quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

IVECO

IVECO planeja entrar no segmento de ônibus no Brasil

O grupo italiano Fiat se prepara para produzir ônibus no Brasil.

O plano faz parte do programa de investimentos da Iveco, uma empresa do grupo, que já fabrica caminhões e furgões em Minas Gerais e que passa por uma das mais significativas fases de expansão das suas atividades no país.

A Iveco possui ainda uma fábrica na Argentina.

A Iveco é dona da marca Irisbus, uma das maiores produtoras de ônibus da Europa, onde funcionam as três fábricas desse tipo de veículo. Além dos ônibus, um plano que ainda está em fase de amadurecimento, segundo o presidente da Iveco na América Latina, Marco Mazzu, o grupo se prepara para grandes saltos no mercado dos veículos comerciais.
O programa de expansão da Fiat prevê não apenas renovar e ampliar a oferta de modelos nos segmentos em que já atua como também entrar nos que ainda não participa.
A Iveco já produz caminhões leves, semi-pesados e pesados. Mas ainda não participa do segmento de modelos médios, que representa mais de 20% do total do mercado brasileiro.
A investida nesse novo segmento e mais a linha dos ônibus fazem parte de um cronograma que prevê o lançamento de novas famílias de veículos no período de 2007 a 2010.Com 10 anos no mercado brasileiro e apenas 5% de participação, a Iveco sonha em seguir trajetória semelhante à da Fiat Automóveis, hoje líder do mercado brasileiro de carros de passeio. "Com humildade e respeito aos de mais fabricantes no Brasil queremos, no médio prazo, ser como os nossos primos da Fiat Automóveis", afirma o executivo italiano Mazzu, que assumiu o comando da operação na América Latina um ano atrás.Última a entrar no mercado brasileiro, a Iveco aproveitou o recente aquecimento das vendas para aumentar a sua fatia. Aliada à diversificação de produtos e transferência de parte das linhas de produção da Argentina para o Brasil, a empresa comemora hoje crescimento de 120% nas vendas e de 45% na produção brasileira em 2007.Numa fábrica compartilhada com a Fiat Automóveis em Sete Lagoas (MG), a montadora produziu 9 mil veículos no ano passado, dos quais cerca de 3 mil foram exportados para ouros países da América Latina.Mazzu planeja crescer mais 40% em 2008, um avanço que mais uma vez superará o mercado brasileiro de caminhões, que deverá ficar 10% maior em 2008 na comparação com 2007.Como alguns setores da fábrica de Sete Lagoas já funcionam em três turnos, a direção da Iveco também começa a pensar em expansões industriais. "Devemos expandir a estrutura no futuro", diz o presidente da empresa.O crescimento da montadora no país está respaldada por um agressivo plano do grupo italiano. A Iveco foi contemplada com R$ 375 milhões no plano de investimentos de R$ 5 bilhões até 2010 que o grupo Fiat anunciou no final do ano passado. "O Brasil é ponto estratégico para a companhia", afirma Mazzu.Tanto que a companhia decidiu instalar no país o seu sétimo centro de engenharia. Com cerca de 100 engenheiros já trabalhando em Sete Lagoas, esse centro passará a ter a responsabilidade não apenas pelo desenvolvimento de produtos para os mercado da América Latina como também participará dos desenhos dos futuros caminhões vendidos fora da região.Quando chegou no país há uma década, a Iveco teve de se adequar a um mercado não tão atraente como o de hoje e já fartamente abastecido por fabricantes tradicionais como a Mercedes-Benz, Scania e Volvo. Encontrou ainda pela frente a Volkswagen, uma concorrente que veio para esse mercado com estratégias bem agressivas.Mazzu se diz animado com a satisfação dos cliente em relação ao que ele considera ser um dos principais diferenciais da Iveco - a economia de combustível. "Isso faz muita diferença em uma atividade em que hoje o combustível representa 40% dos custos", destaca Mazzu.
Fonte: Valor Econômico / MILBUS

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