segunda-feira, 2 de junho de 2008

INFO

Ônibus de Santo André operam no limite da lotação

Nova licitação do sistema exige redução de dez pessoas por metros quadrados para seis.

Os ônibus de Santo André operam no limite de lotação exigido por lei. São permitidos entre sete e dez pessoas por metro quadrado nos meios de transporte públicos; Santo André opera com dez a cada metro quadrado.

A União Santo André, empresa vencedora da licitação que comandará 75 por cento dos ônibus municipais, tem o prazo de 15 anos para diminuir esse índice para seis pessoas por metros quadrados.

A licitação do transporte público da cidade começou em 2006 e terminou apenas no dia 7 de maio. A outra concorrente do processo, a empresa Júlio Simões, foi eliminada, segunda a Secretaria de Obras e Serviços Públicos de Santo André, por ter utilizado outro número base de usuários do transporte para apresentar sua proposta de preço. A Júlio Simões recorreu da decisão no Fórum de Santo André com uma medida cautelar, mas perdeu. A empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

A União Santo André terá que investir inicialmente R$ 40 milhões no transporte público municipal. Até 2014, todos os veículos terão que ser movidos a gás, como forma de se preservar o meio ambiente. Em 180 dias, a empresa precisa trocar 100 ônibus por veículos novos. Já foram colocados 87 deles em circulação. Os abrigos dos pontos também serão de responsabilidade da empresa, que terá que implantar 800 novos na cidade em até dois anos.

Santo André terá novas linhas, que atendam ao circuito de parques da cidade, ao Hospital da Mulher, ao 2° Subdistrito e ao viaduto Cassaquera, além de uma linha para portadores de deficiências físicas.

A cidade possui hoje uma frota de 371 ônibus e micro-ônibus, que transportam 4.936.281 passageiros por mês. Segundo o secretário de Obras e Serviços Públicos, Ricardo Kondratovich, o número de passageiros diminuiu nos últimos dez anos. “Não há como prever se daqui 15 anos teremos uma frota maior ou menor. Nos últimos dez anos, vimos uma redução nos passageiros, o que resultou nos problemas de trânsito que temos hoje, com mais pessoas adquirindo automóveis”, afirmou.

Dos lucros obtidos pela União Santo André, 2% irão para a EPT (Empresa Pública de Transportes de Santo André) e 0,5% são da outorga. A empresa terá um nível de qualidade a ser alcançado para que o contrato possa ser renovado por mais 15 anos. Ela é formada pela Viação Vaz, Viação Guaianazes, Viação Curuçá, Parque das Nações, Urbana Santo André e Transporte Urbano e Rodoviário Santo André. As viações Curuçá, Parque das Nações e Guaianazes já operavam o sistema e estão no comando do transporte público andreense há aproximadamente 40 anos, segundo a Secretária de Obras e Serviços Públicos.

Tarifa - Kondratovich afirmou que não há perspectiva para aumento de tarifa, que hoje é de R$ 2,30. “Não recebemos nenhuma proposta dos empresários de Santo André. A decisão sempre é tomada com as sete prefeituras da Região.” Segundo o secretário, o pedido de aumento partiu da Associação dos Empresários do ABC e deve ser discutido nesta segunda-feira (02/06) no Consórcio Intermunicipal do ABC.

Fonte: ABCD MAIOR

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