sábado, 5 de setembro de 2009

INFO

Ariverson Feltrin

Corredor do descaso

Inaugurado nos anos 1980, o corredor de ônibus ABD é um retrato escancarado de como o transporte coletivo é desprezado. Criado para operar exclusivamemte com trolebus, o ônibus elétrico sempre foi coadjuvante, nunca personagem principal. Concebido para ser integrado, ampliado, o corredor até hoje morre em Diadema, enquanto o prolongamento até o Brooklin, governo pós governo, continua inacabado. Arrisco um palpite: em 2010, perto da eleições que elegem governadores e presidente da República, o prolongamento sairá do papel. O transporte é um retrato do Brasil. Obras públicas, ainda que contribuam para o tripé conforto, redução de custos e sustentabilidade, em geral são pessimamente geridas. A obra mais cara é aquela que não termina. E o povo? Ora, o povo que se lasque!

Na rota de 3 bilhões

O sistema de ônibus urbano da capital paulista, um dos mais carregados do mundo, fechou os primeiros sete meses do ano com 1,638 bilhão de passageiros movimentados. Com a reação da atividade econômica é de se esperar que o ano de 2009 seja encerrado com um número próximo de 3 bilhões de passageiros transportados por uma frota em torno de 15 mil ônibus. (Ariverson Feltrin – Diário do Grande ABC)

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