RIO DE JANEIRO

Rio inicia desapropriação para corredor de ônibus
Expresso Transcarioca (T5) está orçado em R$ 900 milhões e deve ligar Barra a Madureira em 2012

Solange Spigliatti - Central de Notícias

SÃO PAULO - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), baixou um decreto no Diário Oficial de ontem para determinar o início da desapropriação dos mais de 3.600 imóveis ao longo do trajeto do Corredor Expresso Transcarioca, também chamado T5. O projeto está orçado em R$ 900 milhões e a previsão é que o trecho Barra-Madureira esteja concluído em 2012.

O T5, segundo a prefeitura, será um corredor expresso viário exclusivo para ônibus articulados que ligará a Barra da Tijuca à Penha e será implantado ao longo de vias com elevado volume de viagens por ônibus, como as avenidas Ayrton Senna, Embaixador Abelardo Bueno, Ministro Edgard Romero, Vicente de Carvalho e Brás de Pina.

O sistema T5 terá 28 quilômetros de extensão por onde circularão linhas expressas e paradoras, num total de 9 linhas. De acordo com a prefeitura, haverá redução de 51% no tempo de viagem. Hoje os passageiros gastam, em média, 96 minutos para fazer o percurso do T5. Com o corredor, serão 47 minutos.

Os ônibus serão articulados com capacidade para 160 passageiros, sem catraca interna. Serão 36 estações (seis duplas), dois terminais (Alvorada e Penha) e 13 pontos de integração. As estações duplas (com linhas expressas e paradoras) são: Autódromo, Taquara, Tanque, Praça Seca, Madureira e Vicente de Carvalho e 30 estações simples (linhas paradoras).

Os 13 pontos de integração são: Alvorada, Autódromo, Praça do Bandolim, Merck, Taquara, Tanque, Praça Seca, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Aquidauana, Praça do Carmo e Penha. De acordo com a prefeitura da capital fluminense, haverá integração físico-tarifária com os principais eixos radiais de elevada capacidade do município: Ramais Deodoro, Belford Roxo e Saracuruna (trem) e Linha 2 do metrô.
ESTADAO

RIO DE JANEIRO

RJ deve começar a usar bilhete único em fevereiro
MAÍRA TEIXEIRA - Agencia Estado

SÃO PAULO - A partir de fevereiro de 2010, o Rio de Janeiro deve começar a implantar o bilhete único para integrar o transporte público, informou hoje a Secretaria de Transporte e Comunicação do Estado. Inicialmente, a integração valerá para ônibus, trem, metrô e barcas apenas da região metropolitana. O valor da passagem, tempo de duração e quantas viagens o usuário poderá fazer com uma única passagem ainda não foi estabelecido.

Atualmente, a tarifa de ônibus urbano na capital é de R$ 2,35, enquanto a do metrô, trem e barca é de R$ 2,80. Segundo o governo estadual, os técnicos da Secretaria de Transportes já estudam com os operadores de transporte coletivo os detalhes técnicos do projeto, que deve ficar pronto até o fim deste mês. O governador Sérgio Cabral informou que o Estado vai subsidiar parte dos custos.

Na capital paulista, a integração dos meios de transportes urbanos e utilização do bilhete único começou em 2004 e foi sendo ampliada gradativamente. Em primeiro lugar, houve a integração entre os ônibus, depois com o metrô e, por último, com os trens metropolitanos. O bilhete único possibilita a utilização de até quatro ônibus (ou três ônibus e metrô, ou três ônibus e trem), num período de três horas.

SAO PAULO

Santos amplia linha de bonde no Centro
Passeio estendido custa R$ 5 e passa por 40 pontos turísticos
Rejane Lima, SANTOS

Depois de dois anos de obras e cerca de R$ 11,5 milhões de investimentos, a linha turística do bonde do Centro Histórico de Santos começou a circular em seu percurso ampliado ontem. Com cinco quilômetros, o trajeto de aproximadamente 50 minutos de duração passa por 40 monumentos turísticos, históricos e culturais, detalhados por um guia da Secretaria Municipal de Turismo que acompanha a viagem. Além disso, o passeio pode ser estendido, se os passageiros decidirem visitar os dois pontos de parada disponíveis.

Inaugurada em setembro de 2000, com 1,7 km de extensão, a linha turística que já transporta mais de 100 mil pessoas por ano, e ganhou 1,2 km em abril durante as comemorações do centenário do bonde elétrico, recebe agora outros 2,1 quilômetros. Para comemorar a ampliação, o passeio foi gratuito no último fim de semana, mas restrito ao novo trecho. O trajeto completo começa a funcionar com entrada a R$ 5 - estudante e idoso pagam meia.

Moradora de Três Lagoas (MS), a técnica de enfermagem Elisandra Xavier Picolo, de 32 anos, aprovou o passeio. "Eu sempre tive vontade de andar de trem, mas é muito difícil, então, quando soube que aqui em Santos tinha bonde eu fiquei louca para conhecer", disse a turista, que está de férias em São Vicente e ficou dez dias hospedada na casa de parentes. Elisandra entrou no bonde acompanhada do marido e do filho, depois de duas horas de espera. "Mesmo assim, valeu a pena."

Justificando o aumento da tarifa, o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), afirmou que, como os bondes são antigos, a manutenção é cara. "O custo real é de R$ 12,50 e o ingresso não cobre nem 50% disso", disse Papa, que na inauguração agradeceu o investimento de R$ 8,8 milhões do governo do Estado no projeto, viabilizado pelo Fundo do Departamento de Apoio e Desenvolvimento das Estâncias (Dade). "O valor do ingresso também valoriza o produto. Depois que reformamos o Aquário Municipal também passamos a cobrar R$ 5 e é o ponto turístico mais visitado da cidade", completou.

Funcionando de terça-feira a domingo, das 11 às 17 horas, os bondes saem da Praça Mauá, na frente do Paço Municipal, a cada meia hora. É possível descer para conhecer o Palácio Saturnino de Brito (sede da Sabesp) e o Outeiro de Santa Catarina (marco inicial da cidade e sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos), pegando o veículo seguinte.

Três bondes se revezam na linha, dois portugueses, dos anos 20, e um escocês, usado em Santos na década de 50. Eles saem da Praça Mauá e passam pelas principais vias do Centro, incluindo as Ruas General Câmara, Amador Bueno, Frei Gaspar e Brás Cubas e as Praças Rui Barbosa, José Bonifácio, Barão do Rio Branco e da República. Entre os novos pontos do trajeto ampliado estão: Igreja Nossa Senhora do Rosário, Monte Serrat, Fonte do Itororó, Castelinho (futura sede da Câmara Municipal), Sociedade Humanitária, Catedral e Teatro Coliseu.

"Quando o bonde começou não tinha quase nada na Rua 15, na Rua do Comércio. Junto com o Alegra Centro (programa municipal de incentivos fiscais para a revitalização do bairro), o bonde trouxe desenvolvimento e revitalização. Acredito que vai acontecer o mesmo com alguns locais que estão descuidados nesse novo trecho", disse a secretária de Turismo de Santos, Wânia Seixas. (Estadão)

BAHIA

Novos ônibus começam a operar em Salvador a partir desta semana

A empresa Barramar de TRANSPORTE Urbano vai substituir 50 ônibus de sua frota por novos veículos que começam a circular em Salvador a partir desta semana. As principais mudanças estão nas linhas da Estação Pirajá sentido Lapa, Pituba, Barra e Boca da Mata.

Equipados com TECNOLOGIA de localização por satélite, elevadores para pessoas com mobilidade reduzida e motores considerados ecologicamente corretos, os novos carros tem capacidade para oitenta pessoas (50 sentadas e 30 em pé), um incremento de cerca de 15% na quantidade de PASSAGEIROS por viagem. (NTU / A TARDE On Line)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

FOTO DO DIA

SAO PAULO

Rodoviários exigem o fim de dupla função

Representantes do Sindicato dos Rodoviários do ABC estiveram presentes na Câmara Municipal de Santo André na quinta-feira (26/11) para exigir a aprovação do projeto de lei que garante a presença de cobradores em todos os veículos de transporte público municipal, inclusive nos microônibus.

O objetivo é defender os motoristas de ônibus de transporte público da Região da dupla função – dirigir e cobrar passagem. O problema se acentuou no ABCD quando viações colocaram os populares “micrões” para circular na Região sem o assistente. O projeto de lei foi apresentado pelo vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), que exigiu prazo para o fim da dupla função em audiência pública. “Vamos aprovar isso até o fim de março.”

Mais de 200 pessoas participaram da audiência vestidas com a camiseta da campanha do sindicato “Dirigir e Cobrar, Não Dá”. Durante o evento, o presidente da entidade, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, alertou os vereadores sobre o fato de os cobradores terem sido demitidos, mas as tarifas continuarem as mesmas. “Se não tivermos resultado até março, cruzaremos os braços”, alertou Chicão.
Muitos usuários também preferem a permanência do cobrador. “Quando há muitas pessoas no ponto, o motorista tem de cobrar e depois dirigir. Isso faz com que as pessoas demorem para chegar ao destino”, revelou a dona de casa Maria de Lourdes Pinheiro.

O motorista e cobrador Valdecir Pereira Cardoso também reclama da falta do outro profissional. De acordo com ele, alguns acidentes graves quase aconteceram pela falta do auxiliar. “Já prendi gente na porta porque o ônibus estava muito lotado e não consegui enxergar quem descia”, contou. (ABCD Maior)

MONTADORA

Volare apresenta primeiro miniônibus blindado
A Volare desenvolveu, em parceria com a empresa de veículos blindados Amalcaburio, de Caxias do Sul, o primeiro miniônibus blindado do mercado mundial.

O veículo, do modelo W8, foi produzido para transportar autoridades e empresários da Nigéria. O automóvel segue as normas internacionais com o nível de proteção B4 - Plus, para armas de fogo de calibres 22, Magnum 357, Magnum 44 e AK 47 7,62 x 39mm (FJ/PB/Fe).

"Percebemos a oportunidade de fornecer veículos para este nicho, bem restrito e específico. Promovemos modificações na carroceria e na estrutura com o objetivo de adequar o modelo às novas especificações internacionais. Os vidros também receberam atenção: são laminados de 23 mm de espessura", explica Nelson Gehrke, diretor-geral da Volare.

O Volare W8 blindado tem chassi mais curto, de 6.700 mm, e está equipado com motor MWM International 4.10 TCA, tanque de combustível de 150 litros, direção hidráulica ZF, câmbio Eaton de cinco velocidades, poltronas executivas e sistema de ar-condicionado. (AUTOMOTIVE BUSINES)

PIAUI

Transporte será eletrônico e passe-verde será "Mais Fácil"
Atualmente, cerca de 15% dos usuários não pagam a passagem em Terezina - Piauí.

O Setut realizou na manhã desta quarta-feira (03/12) um café da manhã especial para os jornalistas e durante essa confraternização divulgou novidades sobre o TRANSPORTE urbano. Os usuários que usam o cartão verde agora usarão o "cartão mais fácil". Esse cartão vai permitir o controle de quantas pessoas andaram gratuitamente nos TRANSPORTES da capital.

Essa ação pretende dar maior transparência para o SETUT, já que terão controle de quantos idosos e militares, por exemplo, utilizam o TRANSPORTE. Atualmente, cerca de 15% dos usuários não pagam a passagem. Essa medida começará a ser implantada em janeiro de 2010 e pretende estar totalmente aceita até dezembro/2010.

Outra novidade é que o VALE TRANSPORTE de papel será substituído por um cartão eletrônico. Com todas essas mudanças a reciclagem dos motoristas é fundamental. De acordo com Herbert Miúra, presidente do Setut, com o cartão "Mais Fácil" a vida dos usuários se tornará mais prática.

No café da manhã foi realizado sorteio de brindes, dois deles sairam para a equipe do Cidade Verde e um para a equipe da Meio Norte. (NTU/180 Graus)

SAO PAULO

Usuários se queixam de caos em terminal

Léo Arcoverde do Agora

Inaugurado pela gestão Gilberto Kassab (DEM) em 30 de outubro passado, o terminal Campo Limpo, na zona sul de SP, é motivo de transtornos para grande parte de seus usuários. Eles afirmam que os intervalos entre um coletivo e outro estão maiores, chegando a ultrapassar 30 minutos, o que atrasa a chegada dos passageiros ao trabalho.

Segundo os usuários, algumas linhas de ônibus com destino ao centro da capital --que antes partiam de vários pontos do bairro-- agora têm como único ponto de partida o terminal. Os coletivos saem completamente lotados e quem não consegue embarcar leva muito tempo até conseguir entrar no ônibus seguinte. Os passageiros também reclamam que precisam enfrentar filas que se formam diariamente por volta das 5h.

Local terá mais ônibus e nova linha

A SPTrans informou que dois ônibus reforçarão a frota da linha 857R-10 (Terminal Campo Limpo/Aclimação) a partir desta segunda-feira e que, na semana que vem, está prevista a criação de uma nova linha, com destino ao bairro do Paraíso (zona sul de SP).

A empresa negou a superlotação do terminal Campo Limpo e disse ainda que o local teve sua implantação dividida em cinco fases, a última delas prevista para ser concluída no próximo dia 12.

A SPTrans informou também que foi feito um estudo de aproximadamente seis meses para planejar a implantação do terminal.

SAO PAULO

Tarifa de ônibus sobe em 12 cidade da Grande SP

Além da capital, apenas as cidades de Suzano, Itaquaquecetuba e Embu não reajustaram o preço das tarifas de ônibus nos últimos 12 meses.

Todas as demais 12 cidades da região metropolitana aumentaram o valor das passagens. As maiores variações ocorreram em Osasco, Barueri e Itapevi, onde o custo da viagem de ônibus saltou para R$ 2,70 neste mês. Até novembro, a passagem nesses municípios custava R$ 2,50.

Em São Paulo, a última alteração foi em novembro de 2006, quando o preço subiu de R$ 2 para os atuais R$ 2,30. Esse valor será reajustado em no mínimo R$ 0,10 no ano que vem, segundo o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes. O aumento poderá desencadear novos reajustes nas outras cidades da região.
DESTAK

SAO PAULO

SP conclui estudo sobre reajuste na tarifa de ônibus em dez dias

Dados serão levados ao prefeito Kassab, que deve dar palavra final.
Secretário afirma que governo cumpriu promessa de não aumentar.
Roney Domingos Do G1, em São Paulo

O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse nesta segunda-feira (7) que dentro de dez dias deverá entregar ao prefeito Gilberto Kassab (DEM) o estudo sobre a nova tarifa de ônibus na cidade.

Atualmente, os paulistanos pagam tarifa de R$ 2,30, considerada pelo secretário uma das mais baratas do país, uma vez que dá direito, via Bilhete Único, a quatro viagens. Moraes disse que o novo valor ainda não foi definido e resistiu a antecipar qualquer número.

Moraes afirmou que o governo Kassab cumpriu a promessa de permanecer três anos sem reajustar a tarifa. De acordo com ele, esse prazo expirou em 30 de novembro.

Moraes afirmou que, durante a campanha eleitoral de 2008, Kassab sempre afirmou que não aumentaria o preço da passagem neste ano.

Segundo Moraes, a Prefeitura tem se empenhado em reduzir o subsídio pago às empresas de ônibus para bancar parte do custo da passagem. De acordo com ele, até agora foram gastos R$ 600 milhões em subsídios e R$ 170 milhões em renovação da frota, o que representa uma economia de R$ 300 milhões ante o previsto incialmente.

SAO PAULO

Santo André coloca nas ruas o primeiro Bus Noel

O primeiro Bus Noel, ônibus enfeitado com tema natalino, começou a circular no dia 1º de dezembro em Santo André para a alegria dos passageiros e principalmente da criançada.

A idéia e o nome do veículo “Bus Noel” partiram de Edilson de Oliveira Santos, mais conhecido por Fumassa, o Papai Noel motorista da Viação Vaz, uma das empresas integrantes do Consórcio União, que é gerenciado pela Santo André Transportes (SA-Trans).

Desde setembro Fumassa aguardava ansioso o momento de poder rodar com o Bus Noel. Segundo ele, “parecia uma noiva esperando o casamento”. O motorista já é conhecido pelo carinho e atenção que dispensa a todos os seus passageiros.

Para a decoração externa foram utilizados 200 metros de lâmpadas de néon e no interior do veículo, além de inúmeros enfeites e da tradicional árvore de Natal, uma grande cesta com balas para ser distribuída para a criançada. “Hoje elas entraram no ônibus com os olhinhos arregalados e as balas até pareciam um presente”, recordou Fumassa. O diretor da empresa Vaz, Thiago Domingos Vaz, afirmou que em anos anteriores o motorista já se produzia como Papai-Noel, mas que o Bus Noel era um sonho que foi realizado.

Nessa época do ano, Fumassa trabalha com mais entusiasmo ainda. “Eu gosto do que faço e me sinto útil. Tem pessoas que embarcam tristes, mas ao me verem de Papai Noel e o ônibus todo enfeitado, esquecem seus problemas e sua viagem transcorre mais alegre”.

A estréia do veículo foi na linha B51, que faz o trajeto Jardim Bom Pastor/ Jardim Oriental. Para contemplar outros bairros, a cada dois dias mudará o itinerário, passando pelas linhas I06, I03, B63 e B47, retornando de volta a linha B51. (Prefeitura de Santo André)

DF

Ceilândia e Santa Maria ganharão novos terminais de passageiros

Dando continuidade ao Programa Brasília Integrada, a Secretaria de TRANSPORTES anunciou na última sexta-feira (27), o nome das empresas vencedoras da licitação e responsáveis pelas obras de implantação e reforma de mais três terminais rodoviários, que ofereceram infra-estrutura suficiente para garantir total comodidade, conforto e segurança aos usuários.

O primeiro a ser reformado e ampliado será o ponto final do Setor "O". Localizado em Ceilândia Norte, o terminal atende hoje a 96 linhas e milhares de PASSAGEIROS. Com a reforma ele vai passar de 15 para 36 boxes, e ganhar bancos e banheiros adaptados a portadores de necessidades especiais. A obra custará cerca de R$ 6,5 milhões e ficará a cargo da empresa Contarpp Engenharia, uma das vencedoras do certame. A previsão de conclusão será de 12 meses.

Outra cidade beneficiada será Santa Maria, que ganhará a implantação de dois novos terminais de PASSAGEIROS. Um deles localizado na quadra AC 119 e que hoje atende 10 linhas, terá 1.736 m² de área construída e capacidade para oito boxes. A obra está avaliada em aproximadamente R$ 1,8 milhão e ficará sob a responsabilidade da empresa Kremer Engenharia. Já o outro terminal, que atualmente opera 40 linhas, será construído na quadra AC 401. A obra também será feita pela Contarpp Engenharia e vai custar pouco mais de R$ 1,9 milhão, pois será maior, com 2.289 metros quadrados e capacidade para 12 boxes. A previsão de conclusão de ambas as obras será de oito meses.

Atualmente, o três terminais possuem características de ponto final de embarque e desembarque de PASSAGEIROS, e também de controle de saídas e chegadas dos veículos e estocagem dos mesmos.

Além das construções confirmadas, estão em fase de licitação no Brasília Integrada as reformas de mais três terminais, dois em Taguatinga - Setor Sul e Setor M Norte e um em Ceilândia - Setor P Sul, e a construção de outros oito espalhados pelas cidades do Gama, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo e Sobradinho. Só este ano, com intuito de modernizar o sistema de TRANSPORTE urbano do Distrito Federal, já foram inaugurados terminais em Brazlândia, Riacho Fundo e São Sebastião. (NTU/Clica Brasilia)

RIO

RioCard: 12 empresas de ônibus estão envolvidas em fraude

Auditoria realizada pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) no sistema RioCard detectou o envolvimento de 12 viações com a fraude do cartão eletrônico. A maioria opera em linhas na Baixada e Campos. Outra empresa, de Macaé, foi excluída da bilhetagem eletrônica após receber várias advertências devido a fraudes.

Na tentativa de frear as irregularidades, a Fetranspor impôs um 'programa de cotas' a algumas empresas. O número de passagens pagas com o RioCard foi limitado: o que ultrapassa não é reembolsado.

Outras seis empresas estão na mira da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. Escutas telefônicas revelam a participação de diretores no esquema. Eles compravam os cartões - obtidos pelo bando pela metade do valor - e descarregavam os créditos integralmente nos seus coletivos.

Terça-feira, a Operação Fim de Linha prendeu 13 pessoas acusadas de fraudar cartões do RioCard e vales-refeição e roubar da SuperVia máquinas de recarga de cartões.

Segundo o delegado Eduardo Freitas, os responsáveis pelas empresas de ônibus citadas pelos acusados nos 'grampos' serão chamados a depor. "Há suspeita de envolvimento tanto de empresários quanto de funcionários de outros órgãos", disse o delegado. Nas escutas, acusados citam funcionários de banco, da Fetranspor, do RioCard e de empresas de vale-refeição.

Apontado como um dos líderes da quadrilha, Leomárcio Detoni, dono da viação Serra do Piloto, de Mangaratiba, é flagrado falando de seus supostos contatos nas empresas Transmil, Oriental, Blanco, Pavunense, Niturve, Feital e LM, onde, segundo a polícia, os cartões eram descarregados.

Num dos trechos gravados ele diz ter recebido R$ 4 mil de Alexandre Magno da Silva. Dono da viação Oriental, Alexandre foi executado a tiros semana passada em Santíssimo. "Não sabemos ainda se eles têm envolvimento no crime", ressaltou o delegado.

O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (RioÔnibus) informou que só vai se pronunciar ao final das investigações. A Viação Blanco afirmou que não foi procurada pela polícia e que não crê em fraudes na empresa.

Quadrilha
As investigações mostram que 14 empresas foram criadas, possivelmente para lavar o dinheiro arrecadado com a fraude. Algumas estariam em nome de Leomárcio e outras camufladas com 'laranjas'. Ontem, um desses testas de ferro confirmou à polícia que Jorge dos Reis Lima, preso na Operação Fim de Linha, usou seu nome para abrir um minimercado.

Os estabelecimentos variam entre restaurantes, mercados, açougues e outros em que se pode usar máquinas para descarregar vales-refeição e alimentação. O grupo tem até lotérica.

O negócio era lucrativo: Leomárcio, a mulher dele (Erilene Detoni, também presa) e os comparsas falam em movimentações de até R$ 500 mil. Em uma conversa, Leomárcio diz que gastará "uma merreca, uns R$ 10 mil" para dar baixa em uma firma e que faturou o mesmo em Campo Grande em um dia. O líder do esquema também comprou apartamento em Nova Iguaçu por R$ 365 mil. A filha de 18 anos de Leomárcio atuava nos negócios.

Em um dos diálogos gravados, ele dá a entender que foi extorquido por policiais civis e que pagaria pelo menos R$ 15 mil a um secretário para pôr em funcionamento linha de ônibus em Mangaratiba. A polícia diz que não confirmou envolvimento de políticos no esquema. A Prefeitura de Mangaratiba informou que, se for comprovado o envolvimento de algum secretário, vai tomar as medidas cabíveis. (TERRA)

COLUNA

Primeiro Plano - Ariverson Feltrin

Cai produção de ônibus

O ano de 2009 será recorde na venda de carros, porém, o mesmo não ocorrerá com o setor de carrocerias de ônibus. Os fabricantes estimam que o ano vai fechar com vendas domésticas de 21,5 mil unidades, o que, se confirmado, representará queda de 14% sobre as 25.119 unidades comercializadas em 2008. Quadro mais complicado ocorre na exportação, que deverá absorver 4,1 mil unidades, 37% menos que as 6.488 carrocerias embarcadas ano passado. Neste contexto, a produção de carrocerias de ônibus deverá encerrar este ano com 25.600 unidades, 19% de queda em relação a 2008, com 31.607 unidades fabricadas.

Os números, previstos pelo Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) permitem algumas observações. A comparação de 2009, período de franca crise mundial, está sendo feita com o exercício do ano passado, recorde de todos os tempos. Mesmo assim este ano será o terceiro melhor resultado de todos os tempos na produção de carrocerias.

O presidente do Simefre, José Antônio Fernandes Martins, lista fatores que influenciaram positiva e negativamente o desempenho do setor de carrocerias de ônibus em 2009. Destaca entre os pontos positivos a nova linha de crédito com juros menores e prazos maiores disponibilizada desde agosto aos compradores de ônibus pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Cita também como fator parcialmente positivo o Programa Caminho da Escola, incentivo à compra de ônibus escolares promovido pelos Estados do Paraná, São Paulo e governo federal.

Caminho da Escola
Na lista de pontos negativos que influenciaram o conjunto da economia e o setor de ônibus, em particular, Martins cita as incertezas com a implantação do decreto das concessões das linhas federais e internacionais, restrições às linhas de fretamento em São Paulo, exportações afetadas pela crise e valorização do real e um Programa Caminho da Escola "não desenvolvido no ritmo que se esperava".

Copa e Olimpíadas
Para 2010, o presidente do Simefre está otimista em relação ao mercado interno. Estima vendas de 25 mil carrocerias, repetindo 2008, melhor ano do setor. Para o mercado externo acredita em retração de 20% a 25% sobre o volume de 2008. Contribuem para a expectativa de crescimento de vendas internas de ônibus um crescimento de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), maior desenvolvimento do Programa Caminho da Escola e prorrogação para 2011 das licitações das linhas de ônibus federais e internacionais. É preciso destacar que 2010 é ano de eleição para presidente da República e governadores. Nesse período, frotas de ônibus normalmente costumam ser renovadas com mais vigor. Há ainda para influenciar positivamente 2010 estudos e implantação gradual de sistemas integrados de transporte urbano para melhorar a mobilidade do sistema coletivo visando a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Time de fabricantes
As carrocerias de ônibus são fabricadas pelas brasileiras Caio/Induscar, Marcopolo, Busscar, Ciferal, Neobus, Comil, Mascarello mais a espanhola Irizar. As carrocerias são montadas sobre chassis fabricados pela Mercedes-Benz, MAN/Volkswagen, Scania, Volvo, Iveco mais a brasileira Agrale. O Brasil foi em 2008 o segundo maior produtor de chassis de ônibus do mundo de acordo com a Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras. O maior fabricante brasileiro é a Mercedes, de São Bernardo. (Diário do Grande ABC)

MINAS

Cruzeiro entra na onda dos ônibus personalizados
Gazeta Press

Demorou um pouco, mas o Cruzeiro também vai aderir ao projeto Seleção Volkbus, criado pela Volkswagen Caminhões Ônibus, que fornece veículos personalizados a vários clubes do futebol brasileiro. Em regime de comodato, os ônibus transportam as delegações para os estádios e em viagens regionais.

Segundo o diretor de marketing do clube, Antônio Claret, o lançamento teve que ser adiado por conta de um acordo de patrocínio com a Fiat Automóveis, encerrado em 2008.

"O ônibus está pronto, era até para a gente já ter apresentado no final de novembro, início de dezembro, mas, em função de viagens da diretoria da Volkswagen, ficou agendado para próximo do dia 20 de janeiro. No início do ano, o ônibus do Cruzeiro vai estar rodando por Minas Gerais", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.

O espaço interno dos ônibus são planejados de acordo com os pedidos dos clubes. Alguns dispõem de áreas para reuniões da comissão técnica e até macas ou poltronas especiais para atendimento a jogadores. Todos possuem frigobar, ar condicionado, televisores com tela LCD e toaletes.

O projeto foi iniciado com o Corinthians, mas já se estendeu a Santos, Vasco da Gama, Flamengo, Internacional, Grêmio, Atlético-PR, Sport, Náutico, Goiás e Atlético-MG.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FOTO DO DIA

COLUNA

Ariverson Feltrin - Jogo rápido

Origem no transporte rodoviário

Além da Azul, que estreou em dezembro de 2008, as companhias aéreas que apresentaram maiores taxas de expansão de passageiros transportados em outubro (em relação ao mesmo mês do ano passado) foram a Passaredo, 128,5%, Webjet, 94,4% e a Gol, com 46,9% de expansão. Passaredo,Trip e Gol têm origem no setor de transporte rodoviário de passageiros.

SAO PAULO

Transporte público: Longas esperas e filas irritam usuários no Terminal Vila Prudente
Kátia Leite

Aborrecido por chegar mais um dia atrasado ao trabalho, o morador da região, Davi Samuel Mafra, escreveu à Folha para protestar contra o que definiu como "Fura-fila furado". Ele se refere ao Expresso Tiradentes – que apesar do troca-troca de nomes, continua sendo mais conhecido pelo original. A bronca do usuário é por conta dos longos intervalos dos coletivos da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado no horário de pico da manhã. Enquanto isso, dentro do Terminal Vila Prudente, uma multidão vai se aglomerando e se estressando em plena 7h30.

"A promessa desse ‘maravilhoso’ sistema era de fazer a viagem até o Centro, no máximo, em dez minutos, mas já cheguei a ficar 15 minutos apenas esperando o ônibus chegar", relata Mafra. Um dos motivos apontados por ele para tanta demora é o trajeto da linha na Vila Prudente. "Antes de acessar o terminal, os ônibus têm que passar por todo trânsito da rua Ibitirama. As pessoas vão se amontoando na fila e quando o veículo chega, fica um tempão parado para todo mundo conseguir entrar. Sai superlotado e quem está na parada seguinte, a Dianópolis, não consegue embarcar por falta de espaço. No total a minha viagem até o Ipiranga já chegou a levar 25 minutos", narra.

Dias depois, o usuário voltou a escrever para contar que além de ficar esperando, não conseguiu nem entrar no primeiro ônibus que apareceu. "Não cabia mais passageiros dentro e mais uma vez, cheguei atrasado ao trabalho. Vou começar a trabalhar com meu carro, pois não tenho opção de transporte e não vou me arriscar a perder o emprego", conclui.

O mesmo sofrimento é enfrentando por Rita de Cássia Napis, que "tenta" entrar nos ônibus da linha na Parada Dianópolis. "Vira e mexe vem lotado do terminal e poucos conseguem subir", comenta. Ela espera que a Prefeitura arranje uma solução logo.

"Quando funciona, realmente é uma ótima opção, mas, nós trabalhadores, que temos horário para bater o cartão não podemos ficar sujeitos a um sistema irregular", argumenta. Já no horário de pico da noite, a queixa recai sobre a Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário. "Todos os dias eu utilizo este ônibus entre 18h20 e 19h, e o período de espera é de no mínimo 30 minutos, chegando até a 50. Quando chega, a fila está gigantesca e o veículo sai lotado", afirma Mônica Tolozana Silva. "Já cansei de reclamar no 156, me dão números de protocolos e quando cobro uma posição, ouço que está em análise. No terminal também não há fiscal para dar satisfação às pessoas. O valor da passagem que pagamos é um absurdo pela má qualidade do transporte na Zona Leste", completa.

O que diz (ou não) a SPTrans

Sobre as reclamações da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado, a São Paulo Transportes (SPTrans) admitiu que houve falha no sistema, mas, garantiu que já estão sendo adotadas medidas para solucionar os problemas apontados. Com relação ao trânsito da rua Ibitirama, há um trabalho conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) das 6h às 8h30 para melhorar a fluidez, que consiste na realização de ajustes nos semáforos, proibição de estacionamento de carros particulares e orientações aos motoristas dos coletivos.

...situação semelhante a da Parada Dianópolis

Foi informado ainda que essa linha circulava com oito carros e intervalos entre partidas de sete minutos, porém, agora passou a operar com 12 veículos no horário de pico, reduzindo os intervalos de partida para quatro minutos. Por fim, foi esclarecido ainda que o tempo não estava sendo cumprido por conta de obras de manutenção no corredor encerradas em meados de outubro e por causa do trânsito na Ibitirama. Com as ações já adotadas e a presença de fiscais no terminal, organizando filas e orientando passageiros e funcionários, a SPTrans espera melhorar o tempo de viagem.

Em relação à queixa da Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário, a reportagem questionou a SPTrans no dia 16 de novembro, mas, até o fechamento desta matéria não obteve retorno. (FOLHA DA VILA PRUDENTE)

EMPRESA

MARCOPOLO CONQUISTA PRÊMIO DE MELHOR FABRICANTE DE CARROCERIA DE ÔNIBUS

A Marcopolo foi eleita a melhor fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil. Em cerimônia realizada no último dia 24, em São Paulo, a empresa recebeu o Prêmio AutoData - Os Melhores do Setor Automotivo 2009, na categoria Fabricante de Carroceria de Ônibus. Os destaques da conquista foram a ampliação das atividades no exterior e o contínuo crescimento no mercado brasileiro.

O troféu foi recebido por Paulo Bellini, presidente do Conselho de Administração da Marcopolo, acompanhado pelo diretor Valter Gomes Pinto. "Para nós, da Marcopolo, o prêmio representa o reconhecimento de todos ligados ao setor automotivo pelos esforços para continuarmos crescendo no Brasil e no exterior e, também, estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes", comentou Paulo Bellini.

Em dez edições realizadas do Prêmio AutoData, a Marcopolo foi a vencedora em nove ocasiões - 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2007, 2008 e 2009. Além disso, foi eleita três vezes a Empresa do Ano e recebeu o Tributo AutoData - 2000, 2002 e 2004.

O Prêmio AutoData, entregue pela AutoData Editora, conceituada instituição jornalística do setor automotivo brasileiro, é um reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor automotivo brasileiro que mais se destacaram ao longo do ano na busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade. Os jornalistas da AutoData Editora escolhem os principais casos empresariais, produtos e executivos em cada uma das categorias e a votação final é feita pelos leitores da Revista AutoData, assinantes da Agência AutoData de Notícias e participantes do seminário Perspectivas, realizado no segundo semestre de cada ano.
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