domingo, 11 de outubro de 2009

FOTO DO DIA

EVENTO

Primeiro Plano
Ariverson Feltrin
Time na Fenatran

Total de 210 expositores terá estandes na Fenatran - 17° Salão Internacional de Transporte, marcado para 26 a 30 deste mês no Parque Anhembi, em São Paulo. Com horário de visitação das 13h às 21h, a Fenatran reunirá fabricantes de caminhões, implementos rodoviários, autopeças, transportadores, bancos e fornecedores de serviços em geral para a cadeia de transporte.

INFO

SP repassa R$ 100 mi para manter o ônibus a R$ 2,30

Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota
Diego Zanchetta

Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a "compensações tarifárias" - verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações - atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.

O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na "compensação tarifária" e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.

Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de "compensações tarifárias". Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.

Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma "tarifa social", o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.

Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a "bancar" parte das gratuidades. "Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho."

Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.

INFO

Monotrilho ligará Congonhas ao metrô

Linha integra projetos para a Copa e inclui extensão até o Morumbi. Edital sai em novembro
Eduardo Reina

O governo de São Paulo prevê lançar o edital para construção da Linha 17-Ouro do Metrô até novembro. Ela vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi, num traçado de 21,5 quilômetros de extensão, será feita em três etapas e poderá ter verba federal. A primeira fase, de Congonhas à Estação São Judas do Metrô, tem conclusão prevista para dezembro de 2010, já como parte dos investimentos paulistas para a Copa de 2014. “Entre 30 e 60 dias o edital estará nas ruas e o projeto funcional da linha está concluído”, diz o secretário adjunto estadual de Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopez.

Mas não será um metrô convencional. A proposta é fazer um monotrilho suspenso em pilares. As composições terão tração elétrica e sustentação sobre pneus. A pista suspensa deverá ocupar o canteiro central de avenidas como a Jabaquara, Bandeirantes, Washington Luís, Roberto Marinho. Segundo Lopez, a definição pelo monotrilho levou em conta número menor de desapropriações, embora não tenha adiantado o número de imóveis comprometidos.

O custo total do projeto é estimado em R$ 3,3 bilhões. Foi solicitado ao governo federal financiamento de R$ 2,4 bilhões, por meio de recursos do Programa de Aceleração dos Crescimento (PAC) da Mobilidade. “Também haverá participação da Prefeitura de São Paulo na terceira fase das obras, na região do Morumbi”, disse.

Como comparação, a Linha 4-Amarela do Metrô, que entrará em operação em 2010, tem custo de mais de R$ 3 bilhões. Os 12,8 quilômetros de extensão entre a Vila Sônia e a Estação Luz são todos subterrâneos. Na Linha 17-Ouro, as vias e estações deverão ser construídas a uma altura entre 12 e 15 metros. Para segurança dos passageiros, é prevista porta de plataforma em todas as estações. Elas são feitas de vidro e se abrem junto com as dos trens. Completa, a linha deve transportar 230 mil usuários por dia.

A viagem entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô vai demorar seis minutos. Essa etapa de 3,8 quilômetros terá duas estações e uma demanda prevista de 18 mil usuários por dia. O trecho 2, São Judas-Estação Morumbi, com interligação na Estação Jabaquara do Metrô, movimentará 100 mil usuários/dia. Essa fase deve começar a operação em 2012 e terá mais 10,8 quilômetros e 12 estações.

Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, Fernando Okimoto, a escolha pelo monotrilho deve levar em conta problemas a serem gerados com o elevado, como desvalorização de regiões e agressão à paisagem urbana. “Pode-se resolver o problema do transporte e provocar um outro, urbanístico.”

SERVIÇO

Bilhete especial para desempregado

O trabalhador demitido sem justa causa, há no mínimo um mês e no máximo seis, tem direito ao Bilhete Especial do Desempregado do Metrô de São Paulo. O solicitante deve ter trabalhado nos últimos seis meses contínuos. Para fazer a requisição, o usuário deve comparecer à Estação Marechal Deodoro do Metrô, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. O passageiro deve levar a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o termo de rescisão do último contrato empregatício. O bilhete é válido por 90 dias e pode ser utilizado em todas estações do Metrô. Para mais informações, o telefone é 0800-7707-722.

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INFO

Transporte coletivo ruim incentiva uso do carro
Roberto do Nascimento

Pesquisa encomendado pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope, mostra que o paulistano até deixaria o carro em casa, se tivesse um transporte coletivo decente. Foram entrevistadas 805 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 28 e 1º. A pesquisa quis saber, por exemplo, o tempo que as pessoas levam para se deslocar todos os dias para sua atividade principal e se trocariam o carro pelo transporte público, caso houvesse boa oferta. A consulta antecede o Dia Mundial sem Carro, que ocorre na terça-feira.

Na comparação com os resultados de 2008, cresceu 13 pontos porcentuais o número de paulistanos com um ou mais carros (de 37% para 50%). E 37% deles compraram o veículo nos últimos 12 meses.

O paulistano, segundo a pesquisa, estaria disposto a deixar o carro em casa, se tivesse transporte público de qualidade. Do total, 43% deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte, e 35% provavelmente deixariam.

A população está dividida sobre a proibição aos ônibus fretados (47% dos entrevistados são a favor e 51%, contrários). A liberação de mototáxi na cidade também coloca metade da cidade em campos opostos: 50% são a favor e 48%, contrários. Mas 57% afirmaram que não utilizariam o serviço.

Maioria é a favor da ampliação da avenida Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo - 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê, porém 56% acham que o dinheiro da obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. (DiárioNet)

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Usuário reclama que espera mais por ônibus

Entrevistados pelo Ibope também apontam maior superlotação

Renato Machado

Os usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo acham que os ônibus estão demorando mais para passar e estão mais lotados. Segundo dados preliminares de uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, 44% dos entrevistados afirmam que aumentou o tempo de espera no último ano, ante 42% que acham que está igual. Para apenas 11% diminuiu e outros 3% não souberam responder.

Situação parecida foi constatada em relação à lotação. Os dados mostram que 50% apontaram aumento na lotação, ante 43% que acham que não houve mudança. Somente 4% afirmaram que diminuiu e outros 2% não souberam responder. A pesquisa Ibope foi feita entre 28 de agosto e o dia 1º deste mês. Foram ouvidas 805 pessoas.

"Os ônibus sempre foram lotados. Mas eles estão demorando mais e, por isso, a gente se mete no primeiro que passa", diz o auxiliar administrativo Marcelo de Oliveira Calixto, de 27 anos. Por volta de 7h50, ele pega o ônibus na Avenida Francisco Morato, no Jardim Canner, e segue até a Paulista.

Os especialistas ressaltam que a pesquisa reflete a percepção do usuário e não exatamente a situação, já que não é baseada em estatísticas operacionais. "Mas é um importante termômetro da situação", diz o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público, Marcos Pimentel Bicalho. "Um dos fatores que prejudicam os ônibus cada vez mais é o congestionamento. Os ônibus são os que mais sofrem, porque tem uma rota fixa e não podem fugir das filas. Mas também temos de analisar se a frota diminuiu."

Segundo dados do site da São Paulo Transportes (SPTrans), houve redução na frota cadastrada que serve o transporte público. Os números de agosto (os mais recentes) apontam que há 14.868 veículos. No mesmo mês do ano passado, eram 14.982. Por outro lado, a média mensal de passageiros transportados até agosto foi de 235,3 milhões ante 231,2 milhões do período anterior.

A SPTrans afirma que não registrou aumento no tempo de espera nos ônibus e as partidas continuam com o mesmo intervalo. "Além disso, o acompanhamento feito aponta aumento de 3,5% na velocidade nos corredores no pico da manhã." A empresa diz que os dados no site referem-se à frota cadastrada e não à frota circulante, sendo que a última não diminuiu porque "cada linha tem um número definido de veículos". A SPTrans diz que os novos ônibus têm capacidade maior de transporte e, por isso, aumentou a quantidade de passageiros transportados por veículos. (Jornal da Tarde)

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MASCARELLO LANÇA O GRANFLEX 330

A Mascarello Ônibus do Paraná lança mais uma grande ferramenta para o transporte: o GranFlex 330.

O modelo já era um sucesso de vendas e agora ficou mais moderno e atraente.
As principais alterações foram em seu estilo. Tem a frente com um desenho mais limpo, faróis com lentes integradas e maior área de visão. Os espelhos carenados aumentaram também o campo de visão para as manobras.
Em seu interior, destacam-se o novo painel, que agora é mais ergonomico e tem melhor acesso aos comandos. A porta de entrada ficou mais larga e com a nova escada, obteve-se um maior espaço.Espaço também encontrado no bageiro e no novo porta pacotes.
A Mascarello aposta muito nesta novidade e ressalta que com passos curtos mas bem pensados, toda sua linha sempre estará moderna e pronta para atender ao mercado.

Sobre a Mascarello

Hoje a empresa conta com uma linha de produtos que absorve o mercado nacional e internacional. Com modelos que atendem os diversos meios como urbanos, rodoviários, micros e minis, a Mascarello aposta positivamente na sua qualidade, inovação e está se preparando para atender as novas regras do setor.
Os modelos fabricados pela Mascarello são: GranMini, GranMicro, GranMidi, GranVia, Granvia Midi, GranVia Articulado, GranVia Low Entry, GranFlex, Roma MD e Roma 350.
Fonte: Shoptrans

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TÁXIS PODEM CIRCULAR NOS CORREDORES EXCLUSIVOS DE ÔNIBUS ATÉ O FINAL DO ANO

SMT também prorroga autorização para circulação de veículos de passeio durante madrugadas, fins de semana e feriados.
A Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) renovou, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para circulação de táxis nos corredores de ônibus da capital desde que os veículos estejam transportando passageiros.
A Secretaria adota essa medida porque considera que o serviço de táxi, destinado ao transporte de passageiros, contribui para a redução de congestionamentos.
A SMT adverte que, para usufruir desse direito, os táxis não podem possuir película de escurecimento nos vidros, porque ela dificulta a visualização do interior do carro pela fiscalização.
Os corredores de ônibus liberados para o tráfego são:
* Pirituba/Lapa/Centro
* Inajar/Rio Branco/Centro
* Campo Limpo/Rebouças/Centro
* Santo Amaro/Nove de Julho/Centro
* Jardim Ângela/Guarapiranga/Santo Amaro
* Capelinha/Ibirapuera/Centro
* Parelheiros/Rio Bonito/Santo Amaro
* Itapecerica/João Dias/Centro
* Paes de Barros

Também foi renovada, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para a circulação de veículos de passeio nesses corredores nos fins de semana, feriados e diariamente durante as madrugadas, desde que respeitados os seguintes horários:
diariamente, das 23 às 4 horas;
nos fins de semana, das 15 horas do sábado às 4 horas da segunda-feira;
nos feriados, da 0 hora às 4 horas do dia seguinte.
A autorização para o uso de corredores de ônibus em períodos ociosos foi determinada pela primeira vez em 15 de agosto de 2005 e, desde então, sua renovação tem sido feita sistematicamente.(Prefeitura SP)

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Ônibus 100% biocombustíveis emitem 30% menos poluentes
Depois de circularem por um mês, resultado foi além do esperado. Consumo médio também foi menor

Os seis ônibus da Linha Verde, que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de óxido de nitrogênio e de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).
Os resultados foram apresentados na segunda-feira durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira em torno de 2,5 mil participantes. O prefeito Beto Richa e o ministro das Cidades, Marcio Fortes, abriram o Congresso ontem, na Universidade Positivo.

Os ônibus, três da Scânia e três da Volvo, foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto, e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. “Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.”, disse Elcio Luiz Karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito, reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.
Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. “O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia”, afirma. “E os primeiros resultados são animadores”, disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.

Os ônibus do B 100 fazem a linha Pinheirinho-Carlos Gomes pela Linha Verde e rodam em média, por dia útil, em torno de 200 quilômetros. A fase experimental vai durar 18 meses e a intenção é ampliar o uso do biocombustível para toda a frota da Linha Verde e, se comprovada a viabilidade, para o restante da frota da cidade. (NTU)

SÓ ALEGRIA

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Lula e Pelé

O presidente Lula chega a uma festade aniversário para a qual tinha sido convidado.
Na portaria, percebeu que havia esquecido seus documentos. Mesmo assim, tentou entrar, mas foi barrado:
- Os documentos, senhor. Disse o segurança.
- Eu os esqueci...
- Então não pode entrar.
- Como assim? Eu sou o presidente da república! E, além disso, eu fui convidado!
- Bom, então o senhor vai ter que me provar que é mesmo o presidente.
- Como?
- Ainda há pouco, o Oscar passou por aqui com o mesmo problema do senhor e, para me provar que era mesmo o Oscar, jogou um basquete fenomenal aqui na minha frente... Depois foi o Pelé, que com uma bola no pé, fez maravilhas. Agora é a vez do senhor!
- Mas eu não sei fazer nada...
- Me convenceu, pode entrar.
(MAIS HUMOR? INFOCASA: http://infocasa.blogspot.com )

INFO

Bilhete integrado metropolitano

O crescente custo do sistema de transporte público de São Paulo poderá ser freado a partir de janeiro com a adoção do Bilhete Integrado Metropolitano (BIM), iniciativa do governo do Estado, que permitirá aos passageiros o deslocamento por um tempo determinado, pagando tarifa única e usando todos os meios de transportes das cidades da região metropolitana de São Paulo que aderirem ao sistema. Em novembro será concluído o processo de licitação de R$ 2 bilhões, que cederá à iniciativa privada a gerência do bilhete único. A concessão será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com contrato reajustado anualmente pelo IPC-Fipe.

A empresa ou consórcio que vencer a concorrência do BIM pagará R$ 200 milhões à Prefeitura de São Paulo como compensação pelos gastos com a implantação do bilhete único, desde 2004, e terá de investir R$ 310 milhões para implantar e manter o bilhete integrado tecnologicamente atualizado durante 30 anos. Será criada uma câmara de compensação para administrar a receita das passagens e serão instalados validadores de bilhetes, bloqueios e softwares para leitura dos bilhetes.

No primeiro ano, a empresa assumirá a arrecadação do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da São Paulo Transportes, responsável pela administração do sistema de ônibus da capital. Dois anos após a assinatura do contrato, cidades das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas poderão integrar o sistema.

Para a Prefeitura de São Paulo, o BIM reduzirá significativamente os custos do transporte. A administração municipal calcula uma economia de pelo menos R$ 250 milhões já no próximo ano. Note-se que nos últimos quatro anos as despesas com o sistema quadruplicaram. Conforme auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), entre 2005 e 2008, os gastos da Prefeitura com os ônibus saltaram de R$ 244 milhões para quase R$ 1 bilhão anuais. Esse custo deveria ser coberto pela arrecadação no próprio sistema, mas as viações afirmam que há uma grande diferença entre seus custos e a compensação paga pelo poder público por passageiro transportado.

A Prefeitura cobre esse déficit. Nos últimos dois anos, com o congelamento da tarifa em R$ 2,30 - promessa de campanha do prefeito Gilberto Kassab -, os subsídios subiram de R$ 300 milhões para R$ 630 milhões por ano. Gastos para manter as operações dos terminais, da venda de passagens, recarga de bilhete único, fiscalização e gerenciamento completam a conta do sistema em quase R$ 1 bilhão por ano.

Em seu relatório, auditores do TCM lembram que pelos contratos de concessão assinados em 2003, os gastos com operação do sistema deveriam ser de responsabilidade das viações. No entanto, várias cláusulas foram introduzidas, livrando as empresas de ônibus desse peso e deixando ao governo municipal toda a carga.

Se ao alto custo correspondesse uma substancial melhoria da qualidade do serviço prestado, ainda haveria justificativa para o peso que os subsídios exercem sobre as finanças municipais. Mas pesquisas realizadas pela Associação Nacional de Transportes Públicos apontam queda de 52% para 40% na proporção de passageiros que aprovam o sistema de ônibus municipais. Entre todos os modais de transporte avaliados, os ônibus são os piores.

Especialistas em transporte público acreditam que a instalação do bilhete único integrado colocará à disposição dos passageiros serviços de metrô, trens e ônibus mais modernos, confortáveis e confiáveis. Acredita-se, porém, numa elevação da tarifa (hoje, viajar de ônibus custa R$ 2,30 e de metrô, R$ 2,55), seguindo o exemplo do que ocorre nas estradas privatizadas, nas quais as condições são melhores do que as das estradas mantidas pelo governo, mas o custo dos pedágios é mais alto. É preciso considerar, porém, que para grande parte da população, principalmente a que hoje usa o carro para se deslocar, o transporte público só será atraente se oferecer conforto, eficiência e segurança, embora possa custar um pouco mais.

INFO

PRIMEIRO PLANO
Ariverson Feltrin
Corredor ABD

Nota publicada na coluna desta semana sobre a demora do Corredor de Ônibus ABD ser interligado a São Paulo mereceu esclarecimentos da EMTU, gestora do sistema. "Sobre o corredor Diadema-São Paulo (Brooklin) há uma situação jurídica que impede a continuidade do processo de licitação das obras. A EMTU aguarda parecer em relação aos recursos impetrados por empresas concorrentes e reitera o compromisso de iniciar a obra assim que for autorizada pela Justiça. Após a solução dos impedimentos jurídicos, a obra será concluída em oito meses, a partir do seu início", informa a assessoria de imprensa da gestora. (Diário do Grande ABC)

sábado, 3 de outubro de 2009

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Kassab vai mudar os repasses a lotações

Licitação individualiza pagamentos e reduz poder das cooperativas
Diego Zanchetta

A licitação do transporte público, realizado sob permissão do poder público por 5.789 perueiros lotados em oito cooperativas, deve ocorrer em 2010 e será um dos maiores desafios da gestão Gilberto Kassab (DEM). Os contratos de R$ 2,7 bilhões, assinados em 11 de julho de 2003, têm validade de sete anos. Dentro do governo, técnicos já trabalham com o objetivo de formular edital de concorrência que reduza o poder das cooperativas sobre os donos de lotações, que passariam a receber a remuneração por passageiro transportado, por meio de contas individualizadas abertas pela SPTrans (SPTrans). Os lotações transportam 2 milhões de passageiros por dia.

A discussão sobre o assunto já mobiliza políticos e empresários ligados às cooperativas em audiências e reuniões na Câmara. O vereador Milton Leite (DEM) diz que as peruas correm o risco de se transformarem em "táxis" coletivos. "E se o perueiro quebrar, quem vai colocar um carro reserva no lugar dele? Um modelo assim é impossível: a perua quebra, o motorista vai para casa e o passageiro fica esperando no ponto", argumenta o vereador, do mesmo partido do secretário de Transportes, Alexandre de Moraes. "As atitudes dele estão causando muito descontentamento entre perueiros", disse Leite.

O assunto também desperta temor no governo em relação aos possíveis protestos da categoria em ano eleitoral. Desde março de 2005, quando perueiros cercaram a Prefeitura e incendiaram carros, lotações não paralisam a cidade - o que também ocorreu em 2003 e 2004. Apesar das suspeitas de fraudes na licitação de 2003 realizada pela gestão Marta Suplicy (2001-2004) e da ligação de donos de cooperativas com integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PPC), revelada em fevereiro de 2006 pela Polícia Civil, nunca houve mudanças no comando das garagens.

Entre as denúncias levantadas pelo Ministério Público Estadual, uma cooperativa da zona leste, por exemplo, foi acusada por perueiros de cobrar propina mensal de R$ 6 mil de quem quisesse um itinerário em 2006. No mesmo ano, as denúncias chegaram a resultar em pedido de prisão do ex-secretário de Transportes Jilmar Tatto. O pedido foi negado pela Justiça, mas as mesmas garagens envolvidas, como a Associação Paulistana, continuam comandadas pelos mesmos diretores que venceram a concorrência em 2003.

SUBSÍDIOS

A licitação dos perueiros deve ocorrer no segundo semestre, quando a integração tarifária entre ônibus e Metrô estiver implementada. Planejada pelos governos municipal e estadual, a medida deve resultar em economia de R$ 250 milhões à Prefeitura. O Orçamento para 2010 também baixou a verba destinada a subsídios e renovação da frota - de R$ 700 milhões para R$ 360 milhões. Com folga no Orçamento, a pasta terá verbas para fazer a nova concorrência e para construir terminais de ônibus.

Na Assistência Social, o Orçamento divulgado na quarta-feira pelo governo, de R$ 704 milhões, foi corrigido ontem pela pasta. A assessoria da secretaria diz que o orçamento é de R$ 300 milhões - e outros R$ 404 milhões são do Fundo Municipal de Assistência Social, destinado às repartições gerenciadas por entidades sem fins lucrativos. A Secretaria de Serviços também informou que o teto de R$ 1,38 bilhão para 2010 não é só para a limpeza urbana, como o Estado divulgou ontem, mas inclui também os serviços funerário e de iluminação. (ESTADAO)

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RIO DE JANEIRO

A ressurreição de 14 rotas de ônibus

Linhas abandonadas transportavam 35 mil passageiros na Zona Oeste
POR FRANCISCO EDSON ALVES, RIO DE JANEIRO

Rio - A licitação que a prefeitura fará em 90 dias para as 47 linhas de ônibus da Zona Oeste ressuscitará 14 delas, que atualmente só existem no papel. Há anos esses trajetos foram abandonados. Essas linhas esquecidas transportavam 35 mil passageiros por dia, segundo a Secretaria Municipal de Transportes. Em algumas rotas cedidas a outras empresas temporariamente sobram queixas de usuários.

Os percursos que serão reativados pertencem a Feital, Ocidental e Oriental. Entre eles, há ligações entre bairros da Zona Oeste com a Barra da Tijuca e Praça 15. “Algumas dessas linhas chegaram a ser cobertas pelo ‘pool’ (conjunto de empresas), mas de forma precária. Elas deverão ser reativadas com a nova licitação”, afirma o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

Hoje, ex-usuários dessas linhas são obrigados a andar quilômetros ou embarcar em vans ilegais. A expectativa é que, com a licitação do transporte alternativo municipal, as vans piratas passem a ser reprimidas. O resultado da concorrência do primeiro lote, justamente na Zona Oeste, será conhecido em novembro.

FILA DE QUEIXAS

A transferência de alguns trajetos para outras empresas nem sempre é sinônimo de bom serviço para os passageiros. “A gente tem que esperar por mais de uma hora aqui na Praça 15, sob sol forte ou chuva”, lamentou a enfermeira Rosemeri Silva, 45, usuária da linha 367 (Realengo-Praça 15), que a prefeitura passou da Feital para a Viação Campo Grande.

Essa empresa, ontem, recebeu ordem para reduzir o intervalo entre os ônibus da linha 397 de uma hora para 30 minutos, na madrugada. A linha é ‘herdada’ da Ocidental, proibida pela Justiça de colocar seus precários veículos na rua.

Após esperar 40 minutos pelo S14 (Campo Grande-Praça Tiradentes), da Oriental, o aposentado Valdir José, 56, indignou-se com o estado do ônibus: “Olha que absurdo! Não há banco nesta fileira”. Ele se referia ao veículo que chegou ao ponto das esquinas das ruas do Senado e do Lavradio, por volta das 10h50, esperado por longa fila de passageiros.

CONFIRA AS 14 LINHAS QUE VÃO VOLTAR ÀS RUAS

Nos pontos de ônibus, os passageiros já não creem na justificativa dos atrasos devido a engarrafamentos. “Essa lorota a gente já escuta há tempos. Elas (viações) não têm é condições de prestar um serviço decente para nós”, criticou Luciana da Silva, 37, usuária do 398 (Campo Grande-Vila Kennedy), da Oriental.

Diretor da Oriental, Júlio Mesquita alegou que está investindo na renovação da frota. “Ano passado gastamos R$ 7 milhões com aquisição de 53 ônibus. Até o fim do ano, a previsão é de mais R$ 12 milhões”, afirmou Mesquita, que diz não ter sido avisado oficialmente da cassação. Feital e da Ocidental não retornaram as ligações de O DIA.

As 14 linhas que devem voltar a circular são: 756 (Senador Camará-Alvorada, via BarraShopping); 856 (Base Aérea-Mal. Hermes); 875 (Sepetiba-Cascadura, via Rodoviária de Campo Grande); 301 (Deodoro-Praça 15, rápido); 784 (Mal. Hermes-Vila Kennedy); 817 (Campo Grande-Fazenda Botafogo, via Bangu); 860 (Mangaratiba-Pedra de Guaratiba); 861 (Reta-Cesarão); 862 (Urucânia-São Fernando); 863 (S. Fernando-Cesarão); 886 (Sta. Cruz-Jesuítas); 892 (Sta. Cruz-São Benedito); S10 (Mendanha-Lgo. de S. Francisco), e 810 (Taquaral-INPS). (O Dia)

INFO

(Primeiro Plano - Ariverson Feltrin/Diário do Grande ABC)
Copa acelera soluções

Em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil, como palco do maior evento de futebol do planeta, tem muitas deficiências para resolver, uma delas, bem evidente, está na questão da mobilidade. A Copa é de curta duração, mas impõe soluções que, se bem equacionadas, podem deixar as bases para melhorar de vez o travado cotidiano do ir e vir dos brasileiros.

No transporte coletivo, uma deficiência notabilizada pelo inchaço das metrópoles, há pelo menos duas correntes de interesses que disputam a primazia de terem seus sistemas adotados nas cidades que serão palco da Copa do Mundo. Uma delas é o BRT, transporte rápido feito por ônibus operados em canaletas, sistema adotado por Curitiba nos anos 1970 e propagado, em boa parte por consultores brasileiros, para várias partes do mundo, incluindo Colômbia, Estados Unidos, China e África do Sul, sede da Copa de 2010.

Outra corrente de interesse defende a solução do monotrilho, cogitado por algumas cidades, inclusive São Paulo. O sistema será apresentado na Feira Negócios nos Trilhos, de 10 a 12 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos expositores interessados, a Hitachi, assume um desafio: mostrar ao público que o monorail não é só atração de parque temático, mas meio de transporte de massa seguro, confortável, capaz de desatar as dificuldades de tráfego dos grandes centros urbanos. "Nossa empresa participou ativamente dos projetos implantados no Japão. Temos fornecido monorails no país desde 1964, sem nenhum acidente. Esperamos trazer este sistema de transporte ao Brasil", diz por meio de nota Toshiro Iwayama, vice-presidente da Hitachi Brasil.

Como temos dito reiteradas vezes neste espaço, o Brasil tem feito até agora muito pouco em prol da melhoria do sistema coletivo de transporte. Autoridades e formadores de opinião em geral não são usuários do meio coletivo (e, se já foram, deletam o passado). O tema, distante do cotidiano de quem decide, recorrentemente só ocupa o debate em épocas eleitorais.

Desta vez o Brasil foi eleito pelo mundo para ser a sede da Copa, o esporte mais difundido no planeta. O que se espera de todo anfitrião é que receba e transporte com eficiência todos os convidados, nativos e visitantes.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

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EVENTO

PRIMEIRO PLANO - Ariverson Feltrin

A Fenatran vem aí

Segundo maior produtor mundial de ônibus e sexto em caminhões, de acordo com ranking da Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras, o Brasil se prepara para mostrar produtos e serviços para o setor de movimentação de cargas e passageiros de 26 a 30 de outubro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, na Fenatran - Salão Internacional de Transporte.

A indústria brasileira de caminhões e ônibus, que tem metade de sua produção montada na região, vai movimentar neste ano em torno de R$ 30 bilhões com a venda estimada de 130 mil veículos. Em unidades, caminhões e ônibus representam apenas 5% do total de veículos comercializados. Em valores, no entanto, equivalem a algo como 25% do total da indústria automobilística.

O Brasil tem matriz de transporte muito dependente do setor rodoviário. Mais de 60% das cargas e 90% dos passageiros são movimentados por ruas e estradas. Investimentos em outros modos de transportes são quase imperceptíveis, o que torna o País vulnerável ao crescimento sustentável.

INFO

Ônibus colabora com poluição sonora em SP

Em nove ruas da capital, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras de ruído
Fernanda Aranda

A poluição sonora "circula" de ônibus pela cidade de São Paulo. Com um aparelho especial, o Estado constatou que, mesmo em vias já saturadas de barulho - como a Rua Augusta, no centro -, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras quando passava pela rua, o que contribui para o estresse e a surdez urbana. Nove ruas da cidade foram percorridas pela reportagem. Todas apresentavam índices preocupantes de ruído.

Com auxílio técnico do Centro Auditivo Telex em São Paulo, constatou-se que as vias São João, Ipiranga, Amaral Gurgel, General Jardim, Augusta, 23 de Maio, Túnel Ayrton Senna, Luiz Carlos Berrini, além do Viaduto do Chá, registraram ontem (entre 9h30 e 11h30) decibéis entre 75 e 96, já considerados pelos especialistas prejudiciais após longo período de exposição. Com a presença dos ônibus a situação era agravada, saindo da média de 81 db na Augusta para picos de 91; na 23 de Maio, os coletivos ampliaram a média de 78 para 84, na Berrini de 79 para 86 - sem veículo na hora da medição, o índice desta via caiu para 53 decibéis.

Para atenuar os efeitos de tanto zumbido na saúde auditiva dos motoristas e dos passageiros de ônibus - nos condutores, estudos da Unicamp constataram que a perda de audição afeta até 80% -, a Lei Municipal 13.542 obrigou que se colocassem os motores do transporte público na parte traseira dos ônibus. Apenas essa medida, avalia o engenheiro Luiz Felipe Silva, que defendeu doutorado na USP sobre o tema, já seria "eficiente para melhorar o ambiente de trabalho dos profissionais".

No entanto, sete anos depois da lei, metade da frota paulistana ainda trafega com as peças na dianteira (4.514 coletivos dos 8.912 existentes). O motivo é um decreto promulgado no mesmo ano da legislação, que possibilitou "exceções". Motores na parte da frente seriam liberados caso o ônibus precisasse circular em vias com muitas lombadas, valetas, curvas e não restasse nenhuma outra alternativa mecânica sem ser veículos com peças dianteiras (que são mais altos). Segundo a São Paulo Transporte (SPtrans), laudos técnicos comprovam que esse é o caso para 50,4% da frota atual. "Com isso, trabalhamos em uma situação ensurdecedora", afirma o diretor do Sindicato dos Motoristas de Transporte Urbano (Sindmotoristas), Nailton Francisco de Souza. "Isso compromete não só a audição dos colegas como a qualidade do transporte como um todo. Os condutores ficam estressados, irritadiços e os passageiros, também."

De acordo com a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, a perda auditiva em muitos casos é irreversível e só é descoberta muito tarde. "Por isso, exames de rotina são tão importantes", afirmou.

RECORDE DE BARULHO

A preocupação com a saúde auditiva não deve ser reflexo apenas do som provocado por ônibus, carros e caminhões. Bares, restaurantes, obras e até igrejas contribuem para a poluição sonora. Os números da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, divulgados ontem pelo Estado, confirmam que o assunto incomoda cada vez mais o paulistano. Entre janeiro e julho, 417 bares foram multados por infringir a lei do silêncio, recorde desde 2005. (ESTADÃO)

INFO

Ônibus italiano evoca apartheid
Cidade de Foggia adota linha de coletivo exclusiva para transportar imigrantes africanos, a maioria negros

Entre os imigrantes, que dependem do parecer do governo para serem aceitos na Europa, as críticas ao ônibus são raras. Em lugar de protestos, há silêncio ou elogios à amabilidade dos seguranças do centro de acolhimento.

Elvis Samano e Kyei Darkwa, ambos de 20 anos, pagaram US$ 1 mil cada para ingressar em um bote entre Trípoli, na Líbia, e a Ilha de Lampedusa, na Itália. "Os italianos são gentis", disse Samano. O imigrante espera receber o status de refugiado em um mês. "Queria ficar na Itália, mas não tenho trabalho. Aceito qualquer coisa na Europa." Edwin Egemb, de 35 anos, mostra-se envergonhado ao ser questionado sobre a linha 24/i. Esboça uma manifestação forte, mas interrompe a frase: "Temos de aguentar." À espera do asilo político desde abril, ele reconhece apenas que o isolamento da sociedade de Foggia não ajuda no processo de integração, nem no aprendizado do idioma ou na busca de emprego. O presidente da Associação de Comunidades Estrangeiras (Asci), Habib Ben Sghaier, protesta contra a iniciativa. "Não é assim que se faz integração. Isso é racismo." (O Estado de São Paulo)

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Irisbus chega ao Brasil Iveco traz sua unidade de transporte de passageiros para o Brasil

Após realizar os ensaios no mercado com suas versões de veículos leves, adaptáveis também ao transporte de passageiros em curtas distâncias, a Iveco anunciou ontem, em Sete Lagoas (MG), a chegada da Irisbus, sua nova Divisão de Ônibus, ao país. No momento, há 53 unidades em teste, de uma versão com motor dianteiro e 17 t de PBT, no Grupo Vicasa, que concentra empresas urbanas em Salvador, Aracaju e Canoas (RS).

Segundo Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Iveco, a inserção da unidade no mercado faz parte da estratégia da empresa de ampliar a oferta de veículos de transporte de passageiros na América Latina, onde já há mercado comprador. “Isso vem sendo planejado há pelo menos dois ou três anos, em conjunto com a matriz na Europa e começará, efetivamente, no próximo ano”, comenta. Atualmente já há 316 ônibus da Irisbus operando na Venezuela e 218 em Córdoba, na Argentina. Faz parte da política de expansão da Iveco comercializar ônibus também no Chile, Peru e Colômbia – e essas tratativas já estão sendo feitas. (O Carreteiro)