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Serra faz manobra para congelar tarifa de ônibus

O governador José Serra (PSDB) criou um "empréstimo" para o sistema municipal de transporte público na capital que possibilitará o adiamento do aumento da tarifa de ônibus na cidade pelo menos até as eleições de outubro, que têm o prefeito Gilberto Kassab (DEM) como pré-candidato. Assim, Kassab não teria de arcar com o ônus de reajustar o preço das passagens pelo menos até o pleito.Estudo sobre a tarifa de integração do sistema municipal de transporte coletivo urbano com o sistema estadual sobre trilhos (trem e metrô) mostra que o reajuste da tarifa do metrô, bem como o conseqüente aumento da tarifa integrada entre metrô e ônibus representará aumento de 0,15% na receita tarifária da Prefeitura. As tarifas do bilhete unitário de metrô e dos trens da CPTM subirão dos atuais R$ 2,30 para R$ 2,40 (alta de 4,35%) a partir do dia 9. O bilhete integração passará dos R$ 3,50 para R$ 3,65 (4,29%). A multiplicação da receita se dará, segundo o estudo da Secretaria dos Transportes, com a diminuição do desconto concedido em cada integração, que cairá de R$ 1,10 para R$ 1,05. Cada parte arca com 50% desse desconto (R$ 0,525). "A receita unitária do sistema municipal de cada passageiro integrado passa para R$ 1,775 (R$ 2,30 - R$ 0,525), enquanto a mesma receita do metrô passa para R$ 1,875 (R$ 2,40 - R$ 0,525)", diz o estudo.O bilhete integrado transportou em 2007, em média, 14 milhões de passageiros por mês. Por esses números, a Prefeitura vai economizar cerca de R$ 88,2 milhões, suficientes para construir 17 escolas. Ajudará a equilibrar também a conta sistema, que financia o transporte público na capital. Estudo da Prefeitura, de 2006, mostra que a tarifa que equilibraria o orçamento do sistema seria de R$ 2,67. Para cobrir a diferença entre a tarifa de equilíbrio e a tarifa em vigência, a Prefeitura repassou cerca de R$ 500 milhões para a conta sistema em 2007.
Fonte: Estadao