quinta-feira, 27 de março de 2008
NOTICIA
O papa-filas
Uma das características que se destacam na história dos transportes no Brasil, especialmente nas cinco últimas décadas, é a falta de investimento em transporte de massa, a qual degradou a qualidade de vida nas grandes cidades do país a um ponto inimaginável. Redes de metrô, quando existem, possuem apenas uma fração da extensão que deveriam, cobrindo pequena parte da área urbana. E ainda foram criadas com atraso absurdo, na década de 70, quando deveriam ter sido construídas, mais tardar, nos anos 30. Em contraste, basta citar que o metrô de Buenos Aires iniciou em 1913, e possui atualmente seis linhas. E, com certeza, a Argentina não é um país mais rico que o Brasil. O final dos bondes, nos anos 50, gerou uma carência crescente no transporte carioca. Como solução, alguns "gênios" rodoviários da época propuseram o uso daquele que talvez tenha sido o veículo com existência mais curta entre nós: o papa-filas. O nome, pretensioso, se referia à sua carroceria, onde ficavam os passageiros, rebocada por um cavalo mecânico, como se fosse uma carga. De grandes dimensões - cabiam mais de 100 pessoas - eles, segundo alguns, deveriam suprir a demanda.Este tipo de carro não foi inventado por aqui. Foi usado no exterior como solução temporária, em casos de necessidade, nunca como opção regular. Nos EUA, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, usaram-se alguns veículos deste tipo para transportar operários até fábricas de armamentos. Por aqui, como era de se esperar, o mastodôntico ônibus não deu certo. Grande demais, um trambolho, não conseguia fazer curvas em ruas normais. De uma perspectiva atual, não cumpria nenhuma exigência quanto a conforto e segurança dos passageiros, que viajavam como se fossem gasolina em um caminhão-tanque. Assim, pouco tempo depois, foi abandonado.O papa-filas foi mais uma tentativa frustrada e absurda de se tentar uma solução para a questão do transporte público nas grandes metrópoles usando-se a opção rodoviária, o que se sabe ser impossível e equivale a tentar tapar o sol com uma peneira. Só o investimento em transporte de massa movido a eletricidade poderá melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades, descongestionando as ruas e a atmosfera. Seria um bom modo de distribuir a riqueza gerada pelo país, concentrada nas mãos de poucos, em favor do povo, mantido em catividade vítima de um transporte deficiente e de qualidade inferior.
Fonte: WEBTRANSPO
Uma das características que se destacam na história dos transportes no Brasil, especialmente nas cinco últimas décadas, é a falta de investimento em transporte de massa, a qual degradou a qualidade de vida nas grandes cidades do país a um ponto inimaginável. Redes de metrô, quando existem, possuem apenas uma fração da extensão que deveriam, cobrindo pequena parte da área urbana. E ainda foram criadas com atraso absurdo, na década de 70, quando deveriam ter sido construídas, mais tardar, nos anos 30. Em contraste, basta citar que o metrô de Buenos Aires iniciou em 1913, e possui atualmente seis linhas. E, com certeza, a Argentina não é um país mais rico que o Brasil. O final dos bondes, nos anos 50, gerou uma carência crescente no transporte carioca. Como solução, alguns "gênios" rodoviários da época propuseram o uso daquele que talvez tenha sido o veículo com existência mais curta entre nós: o papa-filas. O nome, pretensioso, se referia à sua carroceria, onde ficavam os passageiros, rebocada por um cavalo mecânico, como se fosse uma carga. De grandes dimensões - cabiam mais de 100 pessoas - eles, segundo alguns, deveriam suprir a demanda.Este tipo de carro não foi inventado por aqui. Foi usado no exterior como solução temporária, em casos de necessidade, nunca como opção regular. Nos EUA, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, usaram-se alguns veículos deste tipo para transportar operários até fábricas de armamentos. Por aqui, como era de se esperar, o mastodôntico ônibus não deu certo. Grande demais, um trambolho, não conseguia fazer curvas em ruas normais. De uma perspectiva atual, não cumpria nenhuma exigência quanto a conforto e segurança dos passageiros, que viajavam como se fossem gasolina em um caminhão-tanque. Assim, pouco tempo depois, foi abandonado.O papa-filas foi mais uma tentativa frustrada e absurda de se tentar uma solução para a questão do transporte público nas grandes metrópoles usando-se a opção rodoviária, o que se sabe ser impossível e equivale a tentar tapar o sol com uma peneira. Só o investimento em transporte de massa movido a eletricidade poderá melhorar a qualidade de vida nas grandes cidades, descongestionando as ruas e a atmosfera. Seria um bom modo de distribuir a riqueza gerada pelo país, concentrada nas mãos de poucos, em favor do povo, mantido em catividade vítima de um transporte deficiente e de qualidade inferior.
Fonte: WEBTRANSPO
NOTICIA
Começam obras para construção de retorno no Terminal Varginha
Mudança servirá para reduzir tempo de viagens de ônibus
Começaram ontem as obras para a construção de um retorno na Avenida Teotônio Vilela, em frente ao Terminal Varginha, na Zona Sul da capital. O objetivo é permitir que os ônibus que saem do terminal, localizado na pista sentido Centro, possam cruzar a avenida e seguir no sentido bairro.
Hoje, todos os ônibus que deixam o Terminal Varginha em direção ao extremo da Zona Sul são obrigados a andar cerca de 3,5 quilômetros pela avenida no sentido Centro até o retorno mais próximo. A obra deve ser entregue até junho.
Com a volta, o percurso cresce sete quilômetros e chega a levar 40 minutos a mais nos horários de pico da manhã e da tarde. Das 37 linhas que passam pelo terminal, 27 vão no sentido bairro. Segundo a Prefeitura, cerca de 80 mil passageiros do terminal serão afetados pela medida. Em dias úteis, 275 mil pessoas usam o Terminal Varginha. Nos horários de pico, fazem o retorno cerca de 100 ônibus por hora.
"Demoraram muito para fazer a obra. Vai beneficiar não apenas os ônibus, mas todos os carros que precisam retornar e são obrigados hoje a dar uma volta do tamanho do mundo na avenida", afirma o taxista Eliseu Famelo, de 42 anos.
"É uma vergonha terem construído o negócio sem esse retorno. A gente passa horas dentro do ônibus. Aí passa pela frente do terminal de onde acabamos de sair. Dá um desânimo", diz a diarista Elisa Soares do Amaral, de 32 anos.
A obra faz parte de um pacote de 19 intervenções viárias anunciadas pela Prefeitura na semana passada, com o objetivo de diminuir o trânsito e aumentar a fluidez nos corredores de ônibus da capital. "São pequenas medidas, simples de serem feitas, que na sua somatória terão um impacto muito positivo para a cidade inteira", afirmou o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Mais obras
Ainda ontem, foram iniciadas as obras em mais dois pontos da cidade. Começou a ser construída a abertura de um acesso à Avenida 23 de Maio a partir do Terminal Bandeira, no Centro da cidade. Também está sendo trocado o lado da última parada de ônibus na Avenida Ipiranga, antes da Rua da Consolação. Para hoje; estão previstos os inícios de obras nas avenidas Robert Kennedy, Rodrigues Vilares e Guarapiranga, todas na Zona Sul.
Fonte: ANTP
Mudança servirá para reduzir tempo de viagens de ônibus
Começaram ontem as obras para a construção de um retorno na Avenida Teotônio Vilela, em frente ao Terminal Varginha, na Zona Sul da capital. O objetivo é permitir que os ônibus que saem do terminal, localizado na pista sentido Centro, possam cruzar a avenida e seguir no sentido bairro.
Hoje, todos os ônibus que deixam o Terminal Varginha em direção ao extremo da Zona Sul são obrigados a andar cerca de 3,5 quilômetros pela avenida no sentido Centro até o retorno mais próximo. A obra deve ser entregue até junho.
Com a volta, o percurso cresce sete quilômetros e chega a levar 40 minutos a mais nos horários de pico da manhã e da tarde. Das 37 linhas que passam pelo terminal, 27 vão no sentido bairro. Segundo a Prefeitura, cerca de 80 mil passageiros do terminal serão afetados pela medida. Em dias úteis, 275 mil pessoas usam o Terminal Varginha. Nos horários de pico, fazem o retorno cerca de 100 ônibus por hora.
"Demoraram muito para fazer a obra. Vai beneficiar não apenas os ônibus, mas todos os carros que precisam retornar e são obrigados hoje a dar uma volta do tamanho do mundo na avenida", afirma o taxista Eliseu Famelo, de 42 anos.
"É uma vergonha terem construído o negócio sem esse retorno. A gente passa horas dentro do ônibus. Aí passa pela frente do terminal de onde acabamos de sair. Dá um desânimo", diz a diarista Elisa Soares do Amaral, de 32 anos.
A obra faz parte de um pacote de 19 intervenções viárias anunciadas pela Prefeitura na semana passada, com o objetivo de diminuir o trânsito e aumentar a fluidez nos corredores de ônibus da capital. "São pequenas medidas, simples de serem feitas, que na sua somatória terão um impacto muito positivo para a cidade inteira", afirmou o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Mais obras
Ainda ontem, foram iniciadas as obras em mais dois pontos da cidade. Começou a ser construída a abertura de um acesso à Avenida 23 de Maio a partir do Terminal Bandeira, no Centro da cidade. Também está sendo trocado o lado da última parada de ônibus na Avenida Ipiranga, antes da Rua da Consolação. Para hoje; estão previstos os inícios de obras nas avenidas Robert Kennedy, Rodrigues Vilares e Guarapiranga, todas na Zona Sul.
Fonte: ANTP
PraDESCONTRAIR
O português estava...
O português estava dirigindo em uma estrada quando viu uma placa que dizia "curva perigosa à esquerda´.
Não teve dúvidas: virou à direita!
O português estava dirigindo em uma estrada quando viu uma placa que dizia "curva perigosa à esquerda´.
Não teve dúvidas: virou à direita!
NOTICIA
Diadema terá bilhete único no transporte público
Diadema está prestes a ter o bilhete único no sistema de transporte coletivo. Isso porque o vereador Laércio Soares (PC do B), autor do projeto que cria o benefício, está preparando, em conjunto com o governo do prefeito José de Filippi Jr. (PT), a aprovação da matéria em segunda discussão.
"Ele foi aprovado em primeira discussão, e por unanimidade, no ano passado. Adiamos a segunda em virtude da necessidade de uma pesquisa de demanda na cidade. Negociamos para que o governo contratasse essa pesquisa e o processo terminou na semana passada", disse Soares. Através da pesquisa, será possível saber o destino dos passageiros, o tempo que os usuários passam em meios de transporte e quanto demoram em seus trajetos.
O projeto, que está na ordem do dia da sessão desta quinta-feira (27/03), deverá, portanto, ser adiado até que os resultados da pesquisa sejam tabulados pela equipe do governo. "Foi um acordo que fizemos com a administração", disse Soares. De acordo com o vereador, o comprometimento da administração do prefeito Filippi é que a implementação do bilhete único aconteça junto com as comemorações do 1º de Maio.
Para Soares, o projeto tem o objetivo de garantir qualidade e segurança para os usuários. "E também para baratear o custo do transporte. Que as pessoas possam usar mais e pagar um valor menor pelo serviço. Hoje, por exemplo, só se pode fazer baldeação dentro dos terminais e a instituição do bilhete único vai mudar isso, ampliar essa possibilidade", disse.
Além do projeto, que deverá ser adiado, estão previstas para votação na ordem do dia desta quinta-feira (27/03) a criação do Centro de Referência da Mulher em situação de violência, da Rede de Atenção a Criança e ao Adolescente de Diadema, entre outros.
Fonte: ABCD MAIOR
Diadema está prestes a ter o bilhete único no sistema de transporte coletivo. Isso porque o vereador Laércio Soares (PC do B), autor do projeto que cria o benefício, está preparando, em conjunto com o governo do prefeito José de Filippi Jr. (PT), a aprovação da matéria em segunda discussão.
"Ele foi aprovado em primeira discussão, e por unanimidade, no ano passado. Adiamos a segunda em virtude da necessidade de uma pesquisa de demanda na cidade. Negociamos para que o governo contratasse essa pesquisa e o processo terminou na semana passada", disse Soares. Através da pesquisa, será possível saber o destino dos passageiros, o tempo que os usuários passam em meios de transporte e quanto demoram em seus trajetos.
O projeto, que está na ordem do dia da sessão desta quinta-feira (27/03), deverá, portanto, ser adiado até que os resultados da pesquisa sejam tabulados pela equipe do governo. "Foi um acordo que fizemos com a administração", disse Soares. De acordo com o vereador, o comprometimento da administração do prefeito Filippi é que a implementação do bilhete único aconteça junto com as comemorações do 1º de Maio.
Para Soares, o projeto tem o objetivo de garantir qualidade e segurança para os usuários. "E também para baratear o custo do transporte. Que as pessoas possam usar mais e pagar um valor menor pelo serviço. Hoje, por exemplo, só se pode fazer baldeação dentro dos terminais e a instituição do bilhete único vai mudar isso, ampliar essa possibilidade", disse.
Além do projeto, que deverá ser adiado, estão previstas para votação na ordem do dia desta quinta-feira (27/03) a criação do Centro de Referência da Mulher em situação de violência, da Rede de Atenção a Criança e ao Adolescente de Diadema, entre outros.
Fonte: ABCD MAIOR
quarta-feira, 26 de março de 2008
NOTICIA
Cresce opção por fretados
Circulam pelas ruas da Capital 3.659 desses ônibus e a Prefeitura estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas
A agente de viagem Regina Carolina Tafner Inaimo trocou o transporte público e o carro pelo ônibus fretado para ir ao trabalho. Como ela, muitos paulistanos recorrem a essa alternativa - nos dois últimos anos cresceu em 8% o interesse por esse transporte, segundo pesquisa encomendada por empresas de fretamento empresarial. Eles saem dos quatro pontos da cidade para as regiões das avenidas Paulista, Luís Carlos Berrini e Eusébio Matoso.
Regina saía de casa às 7h para chegar ao trabalho às 9h. Moradora da Casa Verde, Zona Norte, pegava um ônibus cheio até o Metrô Santana, fazia baldeação para, na Paulista, pegar carona com um colega de trabalho e enfrentar o trânsito até a Faria Lima, Zona Sul. Se perdia o ônibus, o marido tinha de levá-la. Hoje, pega o fretado às 6h45 e chega ao trabalho às 7h20.
Em busca desses passageiros, 18 empresas criaram o Consórcio Usebus em setembro de 2007. Por mês, são criadas, no mínimo, três novas linhas e há lista de espera de itinerários. 'Nosso foco são aqueles que usam carro e não encontram qualidade no transporte público', diz o diretor do consórcio, José Boiko.
O administrador João Batista Augusto mora na Penha, Zona Leste, e trabalha na Avenida Faria Lima, Zona Sul. Dependendo do dia, alternava o meio de transporte. De carro, gastava R$ 220 por mês, só de estacionamento, sem contar o combustível, e demorava entre uma hora e meia e duas horas. De transporte coletivo, gastava R$ 280 com passagens de metrô e ônibus e chegava em uma hora e meia. De fretado, gasta R$ 250 por mês e demora cerca de uma hora. 'Não me preocupo mais com o trânsito e aproveito para colocar minha leitura em dia.'
Para o assessor da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo Jorge Miguel dos Santos, o interesse aumenta na mesma proporção em que o trânsito piora. 'Os paulistanos preferem a comodidade do fretado, com ar-condicionado, banheiro, TV e poltronas reclináveis, aos ônibus lotados', acredita o presidente da Associação de Passageiros da Vila Industrial, da região da Vila Prudente, Zona Leste, Mauro Sérgio Romeiro Oliveira.
Estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas circulam de fretados na região metropolitana de São Paulo entre moradores de outras cidades que trabalham na Capital, paulistanos que buscam conforto e rapidez e funcionários de empresas que fornecem transporte de ônibus. O serviço surgiu nos anos 1950 com trabalhadores do ABC. Muitas associações foram criadas pelos passageiros, donos de ônibus ou empresários do setor. O Departamento de Transportes Públicos estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas junto com a SPTrans. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, circulam pelas ruas da Capital 3.659 fretados.
Problemas
Para Paula Santoro, urbanista do Instituto Pólis, eles são uma opção contra a poluição dos carros. 'O transporte individual é um dos maiores problemas do trânsito da Cidade. O fretado é melhor que uma grande quantidade de carros na rua e é pior do que um sistema de transporte público eficiente. Ele é uma resposta para o transporte público que não é bom', acrescenta o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Marcos Pimentel Bicálio.
Empresários do setor e estudiosos do trânsito dizem que cada fretado tira de 15 a 30 carros das ruas. O secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, diz que ninguém comprovou efetivamente essa proporção. 'Eles (os fretados) são importantíssimos e têm nosso apoio.' Porém, causam impacto no trânsito quando embarcam ou desembarcam passageiros.
O presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), José Ignácio Sequeira de Almeida, enfatiza que atrapalham menos do que a quantidade de carros que estariam no lugar deles e cabe à Prefeitura analisar e definir lugares de parada. 'Os fretados só não podem criar situações de conflito com o transporte público. Não é conveniente usar espaços como corredores e paradas de ônibus.'
Em todos os fins de tarde, os problemas do engenheiro civil Marcelo Libeskind, 47 anos, morador da Alameda Casa Branca, Jardim Paulista, Zona Sul, começam. Ele fecha a janela do apartamento, no 6º andar, para que a fumaça do combustível dos fretados não invada sua casa. Ele reclama também do barulho e do espaço que os ônibus ocupam na rua - atrapalhando o trânsito.
Regras de convivência e sobrevivência
Se tiver de conversar ao celular, fale baixo. Com outros passageiros, use tom de voz baixo. Não seja espaçoso
Se for permitido, deixe um pequeno travesseiro para dormir com mais conforto. Se você ronca, tente não dormir
Não saia de casa sem um kit com livro, jornal ou revista, iPod ou tocador de MP3 e casaco, por causa do ar-condicionado
De manhã, não abra a cortina presa com velcro, não mexa em sacolas plásticas ou qualquer outra coisa que faça barulho
Não coloque bolsas ou mochilas na poltrona vizinha.Evitar a presença de alguém ao seu lado é uma atitude egoísta
Se houver poltronas vazias, ocupe primeiro as janelas. Se preferir o corredor, não durma até alguém sentar-se ao seu lado
Circulam pelas ruas da Capital 3.659 desses ônibus e a Prefeitura estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas
A agente de viagem Regina Carolina Tafner Inaimo trocou o transporte público e o carro pelo ônibus fretado para ir ao trabalho. Como ela, muitos paulistanos recorrem a essa alternativa - nos dois últimos anos cresceu em 8% o interesse por esse transporte, segundo pesquisa encomendada por empresas de fretamento empresarial. Eles saem dos quatro pontos da cidade para as regiões das avenidas Paulista, Luís Carlos Berrini e Eusébio Matoso.
Regina saía de casa às 7h para chegar ao trabalho às 9h. Moradora da Casa Verde, Zona Norte, pegava um ônibus cheio até o Metrô Santana, fazia baldeação para, na Paulista, pegar carona com um colega de trabalho e enfrentar o trânsito até a Faria Lima, Zona Sul. Se perdia o ônibus, o marido tinha de levá-la. Hoje, pega o fretado às 6h45 e chega ao trabalho às 7h20.
Em busca desses passageiros, 18 empresas criaram o Consórcio Usebus em setembro de 2007. Por mês, são criadas, no mínimo, três novas linhas e há lista de espera de itinerários. 'Nosso foco são aqueles que usam carro e não encontram qualidade no transporte público', diz o diretor do consórcio, José Boiko.
O administrador João Batista Augusto mora na Penha, Zona Leste, e trabalha na Avenida Faria Lima, Zona Sul. Dependendo do dia, alternava o meio de transporte. De carro, gastava R$ 220 por mês, só de estacionamento, sem contar o combustível, e demorava entre uma hora e meia e duas horas. De transporte coletivo, gastava R$ 280 com passagens de metrô e ônibus e chegava em uma hora e meia. De fretado, gasta R$ 250 por mês e demora cerca de uma hora. 'Não me preocupo mais com o trânsito e aproveito para colocar minha leitura em dia.'
Para o assessor da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo Jorge Miguel dos Santos, o interesse aumenta na mesma proporção em que o trânsito piora. 'Os paulistanos preferem a comodidade do fretado, com ar-condicionado, banheiro, TV e poltronas reclináveis, aos ônibus lotados', acredita o presidente da Associação de Passageiros da Vila Industrial, da região da Vila Prudente, Zona Leste, Mauro Sérgio Romeiro Oliveira.
Estima-se que aproximadamente 600 mil pessoas circulam de fretados na região metropolitana de São Paulo entre moradores de outras cidades que trabalham na Capital, paulistanos que buscam conforto e rapidez e funcionários de empresas que fornecem transporte de ônibus. O serviço surgiu nos anos 1950 com trabalhadores do ABC. Muitas associações foram criadas pelos passageiros, donos de ônibus ou empresários do setor. O Departamento de Transportes Públicos estuda 2.843 solicitações para criação de novas linhas junto com a SPTrans. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, circulam pelas ruas da Capital 3.659 fretados.
Problemas
Para Paula Santoro, urbanista do Instituto Pólis, eles são uma opção contra a poluição dos carros. 'O transporte individual é um dos maiores problemas do trânsito da Cidade. O fretado é melhor que uma grande quantidade de carros na rua e é pior do que um sistema de transporte público eficiente. Ele é uma resposta para o transporte público que não é bom', acrescenta o superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Marcos Pimentel Bicálio.
Empresários do setor e estudiosos do trânsito dizem que cada fretado tira de 15 a 30 carros das ruas. O secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, diz que ninguém comprovou efetivamente essa proporção. 'Eles (os fretados) são importantíssimos e têm nosso apoio.' Porém, causam impacto no trânsito quando embarcam ou desembarcam passageiros.
O presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), José Ignácio Sequeira de Almeida, enfatiza que atrapalham menos do que a quantidade de carros que estariam no lugar deles e cabe à Prefeitura analisar e definir lugares de parada. 'Os fretados só não podem criar situações de conflito com o transporte público. Não é conveniente usar espaços como corredores e paradas de ônibus.'
Em todos os fins de tarde, os problemas do engenheiro civil Marcelo Libeskind, 47 anos, morador da Alameda Casa Branca, Jardim Paulista, Zona Sul, começam. Ele fecha a janela do apartamento, no 6º andar, para que a fumaça do combustível dos fretados não invada sua casa. Ele reclama também do barulho e do espaço que os ônibus ocupam na rua - atrapalhando o trânsito.
Regras de convivência e sobrevivência
Se tiver de conversar ao celular, fale baixo. Com outros passageiros, use tom de voz baixo. Não seja espaçoso
Se for permitido, deixe um pequeno travesseiro para dormir com mais conforto. Se você ronca, tente não dormir
Não saia de casa sem um kit com livro, jornal ou revista, iPod ou tocador de MP3 e casaco, por causa do ar-condicionado
De manhã, não abra a cortina presa com velcro, não mexa em sacolas plásticas ou qualquer outra coisa que faça barulho
Não coloque bolsas ou mochilas na poltrona vizinha.Evitar a presença de alguém ao seu lado é uma atitude egoísta
Se houver poltronas vazias, ocupe primeiro as janelas. Se preferir o corredor, não durma até alguém sentar-se ao seu lado
NOTICIA
Lentidão afasta usuário de carro do ônibus
A maior demora da viagem dos ônibus mesmo nas faixas teoricamente exclusivas também reforça as alegações de motoristas que resistem a deixar seus carros na garagem. A velocidade dos automóveis em parte das vias com corredor de ônibus pode ser até inferior em alguns horários de pico -na Eusébio Matoso/Rebouças/ Consolação, por exemplo, era de 10,4 km/h em 2005. Mas uma vantagem muito pequena na rapidez do transporte coletivo em relação ao transporte individual é insuficiente para torná-lo atrativo, de acordo com os técnicos."A diferença precisa ser sensível para que alguém deixe seu carro em casa. E ainda é necessário um segundo incentivo", afirma Cláudio Senna Frederico, especialista em transporte. O segundo incentivo que ele cita é, por exemplo, uma restrição maior ao carro -como a alta do preço para estacioná-lo.Uma pesquisa feita em 11 municípios e divulgada num congresso da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) indicou que a desigualdade na ocupação das vias públicas atingia até as com faixas exclusivas de coletivos. Proporcionalmente à quantidade de usuários que transportam, os carros ocupam 8,7 vezes mais as vias do que os ônibus nos corredores -a diferença atinge 10,5 vezes no caso de pistas sem nenhuma prioridade ao transporte público.Se a lentidão dos ônibus desestimula a classe média a deixar o carro na garagem, na periferia ela gera atrasos inevitáveis para quem não tem outra opção. Há duas semanas, a demora e a superlotação do transporte chegaram a motivar um protesto em que mil pessoas fecharam por seis horas a estrada do M'Boi Mirim, na zona sul.A Folha voltou ao local na semana passada e verificou que as ações adotadas pela prefeitura em resposta ao protesto ainda não foram suficientes para resolver os problemas. O congestionamento dos ônibus continua e se forma a partir das 6h -embora as filas tenham tido breve queda.O segurança Gilberto Simões, 28, só conseguiu embarcar após meia hora de espera. A empregada doméstica Ana Maria Santana, 53, usuária da mesma linha que levaria ao terminal Jabaquara, na zona sul, resolveu não subir. "É a segunda vez que deixo passar. Vem lotado, não dá para entrar."Após o protesto, além de ter destacado 50 fiscais da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da SPTrans (empresa municipal que cuida dos transportes) para a faixa que vai do terminal Jardim Ângela à avenida Guarapiranga, a prefeitura transferiu a operação de quatro linhas da viação Itaim Paulista para a Campo Belo e pôs tachões nas saídas das paradas, para evitar que carros invadam a pista dos ônibus.A reportagem, porém, flagrou automóveis trafegando pelo corredor entre os pontos, longe das vistas dos fiscais. No local, as paradas de microônibus, que funcionam do lado direito da pista, contribuem para a lentidão de carros."Mesmo depois do protesto, os ônibus ficam parados nos horários de pico", afirmou o segurança Marcelo Joaquim dos Santos, 31, que se disse surpreso ao voltar, em 2006, a Piraporinha, bairro "onde nasceu e se criou", após dez anos em Natal (RN). "Antes não tinha corredor, mas também não havia esse trânsito. Levava 40 minutos ao centro. Hoje, dá duas horas."
Fonte: WEBTRANSPO
A maior demora da viagem dos ônibus mesmo nas faixas teoricamente exclusivas também reforça as alegações de motoristas que resistem a deixar seus carros na garagem. A velocidade dos automóveis em parte das vias com corredor de ônibus pode ser até inferior em alguns horários de pico -na Eusébio Matoso/Rebouças/ Consolação, por exemplo, era de 10,4 km/h em 2005. Mas uma vantagem muito pequena na rapidez do transporte coletivo em relação ao transporte individual é insuficiente para torná-lo atrativo, de acordo com os técnicos."A diferença precisa ser sensível para que alguém deixe seu carro em casa. E ainda é necessário um segundo incentivo", afirma Cláudio Senna Frederico, especialista em transporte. O segundo incentivo que ele cita é, por exemplo, uma restrição maior ao carro -como a alta do preço para estacioná-lo.Uma pesquisa feita em 11 municípios e divulgada num congresso da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) indicou que a desigualdade na ocupação das vias públicas atingia até as com faixas exclusivas de coletivos. Proporcionalmente à quantidade de usuários que transportam, os carros ocupam 8,7 vezes mais as vias do que os ônibus nos corredores -a diferença atinge 10,5 vezes no caso de pistas sem nenhuma prioridade ao transporte público.Se a lentidão dos ônibus desestimula a classe média a deixar o carro na garagem, na periferia ela gera atrasos inevitáveis para quem não tem outra opção. Há duas semanas, a demora e a superlotação do transporte chegaram a motivar um protesto em que mil pessoas fecharam por seis horas a estrada do M'Boi Mirim, na zona sul.A Folha voltou ao local na semana passada e verificou que as ações adotadas pela prefeitura em resposta ao protesto ainda não foram suficientes para resolver os problemas. O congestionamento dos ônibus continua e se forma a partir das 6h -embora as filas tenham tido breve queda.O segurança Gilberto Simões, 28, só conseguiu embarcar após meia hora de espera. A empregada doméstica Ana Maria Santana, 53, usuária da mesma linha que levaria ao terminal Jabaquara, na zona sul, resolveu não subir. "É a segunda vez que deixo passar. Vem lotado, não dá para entrar."Após o protesto, além de ter destacado 50 fiscais da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da SPTrans (empresa municipal que cuida dos transportes) para a faixa que vai do terminal Jardim Ângela à avenida Guarapiranga, a prefeitura transferiu a operação de quatro linhas da viação Itaim Paulista para a Campo Belo e pôs tachões nas saídas das paradas, para evitar que carros invadam a pista dos ônibus.A reportagem, porém, flagrou automóveis trafegando pelo corredor entre os pontos, longe das vistas dos fiscais. No local, as paradas de microônibus, que funcionam do lado direito da pista, contribuem para a lentidão de carros."Mesmo depois do protesto, os ônibus ficam parados nos horários de pico", afirmou o segurança Marcelo Joaquim dos Santos, 31, que se disse surpreso ao voltar, em 2006, a Piraporinha, bairro "onde nasceu e se criou", após dez anos em Natal (RN). "Antes não tinha corredor, mas também não havia esse trânsito. Levava 40 minutos ao centro. Hoje, dá duas horas."
Fonte: WEBTRANSPO
segunda-feira, 24 de março de 2008
NOTICIA
Ônibus Mercedes-Benz ganham sistema de freio Top Brake
Os chassis articulados O 500 da Mercedes-Benz passam a ser equipados de série com freio-motor Top Brake, equipamento de segurança que segundo a montadora proporciona maior potência de frenagem, mais velocidade em declives, maior economia no consumo de combustível e na vida útil dos componentes dos freios e dos pneus, além de menor custo de manutenção. O principal destaque para esse veículo é a combinação do Top Brake com o retarder da caixa automática, que também é item de série. Com isso, o acionamento do freio-motor Top Brake está conjugado com o primeiro estágio do retarder, aumentando a potência de frenagem do veículo já no início do curso do pedal de freio. Isso foi possível devido à evolução tecnológica dos motores Mercedes-Benz e das caixas automáticas.
Além do Top Brake e do retarder, os ônibus articulados Mercedes-Benz também são equipados com freio a disco (modelo O 500 UA) ou a tambor (O 500 MA). Juntos, esses componentes proporcionam maior redução nos custos operacionais, graças ao menor desgaste de freios e pneus. Opcionalmente, estes veículos podem ser equipados com freio ABS, aumentando ainda mais a segurança.
As duas versões do O 500 articulado são indicadas para transporte de elevado número de passageiros. Dependendo da configuração interna da carroçaria e da disposição dos bancos e do salão de passageiros, podem levar mais do que 160 pessoas. Estes veículos são equipados com o motor eletrônico OM 457 LA, de 360 cv de potência a 2.000 rpm, com torque de 1.600 Nm a 1.100 rpm. O elevado torque garante força ao ônibus a partir das baixas rotações, agilizando as arrancadas e retomadas.
Fonte: O Carreteiro

Além do Top Brake e do retarder, os ônibus articulados Mercedes-Benz também são equipados com freio a disco (modelo O 500 UA) ou a tambor (O 500 MA). Juntos, esses componentes proporcionam maior redução nos custos operacionais, graças ao menor desgaste de freios e pneus. Opcionalmente, estes veículos podem ser equipados com freio ABS, aumentando ainda mais a segurança.
As duas versões do O 500 articulado são indicadas para transporte de elevado número de passageiros. Dependendo da configuração interna da carroçaria e da disposição dos bancos e do salão de passageiros, podem levar mais do que 160 pessoas. Estes veículos são equipados com o motor eletrônico OM 457 LA, de 360 cv de potência a 2.000 rpm, com torque de 1.600 Nm a 1.100 rpm. O elevado torque garante força ao ônibus a partir das baixas rotações, agilizando as arrancadas e retomadas.
Fonte: O Carreteiro
NOTICIA
Uma viagem de risco
Agências clandestinas desafiam fiscalização em SP
As agências de turismo clandestinas desafiam a fiscalização e oferecem bilhetes de viagem para quase todos as regiões do Brasil pela metade do valor cobrado por empresas regulares. A Subprefeitura da Mooca investiga 18 na região, além de ter fechado outras 12 em 2007. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) apreendeu, em 2007, 663 ônibus clandestinos. Neste ano foram 75. “Enxugamos gelo porque os motoristas usam rotas alternativas e se comunicam para saber das fiscalizações. Tiramos um carro da rua e, na mesa hora, outros são colocados no lugar”, afirma José Antônio Schmidt, superintendente da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).A oferta é grande e o passageiro pode comprar o bilhete e embarcar no mesmo dia. Mas o transporte é feito em ônibus com condições de segurança suspeitas, como pneus carecas. As ‘firmas’ atuam principalmente no Brás e na Vila Guilherme, Zona Leste, e na região central. A reportagem do JT passou na terça e quarta-feira em nove agências, sendo sete no Brás. Todas vendiam passagens e não estavam registradas na Associação Brasileira de Agências de Viagens. Elas funcionam em garagens, salões de cabeleireiros e até em postos de gasolina. A maioria das viagens é para cidades do Norte e Nordeste. A passagem para Feira de Santana, na Bahia, por exemplo,custa em média R$ 150. O preço cobrado pela Viação Gontijo fica entre R$ 230 e R$ 308. O embarque dos clandestinos em geral acontece às terças, quintas, sábados e domingos, entre 14h, 16h e 18h na porta das agências. Em duas do Brás (Alfredo Tur Ltda. e Júnior Turismo) e na Raimundo Turismo, que funciona num salão de cabeleireiro na Rua Helvétia, Centro, os atendentes admitiram o transporte clandestino. “A gente prefere dizer alternativo”, disse uma atendente da Alfredo Tur. A mesma reposta foi dada pelas outras agências.
Em outras seis (LipTur, Neném Tur, Graça Turismo, Net’s Tur, Van Tur, no Brás, e Cetur, em frente ao Terminal do Tietê), a resposta foi de que o trabalho e o transporte são regulares. As viagens, segundo as agências, seriam operadas pela Viação Transacreana, que funciona com liminar na Justiça e está com o Certificado de Fretamento vencido desde 2002 na ANTT. A Cetur não informou que empresa transporta seus passageiros.A reportagem encontrou ainda três motoristas autônomos (Praça Princesa Isabel, Alameda Dino Bueno, no Centro, e Rua Cavalheiro, no Brás) com coletivos próprios. José da Silva saiu na terça-feira da Praça Princesa Isabel rumo a Piauí, Maranhão. “Se a fiscalização parar, a gente dá um jeito.”A coordenadora de projeto turísticos da São Paulo Turismo, Fernanda Ascar, explica que as agências de viagens não podem vender bilhetes nem embarcar passageiros na rua. “Isso é transporte irregular.” Segundo o superintendente da ANTT, para uma empresa transportar passageiros precisa de permissão. “Os regulares são obrigados a sair dos terminais rodoviários.” Outra opção é o fretamento. “O ônibus pode sair das ruas, mas precisa do certificado da ANTT, que o usuário pode pedir na hora do embarque.” O motorista deve levar na viagem outros cinco documentos, como relação de passageiros. “Sem isso, o transporte é irregular.”O dono do ônibus irregular flagrado na estrada é multado em R$ 4 mil. Os passageiros são obrigados a esperar na estrada a chegada de outro carro. “Mesmo que se pague menos na passagem, há incertezas na viagem, como ficar sem seguro em caso de acidente”, diz Schmidt.
Fonte: Jornal da Tarde
Agências clandestinas desafiam fiscalização em SP
As agências de turismo clandestinas desafiam a fiscalização e oferecem bilhetes de viagem para quase todos as regiões do Brasil pela metade do valor cobrado por empresas regulares. A Subprefeitura da Mooca investiga 18 na região, além de ter fechado outras 12 em 2007. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) apreendeu, em 2007, 663 ônibus clandestinos. Neste ano foram 75. “Enxugamos gelo porque os motoristas usam rotas alternativas e se comunicam para saber das fiscalizações. Tiramos um carro da rua e, na mesa hora, outros são colocados no lugar”, afirma José Antônio Schmidt, superintendente da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).A oferta é grande e o passageiro pode comprar o bilhete e embarcar no mesmo dia. Mas o transporte é feito em ônibus com condições de segurança suspeitas, como pneus carecas. As ‘firmas’ atuam principalmente no Brás e na Vila Guilherme, Zona Leste, e na região central. A reportagem do JT passou na terça e quarta-feira em nove agências, sendo sete no Brás. Todas vendiam passagens e não estavam registradas na Associação Brasileira de Agências de Viagens. Elas funcionam em garagens, salões de cabeleireiros e até em postos de gasolina. A maioria das viagens é para cidades do Norte e Nordeste. A passagem para Feira de Santana, na Bahia, por exemplo,custa em média R$ 150. O preço cobrado pela Viação Gontijo fica entre R$ 230 e R$ 308. O embarque dos clandestinos em geral acontece às terças, quintas, sábados e domingos, entre 14h, 16h e 18h na porta das agências. Em duas do Brás (Alfredo Tur Ltda. e Júnior Turismo) e na Raimundo Turismo, que funciona num salão de cabeleireiro na Rua Helvétia, Centro, os atendentes admitiram o transporte clandestino. “A gente prefere dizer alternativo”, disse uma atendente da Alfredo Tur. A mesma reposta foi dada pelas outras agências.
Em outras seis (LipTur, Neném Tur, Graça Turismo, Net’s Tur, Van Tur, no Brás, e Cetur, em frente ao Terminal do Tietê), a resposta foi de que o trabalho e o transporte são regulares. As viagens, segundo as agências, seriam operadas pela Viação Transacreana, que funciona com liminar na Justiça e está com o Certificado de Fretamento vencido desde 2002 na ANTT. A Cetur não informou que empresa transporta seus passageiros.A reportagem encontrou ainda três motoristas autônomos (Praça Princesa Isabel, Alameda Dino Bueno, no Centro, e Rua Cavalheiro, no Brás) com coletivos próprios. José da Silva saiu na terça-feira da Praça Princesa Isabel rumo a Piauí, Maranhão. “Se a fiscalização parar, a gente dá um jeito.”A coordenadora de projeto turísticos da São Paulo Turismo, Fernanda Ascar, explica que as agências de viagens não podem vender bilhetes nem embarcar passageiros na rua. “Isso é transporte irregular.” Segundo o superintendente da ANTT, para uma empresa transportar passageiros precisa de permissão. “Os regulares são obrigados a sair dos terminais rodoviários.” Outra opção é o fretamento. “O ônibus pode sair das ruas, mas precisa do certificado da ANTT, que o usuário pode pedir na hora do embarque.” O motorista deve levar na viagem outros cinco documentos, como relação de passageiros. “Sem isso, o transporte é irregular.”O dono do ônibus irregular flagrado na estrada é multado em R$ 4 mil. Os passageiros são obrigados a esperar na estrada a chegada de outro carro. “Mesmo que se pague menos na passagem, há incertezas na viagem, como ficar sem seguro em caso de acidente”, diz Schmidt.
Fonte: Jornal da Tarde
domingo, 23 de março de 2008
NOTICIA
Ônibus /100 ANOS NO BRASIL
Rio de Janeiro - Há quase cem anos, um veículo bastante conhecido encerrava uma das mais longas carreiras no transporte público carioca, levando milhões de passageiros em dois séculos diferentes. No início do século XX, desaparecia o Tílburi. Pequeno carro de praça de duas rodas, puxado por um cavalo, era destinado ao aluguel e também dispunha de tarifa, como os táxis atuais. Em 1847, cobrava-se 1$000 (mil réis) por hora, para destinos próximos ao centro. Nos domingos, feriados, dias santos, ou - pasmem quando chovia, o cliente tinha de desembolsar mais 500 réis. Segundo Charles Dunlop, o veículo foi inventado por um inglês chamado Gregor Tilbury, em 1818, e chegou aqui por volta de 1830. Por incrível coincidência, um dos primeiros proprietários locais foi um padre chamado William Paul Tilbury, professor de inglês na Rua do Cano, atual 7 de Setembro. Quando o viam chegar, falavam: "Lá vem o Tilbury". O apelido pegou imediatamente, e se difundiu mais ainda quando este passou a prestar serviço de aluguel. Como carro de praça, o tílburi, ao longo do século XIX, tornou-se universal. Seu número não cessava de crescer, desbancando outros tipos de veículos que prestavam o mesmo tipo de serviço. Em 1868, aconteceu o recorde de licenciamento, registrando-se 600 novos veículos. Só com o aparecimento do automóvel é que seu uso começou a declinar, rumo ao fim inexorável. Mesmo assim, foi uma queda em câmara lenta, tal seu grau de enraizamento nos hábitos dos habitantes locais. O tílburi foi, com o bonde, um dos meios de transporte mais importantes do século XIX. Sua mobilidade pôde acompanhar a expansão urbana desencadeada pelos bondes, os quais possibilitaram a criação de bairros mais afastados do centro, mas ligados a este por um transporte eficiente. Prestou serviço através das diversas transformações que a cidade passou, tornando-se parte inseparável da cena do Rio Antigo. Sua imagem de perenidade é testemunhada por Machado de Assis, em seu conto "Anedota do Cabriolé": "O tílburi...promete ir à destruição da cidade. Quando esta acabar e entrarem os cavadores de ruínas, achar-se-á um parado, com o cavalo e o cocheiro em ossos, esperando o freguês de costume". Nem Machado nem nenhum contemporâneo seu poderia prever as transformações do século XX, as quais finalmente acabaram por levar o tílburi. Mas ele deixou seu legado, transmutando-se em lembrança marcante de uma grande época.
Paulo Pacini
Fonte: NTU
Rio de Janeiro - Há quase cem anos, um veículo bastante conhecido encerrava uma das mais longas carreiras no transporte público carioca, levando milhões de passageiros em dois séculos diferentes. No início do século XX, desaparecia o Tílburi. Pequeno carro de praça de duas rodas, puxado por um cavalo, era destinado ao aluguel e também dispunha de tarifa, como os táxis atuais. Em 1847, cobrava-se 1$000 (mil réis) por hora, para destinos próximos ao centro. Nos domingos, feriados, dias santos, ou - pasmem quando chovia, o cliente tinha de desembolsar mais 500 réis. Segundo Charles Dunlop, o veículo foi inventado por um inglês chamado Gregor Tilbury, em 1818, e chegou aqui por volta de 1830. Por incrível coincidência, um dos primeiros proprietários locais foi um padre chamado William Paul Tilbury, professor de inglês na Rua do Cano, atual 7 de Setembro. Quando o viam chegar, falavam: "Lá vem o Tilbury". O apelido pegou imediatamente, e se difundiu mais ainda quando este passou a prestar serviço de aluguel. Como carro de praça, o tílburi, ao longo do século XIX, tornou-se universal. Seu número não cessava de crescer, desbancando outros tipos de veículos que prestavam o mesmo tipo de serviço. Em 1868, aconteceu o recorde de licenciamento, registrando-se 600 novos veículos. Só com o aparecimento do automóvel é que seu uso começou a declinar, rumo ao fim inexorável. Mesmo assim, foi uma queda em câmara lenta, tal seu grau de enraizamento nos hábitos dos habitantes locais. O tílburi foi, com o bonde, um dos meios de transporte mais importantes do século XIX. Sua mobilidade pôde acompanhar a expansão urbana desencadeada pelos bondes, os quais possibilitaram a criação de bairros mais afastados do centro, mas ligados a este por um transporte eficiente. Prestou serviço através das diversas transformações que a cidade passou, tornando-se parte inseparável da cena do Rio Antigo. Sua imagem de perenidade é testemunhada por Machado de Assis, em seu conto "Anedota do Cabriolé": "O tílburi...promete ir à destruição da cidade. Quando esta acabar e entrarem os cavadores de ruínas, achar-se-á um parado, com o cavalo e o cocheiro em ossos, esperando o freguês de costume". Nem Machado nem nenhum contemporâneo seu poderia prever as transformações do século XX, as quais finalmente acabaram por levar o tílburi. Mas ele deixou seu legado, transmutando-se em lembrança marcante de uma grande época.
Paulo Pacini
Fonte: NTU
sábado, 22 de março de 2008
NOTICIA
Passageiro poderá monitorar atraso de ônibus no terminal
Secretário de Transportes afirma que, até abril, coletivos vão operar com GPS
Até abril, os 15 mil ônibus da capital vão operar com sistema de monitoramento por GPS. Com o aparelho, segundo a Prefeitura, o usuário poderá verificar em painéis eletrônicos, em todos os terminais e em parte dos corredores de ônibus, se o coletivo que ele espera está atrasado, o motivo do atraso e quanto tempo irá demorar.
"Se houver problema como um pneu furado, o motorista deve comunicar e o tempo de espera será atualizado para o usuário", disse o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes.
De acordo com o secretário, o GPS também será utilizado para fiscalizar se as empresas de ônibus cumprem exigências da Prefeitura, como número de partidas em cada linha, quantidade de ônibus nas ruas, itinerário e tempo de espera nos pontos. Com o uso do aparelho, a Prefeitura também vai acompanhar a velocidade dos ônibus nos principais corredores viários.
Informação em tempo real
O secretário afirmou que dados sobre lentidão e problemas no transporte público também poderão ser colocadas na internet, em tempo real. A Prefeitura já havia anunciado o uso do GPS por outras vezes, sem colocar o projeto em prática. A última vez foi em outubro de 2006.
O DIÁRIO solicitou à Secretaria de Transportes quais terminais e corredores têm painéis em funcionamento, mas não obteve resposta.
Fonte: ANTP
Secretário de Transportes afirma que, até abril, coletivos vão operar com GPS
Até abril, os 15 mil ônibus da capital vão operar com sistema de monitoramento por GPS. Com o aparelho, segundo a Prefeitura, o usuário poderá verificar em painéis eletrônicos, em todos os terminais e em parte dos corredores de ônibus, se o coletivo que ele espera está atrasado, o motivo do atraso e quanto tempo irá demorar.
"Se houver problema como um pneu furado, o motorista deve comunicar e o tempo de espera será atualizado para o usuário", disse o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes.
De acordo com o secretário, o GPS também será utilizado para fiscalizar se as empresas de ônibus cumprem exigências da Prefeitura, como número de partidas em cada linha, quantidade de ônibus nas ruas, itinerário e tempo de espera nos pontos. Com o uso do aparelho, a Prefeitura também vai acompanhar a velocidade dos ônibus nos principais corredores viários.
Informação em tempo real
O secretário afirmou que dados sobre lentidão e problemas no transporte público também poderão ser colocadas na internet, em tempo real. A Prefeitura já havia anunciado o uso do GPS por outras vezes, sem colocar o projeto em prática. A última vez foi em outubro de 2006.
O DIÁRIO solicitou à Secretaria de Transportes quais terminais e corredores têm painéis em funcionamento, mas não obteve resposta.
Fonte: ANTP
NOTICIA
Passageiro estranha mudanças na Paulista
Pontos de ônibus trocam de lugar para a reforma das calçadas
Com as mudanças dos trechos em obras na Avenida Paulista, região central de São Paulo, os passageiros de ônibus reclamam da alteração das paradas dos coletivos. A doméstica Iraci Pereira Rocha, de 54 anos, conta que passou um mês pegando ônibus na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Mas, ontem, voltou a utilizar a parada da Padre João Manoel. "Tenho que ficar andando para lá e para cá, nessas calçadas quebradas. É um inferno", disse.
Para Iraci, a reforma na calçada da Avenida Paulista não é necessária. "Existe tanta rua esburacada em lugares distantes, mas fazem as obras na Paulista porque passa muita gente que tem dinheiro aqui".
A dona-de-casa Geraldina Nascimento Fuciji, de 56 anos, desistiu de procurar ônibus na Avenida Paulista. "Está essa confusão, vou pegar ônibus na Rua Augusta", afirmou. Mas nem todos os pedestres criticam as reformas na Paulista. A mudança melhora a calçada principalmente para as mulheres, que usam salto alto. É momentâneo", avaliou a advogada Karina Aguiar, de 28 anos.
A SPTrans informou que, no momento, apenas a parada em frente ao Parque Trianon está desativada. Uma outra, na frente da Kalunga, também será inutilizada. Um ponto na altura do número 1.912 será criado. A SPTrans anunciou que aumentará de dois para quatro o número de funcionários para orientação dos passageiros.
A faixa da direita na Avenida Paulista, na região central, foi interditada em três novos trechos anteontem. No sentido Consolação, os bloqueios vão da Rua Professor Otávio Mendes à Rua Ministro Rocha de Azevedo, e da Rua Bela Cintra à Rua da Consolação. No sentido Paraíso, a interdição fica entre as ruas Padre João Manoel e Pamplona.
Fonte: ANTP
Pontos de ônibus trocam de lugar para a reforma das calçadas
Com as mudanças dos trechos em obras na Avenida Paulista, região central de São Paulo, os passageiros de ônibus reclamam da alteração das paradas dos coletivos. A doméstica Iraci Pereira Rocha, de 54 anos, conta que passou um mês pegando ônibus na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Mas, ontem, voltou a utilizar a parada da Padre João Manoel. "Tenho que ficar andando para lá e para cá, nessas calçadas quebradas. É um inferno", disse.
Para Iraci, a reforma na calçada da Avenida Paulista não é necessária. "Existe tanta rua esburacada em lugares distantes, mas fazem as obras na Paulista porque passa muita gente que tem dinheiro aqui".
A dona-de-casa Geraldina Nascimento Fuciji, de 56 anos, desistiu de procurar ônibus na Avenida Paulista. "Está essa confusão, vou pegar ônibus na Rua Augusta", afirmou. Mas nem todos os pedestres criticam as reformas na Paulista. A mudança melhora a calçada principalmente para as mulheres, que usam salto alto. É momentâneo", avaliou a advogada Karina Aguiar, de 28 anos.
A SPTrans informou que, no momento, apenas a parada em frente ao Parque Trianon está desativada. Uma outra, na frente da Kalunga, também será inutilizada. Um ponto na altura do número 1.912 será criado. A SPTrans anunciou que aumentará de dois para quatro o número de funcionários para orientação dos passageiros.
A faixa da direita na Avenida Paulista, na região central, foi interditada em três novos trechos anteontem. No sentido Consolação, os bloqueios vão da Rua Professor Otávio Mendes à Rua Ministro Rocha de Azevedo, e da Rua Bela Cintra à Rua da Consolação. No sentido Paraíso, a interdição fica entre as ruas Padre João Manoel e Pamplona.
Fonte: ANTP
NOTICIA
MARCOPOLO PRODUZ ÔNIBUS COM 15 DIFERENTES MARCAS DE CHASSIS EM TODO O MUNDO
As 10 fábricas da Marcopolo localizadas no Brasil (3) , Colômbia, México, África do Sul, Rússia (2) e Índia (2) produziram 17.807 unidades em 2007, recorde absoluto da empresa , que em seus 58 anos de atuação já atingiu a marca de 200 mil ônibus. Além do elevado volume, o destaque foi que, pela primeira vez em sua história, montou veículos com 15 diferentes marcas de chassis, dos mais diversos tamanhos e capacidades , confirmando a sua destacada posição no setor e credenciando-a para atuar nos mais diferentes mercados mundiais .Os chassis Mercedes-Benz, Agrale, Volkswagen, Scania e Volvo produzidos no Brasil se constituíram nas marcas principais e mais utilizadas. Seguiram-se Mitsubishi, Nissan, do Japão; Isuzu/GMC, da Colômbia; Daewoo, Hyundai, da Coréia; MAN, da Alemanha; DAF/VDL, da Holanda; Iveco, da Itália; Tata Motors, da Índia, e Voldai, da Rússia.A Marcopolo prevê fabricar 20 mil ônibus em todo o mundo em 2008. No Brasil, a empresa estima crescimento de 10%, com mais de 15 mil unidades. As novas operações na Índia e Rússia devem intensificar suas produções e contribuir no aumento do volume total de veículos produzidos.Fonte: ShopTrans
As 10 fábricas da Marcopolo localizadas no Brasil (3) , Colômbia, México, África do Sul, Rússia (2) e Índia (2) produziram 17.807 unidades em 2007, recorde absoluto da empresa , que em seus 58 anos de atuação já atingiu a marca de 200 mil ônibus. Além do elevado volume, o destaque foi que, pela primeira vez em sua história, montou veículos com 15 diferentes marcas de chassis, dos mais diversos tamanhos e capacidades , confirmando a sua destacada posição no setor e credenciando-a para atuar nos mais diferentes mercados mundiais .Os chassis Mercedes-Benz, Agrale, Volkswagen, Scania e Volvo produzidos no Brasil se constituíram nas marcas principais e mais utilizadas. Seguiram-se Mitsubishi, Nissan, do Japão; Isuzu/GMC, da Colômbia; Daewoo, Hyundai, da Coréia; MAN, da Alemanha; DAF/VDL, da Holanda; Iveco, da Itália; Tata Motors, da Índia, e Voldai, da Rússia.A Marcopolo prevê fabricar 20 mil ônibus em todo o mundo em 2008. No Brasil, a empresa estima crescimento de 10%, com mais de 15 mil unidades. As novas operações na Índia e Rússia devem intensificar suas produções e contribuir no aumento do volume total de veículos produzidos.Fonte: ShopTrans
sexta-feira, 21 de março de 2008
FOTO DO DIA
Olá pessoal!
Faz um tempão que não vou ao Term. Pq. Dom Pedro II, no centro de SP. Dá até saudade, pois pode-se dizer, que lá é o paraíso dos "busólogos"!
NOTICIA
Fura-Fila na mira do TCU
Técnicos do tribunal apontam sobrepreço de 145% no concreto fornecido pelo consórcio
Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram suspeitas de superfaturamento nas obras de prolongamento do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), em São Paulo. Em processo encaminhado no dia 11 deste mês ao ministro Benjamin Zymler, eles relataram que o preço do concreto betuminoso fornecido pelo Consórcio Queiroz Galvão/Andrade Gutierrez apresentou sobrepreço de 145% em comparação com o valor do material verificado pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), da Caixa Econômica Federa.A irregularidade foi apontada na execução do trecho de 8 quilômetros entre o Parque D. Pedro II, na região central, e o Sacomã, na Zona Sul da Capital. A fiscalização dos técnicos do TCU foi realizada durante a execução das obras do prolongamento, em 2006. Mas o processo com a auditoria sobre a obra só chegou ao ministro do Tribunal de Contas da União na semana passada.Vitrine de KassabDesde 2005, o Ministério das Cidades liberou R$ 72,8 milhões para a construção do Expresso Tiradentes, uma das vitrines da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).O corredor de ônibus, cujo primeiro trecho até o Sacomã foi inaugurado no ano passado, depois de quatro gestões e dez anos de obras, vai ligar o Centro à Cidade Tiradentes, no extremo leste da Capital. Serão investidos na conclusão do projeto R$ 450 milhões - R$ 250 milhões pela União e R$ 200 milhões pelo município.Os técnicos do órgão que fizeram a auditoria classificaram as suspeitas como 'graves', mas não recomendaram a paralisação dos repasses 'por causa da importância socioeconômica do projeto, que beneficiará 1,5 milhão de pessoas'.A auditoria sobre o contrato (2004/086) que permitiu a execução das obras do corredor até o Sacomã, no valor de R$ 143,8 milhões, também apontou suspeitas de fraudes ocorridas entre 2003 e 2004, no processo licitatório, com a subcontratação de empresas para realizar a fiscalização do projeto.Subcontratação irregular
Na conclusão do parecer da auditoria encaminhada ao ministro do TCU, os técnicos do tribunal dizem que a subcontratação das empresas Laboratório de Engenharia e Consultoria e Tekhnites Consultores Associados foi considerada irregular, pois elas não teriam 'a isenção que deve caracterizar o trabalho de fiscalização da execução das obras'.Os técnicos não conseguiram levantar, contudo, quanto o sobrepreço do concreto representou no total do contrato de R$ 143,8 milhões.Antes de se manifestar sobre a auditoria, o ministro do TCU poderá pedir novas diligências ou ajustes nos atuais contratos em andamento para a manutenção do projeto.Julgamento das contasAtualmente, o governo municipal executa a conclusão do trecho de 2,8 quilômetros entre o Sacomã e a Vila Prudente, na zona leste . A intenção da Prefeitura é estender o corredor, chegando a Cidade Tiradentes em 2010 - serão 31,8 quilômetros no total.As suspeitas de irregularidades na execução do trecho até o Sacomã também são apuradas pela promotora de Cidadania de São Paulo Andrea Chiaratti do Nascimento.Desde maio do ano passado, a promotora pede ao Tribunal de Contas do Município (TCM) que seja feito o julgamento das contas dos contratos da obra.A assessoria de imprensa do TCM informou ontem que o julgamento do contrato do Expresso Tiradentes para a execução do trecho até o Sacomã está na pauta de votação da sessão de hoje, que está marcada para 15h.Especialistas divergemEspecialistas têm opiniões divergentes sobre o uso do Sinapi, o índice do governo federal que define o valor do preço de materiais em licitações de projetos conduzidos por governos estaduais e municipais com repasses da União.Para o advogado Adílson de Abreu Dallari, especialista em Direito Administrativo, embora o índice oficial 'goze de presunção de veracidade', é possível provar que ele não se aplica em alguns casos. 'Obras têm peculiaridades. Nem sempre o Sinapi traz com exatidão os preços dos materiais utilizados', explica ele.Já o especialista Paulo Ricardo Chenquer discorda dessa avaliação e defende o sistema. 'Nos julgamentos de contas, até mesmo de tribunais municipais, o Sinapi é usado como a principal referência', afirmou o advogado.
Fonte: Jornal da Tarde
Técnicos do tribunal apontam sobrepreço de 145% no concreto fornecido pelo consórcio
Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram suspeitas de superfaturamento nas obras de prolongamento do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), em São Paulo. Em processo encaminhado no dia 11 deste mês ao ministro Benjamin Zymler, eles relataram que o preço do concreto betuminoso fornecido pelo Consórcio Queiroz Galvão/Andrade Gutierrez apresentou sobrepreço de 145% em comparação com o valor do material verificado pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), da Caixa Econômica Federa.A irregularidade foi apontada na execução do trecho de 8 quilômetros entre o Parque D. Pedro II, na região central, e o Sacomã, na Zona Sul da Capital. A fiscalização dos técnicos do TCU foi realizada durante a execução das obras do prolongamento, em 2006. Mas o processo com a auditoria sobre a obra só chegou ao ministro do Tribunal de Contas da União na semana passada.Vitrine de KassabDesde 2005, o Ministério das Cidades liberou R$ 72,8 milhões para a construção do Expresso Tiradentes, uma das vitrines da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM).O corredor de ônibus, cujo primeiro trecho até o Sacomã foi inaugurado no ano passado, depois de quatro gestões e dez anos de obras, vai ligar o Centro à Cidade Tiradentes, no extremo leste da Capital. Serão investidos na conclusão do projeto R$ 450 milhões - R$ 250 milhões pela União e R$ 200 milhões pelo município.Os técnicos do órgão que fizeram a auditoria classificaram as suspeitas como 'graves', mas não recomendaram a paralisação dos repasses 'por causa da importância socioeconômica do projeto, que beneficiará 1,5 milhão de pessoas'.A auditoria sobre o contrato (2004/086) que permitiu a execução das obras do corredor até o Sacomã, no valor de R$ 143,8 milhões, também apontou suspeitas de fraudes ocorridas entre 2003 e 2004, no processo licitatório, com a subcontratação de empresas para realizar a fiscalização do projeto.Subcontratação irregular
Na conclusão do parecer da auditoria encaminhada ao ministro do TCU, os técnicos do tribunal dizem que a subcontratação das empresas Laboratório de Engenharia e Consultoria e Tekhnites Consultores Associados foi considerada irregular, pois elas não teriam 'a isenção que deve caracterizar o trabalho de fiscalização da execução das obras'.Os técnicos não conseguiram levantar, contudo, quanto o sobrepreço do concreto representou no total do contrato de R$ 143,8 milhões.Antes de se manifestar sobre a auditoria, o ministro do TCU poderá pedir novas diligências ou ajustes nos atuais contratos em andamento para a manutenção do projeto.Julgamento das contasAtualmente, o governo municipal executa a conclusão do trecho de 2,8 quilômetros entre o Sacomã e a Vila Prudente, na zona leste . A intenção da Prefeitura é estender o corredor, chegando a Cidade Tiradentes em 2010 - serão 31,8 quilômetros no total.As suspeitas de irregularidades na execução do trecho até o Sacomã também são apuradas pela promotora de Cidadania de São Paulo Andrea Chiaratti do Nascimento.Desde maio do ano passado, a promotora pede ao Tribunal de Contas do Município (TCM) que seja feito o julgamento das contas dos contratos da obra.A assessoria de imprensa do TCM informou ontem que o julgamento do contrato do Expresso Tiradentes para a execução do trecho até o Sacomã está na pauta de votação da sessão de hoje, que está marcada para 15h.Especialistas divergemEspecialistas têm opiniões divergentes sobre o uso do Sinapi, o índice do governo federal que define o valor do preço de materiais em licitações de projetos conduzidos por governos estaduais e municipais com repasses da União.Para o advogado Adílson de Abreu Dallari, especialista em Direito Administrativo, embora o índice oficial 'goze de presunção de veracidade', é possível provar que ele não se aplica em alguns casos. 'Obras têm peculiaridades. Nem sempre o Sinapi traz com exatidão os preços dos materiais utilizados', explica ele.Já o especialista Paulo Ricardo Chenquer discorda dessa avaliação e defende o sistema. 'Nos julgamentos de contas, até mesmo de tribunais municipais, o Sinapi é usado como a principal referência', afirmou o advogado.
Fonte: Jornal da Tarde
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