quinta-feira, 1 de outubro de 2009

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Ônibus italiano evoca apartheid
Cidade de Foggia adota linha de coletivo exclusiva para transportar imigrantes africanos, a maioria negros

Entre os imigrantes, que dependem do parecer do governo para serem aceitos na Europa, as críticas ao ônibus são raras. Em lugar de protestos, há silêncio ou elogios à amabilidade dos seguranças do centro de acolhimento.

Elvis Samano e Kyei Darkwa, ambos de 20 anos, pagaram US$ 1 mil cada para ingressar em um bote entre Trípoli, na Líbia, e a Ilha de Lampedusa, na Itália. "Os italianos são gentis", disse Samano. O imigrante espera receber o status de refugiado em um mês. "Queria ficar na Itália, mas não tenho trabalho. Aceito qualquer coisa na Europa." Edwin Egemb, de 35 anos, mostra-se envergonhado ao ser questionado sobre a linha 24/i. Esboça uma manifestação forte, mas interrompe a frase: "Temos de aguentar." À espera do asilo político desde abril, ele reconhece apenas que o isolamento da sociedade de Foggia não ajuda no processo de integração, nem no aprendizado do idioma ou na busca de emprego. O presidente da Associação de Comunidades Estrangeiras (Asci), Habib Ben Sghaier, protesta contra a iniciativa. "Não é assim que se faz integração. Isso é racismo." (O Estado de São Paulo)

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