sábado, 3 de outubro de 2009

INFO

(Primeiro Plano - Ariverson Feltrin/Diário do Grande ABC)
Copa acelera soluções

Em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil, como palco do maior evento de futebol do planeta, tem muitas deficiências para resolver, uma delas, bem evidente, está na questão da mobilidade. A Copa é de curta duração, mas impõe soluções que, se bem equacionadas, podem deixar as bases para melhorar de vez o travado cotidiano do ir e vir dos brasileiros.

No transporte coletivo, uma deficiência notabilizada pelo inchaço das metrópoles, há pelo menos duas correntes de interesses que disputam a primazia de terem seus sistemas adotados nas cidades que serão palco da Copa do Mundo. Uma delas é o BRT, transporte rápido feito por ônibus operados em canaletas, sistema adotado por Curitiba nos anos 1970 e propagado, em boa parte por consultores brasileiros, para várias partes do mundo, incluindo Colômbia, Estados Unidos, China e África do Sul, sede da Copa de 2010.

Outra corrente de interesse defende a solução do monotrilho, cogitado por algumas cidades, inclusive São Paulo. O sistema será apresentado na Feira Negócios nos Trilhos, de 10 a 12 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos expositores interessados, a Hitachi, assume um desafio: mostrar ao público que o monorail não é só atração de parque temático, mas meio de transporte de massa seguro, confortável, capaz de desatar as dificuldades de tráfego dos grandes centros urbanos. "Nossa empresa participou ativamente dos projetos implantados no Japão. Temos fornecido monorails no país desde 1964, sem nenhum acidente. Esperamos trazer este sistema de transporte ao Brasil", diz por meio de nota Toshiro Iwayama, vice-presidente da Hitachi Brasil.

Como temos dito reiteradas vezes neste espaço, o Brasil tem feito até agora muito pouco em prol da melhoria do sistema coletivo de transporte. Autoridades e formadores de opinião em geral não são usuários do meio coletivo (e, se já foram, deletam o passado). O tema, distante do cotidiano de quem decide, recorrentemente só ocupa o debate em épocas eleitorais.

Desta vez o Brasil foi eleito pelo mundo para ser a sede da Copa, o esporte mais difundido no planeta. O que se espera de todo anfitrião é que receba e transporte com eficiência todos os convidados, nativos e visitantes.

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