quinta-feira, 12 de novembro de 2009

INFO

Vandalismo causa prejuízo de R$ 270 mil por mês no transporte de Curitiba

Valor inclui troca de vidros e janelas dos veículos e reformas em terminais.
Vinte e oito ônibus foram depredados no domingo, dia 25.
Do G1, em São Paulo

O vandalismo no sistema de transporte de Curitiba dá um prejuízo de R$ 270 mil por mês à prefeitura, segundo levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs). Esse valor inclui a troca de vidros e janelas quebradas nos ônibus depredados e reformas nos sanitários e paredes pichadas nos terminais.

No domingo, dia 25, 28 ônibus foram depredados após um jogo de futebol. Os veículos atingidos são os mais recentes da frota da cidade. "São custos absurdos, que não podem ser pagos pela sociedade. O verdadeiro custo do vandalismo é o do medo e do risco", afirma o presidente da Urbs, Marcos Isfer.

Ainda segundo informações da Urbs, a reposição de vidros de janelas de ônibus riscados até setembro deste ano custaria em torno de R$ 2,2 milhões. São quase 2 mil veículos circulando.

O presidente da Urbs afirma que a fiscalização da empresa e as forças policiais estão trabalhando no combate ao vandalismo.

“Precisamos de uma mobilização maior, que envolva a sociedade como um todo, que envolva poder público e iniciativa privada para que possamos acabar com o vandalismo. Estamos preparando sugestões para que possamos atuar com eficiência", disse.

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Violência eleva em 17,5% número de ônibus depredados este ano

RIO - As imagens do fogo consumindo o ônibus, enquanto os passageiros se acotovelavam para escapar das chamas, surgem na memória do rodoviário X., de 38 anos, sempre que um coletivo passa à sua frente. O motorista, que teve o uniforme respingado por gasolina, espalhada no veículo por traficantes do Jacarezinho, abandonou o emprego na manhã de 17 de outubro. De janeiro até o último fim de semana, 67 ônibus foram queimados e depredados no Rio, número 17,5% superior aos 57 destruídos ano passado.

Além do prejuízo de R$ 16,7 milhões, o vandalismo orquestrado por integrantes de facções criminosas resulta em aumento de até dez minutos nos intervalos das linhas e num déficit de mão de obra, estimado pelo Sindicato dos Rodoviários do Rio em três mil vagas. De 2000 até o último fim de semana, a Fetranspor contabilizou 809 ônibus destruídos no Rio - um prejuízo de R$ 202,3 milhões.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a frota de uma empresa considerada de grande porte conta em média com 250 coletivos. De acordo com a relações-públicas da Fetranspor, Suzy Balloussier, a reposição de um ônibus queimado leva até 60 dias. (O Globo)

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Bilhete Único chega a Guarulhos em 2010
Wilian Miron

SÃO PAULO - A partir de 2010 os ônibus de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, poderão estar integrados com o sistema de BILHETE ÚNICO, já implantado na capitala paulistana. Na última quinta-feira (5) o prefeito guarulhense Sebastião Almeida (PT) assinou decreto que trata da reestruturação do Sistema de TRANSPORTE Público e da implantação do novo sistema de cobrança das passagens nos coletivos do município.

Segundo o secretário de TRANSPORTES e Trânsito, José Evaldo Gonçalo, a previsão é para a licitação que irá determinar as novas regras para o funcionamento das empresas de ônibus e de implantação do BILHETE ÚNICO esteja concluído ainda no próximo ano.

A expectativa da Secretaria de TRANSPORTES e Trânsito da cidade é que o número de usuários do TRANSPORTE público passe dos atuais 380 mil para 450 mil PASSAGEIROS ao dia. A cidade ainda receberá novos corredores de ônibus como: terminal Cecap, Taboão e Juscelino Kubitschek. (DCI / NTU)

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Frota 80% renovada

Meta é ter em 2010 todos os ônibus com menos de quatro anos de uso
Lara Cristina

Exercer o direito de ir e vir, com independência. Simples assim é como Ystônio de Oliveira, 35 anos, define a sensação de poder utilizar o TRANSPORTE público com ACESSIBILIDADE para cadeirantes. Atualmente, no Distrito Federal, existem 950 ônibus com rampa de acesso para pessoas com deficiência. O número faz parte de uma frota de 2.020 veículos com menos de dois anos de uso. De três anos para cá, aproximadamente 80% dos ônibus do DF foram substituídos. A meta do governo do Distrito Federal até 2010 é que não haja nenhum coletivo com mais de quatro anos de uso nas ruas da capital.

Desde que foi iniciada a substituição, em 2007, a frota reduziu a idade média dos ônibus de 14 para três anos. A idade prevista para circulação dos veículos é de sete anos, embora a legislação permita o uso até dez anos.

Para o técnico em informática Ystônio, o TRANSPORTE público mudou muito nos últimos três anos. Há quase 20 anos ele ficou paraplégico por conta de um tiro nas costas e, desde então, utiliza a cadeira de rodas para se locomover. E para ir e voltar do trabalho e demais compromissos, Ystônio utiliza o TRANSPORTE público. "Acho que com relação à ACESSIBILIDADE, o serviço está pelo menos 50% melhor. Antes, isso simplesmente não existia, agora quase metade dos ônibus já tem acesso para cadeirantes", observa ele.

Para complementar o serviço, na opinião de Ystônio, os profissionais que trabalham no TRANSPORTE, em especial cobradores e motoristas, deveriam receber melhor formação para atender pessoas com deficiência. "É frequente acontecer de o condutor dizer que a rampa está quebrada e que não pode parar o ônibus. Na verdade, muitos não têm paciência de esperar o embarque do passageiro com deficiência", acrescenta o técnico.

MOTORISTAS SATISFEITOS

A substituição da frota dos co-letivos não agradou só no quesito ACESSIBILIDADE. Os motoristas também estão mais contentes em trabalhar com ônibus que não quebram a toda hora e mais fáceis de dirigir e manobrar. "O que mais gostei foi que todas as mudanças no veículo são voltadas para garantir a segurança", comenta Noelton Silva Marcos, motorista há 11 anos.

Ele conta que os novos veículos trazem recursos que ainda não existiam, como sensores nas portas (o ônibus não anda se alguma porta estiver aberta); possuem controle de velocidade (fazem no máximo, 70km/hora e, se estiver chovendo, não ultrapassam 60 km/h); e GPS (que acusa se as portas estão abertas ou fechadas e também se o carro atingiu o limite de velocidade). "O único problema é que com o controle de velocidade nosso horário ficou mais apertado e os PASSAGEIROS esperam mais tempo nas paradas. Se, antes, uma viagem durava 1h40, agora leva cerca de 2h10. Mas com o tempo isso se resolve", observa.

Mesmo com o contraponto, Noelton considera que, no final das contas, a mudança faz com que ele e os PASSAGEIROS se estressem menos no trajeto. Essa diferença no dia a dia também é observada pelo cobrador Hugo Fernandes Campeche. "Ficou mais confortável para todos. Antes a gente chegava no final do dia com zumbido no ouvido, por causa do barulho dos ônibus velhos". Ele observa ainda, que hoje não existe mais o antigo "tapinha" na gaveta do caixa para avisar que os PASSAGEIROS desceram. Basta o cobra-dor acionar um botão e o condutor já sabe quando fechar as portas.

Aumentam as viagens

O secretário de TRANSPORTE, Alberto Fraga, revela que com os investimentos na substituição da frota das empresas a quantidade de viagens passou de 3 mil para 6, 2 mil. "Quando esse número aumenta, o tempo de espera diminui", observa. Além disso, mais viagens podem representar também ônibus menos lotados. Como a fiscalização era reduzida, as empresas preferiam deixar parte da frota dentro das garagens, parada, alegando baixo número de PASSAGEIROS. "Hoje, podemos verificar essa demanda. Sei se uma linha de Samambaia, por exemplo, está com deficit ou não", diz Fraga, que faz questão de comentar que consegue fiscalizar tudo isso de dentro do gabinete.

Atualmente, todos os dados do sistema são monitorados e controlados por rede informatizada. "Não precisamos mais pedir estas informações às empresas", diz o secretário. E lembra, ainda, que tais dados podiam ser facilmente manipulados. "Todo ano era a mesma coisa. As empresas reclamavam de déficit e pediam aumento de tarifas. Quem pagava a conta era o usuário", salienta.

Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de TRANSPORTE Coletivo e Urbano do Distrito Federal (Setrans-DF), Wagner Canhedo, os três segmentos da sociedade ganham com a renovação da frota - empresários, governo e usuários. "Embora tenha sido uma solicitação do governo, também ganhamos muito com isso, pois a empresa VALE o que a frota VALE. Além disso, com tudo novo, caem os gastos com manutenção", diz. Canhedo acrescenta que entre os benefícios gerados pelos investimentos está o aumento no número de PASSAGEIROS.

Entretanto, o presidente do Setrans-DF confessa uma preocupação: "Que o governo nos ofereça condições de pagar as prestações". Para tanto, o GDF propôs apoio em forma de subsídio, como a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel COMBUSTÍVEL e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Além disso, segundo o secretário Fraga, ano que vem, outro subsídio (no valor de R$ 4 milhões) será concedido pelo governo: o passe estudantil, que até este ano é custeado em um terço pelo estudante e dois terços pelo sistema (os demais usuários pagantes), passará a ser 100% custeado pelo GDF.
(JORNAL DE BRASILIA/ NTU)

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Kassab socorre viações de novo

Prefeitura tirou R$ 25 milhões do Rodoanel para manter passagem de ônibus a R$ 2,30

FELIPE GRANDIN, felipe.grandin@grupoestado.com.br

Para cumprir sua promessa de campanha de não aumentar a tarifa do transporte coletivo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) transferiu R$ 25 milhões das obras do Rodoanel para as empresas de ônibus. O democrata prometeu investir R$ 300 milhões na construção do anel viário até o fim de seu mandato, em 2012, mas até agora nem um centavo saiu dos cofres municipais.

Kassab vem destinando cada vez mais dinheiro para subsidiar as empresas que prestam serviço de transporte público na cidade. O último reajuste da passagem aconteceu em 2006, quando o valor passou de R$ 2 para R$ 2,30. De lá para cá, o gasto com subsídios mais que dobrou.

Com o aumento do repasse, o gasto da Prefeitura para cobrir o rombo do transporte coletivo chegou a R$ 683 milhões - mais da metade do orçamento da Secretaria de Transportes. Kassab e o titular da pasta, Alexandre de Moraes, afirmaram que o subsídio não ultrapassaria os R$ 600 milhões este ano.

Desde maio, no entanto, a Prefeitura paga mais do que o limite. O desembolso mensal, que deveria ser de R$ 50 milhões, chegou a R$ 100 milhões em setembro. Se continuar nesse ritmo, o total passará de R$ 800 milhões este ano. A verba é usada para cobrir a diferença entre o que é arrecadado com passagens e o que as empresas declaram gastar.

Com o aumento da tarifa em janeiro de 2010, os subsídios cairão para cerca de R$ 360 milhões ao ano. O valor da passagem deve ficar entre R$ 2,70 e R$ 2,80.

Procurado, o Sindicato das Empresas de Ônibus (SPUrbanuss) afirmou que não se manifesta sobre “questões de responsabilidade do governo”, como o aumento do subsídio e da tarifa de ônibus.

A Secretaria de Transportes negou que o subsídio tenha passado do limite. “(Foram pagos) R$ 431 milhões em compensações tarifárias e R$ 227 milhões referentes à renovação de frota. Até o final do ano, está previsto um pagamento total de R$ 531 milhões em compensações tarifárias”, afirmou a pasta, em nota. O próprio site da SPTrans, no entanto, mostra que a verba foi destinada a “compensações tarifárias”. O órgão informou que houve o remanejamento porque “não havia perspectiva de aplicação imediata da verba do Rodoanel” e que “mantém o plano de investir (na obra)”. (ESTADÃO)

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SP fará 6 monotrilhos em 4 anos; custo chega a R$ 10 bi

Prefeitura e Estado têm projetos; Metrô diz que sistema exige menos desapropriações e as Linhas 2, 16 e 17 já contam com percursos definidos
Eduardo Reina

O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura optaram pelo monotrilho para ampliar o sistema de transporte público. São seis os projetos, que somam 110 km, a serem concluídos a partir de 2010 e até 2013, com custo estimado entre R$ 7,7 bilhões e R$ 10,4 bilhões. A licitação para execução, fornecimento e instalação de projeto, da obra civil, dos sistemas e dos trens para o prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, no trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes, foi lançada há duas semanas, embora não tenha ainda estudo de impacto ambiental e de impacto na vizinhança.

As outras linhas são a de ligação entre o Jardim Ângela e a Vila Olímpia (M"Boi Mirim) e a da Linha 17-Ouro, que ligará numa primeira etapa o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô e depois tem previsão de ir até a Avenida Roberto Marinho. Há ainda a Linha 16-Prata (Vila Nova Cachoeirinha-Lapa), a ligação entre a Vila Sônia e a zona sul, além do Celso Garcia, que já foi lançado como corredor e deve virar monotrilho, entre o Parque d. Pedro II e o Itaim Paulista.

O monotrilho é um sistema de transporte considerado de média capacidade, que hoje existe em vários países. Seu custo de implementação é mais barato que o do metrô convencional (subsolo), mas mais caro que o de um corredor de ônibus. A proposta na capital é que seja suspenso em pilares de 12 a 15 metros de altura erguidos no meio-fio de grandes avenidas. Isso evitaria desapropriações e teria execução mais rápida.

O custo de construção varia de R$ 70 milhões a R$ 95 milhões por km. O metrô convencional custa de R$ 270 milhões a R$ 380 milhões - e o corredor de ônibus, cerca de R$ 38 milhões. Os 24 km do prolongamento da Linha 2 até Cidade Tiradentes são orçados em R$ 2,1 bilhões, sem as 17 estações. "A adoção do monotrilho requer menos desapropriações e interferências no trânsito", explica o diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sérgio Brasil.

O vencedor da licitação para o prolongamento da Linha 2 será conhecido em 22 de dezembro. A conclusão será em três etapas, até 2013 - a primeira, Vila Prudente até Oratório, será em 2010.

O Metrô informou que os estudos de impacto ambiental estão sendo elaborados e a licença de instalação para o primeiro trecho já foi obtida. (ESTADÃO)

domingo, 11 de outubro de 2009

FOTO DO DIA

EVENTO

Primeiro Plano
Ariverson Feltrin
Time na Fenatran

Total de 210 expositores terá estandes na Fenatran - 17° Salão Internacional de Transporte, marcado para 26 a 30 deste mês no Parque Anhembi, em São Paulo. Com horário de visitação das 13h às 21h, a Fenatran reunirá fabricantes de caminhões, implementos rodoviários, autopeças, transportadores, bancos e fornecedores de serviços em geral para a cadeia de transporte.

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SP repassa R$ 100 mi para manter o ônibus a R$ 2,30

Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota
Diego Zanchetta

Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a "compensações tarifárias" - verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações - atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.

O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na "compensação tarifária" e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.

Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de "compensações tarifárias". Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.

Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma "tarifa social", o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.

Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a "bancar" parte das gratuidades. "Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho."

Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.

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Monotrilho ligará Congonhas ao metrô

Linha integra projetos para a Copa e inclui extensão até o Morumbi. Edital sai em novembro
Eduardo Reina

O governo de São Paulo prevê lançar o edital para construção da Linha 17-Ouro do Metrô até novembro. Ela vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi, num traçado de 21,5 quilômetros de extensão, será feita em três etapas e poderá ter verba federal. A primeira fase, de Congonhas à Estação São Judas do Metrô, tem conclusão prevista para dezembro de 2010, já como parte dos investimentos paulistas para a Copa de 2014. “Entre 30 e 60 dias o edital estará nas ruas e o projeto funcional da linha está concluído”, diz o secretário adjunto estadual de Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopez.

Mas não será um metrô convencional. A proposta é fazer um monotrilho suspenso em pilares. As composições terão tração elétrica e sustentação sobre pneus. A pista suspensa deverá ocupar o canteiro central de avenidas como a Jabaquara, Bandeirantes, Washington Luís, Roberto Marinho. Segundo Lopez, a definição pelo monotrilho levou em conta número menor de desapropriações, embora não tenha adiantado o número de imóveis comprometidos.

O custo total do projeto é estimado em R$ 3,3 bilhões. Foi solicitado ao governo federal financiamento de R$ 2,4 bilhões, por meio de recursos do Programa de Aceleração dos Crescimento (PAC) da Mobilidade. “Também haverá participação da Prefeitura de São Paulo na terceira fase das obras, na região do Morumbi”, disse.

Como comparação, a Linha 4-Amarela do Metrô, que entrará em operação em 2010, tem custo de mais de R$ 3 bilhões. Os 12,8 quilômetros de extensão entre a Vila Sônia e a Estação Luz são todos subterrâneos. Na Linha 17-Ouro, as vias e estações deverão ser construídas a uma altura entre 12 e 15 metros. Para segurança dos passageiros, é prevista porta de plataforma em todas as estações. Elas são feitas de vidro e se abrem junto com as dos trens. Completa, a linha deve transportar 230 mil usuários por dia.

A viagem entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô vai demorar seis minutos. Essa etapa de 3,8 quilômetros terá duas estações e uma demanda prevista de 18 mil usuários por dia. O trecho 2, São Judas-Estação Morumbi, com interligação na Estação Jabaquara do Metrô, movimentará 100 mil usuários/dia. Essa fase deve começar a operação em 2012 e terá mais 10,8 quilômetros e 12 estações.

Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, Fernando Okimoto, a escolha pelo monotrilho deve levar em conta problemas a serem gerados com o elevado, como desvalorização de regiões e agressão à paisagem urbana. “Pode-se resolver o problema do transporte e provocar um outro, urbanístico.”

SERVIÇO

Bilhete especial para desempregado

O trabalhador demitido sem justa causa, há no mínimo um mês e no máximo seis, tem direito ao Bilhete Especial do Desempregado do Metrô de São Paulo. O solicitante deve ter trabalhado nos últimos seis meses contínuos. Para fazer a requisição, o usuário deve comparecer à Estação Marechal Deodoro do Metrô, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. O passageiro deve levar a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o termo de rescisão do último contrato empregatício. O bilhete é válido por 90 dias e pode ser utilizado em todas estações do Metrô. Para mais informações, o telefone é 0800-7707-722.

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Transporte coletivo ruim incentiva uso do carro
Roberto do Nascimento

Pesquisa encomendado pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope, mostra que o paulistano até deixaria o carro em casa, se tivesse um transporte coletivo decente. Foram entrevistadas 805 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 28 e 1º. A pesquisa quis saber, por exemplo, o tempo que as pessoas levam para se deslocar todos os dias para sua atividade principal e se trocariam o carro pelo transporte público, caso houvesse boa oferta. A consulta antecede o Dia Mundial sem Carro, que ocorre na terça-feira.

Na comparação com os resultados de 2008, cresceu 13 pontos porcentuais o número de paulistanos com um ou mais carros (de 37% para 50%). E 37% deles compraram o veículo nos últimos 12 meses.

O paulistano, segundo a pesquisa, estaria disposto a deixar o carro em casa, se tivesse transporte público de qualidade. Do total, 43% deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte, e 35% provavelmente deixariam.

A população está dividida sobre a proibição aos ônibus fretados (47% dos entrevistados são a favor e 51%, contrários). A liberação de mototáxi na cidade também coloca metade da cidade em campos opostos: 50% são a favor e 48%, contrários. Mas 57% afirmaram que não utilizariam o serviço.

Maioria é a favor da ampliação da avenida Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo - 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê, porém 56% acham que o dinheiro da obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. (DiárioNet)

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Usuário reclama que espera mais por ônibus

Entrevistados pelo Ibope também apontam maior superlotação

Renato Machado

Os usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo acham que os ônibus estão demorando mais para passar e estão mais lotados. Segundo dados preliminares de uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, 44% dos entrevistados afirmam que aumentou o tempo de espera no último ano, ante 42% que acham que está igual. Para apenas 11% diminuiu e outros 3% não souberam responder.

Situação parecida foi constatada em relação à lotação. Os dados mostram que 50% apontaram aumento na lotação, ante 43% que acham que não houve mudança. Somente 4% afirmaram que diminuiu e outros 2% não souberam responder. A pesquisa Ibope foi feita entre 28 de agosto e o dia 1º deste mês. Foram ouvidas 805 pessoas.

"Os ônibus sempre foram lotados. Mas eles estão demorando mais e, por isso, a gente se mete no primeiro que passa", diz o auxiliar administrativo Marcelo de Oliveira Calixto, de 27 anos. Por volta de 7h50, ele pega o ônibus na Avenida Francisco Morato, no Jardim Canner, e segue até a Paulista.

Os especialistas ressaltam que a pesquisa reflete a percepção do usuário e não exatamente a situação, já que não é baseada em estatísticas operacionais. "Mas é um importante termômetro da situação", diz o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público, Marcos Pimentel Bicalho. "Um dos fatores que prejudicam os ônibus cada vez mais é o congestionamento. Os ônibus são os que mais sofrem, porque tem uma rota fixa e não podem fugir das filas. Mas também temos de analisar se a frota diminuiu."

Segundo dados do site da São Paulo Transportes (SPTrans), houve redução na frota cadastrada que serve o transporte público. Os números de agosto (os mais recentes) apontam que há 14.868 veículos. No mesmo mês do ano passado, eram 14.982. Por outro lado, a média mensal de passageiros transportados até agosto foi de 235,3 milhões ante 231,2 milhões do período anterior.

A SPTrans afirma que não registrou aumento no tempo de espera nos ônibus e as partidas continuam com o mesmo intervalo. "Além disso, o acompanhamento feito aponta aumento de 3,5% na velocidade nos corredores no pico da manhã." A empresa diz que os dados no site referem-se à frota cadastrada e não à frota circulante, sendo que a última não diminuiu porque "cada linha tem um número definido de veículos". A SPTrans diz que os novos ônibus têm capacidade maior de transporte e, por isso, aumentou a quantidade de passageiros transportados por veículos. (Jornal da Tarde)

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MASCARELLO LANÇA O GRANFLEX 330

A Mascarello Ônibus do Paraná lança mais uma grande ferramenta para o transporte: o GranFlex 330.

O modelo já era um sucesso de vendas e agora ficou mais moderno e atraente.
As principais alterações foram em seu estilo. Tem a frente com um desenho mais limpo, faróis com lentes integradas e maior área de visão. Os espelhos carenados aumentaram também o campo de visão para as manobras.
Em seu interior, destacam-se o novo painel, que agora é mais ergonomico e tem melhor acesso aos comandos. A porta de entrada ficou mais larga e com a nova escada, obteve-se um maior espaço.Espaço também encontrado no bageiro e no novo porta pacotes.
A Mascarello aposta muito nesta novidade e ressalta que com passos curtos mas bem pensados, toda sua linha sempre estará moderna e pronta para atender ao mercado.

Sobre a Mascarello

Hoje a empresa conta com uma linha de produtos que absorve o mercado nacional e internacional. Com modelos que atendem os diversos meios como urbanos, rodoviários, micros e minis, a Mascarello aposta positivamente na sua qualidade, inovação e está se preparando para atender as novas regras do setor.
Os modelos fabricados pela Mascarello são: GranMini, GranMicro, GranMidi, GranVia, Granvia Midi, GranVia Articulado, GranVia Low Entry, GranFlex, Roma MD e Roma 350.
Fonte: Shoptrans

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TÁXIS PODEM CIRCULAR NOS CORREDORES EXCLUSIVOS DE ÔNIBUS ATÉ O FINAL DO ANO

SMT também prorroga autorização para circulação de veículos de passeio durante madrugadas, fins de semana e feriados.
A Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) renovou, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para circulação de táxis nos corredores de ônibus da capital desde que os veículos estejam transportando passageiros.
A Secretaria adota essa medida porque considera que o serviço de táxi, destinado ao transporte de passageiros, contribui para a redução de congestionamentos.
A SMT adverte que, para usufruir desse direito, os táxis não podem possuir película de escurecimento nos vidros, porque ela dificulta a visualização do interior do carro pela fiscalização.
Os corredores de ônibus liberados para o tráfego são:
* Pirituba/Lapa/Centro
* Inajar/Rio Branco/Centro
* Campo Limpo/Rebouças/Centro
* Santo Amaro/Nove de Julho/Centro
* Jardim Ângela/Guarapiranga/Santo Amaro
* Capelinha/Ibirapuera/Centro
* Parelheiros/Rio Bonito/Santo Amaro
* Itapecerica/João Dias/Centro
* Paes de Barros

Também foi renovada, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para a circulação de veículos de passeio nesses corredores nos fins de semana, feriados e diariamente durante as madrugadas, desde que respeitados os seguintes horários:
diariamente, das 23 às 4 horas;
nos fins de semana, das 15 horas do sábado às 4 horas da segunda-feira;
nos feriados, da 0 hora às 4 horas do dia seguinte.
A autorização para o uso de corredores de ônibus em períodos ociosos foi determinada pela primeira vez em 15 de agosto de 2005 e, desde então, sua renovação tem sido feita sistematicamente.(Prefeitura SP)

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Ônibus 100% biocombustíveis emitem 30% menos poluentes
Depois de circularem por um mês, resultado foi além do esperado. Consumo médio também foi menor

Os seis ônibus da Linha Verde, que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de óxido de nitrogênio e de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).
Os resultados foram apresentados na segunda-feira durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira em torno de 2,5 mil participantes. O prefeito Beto Richa e o ministro das Cidades, Marcio Fortes, abriram o Congresso ontem, na Universidade Positivo.

Os ônibus, três da Scânia e três da Volvo, foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto, e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. “Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.”, disse Elcio Luiz Karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito, reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.
Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. “O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia”, afirma. “E os primeiros resultados são animadores”, disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.

Os ônibus do B 100 fazem a linha Pinheirinho-Carlos Gomes pela Linha Verde e rodam em média, por dia útil, em torno de 200 quilômetros. A fase experimental vai durar 18 meses e a intenção é ampliar o uso do biocombustível para toda a frota da Linha Verde e, se comprovada a viabilidade, para o restante da frota da cidade. (NTU)

SÓ ALEGRIA

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Lula e Pelé

O presidente Lula chega a uma festade aniversário para a qual tinha sido convidado.
Na portaria, percebeu que havia esquecido seus documentos. Mesmo assim, tentou entrar, mas foi barrado:
- Os documentos, senhor. Disse o segurança.
- Eu os esqueci...
- Então não pode entrar.
- Como assim? Eu sou o presidente da república! E, além disso, eu fui convidado!
- Bom, então o senhor vai ter que me provar que é mesmo o presidente.
- Como?
- Ainda há pouco, o Oscar passou por aqui com o mesmo problema do senhor e, para me provar que era mesmo o Oscar, jogou um basquete fenomenal aqui na minha frente... Depois foi o Pelé, que com uma bola no pé, fez maravilhas. Agora é a vez do senhor!
- Mas eu não sei fazer nada...
- Me convenceu, pode entrar.
(MAIS HUMOR? INFOCASA: http://infocasa.blogspot.com )

INFO

Bilhete integrado metropolitano

O crescente custo do sistema de transporte público de São Paulo poderá ser freado a partir de janeiro com a adoção do Bilhete Integrado Metropolitano (BIM), iniciativa do governo do Estado, que permitirá aos passageiros o deslocamento por um tempo determinado, pagando tarifa única e usando todos os meios de transportes das cidades da região metropolitana de São Paulo que aderirem ao sistema. Em novembro será concluído o processo de licitação de R$ 2 bilhões, que cederá à iniciativa privada a gerência do bilhete único. A concessão será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com contrato reajustado anualmente pelo IPC-Fipe.

A empresa ou consórcio que vencer a concorrência do BIM pagará R$ 200 milhões à Prefeitura de São Paulo como compensação pelos gastos com a implantação do bilhete único, desde 2004, e terá de investir R$ 310 milhões para implantar e manter o bilhete integrado tecnologicamente atualizado durante 30 anos. Será criada uma câmara de compensação para administrar a receita das passagens e serão instalados validadores de bilhetes, bloqueios e softwares para leitura dos bilhetes.

No primeiro ano, a empresa assumirá a arrecadação do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da São Paulo Transportes, responsável pela administração do sistema de ônibus da capital. Dois anos após a assinatura do contrato, cidades das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas poderão integrar o sistema.

Para a Prefeitura de São Paulo, o BIM reduzirá significativamente os custos do transporte. A administração municipal calcula uma economia de pelo menos R$ 250 milhões já no próximo ano. Note-se que nos últimos quatro anos as despesas com o sistema quadruplicaram. Conforme auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), entre 2005 e 2008, os gastos da Prefeitura com os ônibus saltaram de R$ 244 milhões para quase R$ 1 bilhão anuais. Esse custo deveria ser coberto pela arrecadação no próprio sistema, mas as viações afirmam que há uma grande diferença entre seus custos e a compensação paga pelo poder público por passageiro transportado.

A Prefeitura cobre esse déficit. Nos últimos dois anos, com o congelamento da tarifa em R$ 2,30 - promessa de campanha do prefeito Gilberto Kassab -, os subsídios subiram de R$ 300 milhões para R$ 630 milhões por ano. Gastos para manter as operações dos terminais, da venda de passagens, recarga de bilhete único, fiscalização e gerenciamento completam a conta do sistema em quase R$ 1 bilhão por ano.

Em seu relatório, auditores do TCM lembram que pelos contratos de concessão assinados em 2003, os gastos com operação do sistema deveriam ser de responsabilidade das viações. No entanto, várias cláusulas foram introduzidas, livrando as empresas de ônibus desse peso e deixando ao governo municipal toda a carga.

Se ao alto custo correspondesse uma substancial melhoria da qualidade do serviço prestado, ainda haveria justificativa para o peso que os subsídios exercem sobre as finanças municipais. Mas pesquisas realizadas pela Associação Nacional de Transportes Públicos apontam queda de 52% para 40% na proporção de passageiros que aprovam o sistema de ônibus municipais. Entre todos os modais de transporte avaliados, os ônibus são os piores.

Especialistas em transporte público acreditam que a instalação do bilhete único integrado colocará à disposição dos passageiros serviços de metrô, trens e ônibus mais modernos, confortáveis e confiáveis. Acredita-se, porém, numa elevação da tarifa (hoje, viajar de ônibus custa R$ 2,30 e de metrô, R$ 2,55), seguindo o exemplo do que ocorre nas estradas privatizadas, nas quais as condições são melhores do que as das estradas mantidas pelo governo, mas o custo dos pedágios é mais alto. É preciso considerar, porém, que para grande parte da população, principalmente a que hoje usa o carro para se deslocar, o transporte público só será atraente se oferecer conforto, eficiência e segurança, embora possa custar um pouco mais.

INFO

PRIMEIRO PLANO
Ariverson Feltrin
Corredor ABD

Nota publicada na coluna desta semana sobre a demora do Corredor de Ônibus ABD ser interligado a São Paulo mereceu esclarecimentos da EMTU, gestora do sistema. "Sobre o corredor Diadema-São Paulo (Brooklin) há uma situação jurídica que impede a continuidade do processo de licitação das obras. A EMTU aguarda parecer em relação aos recursos impetrados por empresas concorrentes e reitera o compromisso de iniciar a obra assim que for autorizada pela Justiça. Após a solução dos impedimentos jurídicos, a obra será concluída em oito meses, a partir do seu início", informa a assessoria de imprensa da gestora. (Diário do Grande ABC)

sábado, 3 de outubro de 2009

FOTO DO DIA

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INFO

Kassab vai mudar os repasses a lotações

Licitação individualiza pagamentos e reduz poder das cooperativas
Diego Zanchetta

A licitação do transporte público, realizado sob permissão do poder público por 5.789 perueiros lotados em oito cooperativas, deve ocorrer em 2010 e será um dos maiores desafios da gestão Gilberto Kassab (DEM). Os contratos de R$ 2,7 bilhões, assinados em 11 de julho de 2003, têm validade de sete anos. Dentro do governo, técnicos já trabalham com o objetivo de formular edital de concorrência que reduza o poder das cooperativas sobre os donos de lotações, que passariam a receber a remuneração por passageiro transportado, por meio de contas individualizadas abertas pela SPTrans (SPTrans). Os lotações transportam 2 milhões de passageiros por dia.

A discussão sobre o assunto já mobiliza políticos e empresários ligados às cooperativas em audiências e reuniões na Câmara. O vereador Milton Leite (DEM) diz que as peruas correm o risco de se transformarem em "táxis" coletivos. "E se o perueiro quebrar, quem vai colocar um carro reserva no lugar dele? Um modelo assim é impossível: a perua quebra, o motorista vai para casa e o passageiro fica esperando no ponto", argumenta o vereador, do mesmo partido do secretário de Transportes, Alexandre de Moraes. "As atitudes dele estão causando muito descontentamento entre perueiros", disse Leite.

O assunto também desperta temor no governo em relação aos possíveis protestos da categoria em ano eleitoral. Desde março de 2005, quando perueiros cercaram a Prefeitura e incendiaram carros, lotações não paralisam a cidade - o que também ocorreu em 2003 e 2004. Apesar das suspeitas de fraudes na licitação de 2003 realizada pela gestão Marta Suplicy (2001-2004) e da ligação de donos de cooperativas com integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PPC), revelada em fevereiro de 2006 pela Polícia Civil, nunca houve mudanças no comando das garagens.

Entre as denúncias levantadas pelo Ministério Público Estadual, uma cooperativa da zona leste, por exemplo, foi acusada por perueiros de cobrar propina mensal de R$ 6 mil de quem quisesse um itinerário em 2006. No mesmo ano, as denúncias chegaram a resultar em pedido de prisão do ex-secretário de Transportes Jilmar Tatto. O pedido foi negado pela Justiça, mas as mesmas garagens envolvidas, como a Associação Paulistana, continuam comandadas pelos mesmos diretores que venceram a concorrência em 2003.

SUBSÍDIOS

A licitação dos perueiros deve ocorrer no segundo semestre, quando a integração tarifária entre ônibus e Metrô estiver implementada. Planejada pelos governos municipal e estadual, a medida deve resultar em economia de R$ 250 milhões à Prefeitura. O Orçamento para 2010 também baixou a verba destinada a subsídios e renovação da frota - de R$ 700 milhões para R$ 360 milhões. Com folga no Orçamento, a pasta terá verbas para fazer a nova concorrência e para construir terminais de ônibus.

Na Assistência Social, o Orçamento divulgado na quarta-feira pelo governo, de R$ 704 milhões, foi corrigido ontem pela pasta. A assessoria da secretaria diz que o orçamento é de R$ 300 milhões - e outros R$ 404 milhões são do Fundo Municipal de Assistência Social, destinado às repartições gerenciadas por entidades sem fins lucrativos. A Secretaria de Serviços também informou que o teto de R$ 1,38 bilhão para 2010 não é só para a limpeza urbana, como o Estado divulgou ontem, mas inclui também os serviços funerário e de iluminação. (ESTADAO)

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RIO DE JANEIRO

A ressurreição de 14 rotas de ônibus

Linhas abandonadas transportavam 35 mil passageiros na Zona Oeste
POR FRANCISCO EDSON ALVES, RIO DE JANEIRO

Rio - A licitação que a prefeitura fará em 90 dias para as 47 linhas de ônibus da Zona Oeste ressuscitará 14 delas, que atualmente só existem no papel. Há anos esses trajetos foram abandonados. Essas linhas esquecidas transportavam 35 mil passageiros por dia, segundo a Secretaria Municipal de Transportes. Em algumas rotas cedidas a outras empresas temporariamente sobram queixas de usuários.

Os percursos que serão reativados pertencem a Feital, Ocidental e Oriental. Entre eles, há ligações entre bairros da Zona Oeste com a Barra da Tijuca e Praça 15. “Algumas dessas linhas chegaram a ser cobertas pelo ‘pool’ (conjunto de empresas), mas de forma precária. Elas deverão ser reativadas com a nova licitação”, afirma o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.

Hoje, ex-usuários dessas linhas são obrigados a andar quilômetros ou embarcar em vans ilegais. A expectativa é que, com a licitação do transporte alternativo municipal, as vans piratas passem a ser reprimidas. O resultado da concorrência do primeiro lote, justamente na Zona Oeste, será conhecido em novembro.

FILA DE QUEIXAS

A transferência de alguns trajetos para outras empresas nem sempre é sinônimo de bom serviço para os passageiros. “A gente tem que esperar por mais de uma hora aqui na Praça 15, sob sol forte ou chuva”, lamentou a enfermeira Rosemeri Silva, 45, usuária da linha 367 (Realengo-Praça 15), que a prefeitura passou da Feital para a Viação Campo Grande.

Essa empresa, ontem, recebeu ordem para reduzir o intervalo entre os ônibus da linha 397 de uma hora para 30 minutos, na madrugada. A linha é ‘herdada’ da Ocidental, proibida pela Justiça de colocar seus precários veículos na rua.

Após esperar 40 minutos pelo S14 (Campo Grande-Praça Tiradentes), da Oriental, o aposentado Valdir José, 56, indignou-se com o estado do ônibus: “Olha que absurdo! Não há banco nesta fileira”. Ele se referia ao veículo que chegou ao ponto das esquinas das ruas do Senado e do Lavradio, por volta das 10h50, esperado por longa fila de passageiros.

CONFIRA AS 14 LINHAS QUE VÃO VOLTAR ÀS RUAS

Nos pontos de ônibus, os passageiros já não creem na justificativa dos atrasos devido a engarrafamentos. “Essa lorota a gente já escuta há tempos. Elas (viações) não têm é condições de prestar um serviço decente para nós”, criticou Luciana da Silva, 37, usuária do 398 (Campo Grande-Vila Kennedy), da Oriental.

Diretor da Oriental, Júlio Mesquita alegou que está investindo na renovação da frota. “Ano passado gastamos R$ 7 milhões com aquisição de 53 ônibus. Até o fim do ano, a previsão é de mais R$ 12 milhões”, afirmou Mesquita, que diz não ter sido avisado oficialmente da cassação. Feital e da Ocidental não retornaram as ligações de O DIA.

As 14 linhas que devem voltar a circular são: 756 (Senador Camará-Alvorada, via BarraShopping); 856 (Base Aérea-Mal. Hermes); 875 (Sepetiba-Cascadura, via Rodoviária de Campo Grande); 301 (Deodoro-Praça 15, rápido); 784 (Mal. Hermes-Vila Kennedy); 817 (Campo Grande-Fazenda Botafogo, via Bangu); 860 (Mangaratiba-Pedra de Guaratiba); 861 (Reta-Cesarão); 862 (Urucânia-São Fernando); 863 (S. Fernando-Cesarão); 886 (Sta. Cruz-Jesuítas); 892 (Sta. Cruz-São Benedito); S10 (Mendanha-Lgo. de S. Francisco), e 810 (Taquaral-INPS). (O Dia)

INFO

(Primeiro Plano - Ariverson Feltrin/Diário do Grande ABC)
Copa acelera soluções

Em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil, como palco do maior evento de futebol do planeta, tem muitas deficiências para resolver, uma delas, bem evidente, está na questão da mobilidade. A Copa é de curta duração, mas impõe soluções que, se bem equacionadas, podem deixar as bases para melhorar de vez o travado cotidiano do ir e vir dos brasileiros.

No transporte coletivo, uma deficiência notabilizada pelo inchaço das metrópoles, há pelo menos duas correntes de interesses que disputam a primazia de terem seus sistemas adotados nas cidades que serão palco da Copa do Mundo. Uma delas é o BRT, transporte rápido feito por ônibus operados em canaletas, sistema adotado por Curitiba nos anos 1970 e propagado, em boa parte por consultores brasileiros, para várias partes do mundo, incluindo Colômbia, Estados Unidos, China e África do Sul, sede da Copa de 2010.

Outra corrente de interesse defende a solução do monotrilho, cogitado por algumas cidades, inclusive São Paulo. O sistema será apresentado na Feira Negócios nos Trilhos, de 10 a 12 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos expositores interessados, a Hitachi, assume um desafio: mostrar ao público que o monorail não é só atração de parque temático, mas meio de transporte de massa seguro, confortável, capaz de desatar as dificuldades de tráfego dos grandes centros urbanos. "Nossa empresa participou ativamente dos projetos implantados no Japão. Temos fornecido monorails no país desde 1964, sem nenhum acidente. Esperamos trazer este sistema de transporte ao Brasil", diz por meio de nota Toshiro Iwayama, vice-presidente da Hitachi Brasil.

Como temos dito reiteradas vezes neste espaço, o Brasil tem feito até agora muito pouco em prol da melhoria do sistema coletivo de transporte. Autoridades e formadores de opinião em geral não são usuários do meio coletivo (e, se já foram, deletam o passado). O tema, distante do cotidiano de quem decide, recorrentemente só ocupa o debate em épocas eleitorais.

Desta vez o Brasil foi eleito pelo mundo para ser a sede da Copa, o esporte mais difundido no planeta. O que se espera de todo anfitrião é que receba e transporte com eficiência todos os convidados, nativos e visitantes.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FOTO DO DIA

EVENTO

PRIMEIRO PLANO - Ariverson Feltrin

A Fenatran vem aí

Segundo maior produtor mundial de ônibus e sexto em caminhões, de acordo com ranking da Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras, o Brasil se prepara para mostrar produtos e serviços para o setor de movimentação de cargas e passageiros de 26 a 30 de outubro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, na Fenatran - Salão Internacional de Transporte.

A indústria brasileira de caminhões e ônibus, que tem metade de sua produção montada na região, vai movimentar neste ano em torno de R$ 30 bilhões com a venda estimada de 130 mil veículos. Em unidades, caminhões e ônibus representam apenas 5% do total de veículos comercializados. Em valores, no entanto, equivalem a algo como 25% do total da indústria automobilística.

O Brasil tem matriz de transporte muito dependente do setor rodoviário. Mais de 60% das cargas e 90% dos passageiros são movimentados por ruas e estradas. Investimentos em outros modos de transportes são quase imperceptíveis, o que torna o País vulnerável ao crescimento sustentável.

INFO

Ônibus colabora com poluição sonora em SP

Em nove ruas da capital, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras de ruído
Fernanda Aranda

A poluição sonora "circula" de ônibus pela cidade de São Paulo. Com um aparelho especial, o Estado constatou que, mesmo em vias já saturadas de barulho - como a Rua Augusta, no centro -, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras quando passava pela rua, o que contribui para o estresse e a surdez urbana. Nove ruas da cidade foram percorridas pela reportagem. Todas apresentavam índices preocupantes de ruído.

Com auxílio técnico do Centro Auditivo Telex em São Paulo, constatou-se que as vias São João, Ipiranga, Amaral Gurgel, General Jardim, Augusta, 23 de Maio, Túnel Ayrton Senna, Luiz Carlos Berrini, além do Viaduto do Chá, registraram ontem (entre 9h30 e 11h30) decibéis entre 75 e 96, já considerados pelos especialistas prejudiciais após longo período de exposição. Com a presença dos ônibus a situação era agravada, saindo da média de 81 db na Augusta para picos de 91; na 23 de Maio, os coletivos ampliaram a média de 78 para 84, na Berrini de 79 para 86 - sem veículo na hora da medição, o índice desta via caiu para 53 decibéis.

Para atenuar os efeitos de tanto zumbido na saúde auditiva dos motoristas e dos passageiros de ônibus - nos condutores, estudos da Unicamp constataram que a perda de audição afeta até 80% -, a Lei Municipal 13.542 obrigou que se colocassem os motores do transporte público na parte traseira dos ônibus. Apenas essa medida, avalia o engenheiro Luiz Felipe Silva, que defendeu doutorado na USP sobre o tema, já seria "eficiente para melhorar o ambiente de trabalho dos profissionais".

No entanto, sete anos depois da lei, metade da frota paulistana ainda trafega com as peças na dianteira (4.514 coletivos dos 8.912 existentes). O motivo é um decreto promulgado no mesmo ano da legislação, que possibilitou "exceções". Motores na parte da frente seriam liberados caso o ônibus precisasse circular em vias com muitas lombadas, valetas, curvas e não restasse nenhuma outra alternativa mecânica sem ser veículos com peças dianteiras (que são mais altos). Segundo a São Paulo Transporte (SPtrans), laudos técnicos comprovam que esse é o caso para 50,4% da frota atual. "Com isso, trabalhamos em uma situação ensurdecedora", afirma o diretor do Sindicato dos Motoristas de Transporte Urbano (Sindmotoristas), Nailton Francisco de Souza. "Isso compromete não só a audição dos colegas como a qualidade do transporte como um todo. Os condutores ficam estressados, irritadiços e os passageiros, também."

De acordo com a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, a perda auditiva em muitos casos é irreversível e só é descoberta muito tarde. "Por isso, exames de rotina são tão importantes", afirmou.

RECORDE DE BARULHO

A preocupação com a saúde auditiva não deve ser reflexo apenas do som provocado por ônibus, carros e caminhões. Bares, restaurantes, obras e até igrejas contribuem para a poluição sonora. Os números da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, divulgados ontem pelo Estado, confirmam que o assunto incomoda cada vez mais o paulistano. Entre janeiro e julho, 417 bares foram multados por infringir a lei do silêncio, recorde desde 2005. (ESTADÃO)

INFO

Ônibus italiano evoca apartheid
Cidade de Foggia adota linha de coletivo exclusiva para transportar imigrantes africanos, a maioria negros

Entre os imigrantes, que dependem do parecer do governo para serem aceitos na Europa, as críticas ao ônibus são raras. Em lugar de protestos, há silêncio ou elogios à amabilidade dos seguranças do centro de acolhimento.

Elvis Samano e Kyei Darkwa, ambos de 20 anos, pagaram US$ 1 mil cada para ingressar em um bote entre Trípoli, na Líbia, e a Ilha de Lampedusa, na Itália. "Os italianos são gentis", disse Samano. O imigrante espera receber o status de refugiado em um mês. "Queria ficar na Itália, mas não tenho trabalho. Aceito qualquer coisa na Europa." Edwin Egemb, de 35 anos, mostra-se envergonhado ao ser questionado sobre a linha 24/i. Esboça uma manifestação forte, mas interrompe a frase: "Temos de aguentar." À espera do asilo político desde abril, ele reconhece apenas que o isolamento da sociedade de Foggia não ajuda no processo de integração, nem no aprendizado do idioma ou na busca de emprego. O presidente da Associação de Comunidades Estrangeiras (Asci), Habib Ben Sghaier, protesta contra a iniciativa. "Não é assim que se faz integração. Isso é racismo." (O Estado de São Paulo)

INFO

Irisbus chega ao Brasil Iveco traz sua unidade de transporte de passageiros para o Brasil

Após realizar os ensaios no mercado com suas versões de veículos leves, adaptáveis também ao transporte de passageiros em curtas distâncias, a Iveco anunciou ontem, em Sete Lagoas (MG), a chegada da Irisbus, sua nova Divisão de Ônibus, ao país. No momento, há 53 unidades em teste, de uma versão com motor dianteiro e 17 t de PBT, no Grupo Vicasa, que concentra empresas urbanas em Salvador, Aracaju e Canoas (RS).

Segundo Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Iveco, a inserção da unidade no mercado faz parte da estratégia da empresa de ampliar a oferta de veículos de transporte de passageiros na América Latina, onde já há mercado comprador. “Isso vem sendo planejado há pelo menos dois ou três anos, em conjunto com a matriz na Europa e começará, efetivamente, no próximo ano”, comenta. Atualmente já há 316 ônibus da Irisbus operando na Venezuela e 218 em Córdoba, na Argentina. Faz parte da política de expansão da Iveco comercializar ônibus também no Chile, Peru e Colômbia – e essas tratativas já estão sendo feitas. (O Carreteiro)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FOTO DO DIA

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INFO: BRASIL

Passageiros reclamam de sistema de transporte no Rio

Licitação diminuiu quantidade de vans que faziam linha entre as cidades da região metropolitana

RIO - O primeiro dia com as novas regras para o transporte alternativo intermunicipal no Rio de Janeiro começou com muitas reclamações e dúvidas de usuários. Mas o trânsito melhorou no centro da cidade, com a circulação de veículos mais tranquila e sem tumultos.

Os passageiros que utilizam as vans intermunicipais como meio de transporte já estão sentindo os efeitos das novas regras estabelecidas pelo governo estadual. Isso porque estão circulando somente 462 veículos, cujos motoristas atenderam a todos os requisitos da licitação. Eles operam em 50 linhas legais, que ligam os municípios aos terminais da Leopoldina, destinado a 281 vans, e da Central, onde podem parar 15. Segundo as normas da licitação, os veículos não podem embarcar ou desembarcar passageiros no meio do caminho.

Além da demora para conseguir uma vaga numa van, devido à redução no número de veículos em circulação, os passageiros reclamam principalmente dos novos pontos de parada no centro do Rio. Motoristas de vans que seguiam da Baixada Fluminense, de Niterói e de Alcântara não podem ir até a Central do Brasil. Com isso, para chegar à Central do Brasil, é preciso pegar outra condução e pagar mais uma passagem.

A farmacêutica Elizabeth Siamarela chegou às 6h30 na Estação da Leopoldina e esperou quase duas horas por uma van com destino a Xerém. Ela desaprovou o novo sistema. "Na Avenida Brasil está um caos e aqui falta van. Não quero nem imaginar como vai ser na volta para casa. Isto não vai dar certo." Elizabeth se queixou também da falta de estrutura na estação, que à noite é pouco iluminada.

O presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Rogério Onofre, disse que as vans legais vão absorver 20% da demanda de passageiros das linhas de ônibus que fazem o mesmo percurso. Ele garantiu que os usuários não vão ser prejudicados com a redução do número de vans, pois as empresas de ônibus aumentaram a frota para absorver a demanda.

O Detro intensificou a fiscalização nesta quinta-feira, 10, para evitar a circulação de vans piratas e manifestações. Cerca de 140 fiscais, com o apoio das policias Civil e Militar, se posicionaram em vários pontos da região metropolitana do Rio. Na parte da manhã, quatro vans ilegais foram apreendidas. O Detro informou que a operação será mantida por tempo indeterminado. (Estadao)

SÓ ALEGRIA!

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A bicha ascensorista

No primeiro dia de trabalho como ascensorista, a bicha estava toda feliz até que um sujeito entrou no elevador fumando charuto.
— Opa! Opa! Opa! — disse ela, enfática — Sinto informar que não é permitido fumar no elevador! Desse jeito eu não vou subir! Não vou, não vou, não vou!
— Olha aqui! — disse o fumante, impondo respeito — Não é a primeira vez que eu fumo nesse elevador e não vai ser uma bicha louca como você que vai me impedir! Entendeu?
— Olha, senhor... Eu me recuso a subir com o senhor fumando esse charuto fe-do-ren-to! Ou o senhor apaga ou eu não saio daqui! Hoje é meu primeiro dia de trabalho e eu não vou infringir as regras!
— Escuta aqui, florzinha! Se você não subir agora sabe onde eu vou enfiar esse charuto?
E a bichinha responde:
— Não adianta tentar me agradar, senhor... Regulamento é regulamento!
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INFO: ABC

S.Bernardo finaliza plano de transporte neste ano

A prefeitura de São Bernardo finaliza até dezembro o PTU (Plano de Transporte Urbano) da cidade. O novo sistema será colocado em prática no início do próximo ano no sistema de transporte urbano da cidade. Entre as ações no Plano está a implantação da bilhetagem eletrônica, que futuramente possibilitará a integração tarifária entre as cidades da região por meio do Bilhete Único.

O PTU foi elaborado considerando as informações coletadas durante a pesquisa do sistema de transporte coletivo realizada no primeiro semestre deste ano. Todas as mudanças propostas foram estudadas visando atender as necessidades dos usuários do sistema e, depois de concluído, será apresentado para a população, que poderá opinar sobre a proposta. (REPORTER DIARIO)

INFO: SP

Cooperativas de transporte são suspeitas de lavar grana de facção

A Polícia Civil realizou ontem apreensões de documentos em duas cooperativas de transporte coletivo alternativo de Taboão da Serra (Grande SP) suspeitas de usar dois vereadores da cidade para lavar parte do dinheiro obtido pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) com o tráfico de drogas.

Segundo a polícia, parte do dinheiro arrecadado com o tráfico em Paraisópolis, segunda maior favela de SP, na zona sul, pelo presidiário Francisco Antonio Cesário da Silva, 32 anos, o Piauí, é lavado na Coopertab (Cooperativa dos Motoristas Autônomos de Taboão). Segundo a polícia, Piauí usa José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan Noventa, vereador de Taboão pelo PV, para lavar o dinheiro do crime na Coopertab.

O vereador Santos admitiu conhecer Piauí, "dos tempos em que jogaram futebol", mas negou usar a Coopertab para ajudar o PCC. Ele também disse ter sido envolvido na investigação porque usa seu mandato para defender donos de micro-ônibus.

A outra cooperativa em que a polícia apreendeu documentos e computadores foi a Coopergente, suspeita de lavar dinheiro do tráfico comandado por Antonio Fernando Eloy, 43, o Nando, acusado de chefiar o PCC no extremo sul da região metropolitana. Nando é irmão do vereador José Luiz Eloi (PMDB), presidente da Câmara de Taboão da Serra.

O vereador é suspeito de repassar o dinheiro do crime para a Coopergente. "Isso não é verdade. O que existe é uma perseguição porque sou contra as mudanças no transporte", disse o vereador. Ele também disse ser mentira a acusação da polícia de que Nando é traficante. A Coopergente diz apoiar a ação da polícia para esclarecer o caso. A Coopertab não se manifestou. (Agora SP)

sábado, 5 de setembro de 2009

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INFO

Passageiros de ônibus devem ficar atentos à nova legislação

ANTT ainda não regulamentou oito artigos.
Passageiros reclamam de demora em serviços.
Do G1

Quem pretende viajar de ônibus no feriadão da Independência deve ficar atento. Está em vigor há 57 dias uma nova lei que mudou as regras para compra e venda de passagens. Mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres ainda não regulamentou oito artigos.

Uma mudança que beneficia o passageiros é a regra para a remarcação da passagem. Não está prevista na nova lei o prazo de pelo menos três horas antes do embarque para a alteração ou a troca da passagem no guichê da empresa. Por isso, a Agência diz que até a regulação da nova lei, fica valendo a antiga.

Seu Alberto Mattos respeitou a antecedência de três horas, mas teve que esperar. “Eu levei um chá de cadeira até eles remarcarem a passagem, não foi como diz a lei”, disse.

A falta de regulamentação criou uma outra dúvida. Na hora do reembolso, as empresas atualmente cobram uma multa de 5% do valor da passagem. A nova lei fala apenas no desconto da comissão de venda, sem estipular o valor.

“Não reconhecemos esse agenciamento de passagem. Nós vamos fazer uma pesquisa investigar qual é esse custo pra estipular o valor que ela possa abater a titulo desse agenciamento” informou Bernardo Figueiredo, da ANTT.

E a nova restituição, que na legislação anterior poderia ser até imediata, na nova tem o prazo de até 30 dias. Atualmente a demora já causa reclamação. “Paguei e não me devolveram só daqui a um mês me devolveriam o dinheiro, eu paguei em dinheiro”, reclamou a pensionista Elvira Rattes.

A agência reconhece que precisa de pelo menos um mês para regulamentar a nova lei.

“Estimo que até o final de setembro a gente vai soltar a nova regulamentação mas o fato de não ter a nova regulamentação nova não tira do usuário nenhum dos direitos que a lei assegura”, completou Figueiredo.

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Raciocínio rápido

Um jovem estava fazendo um processo seletivo, o examinador o chamou para uma entrevista individual e disse:
— Neste teste é necessário ter raciocínio rápido.
— O que foi que o senhor disse?
— Que está dispensado! Por favor, chame o próximo quando sair.

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Ariverson Feltrin

Corredor do descaso

Inaugurado nos anos 1980, o corredor de ônibus ABD é um retrato escancarado de como o transporte coletivo é desprezado. Criado para operar exclusivamemte com trolebus, o ônibus elétrico sempre foi coadjuvante, nunca personagem principal. Concebido para ser integrado, ampliado, o corredor até hoje morre em Diadema, enquanto o prolongamento até o Brooklin, governo pós governo, continua inacabado. Arrisco um palpite: em 2010, perto da eleições que elegem governadores e presidente da República, o prolongamento sairá do papel. O transporte é um retrato do Brasil. Obras públicas, ainda que contribuam para o tripé conforto, redução de custos e sustentabilidade, em geral são pessimamente geridas. A obra mais cara é aquela que não termina. E o povo? Ora, o povo que se lasque!

Na rota de 3 bilhões

O sistema de ônibus urbano da capital paulista, um dos mais carregados do mundo, fechou os primeiros sete meses do ano com 1,638 bilhão de passageiros movimentados. Com a reação da atividade econômica é de se esperar que o ano de 2009 seja encerrado com um número próximo de 3 bilhões de passageiros transportados por uma frota em torno de 15 mil ônibus. (Ariverson Feltrin – Diário do Grande ABC)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

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Bilhete único será usado em compras

Luciana Lazarini do Agora

Os usuários de transporte público da capital e da Grande SP vão poder utilizar o bilhete único como cartão de crédito, que servirá para pagar não só a passagem de trem, de ônibus ou de metrô, mas, também, as compras no comércio.

Com o bilhete integrado, que vai substituir o sistema atual, o novo cartão poderá ser de débito e de crédito.

O sistema ainda depende de uma licitação de R$ 510 milhões. O resultado da concorrência sairá até o final do ano. Depois, a empresa terá dois anos para implantar um sistema de arrecadação centralizado, que deve entrar no ar somente em 2012.

Segundo a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a empresa que vencer terá que garantir R$ 310 milhões para implantar e manter a tecnologia atualizada ao longo de 30 anos. Além disso, a prefeitura receberá R$ 200 milhões de indenização pelos gastos com a implantação do bilhete único.

Os novos cartões chegarão antes para o transporte público da capital, onde já feita a parceria entre o governo do Estado e a prefeitura.

Segundo a secretaria, o projeto poderá ser ampliado para as 39 cidades da região metropolitana desde que sejam feitas parcerias com as prefeituras. No transporte da capital, são 10 milhões de viagens por dia, segundo informações da SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal).

Os ajustes finais do edital, que deve ser publicado ainda em setembro, serão discutidos hoje, em uma audiência pública que deve reunir as empresas interessadas na disputa.

Ainda não está definido se cada cartão único terá uma conta bancária vinculada, pois essa operação será de responsabilidade da empresa vencedora, que poderá ser, por exemplo, um banco, uma administradora de cartão de crédito ou até mesmo uma administradora de benefícios (como vale alimentação, por exemplo).

Segundo a pasta, o perfil e a proposta da empresa serão importantes para definir quais opções o usuário do transporte terá com o novo cartão magnético. A ideia é que seja possível até fazer empréstimos usando o cartão.

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Na lata

A sogra vai visitar a filha e o genro. Ela toca a campainha, o genro abre a porta e diz, empolgado:
— Sogrinha! Há quanto tempo a senhora não aparece! Quanto tempo vai ficar conosco desta vez?
Querendo ser gentil, a sogra responde:
— Até vocês ficarem cansados de mim!
Então, o genro diz:
— Sério? Quer dizer que a senhora não vai nem tomar um cafezinho?
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Liberada TV em tempo real em ônibus

Em 30 dias, Globo começará a testar transmissões ao vivo; Record entra na briga pelos 14 mil coletivos de SP
Diego Zanchetta

Uma portaria publicada sábado no Diário Oficial da Cidade autoriza as transmissões de mídia televisiva em tempo real dentro dos ônibus de São Paulo. O serviço já era testado há cerca de um mês, mas todo material veiculado tinha de ser enviado antes à São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável por gerenciar os serviços de ônibus na capital.

Globo e Record querem transmitir suas programações nos 14 mil coletivos que circulam na cidade. Do conteúdo autorizado para publicidade, que inclui também peças impressas, 30% será destinado à grade de programação da mídia televisiva, com uso preferencial para mensagens de caráter institucional, de campanhas educativas e de utilidade pública promovidas pela Prefeitura. Em até 30 dias, a Globo deve começar a testar transmissões ao vivo de partes do Jornal Nacional e do Globo Esporte, além de apresentar um resumo dos capítulos anteriores das novelas.

As empresas também deverão disponibilizar à SPTrans, via link de internet, a programação diária veiculada em tempo real ou enviar com antecedência de cinco dias úteis qualquer tipo de material gravado. Apesar de o áudio ser proibido, a portaria do secretário municipal dos Transportes, Alexandre de Moraes, autoriza a empresa veiculadora a disponibilizar sistema de áudio com utilização de fone de ouvido, por meio de tecnologia bluetooth ou frequência modulada específica.

As transmissões de natureza político-partidária e que "atentem contra a moral, os bons costumes e a dignidade da família" estão vetadas. Propagandas de cervejas e cigarros também foram expressamente proibidas. A cada anúncio veiculado em um coletivo, as viações terão descontadas da remuneração transferida pela SPTrans um valor mensal equivalente a sete tarifas do transporte público, hoje a R$ 2,30 (R$ 16,10 por anúncio).

"As empresas responsáveis pela mídia eletrônica televisiva poderão transmitir sua programação de maneira offline e/ou online e o equipamento de recepção e armazenagem de dados poderá estar apto a receber, armazenar e exibir conteúdos em tempo real, por meio de tecnologia GPRS, 3G, Digital, dentre outras", informa a portaria. Cada coletivo poderá ter até quatro monitores, no caso dos ônibus biarticulados. A Rede Bandeirantes, em até 180 dias, também deve entrar com transmissão, nos 300 ônibus explorados pela TVO.

A portaria foi publicada uma semana após a SPTrans determinar a retirada do ar da transmissão da TV Globo, em teste em 25 coletivos. O veto veio depois que a Globo passou a veicular conteúdo que não havia sido analisado com antecedência pelos técnicos da SPTrans.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal dos Transportes informou que as três empresas que detêm os direitos de transmissão nos ônibus são a Bus Media (300 ônibus, ligada à Globo), a TVO (500 ônibus, parceira da Rede Bandeirantes) e a BUS TV (100 ônibus). A pasta não acredita em guerra de audiência com a autorização de transmissões ao vivo. O secretário Alexandre de Moraes, titular dos Transportes e presidente da SPTrans, disse que não comentaria detalhes da portaria. (ESTADAO)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

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Transporte coletivo: mais passageiros e menos ônibus

Os usuários de ônibus da capital estão mais apertados dentro dos coletivos e ficam mais tempo nos pontos à espera da condução. A frota de transporte público perdeu 270 veículos e ganhou 220mil passageiros neste ano, segundo a Folha de S.Paulo. Se for considerada apenas a parcela que depende das lotações, a situação é pior. No
último ano, o número de perueiros caiu 2,1%, e o de passageiros subiu 7,3%. Com menos veículos e mais passageiros, empresas de ônibus e perueiros faturam mais. Isso compensaria o congelamento da tarifa, que é de R$ 2,30 desde 2006. Metrô e trem tiveram reajustes anuais e o bilhete custa hoje R$ 2,55. A prefeitura alega que, apesar de haver menos veículos nas garagens, as empresas são obrigadas a cumprir um número mínimo de partidas diárias, sob pena de multa. O Ministério Público abriu investigação sobre o problema e há um blog para quem quiser fazer reclamações: www.onibus.blog.br. (DESTAK)

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Fiscalização no RJ tira 68 ônibus de circulação

Sessenta e oito veículos que não apresentam condições de operar no transporte de passageiros por má conservação e falha na documentação foram apreendidos hoje, em uma operação dos Fiscais do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), no Rio de Janeiro. A operação ocorreu nos terminais de vários municípios do Estado. A empresa com maior número de infrações foi a Rio Ita, com 11 veículos recolhidos à garagem.
Entre janeiro e junho de 2009, o Detro tirou de circulação 410 ônibus e aplicou 1.464 infrações nas empresas que operam a frota regular do transporte intermunicipal de passageiros. (Agência Estado)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

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Promotor usa twitter e blog para apurar irregularidades em ônibus de SP

MP investiga denúncias de superlotação e atrasos em coletivos.
Prefeitura diz que maioria das reclamações é contra intervalos excessivos.

O promotor de Justiça Saad Mazloum criou um blog e um perfil no twitter para intensificar uma investigação sobre supostas irregularidades no sistema municipal de ônibus de São Paulo. Ele quer coletar denúncias de superlotação, intervalos excessivos, falta de higiene e outros problemas enfrentados por passageiros para analisar se a Prefeitura de São Paulo tem fiscalizado a eficiência do serviço oferecido e se as viações cumprem suas obrigações contratuais.

As denúncias virtuais podem ser feitas em comentários no blog, moderados pelo promotor, ou via mensagem no twitter. “Vai ser um inquérito bem colaborativo. As pessoas reclamam do transporte, mas não vejo cara, não vejo nome. Essas pessoas às vezes não têm a quem recorrer e preferem ficar queimando ônibus”, dsse Mazloum ao G1.

Inquérito online e colaborativo

Ele promete também disponibilizar no blog os documentos do inquérito civil público, aberto em fevereiro deste ano, a partir de uma denúncia do vendedor Moisés Jardim, de 32 anos. Depois de passar oito anos tendo que se espremer e enfrentar atrasos na linha 8594-10 (Praça Ramos de Azevedo—Cidade D´Abril), ele resolveu ir além das rotineiras reclamações à São Paulo Transporte (SPTrans), empresa municipal que planeja e fiscaliza o funcionamento dos ônibus. O órgão informou ao G1 que está à disposição da Promotoria e da Justiça para “todos os esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Moisés protocolou uma carta no Ministério Público do Estado de São Paulo. Na denúncia, ele contou que nos horários de pico é difícil até embarcar nos coletivos pelo excesso de passageiros espremidos contra a porta. Segundo o vendedor, às vezes, os ônibus nem param no ponto pela falta de espaço para novos passageiros. “Normalmente viajamos espremidos sem poder sentar. A gente chega em casa com dor nos braços, nas pernas e bolsa amassada”, relatou Moisés ao G1, que depende da linha para ir e voltar ao trabalho.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital paulista começou a investigação para apurar por que os problemas se repetem rotineiramente, conforme alega o denunciante,na linha operada pela viação Santa Brígida. Na terça-feira (26), Mazloum ampliou o inquérito para todas as linhas em funcionamento na cidade. Agora o promotor quer mais avaliações dos usuários do sistema de ônibus para investigar.

“Vou exigir da prefeitura que adote providências pra melhorar essa situação. O sujeito pega ônibus superlotado todo dia, é maltratado, mas não reclama. Muitas vezes o usuário acha que não vai dar em nada”, declarou o promotor.

Fluxo diário de 5,6 milhões de passageiros

Investigar as irregularidades vai exigir grande esforço. Funcionam atualmente 1.333 linhas de ônibus municipais em uma frota de quase 15 mil veículos em São Paulo, por onde circulam cerca de 5,6 milhões de passageiros diariamente, segundo a SPTrans.

Os sinais de problemas no funcionamento se expressam nas reclamações feitas à prefeitura, ainda que nem todos insatisfeitos reclamem, seja por desconhecimento ou por comodismo. Em 2008, foram protocoladas 85.087 reclamações. Só neste ano, até o dia 12 de maio, foram recebidas 29.306 queixas de usuários insatisfeitos. Há 785 denúncias de superlotação no mesmo período de 2009 e 962 em 2008. Mas, a principal queixa é intervalo excessivo entre um veículo e outro: foram 6.829 em 2009, pelo balanço, e 6.858 em 2008.

A SPTrans responde às reclamações com fiscalizações nos alvos das denúncias. Se o problema for constatado pelos fiscais do órgão, o consórcio responsável pela linha criticada pode ser multado. Em 2008, foram aplicadas 105.281 multas, que geraram uma arrecadação de cerca de R$ 67 milhões ao município.

Uma polêmica a ser enfrentada pela investigação é a falta de um limite da Secretaria Municipal dos Transportes de São Paulo à quantidade de passageiros em pé por metro quadrado em um ônibus, o que permite às empresas agir como preferem. Só há uma proibição aos coletivos de circular com portas abertas. Isso possibilita que passageiros sejam “empacotados” dentro do ônibus.

Mesmo nos modelos de veículos maiores, como o ônibus bi-articulado com capacidade para até 190 passageiros, os passageiros viajam espremidos nas linhas superlotadas, porque sobra espaço para ficar em pé e falta poltrona.

O único limite, expresso na legislação brasileira, ao transporte irresponsável de passageiros é uma norma de segurança da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) de 2008, que regula exigências para fabricação de ônibus no Brasil. A norma, tornada obrigatória pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) desde março de 2009, exige que fabricantes projetem ônibus urbanos para transportar no máximo seis passageiros em pé por metro quadrado. Segundo especialistas, o problema é que essa norma torna possível a produção de coletivos feitos para receber mais passageiros em pé do que o desejável pelos usuários.

Limite de passageiros em pé é inadequado, diz especialista

O professor Osmar Vicente Rodrigues, da Unesp, doutor em design de veículos, critica o limite brasileiro “generoso” às empresas e “problemático” para os passageiros. Por padrões ideais de segurança e eficiência, um ônibus precisa garantir a cada usuário em pé no mínimo uma área de 0,8 metro quadrado para ocupar, diz ele. “A pessoa precisa de 0,8 metro quadrado para movimentação. Se considerar 0,20 metro quadrado para cada um, não consegue se mexer, traz riscos”, afirmou Rodrigues ao G1.

Quem fica espremido no corredor de um ônibus está mais vulnerável no caso de um acidente. A urbanista Silvana Zioni, professora da Universidade Mackenzie e ex-coordenadora de projetos da SPTrans (1995-2000), destacou também, em entrevista ao G1, que a superlotação não pode ser somente encarada como um problema de conforto.

“A superlotação não pode ser entendida como uma mera reclamação de conforto. É um indicador de que o sistema operacional está ruim. Não pode ser normal o ônibus andar lotado, gera uma insegurança muito grande”, disse Silvana.

Para a urbanista, a solução exige uma série de ações operacionais. “Pode ampliar horário considerado de pico, aumentar número de ônibus, adaptar o itinerário à demanda e mudar o tipo de frota”, enumerou a especialista.

De acordo com o promotor Mazloum, aumentar a frota de ônibus, por exemplo, pode ser uma recomendação feita à prefeitura no inquérito. “O município tem que se adequar às exigências e às necessidades da população. O objetivo é que ele cumpra seu dever de fiscalização e que os problemas sejam contidos”, explicou.

A promotoria solicitou cópias dos contratos de concessão de todas as linhas de ônibus para apurar se exigências, como o número de veículos por horário e os intervalos entre as partidas, estão sendo cumpridas pelas empresas e fiscalizadas pela prefeitura.

“O inquérito pode checar a adequação dos contratos. Estamos pagando por uma coisa que não está cumprindo o desejado”, avaliou Silvana.

Tanto autoridades municipais como responsáveis pelas viações podem responder a processo por improbidade administrativa, segundo Mazloum, se forem comprovadas e reiteradas irregularidades durante a investigação. No caso da prefeitura podem ser processados responsáveis por uma eventual omissão na fiscalização dos ônibus. Já os responsáveis pelas empresas podem responder na Justiça se forem detectadas violações contratuais.

Canais de reclamações

Além do blog (www.onibus.blog.br) e do twitter (www.twitter.com/blogdoonibus), a promotoria também disponibilizou o e-mail cidadania@mp.sp.gov.br para denúncias de usuários de ônibus. Reclamações à prefeitura podem ser feitas pelo telefone 0800-7710118 e pelo site do SPTrans (www.sptrans.com.br).
(Fonte: Daniel Haidar Do G1, em São Paulo)

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Prefeitura licitará sistema de integração do bilhete eletrônico

SANTO ANDRÉ - Em reunião ontem entre o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e a prefeitura de São Paulo ficou decidida a criação da Secretaria de Articulação Metropolitana. "A secretaria servirá como uma interface entre o município com a região metropolitana", o Secretário de Assuntos Metropolitanos de São Paulo, Jorge Tadeu Mudalen.

O secretário também afirmou que em meados de agosto a prefeitura da capital vai entrar com o processo de licitação dos sistemas de integração da bilhetagem eletrônica. "Cabe a cada prefeitura decidir se vai se integrar ao sistema ou não. Deverão acontecer reuniões internas do Consórcio para discutir essa questão."

O Sistema de integração da bilhetagem seria como um sistema único de arrecadação e no qual um único cartão serviria para passagens no metrô, trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ônibus municipais.

Sobre uma maneira de integrar também o sistema tarifário, Jorge Mudalen foi mais enfático e afirmou que esse é um plano a longo prazo: "São Paulo tem tarifa congelada, as prefeituras do ABC têm que trabalhar no sentido de ajeitar as tarifas com eles aqui", finalizou.

Na reunião ficou decido que cada cidade vai ter seu próprio técnico, que passará a ser uma ponte entre a prefeitura e a capital, sendo responsável pela condução dos pleitos municipais. (NTU)

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EMTU pesquisa a qualidade das linhas

Uma pesquisa da EMTU Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos aponta as piores linhas intermunicipais das principais regiões metropolitanas do Estado. Oito dessas piores linhas estão na grande São Paulo.

A EMTU disse que usa as informações dessa pesquisa para fazer mudanças nas linhas. O problema é que as melhorias podem levar até três meses.

O SPTV mostra que basta acompanhar o dia a dia dos passageiros para ver que a EMTU tem muito a fazer.

É o mesmo ponto e o mesmo horário com as mesmas reclamações. “Eu pego o ônibus lotado todos os dias”, reclamou a cozinheira Alessandra Franco.

Entrar em alguns ônibus é uma tarefa difícil. O professor de inglês Augusto de Oliveira tentou, mas não conseguiu. “É assim toda manhã. A gente que sofre. A gente é tratado como gado. Isso não é uma vez. É todo dia. Como fica meu emprego?”, questionou.

A alternativa foi pegar um ônibus de outra linha, que dá mais volta e ainda deixa o professor longe do trabalho.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos catalogou as reclamações dos passageiros que usam as linhas intermunicipais. Vinte e três foram apontadas como as piores.

Oito são da grande são paulo, duas ligam o Embu à capital, as outras saem de Guarulhos, Juquitiba, Cotia, Embú-Guaçu, Carapicuíba e Itapecerica da Serra e segue para São Paulo.

“A maior reclamação é quanto à lotação. A EMTU, diante dessa informação, pega a equipe de fiscais que vai a campo fazer o que a gente chama de diagnóstico. Diante da confirmação daquela informação inicial, a gente adota algumas ações”, esclareceu Júlio de Freitas, presidente da EMTU.

É preciso mesmo porque na volta para casa o cenário da manhã se repete.
Às 6hs, há fila para entrar no ônibus que faz a linha 395, que liga São Judas a Itapecerica da Serra.

“A gente, se tirar o pé do lugar, não consegue colocar no lugar de novo. Fica muito cheio mesmo”, falou Raimundo de Jesus, operário.

Pelo caminho, o ônibus só enche. Em poucos quilômetros, é esta a situação. No fim do dia, cansados depois do trabalho, os passageiros, que precisam voltar para Itapecerica da Serra, encontram o ônibus lotado. A volta para casa leva cerca de duas horas. Dentro do veículo, fica evidente que não existe conforto.

As modificações nessas linhas ainda vão demorar um pouco. “O processo é de mais ou menos três meses, entre ouvir o cliente e ter a ação propriamente dita”, esclareceu presidente da EMTU.

Será que são necessários mesmo três meses para fazer as mudanças nas linhas? A EMTU informou que 60 agentes de fiscalização das regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas estão verificando, pessoalmente, os problemas relatados pelos passageiros e que os resultados aparecerão na pesquisa do ano que vem.
sptv

terça-feira, 26 de maio de 2009

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

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