terça-feira, 15 de setembro de 2009

INFO: SP

Cooperativas de transporte são suspeitas de lavar grana de facção

A Polícia Civil realizou ontem apreensões de documentos em duas cooperativas de transporte coletivo alternativo de Taboão da Serra (Grande SP) suspeitas de usar dois vereadores da cidade para lavar parte do dinheiro obtido pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) com o tráfico de drogas.

Segundo a polícia, parte do dinheiro arrecadado com o tráfico em Paraisópolis, segunda maior favela de SP, na zona sul, pelo presidiário Francisco Antonio Cesário da Silva, 32 anos, o Piauí, é lavado na Coopertab (Cooperativa dos Motoristas Autônomos de Taboão). Segundo a polícia, Piauí usa José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan Noventa, vereador de Taboão pelo PV, para lavar o dinheiro do crime na Coopertab.

O vereador Santos admitiu conhecer Piauí, "dos tempos em que jogaram futebol", mas negou usar a Coopertab para ajudar o PCC. Ele também disse ter sido envolvido na investigação porque usa seu mandato para defender donos de micro-ônibus.

A outra cooperativa em que a polícia apreendeu documentos e computadores foi a Coopergente, suspeita de lavar dinheiro do tráfico comandado por Antonio Fernando Eloy, 43, o Nando, acusado de chefiar o PCC no extremo sul da região metropolitana. Nando é irmão do vereador José Luiz Eloi (PMDB), presidente da Câmara de Taboão da Serra.

O vereador é suspeito de repassar o dinheiro do crime para a Coopergente. "Isso não é verdade. O que existe é uma perseguição porque sou contra as mudanças no transporte", disse o vereador. Ele também disse ser mentira a acusação da polícia de que Nando é traficante. A Coopergente diz apoiar a ação da polícia para esclarecer o caso. A Coopertab não se manifestou. (Agora SP)

sábado, 5 de setembro de 2009

FOTO DO DIA


QUER
MAIS
FOTOS?


APAIXONABUS

http://apaixonabus.nafoto.net

INFO

Passageiros de ônibus devem ficar atentos à nova legislação

ANTT ainda não regulamentou oito artigos.
Passageiros reclamam de demora em serviços.
Do G1

Quem pretende viajar de ônibus no feriadão da Independência deve ficar atento. Está em vigor há 57 dias uma nova lei que mudou as regras para compra e venda de passagens. Mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres ainda não regulamentou oito artigos.

Uma mudança que beneficia o passageiros é a regra para a remarcação da passagem. Não está prevista na nova lei o prazo de pelo menos três horas antes do embarque para a alteração ou a troca da passagem no guichê da empresa. Por isso, a Agência diz que até a regulação da nova lei, fica valendo a antiga.

Seu Alberto Mattos respeitou a antecedência de três horas, mas teve que esperar. “Eu levei um chá de cadeira até eles remarcarem a passagem, não foi como diz a lei”, disse.

A falta de regulamentação criou uma outra dúvida. Na hora do reembolso, as empresas atualmente cobram uma multa de 5% do valor da passagem. A nova lei fala apenas no desconto da comissão de venda, sem estipular o valor.

“Não reconhecemos esse agenciamento de passagem. Nós vamos fazer uma pesquisa investigar qual é esse custo pra estipular o valor que ela possa abater a titulo desse agenciamento” informou Bernardo Figueiredo, da ANTT.

E a nova restituição, que na legislação anterior poderia ser até imediata, na nova tem o prazo de até 30 dias. Atualmente a demora já causa reclamação. “Paguei e não me devolveram só daqui a um mês me devolveriam o dinheiro, eu paguei em dinheiro”, reclamou a pensionista Elvira Rattes.

A agência reconhece que precisa de pelo menos um mês para regulamentar a nova lei.

“Estimo que até o final de setembro a gente vai soltar a nova regulamentação mas o fato de não ter a nova regulamentação nova não tira do usuário nenhum dos direitos que a lei assegura”, completou Figueiredo.

PARCEIRO

ApaixonaBUS é parceiro do Onibus & Mais

http://apaixonabus.nafoto.net

SÓ ALEGRIA

PraDESCONTRAIR

Raciocínio rápido

Um jovem estava fazendo um processo seletivo, o examinador o chamou para uma entrevista individual e disse:
— Neste teste é necessário ter raciocínio rápido.
— O que foi que o senhor disse?
— Que está dispensado! Por favor, chame o próximo quando sair.

(Mais conteúdo? INFOCASA http://infocasa.blogspot.com )

INFO

Ariverson Feltrin

Corredor do descaso

Inaugurado nos anos 1980, o corredor de ônibus ABD é um retrato escancarado de como o transporte coletivo é desprezado. Criado para operar exclusivamemte com trolebus, o ônibus elétrico sempre foi coadjuvante, nunca personagem principal. Concebido para ser integrado, ampliado, o corredor até hoje morre em Diadema, enquanto o prolongamento até o Brooklin, governo pós governo, continua inacabado. Arrisco um palpite: em 2010, perto da eleições que elegem governadores e presidente da República, o prolongamento sairá do papel. O transporte é um retrato do Brasil. Obras públicas, ainda que contribuam para o tripé conforto, redução de custos e sustentabilidade, em geral são pessimamente geridas. A obra mais cara é aquela que não termina. E o povo? Ora, o povo que se lasque!

Na rota de 3 bilhões

O sistema de ônibus urbano da capital paulista, um dos mais carregados do mundo, fechou os primeiros sete meses do ano com 1,638 bilhão de passageiros movimentados. Com a reação da atividade econômica é de se esperar que o ano de 2009 seja encerrado com um número próximo de 3 bilhões de passageiros transportados por uma frota em torno de 15 mil ônibus. (Ariverson Feltrin – Diário do Grande ABC)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

FOTO DO DIA

O APAIXONABUS é o fotoblog parceiro do Onibus & Mais.
Acesse: http://apaixonabus.nafoto.net


INFO

Bilhete único será usado em compras

Luciana Lazarini do Agora

Os usuários de transporte público da capital e da Grande SP vão poder utilizar o bilhete único como cartão de crédito, que servirá para pagar não só a passagem de trem, de ônibus ou de metrô, mas, também, as compras no comércio.

Com o bilhete integrado, que vai substituir o sistema atual, o novo cartão poderá ser de débito e de crédito.

O sistema ainda depende de uma licitação de R$ 510 milhões. O resultado da concorrência sairá até o final do ano. Depois, a empresa terá dois anos para implantar um sistema de arrecadação centralizado, que deve entrar no ar somente em 2012.

Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a empresa que vencer terá que garantir R$ 310 milhões para implantar e manter a tecnologia atualizada ao longo de 30 anos. Além disso, a prefeitura receberá R$ 200 milhões de indenização pelos gastos com a implantação do bilhete único.

Os novos cartões chegarão antes para o transporte público da capital, onde já feita a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura.

Segundo a secretaria, o projeto poderá ser ampliado para as 39 cidades da região metropolitana desde que sejam feitas parcerias com as prefeituras. No transporte da capital, são 10 milhões de viagens por dia, segundo informações da SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal).

Os ajustes finais do edital, que deve ser publicado ainda em setembro, serão discutidos hoje, em uma audiência pública que deve reunir as empresas interessadas na disputa.

Ainda não está definido se cada cartão único terá uma conta bancária vinculada, pois essa operação será de responsabilidade da empresa vencedora, que poderá ser, por exemplo, um banco, uma administradora de cartão de crédito ou até mesmo uma administradora de benefícios (como vale alimentação, por exemplo).

Segundo a pasta, o perfil e a proposta da empresa serão importantes para definir quais opções o usuário do transporte terá com o novo cartão magnético. A ideia é que seja possível até fazer empréstimos usando o cartão.

SÓ ALEGRIA

PraDESCONTRAIR

Na lata

A sogra vai visitar a filha e o genro. Ela toca a campainha, o genro abre a porta e diz, empolgado:
— Sogrinha! Há quanto tempo a senhora não aparece! Quanto tempo vai ficar conosco desta vez?
Querendo ser gentil, a sogra responde:
— Até vocês ficarem cansados de mim!
Então, o genro diz:
— Sério? Quer dizer que a senhora não vai nem tomar um cafezinho?
(Mais piadas? INFOCASA: http://infocasa.blogspot.com)

ACESSE

APAIXONABUS

http://apaixonabus.nafoto.net

INFO

Liberada TV em tempo real em ônibus

Em 30 dias, Globo começará a testar transmissões ao vivo; Record entra na briga pelos 14 mil coletivos de SP
Diego Zanchetta

Uma portaria publicada sábado no Diário Oficial da Cidade autoriza as transmissões de mídia televisiva em tempo real dentro dos ônibus de São Paulo. O serviço já era testado há cerca de um mês, mas todo material veiculado tinha de ser enviado antes à São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável por gerenciar os serviços de ônibus na capital.

Globo e Record querem transmitir suas programações nos 14 mil coletivos que circulam na cidade. Do conteúdo autorizado para publicidade, que inclui também peças impressas, 30% será destinado à grade de programação da mídia televisiva, com uso preferencial para mensagens de caráter institucional, de campanhas educativas e de utilidade pública promovidas pela Prefeitura. Em até 30 dias, a Globo deve começar a testar transmissões ao vivo de partes do Jornal Nacional e do Globo Esporte, além de apresentar um resumo dos capítulos anteriores das novelas.

As empresas também deverão disponibilizar à SPTrans, via link de internet, a programação diária veiculada em tempo real ou enviar com antecedência de cinco dias úteis qualquer tipo de material gravado. Apesar de o áudio ser proibido, a portaria do secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, autoriza a empresa veiculadora a disponibilizar sistema de áudio com utilização de fone de ouvido, por meio de tecnologia bluetooth ou frequência modulada específica.

As transmissões de natureza político-partidária e que "atentem contra a moral, os bons costumes e a dignidade da família" estão vetadas. Propagandas de cervejas e cigarros também foram expressamente proibidas. A cada anúncio veiculado em um coletivo, as viações terão descontadas da remuneração transferida pela SPTrans um valor mensal equivalente a sete tarifas do transporte público, hoje a R$ 2,30 (R$ 16,10 por anúncio).

"As empresas responsáveis pela mídia eletrônica televisiva poderão transmitir sua programação de maneira offline e/ou online e o equipamento de recepção e armazenagem de dados poderá estar apto a receber, armazenar e exibir conteúdos em tempo real, por meio de tecnologia GPRS, 3G, Digital, dentre outras", informa a portaria. Cada coletivo poderá ter até quatro monitores, no caso dos ônibus biarticulados. A Rede Bandeirantes, em até 180 dias, também deve entrar com transmissão, nos 300 ônibus explorados pela TVO.

A portaria foi publicada uma semana após a SPTrans determinar a retirada do ar da transmissão da TV Globo, em teste em 25 coletivos. O veto veio depois que a Globo passou a veicular conteúdo que não havia sido analisado com antecedência pelos técnicos da SPTrans.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal dos Transportes informou que as três empresas que detêm os direitos de transmissão nos ônibus são a Bus Media (300 ônibus, ligada à Globo), a TVO (500 ônibus, parceira da Rede Bandeirantes) e a BUS TV (100 ônibus). A pasta não acredita em guerra de audiência com a autorização de transmissões ao vivo. O secretário Alexandre de Moraes, titular dos Transportes e presidente da SPTrans, disse que não comentaria detalhes da portaria. (ESTADAO)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

FOTO APAIXONABUS

segunda-feira, 20 de julho de 2009

FOTO DO DIA

INFO

Transporte coletivo: mais passageiros e menos ônibus

Os usuários de ônibus da capital estão mais apertados dentro dos coletivos e ficam mais tempo nos pontos à espera da condução. A frota de transporte público perdeu 270 veículos e ganhou 220mil passageiros neste ano, segundo a Folha de S.Paulo. Se for considerada apenas a parcela que depende das lotações, a situação é pior. No
último ano, o número de perueiros caiu 2,1%, e o de passageiros subiu 7,3%. Com menos veículos e mais passageiros, empresas de ônibus e perueiros faturam mais. Isso compensaria o congelamento da tarifa, que é de R$ 2,30 desde 2006. Metrô e trem tiveram reajustes anuais e o bilhete custa hoje R$ 2,55. A prefeitura alega que, apesar de haver menos veículos nas garagens, as empresas são obrigadas a cumprir um número mínimo de partidas diárias, sob pena de multa. O Ministério Público abriu investigação sobre o problema e há um blog para quem quiser fazer reclamações: www.onibus.blog.br. (DESTAK)

INFO

Fiscalização no RJ tira 68 ônibus de circulação

Sessenta e oito veículos que não apresentam condições de operar no transporte de passageiros por má conservação e falha na documentação foram apreendidos hoje, em uma operação dos Fiscais do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), no Rio de Janeiro. A operação ocorreu nos terminais de vários municípios do Estado. A empresa com maior número de infrações foi a Rio Ita, com 11 veículos recolhidos à garagem.
Entre janeiro e junho de 2009, o Detro tirou de circulação 410 ônibus e aplicou 1.464 infrações nas empresas que operam a frota regular do transporte intermunicipal de passageiros. (Agência Estado)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

FOTO DO DIA

INFO

Promotor usa twitter e blog para apurar irregularidades em ônibus de SP

MP investiga denúncias de superlotação e atrasos em coletivos.
Prefeitura diz que maioria das reclamações é contra intervalos excessivos.

O promotor de Justiça Saad Mazloum criou um blog e um perfil no twitter para intensificar uma investigação sobre supostas irregularidades no sistema municipal de ônibus de São Paulo. Ele quer coletar denúncias de superlotação, intervalos excessivos, falta de higiene e outros problemas enfrentados por passageiros para analisar se a Prefeitura de São Paulo tem fiscalizado a eficiência do serviço oferecido e se as viações cumprem suas obrigações contratuais.

As denúncias virtuais podem ser feitas em comentários no blog, moderados pelo promotor, ou via mensagem no twitter. “Vai ser um inquérito bem colaborativo. As pessoas reclamam do transporte, mas não vejo cara, não vejo nome. Essas pessoas às vezes não têm a quem recorrer e preferem ficar queimando ônibus”, dsse Mazloum ao G1.

Inquérito online e colaborativo

Ele promete também disponibilizar no blog os documentos do inquérito civil público, aberto em fevereiro deste ano, a partir de uma denúncia do vendedor Moisés Jardim, de 32 anos. Depois de passar oito anos tendo que se espremer e enfrentar atrasos na linha 8594-10 (Praça Ramos de Azevedo—Cidade D´Abril), ele resolveu ir além das rotineiras reclamações à São Paulo Transporte (SPTrans), empresa municipal que planeja e fiscaliza o funcionamento dos ônibus. O órgão informou ao G1 que está à disposição da Promotoria e da Justiça para “todos os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Moisés protocolou uma carta no Ministério Público do Estado de São Paulo. Na denúncia, ele contou que nos horários de pico é difícil até embarcar nos coletivos pelo excesso de passageiros espremidos contra a porta. Segundo o vendedor, às vezes, os ônibus nem param no ponto pela falta de espaço para novos passageiros. “Normalmente viajamos espremidos sem poder sentar. A gente chega em casa com dor nos braços, nas pernas e bolsa amassada”, relatou Moisés ao G1, que depende da linha para ir e voltar ao trabalho.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital paulista começou a investigação para apurar por que os problemas se repetem rotineiramente, conforme alega o denunciante,na linha operada pela viação Santa Brígida. Na terça-feira (26), Mazloum ampliou o inquérito para todas as linhas em funcionamento na cidade. Agora o promotor quer mais avaliações dos usuários do sistema de ônibus para investigar.

“Vou exigir da prefeitura que adote providências pra melhorar essa situação. O sujeito pega ônibus superlotado todo dia, é maltratado, mas não reclama. Muitas vezes o usuário acha que não vai dar em nada”, declarou o promotor.

Fluxo diário de 5,6 milhões de passageiros

Investigar as irregularidades vai exigir grande esforço. Funcionam atualmente 1.333 linhas de ônibus municipais em uma frota de quase 15 mil veículos em São Paulo, por onde circulam cerca de 5,6 milhões de passageiros diariamente, segundo a SPTrans.

Os sinais de problemas no funcionamento se expressam nas reclamações feitas à prefeitura, ainda que nem todos insatisfeitos reclamem, seja por desconhecimento ou por comodismo. Em 2008, foram protocoladas 85.087 reclamações. Só neste ano, até o dia 12 de maio, foram recebidas 29.306 queixas de usuários insatisfeitos. Há 785 denúncias de superlotação no mesmo período de 2009 e 962 em 2008. Mas, a principal queixa é intervalo excessivo entre um veículo e outro: foram 6.829 em 2009, pelo balanço, e 6.858 em 2008.

A SPTrans responde às reclamações com fiscalizações nos alvos das denúncias. Se o problema for constatado pelos fiscais do órgão, o consórcio responsável pela linha criticada pode ser multado. Em 2008, foram aplicadas 105.281 multas, que geraram uma arrecadação de cerca de R$ 67 milhões ao município.

Uma polêmica a ser enfrentada pela investigação é a falta de um limite da Secretaria Municipal dos Transportes de São Paulo à quantidade de passageiros em pé por metro quadrado em um ônibus, o que permite às empresas agir como preferem. Só há uma proibição aos coletivos de circular com portas abertas. Isso possibilita que passageiros sejam “empacotados” dentro do ônibus.

Mesmo nos modelos de veículos maiores, como o ônibus bi-articulado com capacidade para até 190 passageiros, os passageiros viajam espremidos nas linhas superlotadas, porque sobra espaço para ficar em pé e falta poltrona.

O único limite, expresso na legislação brasileira, ao transporte irresponsável de passageiros é uma norma de segurança da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) de 2008, que regula exigências para fabricação de ônibus no Brasil. A norma, tornada obrigatória pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) desde março de 2009, exige que fabricantes projetem ônibus urbanos para transportar no máximo seis passageiros em pé por metro quadrado. Segundo especialistas, o problema é que essa norma torna possível a produção de coletivos feitos para receber mais passageiros em pé do que o desejável pelos usuários.

Limite de passageiros em pé é inadequado, diz especialista

O professor Osmar Vicente Rodrigues, da Unesp, doutor em design de veículos, critica o limite brasileiro “generoso” às empresas e “problemático” para os passageiros. Por padrões ideais de segurança e eficiência, um ônibus precisa garantir a cada usuário em pé no mínimo uma área de 0,8 metro quadrado para ocupar, diz ele. “A pessoa precisa de 0,8 metro quadrado para movimentação. Se considerar 0,20 metro quadrado para cada um, não consegue se mexer, traz riscos”, afirmou Rodrigues ao G1.

Quem fica espremido no corredor de um ônibus está mais vulnerável no caso de um acidente. A urbanista Silvana Zioni, professora da Universidade Mackenzie e ex-coordenadora de projetos da SPTrans (1995-2000), destacou também, em entrevista ao G1, que a superlotação não pode ser somente encarada como um problema de conforto.

“A superlotação não pode ser entendida como uma mera reclamação de conforto. É um indicador de que o sistema operacional está ruim. Não pode ser normal o ônibus andar lotado, gera uma insegurança muito grande”, disse Silvana.

Para a urbanista, a solução exige uma série de ações operacionais. “Pode ampliar horário considerado de pico, aumentar número de ônibus, adaptar o itinerário à demanda e mudar o tipo de frota”, enumerou a especialista.

De acordo com o promotor Mazloum, aumentar a frota de ônibus, por exemplo, pode ser uma recomendação feita à prefeitura no inquérito. “O município tem que se adequar às exigências e às necessidades da população. O objetivo é que ele cumpra seu dever de fiscalização e que os problemas sejam contidos”, explicou.

A promotoria solicitou cópias dos contratos de concessão de todas as linhas de ônibus para apurar se exigências, como o número de veículos por horário e os intervalos entre as partidas, estão sendo cumpridas pelas empresas e fiscalizadas pela prefeitura.

“O inquérito pode checar a adequação dos contratos. Estamos pagando por uma coisa que não está cumprindo o desejado”, avaliou Silvana.

Tanto autoridades municipais como responsáveis pelas viações podem responder a processo por improbidade administrativa, segundo Mazloum, se forem comprovadas e reiteradas irregularidades durante a investigação. No caso da prefeitura podem ser processados responsáveis por uma eventual omissão na fiscalização dos ônibus. Já os responsáveis pelas empresas podem responder na Justiça se forem detectadas violações contratuais.

Canais de reclamações

Além do blog (www.onibus.blog.br) e do twitter (www.twitter.com/blogdoonibus), a promotoria também disponibilizou o e-mail cidadania@mp.sp.gov.br para denúncias de usuários de ônibus. Reclamações à prefeitura podem ser feitas pelo telefone 0800-7710118 e pelo site do SPTrans (www.sptrans.com.br).
(Fonte: Daniel Haidar Do G1, em São Paulo)

INFO

Prefeitura licitará sistema de integração do bilhete eletrônico

SANTO ANDRÉ - Em reunião ontem entre o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e a prefeitura de São Paulo ficou decidida a criação da Secretaria de Articulação Metropolitana. "A secretaria servirá como uma interface entre o município com a região metropolitana", o Secretário de Assuntos Metropolitanos de São Paulo, Jorge Tadeu Mudalen.

O secretário também afirmou que em meados de agosto a prefeitura da capital vai entrar com o processo de licitação dos sistemas de integração da bilhetagem eletrônica. "Cabe a cada prefeitura decidir se vai se integrar ao sistema ou não. Deverão acontecer reuniões internas do Consórcio para discutir essa questão."

O Sistema de integração da bilhetagem seria como um sistema único de arrecadação e no qual um único cartão serviria para passagens no metrô, trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ônibus municipais.

Sobre uma maneira de integrar também o sistema tarifário, Jorge Mudalen foi mais enfático e afirmou que esse é um plano a longo prazo: "São Paulo tem tarifa congelada, as prefeituras do ABC têm que trabalhar no sentido de ajeitar as tarifas com eles aqui", finalizou.

Na reunião ficou decido que cada cidade vai ter seu próprio técnico, que passará a ser uma ponte entre a prefeitura e a capital, sendo responsável pela condução dos pleitos municipais. (NTU)

INFO

EMTU pesquisa a qualidade das linhas

Uma pesquisa da EMTU Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos aponta as piores linhas intermunicipais das principais regiões metropolitanas do Estado. Oito dessas piores linhas estão na grande São Paulo.

A EMTU disse que usa as informações dessa pesquisa para fazer mudanças nas linhas. O problema é que as melhorias podem levar até três meses.

O SPTV mostra que basta acompanhar o dia a dia dos passageiros para ver que a EMTU tem muito a fazer.

É o mesmo ponto e o mesmo horário com as mesmas reclamações. “Eu pego o ônibus lotado todos os dias”, reclamou a cozinheira Alessandra Franco.

Entrar em alguns ônibus é uma tarefa difícil. O professor de inglês Augusto de Oliveira tentou, mas não conseguiu. “É assim toda manhã. A gente que sofre. A gente é tratado como gado. Isso não é uma vez. É todo dia. Como fica meu emprego?”, questionou.

A alternativa foi pegar um ônibus de outra linha, que dá mais volta e ainda deixa o professor longe do trabalho.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos catalogou as reclamações dos passageiros que usam as linhas intermunicipais. Vinte e três foram apontadas como as piores.

Oito são da grande são paulo, duas ligam o Embu à capital, as outras saem de Guarulhos, Juquitiba, Cotia, Embú-Guaçu, Carapicuíba e Itapecerica da Serra e segue para São Paulo.

“A maior reclamação é quanto à lotação. A EMTU, diante dessa informação, pega a equipe de fiscais que vai a campo fazer o que a gente chama de diagnóstico. Diante da confirmação daquela informação inicial, a gente adota algumas ações”, esclareceu Júlio de Freitas, presidente da EMTU.

É preciso mesmo porque na volta para casa o cenário da manhã se repete.
Às 6hs, há fila para entrar no ônibus que faz a linha 395, que liga São Judas a Itapecerica da Serra.

“A gente, se tirar o pé do lugar, não consegue colocar no lugar de novo. Fica muito cheio mesmo”, falou Raimundo de Jesus, operário.

Pelo caminho, o ônibus só enche. Em poucos quilômetros, é esta a situação. No fim do dia, cansados depois do trabalho, os passageiros, que precisam voltar para Itapecerica da Serra, encontram o ônibus lotado. A volta para casa leva cerca de duas horas. Dentro do veículo, fica evidente que não existe conforto.

As modificações nessas linhas ainda vão demorar um pouco. “O processo é de mais ou menos três meses, entre ouvir o cliente e ter a ação propriamente dita”, esclareceu presidente da EMTU.

Será que são necessários mesmo três meses para fazer as mudanças nas linhas? A EMTU informou que 60 agentes de fiscalização das regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas estão verificando, pessoalmente, os problemas relatados pelos passageiros e que os resultados aparecerão na pesquisa do ano que vem.
sptv

terça-feira, 26 de maio de 2009

FOTO DO DIA