RioCard: 12 empresas de ônibus estão envolvidas em fraude
Auditoria realizada pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) no sistema RioCard detectou o envolvimento de 12 viações com a fraude do cartão eletrônico. A maioria opera em linhas na Baixada e Campos. Outra empresa, de Macaé, foi excluída da bilhetagem eletrônica após receber várias advertências devido a fraudes.
Na tentativa de frear as irregularidades, a Fetranspor impôs um 'programa de cotas' a algumas empresas. O número de passagens pagas com o RioCard foi limitado: o que ultrapassa não é reembolsado.
Outras seis empresas estão na mira da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. Escutas telefônicas revelam a participação de diretores no esquema. Eles compravam os cartões - obtidos pelo bando pela metade do valor - e descarregavam os créditos integralmente nos seus coletivos.
Terça-feira, a Operação Fim de Linha prendeu 13 pessoas acusadas de fraudar cartões do RioCard e vales-refeição e roubar da SuperVia máquinas de recarga de cartões.
Segundo o delegado Eduardo Freitas, os responsáveis pelas empresas de ônibus citadas pelos acusados nos 'grampos' serão chamados a depor. "Há suspeita de envolvimento tanto de empresários quanto de funcionários de outros órgãos", disse o delegado. Nas escutas, acusados citam funcionários de banco, da Fetranspor, do RioCard e de empresas de vale-refeição.
Apontado como um dos líderes da quadrilha, Leomárcio Detoni, dono da viação Serra do Piloto, de Mangaratiba, é flagrado falando de seus supostos contatos nas empresas Transmil, Oriental, Blanco, Pavunense, Niturve, Feital e LM, onde, segundo a polícia, os cartões eram descarregados.
Num dos trechos gravados ele diz ter recebido R$ 4 mil de Alexandre Magno da Silva. Dono da viação Oriental, Alexandre foi executado a tiros semana passada em Santíssimo. "Não sabemos ainda se eles têm envolvimento no crime", ressaltou o delegado.
O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (RioÔnibus) informou que só vai se pronunciar ao final das investigações. A Viação Blanco afirmou que não foi procurada pela polícia e que não crê em fraudes na empresa.
Quadrilha
As investigações mostram que 14 empresas foram criadas, possivelmente para lavar o dinheiro arrecadado com a fraude. Algumas estariam em nome de Leomárcio e outras camufladas com 'laranjas'. Ontem, um desses testas de ferro confirmou à polícia que Jorge dos Reis Lima, preso na Operação Fim de Linha, usou seu nome para abrir um minimercado.
Os estabelecimentos variam entre restaurantes, mercados, açougues e outros em que se pode usar máquinas para descarregar vales-refeição e alimentação. O grupo tem até lotérica.
O negócio era lucrativo: Leomárcio, a mulher dele (Erilene Detoni, também presa) e os comparsas falam em movimentações de até R$ 500 mil. Em uma conversa, Leomárcio diz que gastará "uma merreca, uns R$ 10 mil" para dar baixa em uma firma e que faturou o mesmo em Campo Grande em um dia. O líder do esquema também comprou apartamento em Nova Iguaçu por R$ 365 mil. A filha de 18 anos de Leomárcio atuava nos negócios.
Em um dos diálogos gravados, ele dá a entender que foi extorquido por policiais civis e que pagaria pelo menos R$ 15 mil a um secretário para pôr em funcionamento linha de ônibus em Mangaratiba. A polícia diz que não confirmou envolvimento de políticos no esquema. A Prefeitura de Mangaratiba informou que, se for comprovado o envolvimento de algum secretário, vai tomar as medidas cabíveis. (TERRA)
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
COLUNA
Primeiro Plano - Ariverson Feltrin
Cai produção de ônibus
O ano de 2009 será recorde na venda de carros, porém, o mesmo não ocorrerá com o setor de carrocerias de ônibus. Os fabricantes estimam que o ano vai fechar com vendas domésticas de 21,5 mil unidades, o que, se confirmado, representará queda de 14% sobre as 25.119 unidades comercializadas em 2008. Quadro mais complicado ocorre na exportação, que deverá absorver 4,1 mil unidades, 37% menos que as 6.488 carrocerias embarcadas ano passado. Neste contexto, a produção de carrocerias de ônibus deverá encerrar este ano com 25.600 unidades, 19% de queda em relação a 2008, com 31.607 unidades fabricadas.
Os números, previstos pelo Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) permitem algumas observações. A comparação de 2009, período de franca crise mundial, está sendo feita com o exercício do ano passado, recorde de todos os tempos. Mesmo assim este ano será o terceiro melhor resultado de todos os tempos na produção de carrocerias.
O presidente do Simefre, José Antônio Fernandes Martins, lista fatores que influenciaram positiva e negativamente o desempenho do setor de carrocerias de ônibus em 2009. Destaca entre os pontos positivos a nova linha de crédito com juros menores e prazos maiores disponibilizada desde agosto aos compradores de ônibus pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Cita também como fator parcialmente positivo o Programa Caminho da Escola, incentivo à compra de ônibus escolares promovido pelos Estados do Paraná, São Paulo e governo federal.
Caminho da Escola
Na lista de pontos negativos que influenciaram o conjunto da economia e o setor de ônibus, em particular, Martins cita as incertezas com a implantação do decreto das concessões das linhas federais e internacionais, restrições às linhas de fretamento em São Paulo, exportações afetadas pela crise e valorização do real e um Programa Caminho da Escola "não desenvolvido no ritmo que se esperava".
Copa e Olimpíadas
Para 2010, o presidente do Simefre está otimista em relação ao mercado interno. Estima vendas de 25 mil carrocerias, repetindo 2008, melhor ano do setor. Para o mercado externo acredita em retração de 20% a 25% sobre o volume de 2008. Contribuem para a expectativa de crescimento de vendas internas de ônibus um crescimento de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), maior desenvolvimento do Programa Caminho da Escola e prorrogação para 2011 das licitações das linhas de ônibus federais e internacionais. É preciso destacar que 2010 é ano de eleição para presidente da República e governadores. Nesse período, frotas de ônibus normalmente costumam ser renovadas com mais vigor. Há ainda para influenciar positivamente 2010 estudos e implantação gradual de sistemas integrados de transporte urbano para melhorar a mobilidade do sistema coletivo visando a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Time de fabricantes
As carrocerias de ônibus são fabricadas pelas brasileiras Caio/Induscar, Marcopolo, Busscar, Ciferal, Neobus, Comil, Mascarello mais a espanhola Irizar. As carrocerias são montadas sobre chassis fabricados pela Mercedes-Benz, MAN/Volkswagen, Scania, Volvo, Iveco mais a brasileira Agrale. O Brasil foi em 2008 o segundo maior produtor de chassis de ônibus do mundo de acordo com a Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras. O maior fabricante brasileiro é a Mercedes, de São Bernardo. (Diário do Grande ABC)
Cai produção de ônibus
O ano de 2009 será recorde na venda de carros, porém, o mesmo não ocorrerá com o setor de carrocerias de ônibus. Os fabricantes estimam que o ano vai fechar com vendas domésticas de 21,5 mil unidades, o que, se confirmado, representará queda de 14% sobre as 25.119 unidades comercializadas em 2008. Quadro mais complicado ocorre na exportação, que deverá absorver 4,1 mil unidades, 37% menos que as 6.488 carrocerias embarcadas ano passado. Neste contexto, a produção de carrocerias de ônibus deverá encerrar este ano com 25.600 unidades, 19% de queda em relação a 2008, com 31.607 unidades fabricadas.
Os números, previstos pelo Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) permitem algumas observações. A comparação de 2009, período de franca crise mundial, está sendo feita com o exercício do ano passado, recorde de todos os tempos. Mesmo assim este ano será o terceiro melhor resultado de todos os tempos na produção de carrocerias.
O presidente do Simefre, José Antônio Fernandes Martins, lista fatores que influenciaram positiva e negativamente o desempenho do setor de carrocerias de ônibus em 2009. Destaca entre os pontos positivos a nova linha de crédito com juros menores e prazos maiores disponibilizada desde agosto aos compradores de ônibus pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Cita também como fator parcialmente positivo o Programa Caminho da Escola, incentivo à compra de ônibus escolares promovido pelos Estados do Paraná, São Paulo e governo federal.
Caminho da Escola
Na lista de pontos negativos que influenciaram o conjunto da economia e o setor de ônibus, em particular, Martins cita as incertezas com a implantação do decreto das concessões das linhas federais e internacionais, restrições às linhas de fretamento em São Paulo, exportações afetadas pela crise e valorização do real e um Programa Caminho da Escola "não desenvolvido no ritmo que se esperava".
Copa e Olimpíadas
Para 2010, o presidente do Simefre está otimista em relação ao mercado interno. Estima vendas de 25 mil carrocerias, repetindo 2008, melhor ano do setor. Para o mercado externo acredita em retração de 20% a 25% sobre o volume de 2008. Contribuem para a expectativa de crescimento de vendas internas de ônibus um crescimento de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), maior desenvolvimento do Programa Caminho da Escola e prorrogação para 2011 das licitações das linhas de ônibus federais e internacionais. É preciso destacar que 2010 é ano de eleição para presidente da República e governadores. Nesse período, frotas de ônibus normalmente costumam ser renovadas com mais vigor. Há ainda para influenciar positivamente 2010 estudos e implantação gradual de sistemas integrados de transporte urbano para melhorar a mobilidade do sistema coletivo visando a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Time de fabricantes
As carrocerias de ônibus são fabricadas pelas brasileiras Caio/Induscar, Marcopolo, Busscar, Ciferal, Neobus, Comil, Mascarello mais a espanhola Irizar. As carrocerias são montadas sobre chassis fabricados pela Mercedes-Benz, MAN/Volkswagen, Scania, Volvo, Iveco mais a brasileira Agrale. O Brasil foi em 2008 o segundo maior produtor de chassis de ônibus do mundo de acordo com a Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras. O maior fabricante brasileiro é a Mercedes, de São Bernardo. (Diário do Grande ABC)
MINAS
Cruzeiro entra na onda dos ônibus personalizados
Gazeta Press
Demorou um pouco, mas o Cruzeiro também vai aderir ao projeto Seleção Volkbus, criado pela Volkswagen Caminhões Ônibus, que fornece veículos personalizados a vários clubes do futebol brasileiro. Em regime de comodato, os ônibus transportam as delegações para os estádios e em viagens regionais.
Segundo o diretor de marketing do clube, Antônio Claret, o lançamento teve que ser adiado por conta de um acordo de patrocínio com a Fiat Automóveis, encerrado em 2008.
"O ônibus está pronto, era até para a gente já ter apresentado no final de novembro, início de dezembro, mas, em função de viagens da diretoria da Volkswagen, ficou agendado para próximo do dia 20 de janeiro. No início do ano, o ônibus do Cruzeiro vai estar rodando por Minas Gerais", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.
O espaço interno dos ônibus são planejados de acordo com os pedidos dos clubes. Alguns dispõem de áreas para reuniões da comissão técnica e até macas ou poltronas especiais para atendimento a jogadores. Todos possuem frigobar, ar condicionado, televisores com tela LCD e toaletes.
O projeto foi iniciado com o Corinthians, mas já se estendeu a Santos, Vasco da Gama, Flamengo, Internacional, Grêmio, Atlético-PR, Sport, Náutico, Goiás e Atlético-MG.
Gazeta Press
Demorou um pouco, mas o Cruzeiro também vai aderir ao projeto Seleção Volkbus, criado pela Volkswagen Caminhões Ônibus, que fornece veículos personalizados a vários clubes do futebol brasileiro. Em regime de comodato, os ônibus transportam as delegações para os estádios e em viagens regionais.
Segundo o diretor de marketing do clube, Antônio Claret, o lançamento teve que ser adiado por conta de um acordo de patrocínio com a Fiat Automóveis, encerrado em 2008.
"O ônibus está pronto, era até para a gente já ter apresentado no final de novembro, início de dezembro, mas, em função de viagens da diretoria da Volkswagen, ficou agendado para próximo do dia 20 de janeiro. No início do ano, o ônibus do Cruzeiro vai estar rodando por Minas Gerais", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.
O espaço interno dos ônibus são planejados de acordo com os pedidos dos clubes. Alguns dispõem de áreas para reuniões da comissão técnica e até macas ou poltronas especiais para atendimento a jogadores. Todos possuem frigobar, ar condicionado, televisores com tela LCD e toaletes.
O projeto foi iniciado com o Corinthians, mas já se estendeu a Santos, Vasco da Gama, Flamengo, Internacional, Grêmio, Atlético-PR, Sport, Náutico, Goiás e Atlético-MG.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
COLUNA
Ariverson Feltrin - Jogo rápido
Origem no transporte rodoviário
Além da Azul, que estreou em dezembro de 2008, as companhias aéreas que apresentaram maiores taxas de expansão de passageiros transportados em outubro (em relação ao mesmo mês do ano passado) foram a Passaredo, 128,5%, Webjet, 94,4% e a Gol, com 46,9% de expansão. Passaredo,Trip e Gol têm origem no setor de transporte rodoviário de passageiros.
Origem no transporte rodoviário
Além da Azul, que estreou em dezembro de 2008, as companhias aéreas que apresentaram maiores taxas de expansão de passageiros transportados em outubro (em relação ao mesmo mês do ano passado) foram a Passaredo, 128,5%, Webjet, 94,4% e a Gol, com 46,9% de expansão. Passaredo,Trip e Gol têm origem no setor de transporte rodoviário de passageiros.
SAO PAULO
Transporte público: Longas esperas e filas irritam usuários no Terminal Vila Prudente
Kátia Leite
Aborrecido por chegar mais um dia atrasado ao trabalho, o morador da região, Davi Samuel Mafra, escreveu à Folha para protestar contra o que definiu como "Fura-fila furado". Ele se refere ao Expresso Tiradentes – que apesar do troca-troca de nomes, continua sendo mais conhecido pelo original. A bronca do usuário é por conta dos longos intervalos dos coletivos da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado no horário de pico da manhã. Enquanto isso, dentro do Terminal Vila Prudente, uma multidão vai se aglomerando e se estressando em plena 7h30.
"A promessa desse ‘maravilhoso’ sistema era de fazer a viagem até o Centro, no máximo, em dez minutos, mas já cheguei a ficar 15 minutos apenas esperando o ônibus chegar", relata Mafra. Um dos motivos apontados por ele para tanta demora é o trajeto da linha na Vila Prudente. "Antes de acessar o terminal, os ônibus têm que passar por todo trânsito da rua Ibitirama. As pessoas vão se amontoando na fila e quando o veículo chega, fica um tempão parado para todo mundo conseguir entrar. Sai superlotado e quem está na parada seguinte, a Dianópolis, não consegue embarcar por falta de espaço. No total a minha viagem até o Ipiranga já chegou a levar 25 minutos", narra.
Dias depois, o usuário voltou a escrever para contar que além de ficar esperando, não conseguiu nem entrar no primeiro ônibus que apareceu. "Não cabia mais passageiros dentro e mais uma vez, cheguei atrasado ao trabalho. Vou começar a trabalhar com meu carro, pois não tenho opção de transporte e não vou me arriscar a perder o emprego", conclui.
O mesmo sofrimento é enfrentando por Rita de Cássia Napis, que "tenta" entrar nos ônibus da linha na Parada Dianópolis. "Vira e mexe vem lotado do terminal e poucos conseguem subir", comenta. Ela espera que a Prefeitura arranje uma solução logo.
"Quando funciona, realmente é uma ótima opção, mas, nós trabalhadores, que temos horário para bater o cartão não podemos ficar sujeitos a um sistema irregular", argumenta. Já no horário de pico da noite, a queixa recai sobre a Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário. "Todos os dias eu utilizo este ônibus entre 18h20 e 19h, e o período de espera é de no mínimo 30 minutos, chegando até a 50. Quando chega, a fila está gigantesca e o veículo sai lotado", afirma Mônica Tolozana Silva. "Já cansei de reclamar no 156, me dão números de protocolos e quando cobro uma posição, ouço que está em análise. No terminal também não há fiscal para dar satisfação às pessoas. O valor da passagem que pagamos é um absurdo pela má qualidade do transporte na Zona Leste", completa.
O que diz (ou não) a SPTrans
Sobre as reclamações da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado, a São Paulo Transportes (SPTrans) admitiu que houve falha no sistema, mas, garantiu que já estão sendo adotadas medidas para solucionar os problemas apontados. Com relação ao trânsito da rua Ibitirama, há um trabalho conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) das 6h às 8h30 para melhorar a fluidez, que consiste na realização de ajustes nos semáforos, proibição de estacionamento de carros particulares e orientações aos motoristas dos coletivos.
...situação semelhante a da Parada Dianópolis
Foi informado ainda que essa linha circulava com oito carros e intervalos entre partidas de sete minutos, porém, agora passou a operar com 12 veículos no horário de pico, reduzindo os intervalos de partida para quatro minutos. Por fim, foi esclarecido ainda que o tempo não estava sendo cumprido por conta de obras de manutenção no corredor encerradas em meados de outubro e por causa do trânsito na Ibitirama. Com as ações já adotadas e a presença de fiscais no terminal, organizando filas e orientando passageiros e funcionários, a SPTrans espera melhorar o tempo de viagem.
Em relação à queixa da Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário, a reportagem questionou a SPTrans no dia 16 de novembro, mas, até o fechamento desta matéria não obteve retorno. (FOLHA DA VILA PRUDENTE)
Kátia Leite
Aborrecido por chegar mais um dia atrasado ao trabalho, o morador da região, Davi Samuel Mafra, escreveu à Folha para protestar contra o que definiu como "Fura-fila furado". Ele se refere ao Expresso Tiradentes – que apesar do troca-troca de nomes, continua sendo mais conhecido pelo original. A bronca do usuário é por conta dos longos intervalos dos coletivos da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado no horário de pico da manhã. Enquanto isso, dentro do Terminal Vila Prudente, uma multidão vai se aglomerando e se estressando em plena 7h30.
"A promessa desse ‘maravilhoso’ sistema era de fazer a viagem até o Centro, no máximo, em dez minutos, mas já cheguei a ficar 15 minutos apenas esperando o ônibus chegar", relata Mafra. Um dos motivos apontados por ele para tanta demora é o trajeto da linha na Vila Prudente. "Antes de acessar o terminal, os ônibus têm que passar por todo trânsito da rua Ibitirama. As pessoas vão se amontoando na fila e quando o veículo chega, fica um tempão parado para todo mundo conseguir entrar. Sai superlotado e quem está na parada seguinte, a Dianópolis, não consegue embarcar por falta de espaço. No total a minha viagem até o Ipiranga já chegou a levar 25 minutos", narra.
Dias depois, o usuário voltou a escrever para contar que além de ficar esperando, não conseguiu nem entrar no primeiro ônibus que apareceu. "Não cabia mais passageiros dentro e mais uma vez, cheguei atrasado ao trabalho. Vou começar a trabalhar com meu carro, pois não tenho opção de transporte e não vou me arriscar a perder o emprego", conclui.
O mesmo sofrimento é enfrentando por Rita de Cássia Napis, que "tenta" entrar nos ônibus da linha na Parada Dianópolis. "Vira e mexe vem lotado do terminal e poucos conseguem subir", comenta. Ela espera que a Prefeitura arranje uma solução logo.
"Quando funciona, realmente é uma ótima opção, mas, nós trabalhadores, que temos horário para bater o cartão não podemos ficar sujeitos a um sistema irregular", argumenta. Já no horário de pico da noite, a queixa recai sobre a Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário. "Todos os dias eu utilizo este ônibus entre 18h20 e 19h, e o período de espera é de no mínimo 30 minutos, chegando até a 50. Quando chega, a fila está gigantesca e o veículo sai lotado", afirma Mônica Tolozana Silva. "Já cansei de reclamar no 156, me dão números de protocolos e quando cobro uma posição, ouço que está em análise. No terminal também não há fiscal para dar satisfação às pessoas. O valor da passagem que pagamos é um absurdo pela má qualidade do transporte na Zona Leste", completa.
O que diz (ou não) a SPTrans
Sobre as reclamações da Linha 5109 Terminal Vila Prudente/Terminal Mercado, a São Paulo Transportes (SPTrans) admitiu que houve falha no sistema, mas, garantiu que já estão sendo adotadas medidas para solucionar os problemas apontados. Com relação ao trânsito da rua Ibitirama, há um trabalho conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) das 6h às 8h30 para melhorar a fluidez, que consiste na realização de ajustes nos semáforos, proibição de estacionamento de carros particulares e orientações aos motoristas dos coletivos.
...situação semelhante a da Parada Dianópolis
Foi informado ainda que essa linha circulava com oito carros e intervalos entre partidas de sete minutos, porém, agora passou a operar com 12 veículos no horário de pico, reduzindo os intervalos de partida para quatro minutos. Por fim, foi esclarecido ainda que o tempo não estava sendo cumprido por conta de obras de manutenção no corredor encerradas em meados de outubro e por causa do trânsito na Ibitirama. Com as ações já adotadas e a presença de fiscais no terminal, organizando filas e orientando passageiros e funcionários, a SPTrans espera melhorar o tempo de viagem.
Em relação à queixa da Linha 3021 Terminal Vila Prudente/Parque Bancário, a reportagem questionou a SPTrans no dia 16 de novembro, mas, até o fechamento desta matéria não obteve retorno. (FOLHA DA VILA PRUDENTE)
EMPRESA
MARCOPOLO CONQUISTA PRÊMIO DE MELHOR FABRICANTE DE CARROCERIA DE ÔNIBUS
A Marcopolo foi eleita a melhor fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil. Em cerimônia realizada no último dia 24, em São Paulo, a empresa recebeu o Prêmio AutoData - Os Melhores do Setor Automotivo 2009, na categoria Fabricante de Carroceria de Ônibus. Os destaques da conquista foram a ampliação das atividades no exterior e o contínuo crescimento no mercado brasileiro.
O troféu foi recebido por Paulo Bellini, presidente do Conselho de Administração da Marcopolo, acompanhado pelo diretor Valter Gomes Pinto. "Para nós, da Marcopolo, o prêmio representa o reconhecimento de todos ligados ao setor automotivo pelos esforços para continuarmos crescendo no Brasil e no exterior e, também, estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes", comentou Paulo Bellini.
Em dez edições realizadas do Prêmio AutoData, a Marcopolo foi a vencedora em nove ocasiões - 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2007, 2008 e 2009. Além disso, foi eleita três vezes a Empresa do Ano e recebeu o Tributo AutoData - 2000, 2002 e 2004.
O Prêmio AutoData, entregue pela AutoData Editora, conceituada instituição jornalística do setor automotivo brasileiro, é um reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor automotivo brasileiro que mais se destacaram ao longo do ano na busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade. Os jornalistas da AutoData Editora escolhem os principais casos empresariais, produtos e executivos em cada uma das categorias e a votação final é feita pelos leitores da Revista AutoData, assinantes da Agência AutoData de Notícias e participantes do seminário Perspectivas, realizado no segundo semestre de cada ano.
shoptrans
A Marcopolo foi eleita a melhor fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil. Em cerimônia realizada no último dia 24, em São Paulo, a empresa recebeu o Prêmio AutoData - Os Melhores do Setor Automotivo 2009, na categoria Fabricante de Carroceria de Ônibus. Os destaques da conquista foram a ampliação das atividades no exterior e o contínuo crescimento no mercado brasileiro.
O troféu foi recebido por Paulo Bellini, presidente do Conselho de Administração da Marcopolo, acompanhado pelo diretor Valter Gomes Pinto. "Para nós, da Marcopolo, o prêmio representa o reconhecimento de todos ligados ao setor automotivo pelos esforços para continuarmos crescendo no Brasil e no exterior e, também, estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes", comentou Paulo Bellini.
Em dez edições realizadas do Prêmio AutoData, a Marcopolo foi a vencedora em nove ocasiões - 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2006, 2007, 2008 e 2009. Além disso, foi eleita três vezes a Empresa do Ano e recebeu o Tributo AutoData - 2000, 2002 e 2004.
O Prêmio AutoData, entregue pela AutoData Editora, conceituada instituição jornalística do setor automotivo brasileiro, é um reconhecimento às empresas, produtos e profissionais do setor automotivo brasileiro que mais se destacaram ao longo do ano na busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade. Os jornalistas da AutoData Editora escolhem os principais casos empresariais, produtos e executivos em cada uma das categorias e a votação final é feita pelos leitores da Revista AutoData, assinantes da Agência AutoData de Notícias e participantes do seminário Perspectivas, realizado no segundo semestre de cada ano.
shoptrans
MINAS
Frota nova de ônibus em Betim
Graziela Reis e Carolina Lenoir
Os ônibus de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terão uma cara nova no ano que vem. A partir de fevereiro, cerca de 60% da frota será trocada. Serão substituídos 60 dos 101 veículos hoje em circulação. O investimento para a troca pode chegar perto dos R$ 13 milhões. Dos ônibus novos, 40 serão zero-quilômetro e os outros 20, de 2004, bem melhores do que estão à disposição do TRANSPORTE público da cidade.
Segundo o presidente da Transbetim, Eduardo Lucas, até a pintura dos ônibus vai ser modificada. E ele comemora o fato de que a cidade, finalmente, vai passar a contar com veículos com elevadores para portadores de necessidades especiais. Pelo menos os 40 ônibus zerados já vão ser entregues com o equipamento. "Até então, não tínhamos nenhum", afirma. Ele diz ainda que tambem era uma preocupação a degradação dos veículos na cidade, pois cerca de 30% já têm quase 13 anos, limite estipulado para a troca em contrato com a prefeitura. "O sistema de TRANSPORTE que opera em Betim é o mesmo há nove anos, época em que havia 200 mil habitantes a menos na cidade", explica.
O diretor da Santa Edwiges, empresa que venceu a licitação para exploração do serviço em Betim, Joel Jorge Paschoalin, confirma que a substituição já está prevista. "E vai haver uma renovação até maior do que o estipulado. Vai atender melhor o usuário", conta. Segundo ele, os ônibus novos vão ter uma ACESSIBILIDADE bem melhor. Além dos elevadores para cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais, os veículos terão uma sinalização mais adequada, nas escadas, por exemplo.
O diretor de TRANSPORTE e Trânsito da Transbetim, Artur José Dias de Abreu, conta que, de acordo com o com o edital de licitação, a previsão era de que apenas 30% dos ônibus fossem trocados em fevereiro. A substituição maior da frota vai trazer mais vantagens aos usuários.
A dona de casa Ivanice Gomes Ferreira, de 39 anos, diz que os ônibus convencionais são velhos e pouco confortáveis. "E não são dos mais seguros. Noutro dia mesmo, um deles estragou e tivemos de descer para trocar", conta. Ela observa que os pneus estão carecas, o que aumenta o risco de acidentes. Ela acredita que já passou da hora de substituir parte da frota por ônibus mais novos. O montador de andaime Adão dos Santos, de 51,, acha o TRANSPORTE público na cidade razoável". "Não é o melhor, mas não acho que é o pior", pondera.
BILHETAGEM Depois de um debate acalorado, representantes da Transbetim, da Viação Santa Edwiges, das cooperativas de TRANSPORTE alternativo, da Câmara Municipal e da Prefeitura de Betim decidiram ontem marcar, para 1º de dezembro, a assinatura do contrato de instalação em micro-ônibus do sistema de bilhetagem eletrônica, hoje disponível apenas em coletivos municipais convencionais. Os permissionários não estão satisfeitos com o atraso na implantação do sistema. O prazo é até 31 de dezembro, mas a própria Transbetim admite que, com o impasse nas negociações, não será possível terminar o processo este ano.
(NTU / ESTADO DE MINAS - MG)
Graziela Reis e Carolina Lenoir
Os ônibus de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terão uma cara nova no ano que vem. A partir de fevereiro, cerca de 60% da frota será trocada. Serão substituídos 60 dos 101 veículos hoje em circulação. O investimento para a troca pode chegar perto dos R$ 13 milhões. Dos ônibus novos, 40 serão zero-quilômetro e os outros 20, de 2004, bem melhores do que estão à disposição do TRANSPORTE público da cidade.
Segundo o presidente da Transbetim, Eduardo Lucas, até a pintura dos ônibus vai ser modificada. E ele comemora o fato de que a cidade, finalmente, vai passar a contar com veículos com elevadores para portadores de necessidades especiais. Pelo menos os 40 ônibus zerados já vão ser entregues com o equipamento. "Até então, não tínhamos nenhum", afirma. Ele diz ainda que tambem era uma preocupação a degradação dos veículos na cidade, pois cerca de 30% já têm quase 13 anos, limite estipulado para a troca em contrato com a prefeitura. "O sistema de TRANSPORTE que opera em Betim é o mesmo há nove anos, época em que havia 200 mil habitantes a menos na cidade", explica.
O diretor da Santa Edwiges, empresa que venceu a licitação para exploração do serviço em Betim, Joel Jorge Paschoalin, confirma que a substituição já está prevista. "E vai haver uma renovação até maior do que o estipulado. Vai atender melhor o usuário", conta. Segundo ele, os ônibus novos vão ter uma ACESSIBILIDADE bem melhor. Além dos elevadores para cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais, os veículos terão uma sinalização mais adequada, nas escadas, por exemplo.
O diretor de TRANSPORTE e Trânsito da Transbetim, Artur José Dias de Abreu, conta que, de acordo com o com o edital de licitação, a previsão era de que apenas 30% dos ônibus fossem trocados em fevereiro. A substituição maior da frota vai trazer mais vantagens aos usuários.
A dona de casa Ivanice Gomes Ferreira, de 39 anos, diz que os ônibus convencionais são velhos e pouco confortáveis. "E não são dos mais seguros. Noutro dia mesmo, um deles estragou e tivemos de descer para trocar", conta. Ela observa que os pneus estão carecas, o que aumenta o risco de acidentes. Ela acredita que já passou da hora de substituir parte da frota por ônibus mais novos. O montador de andaime Adão dos Santos, de 51,, acha o TRANSPORTE público na cidade razoável". "Não é o melhor, mas não acho que é o pior", pondera.
BILHETAGEM Depois de um debate acalorado, representantes da Transbetim, da Viação Santa Edwiges, das cooperativas de TRANSPORTE alternativo, da Câmara Municipal e da Prefeitura de Betim decidiram ontem marcar, para 1º de dezembro, a assinatura do contrato de instalação em micro-ônibus do sistema de bilhetagem eletrônica, hoje disponível apenas em coletivos municipais convencionais. Os permissionários não estão satisfeitos com o atraso na implantação do sistema. O prazo é até 31 de dezembro, mas a própria Transbetim admite que, com o impasse nas negociações, não será possível terminar o processo este ano.
(NTU / ESTADO DE MINAS - MG)
BRASIL
ANTT quer que empresas renovem frotas de ônibus
BRASÍLIA - Na transição para o novo sistema de transporte interestadual de passageiros - chamado de Propass -, a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) está estudando exigir que as empresas concessionárias façam a renovação de sua frota de ônibus. Isso seria feito através dos contratos das concessões. Se a exigência se concretizar, a partir do momento da licitação - que deve ocorrer em 2011 - nenhum ônibus com mais de dez anos de operação poderá continuar sendo utilizado pelas concessionárias.
Depois de finalizar os estudos, a agência vai elaborar o plano de outorga que será enviado ao Ministério dos Transportes, onde será tomada a decisão final. Na situação atual, com as empresas operando por autorização especial, não há amparo jurídico para que se faça essa exigência. Qualquer ônibus que esteja em condições de circular, independentemente do tempo de operação, pode ser utilizado pelas empresas.
A ANTT também pretende exigir que toda a frota de ônibus de uma empresa opere dentro de uma faixa de idade média. Isso significa que as empresas terão ônibus com tempo de operação variado. Os mais antigos serão substituídos por veículos novos. A média ideal ainda está sendo estudada pela agência.
Segundo Sônia Rodrigues Haddad, superintendente do serviço de transporte de passageiros, " isso fará com que a empresa esteja sempre renovando a sua frota, sem que tenha que trocar uma grande parte dela de uma só vez. " Ela disse também que as concessionárias terão um prazo para adequarem sua frota às exigências. Terão, porém, que apresentar um plano de renovação de seus veículos desde o primeiro momento.
Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT, disse que a agência está ampliando seu foco de atuação. Ele afirma que, a partir de agora, " além de buscar a estabilidade dos contratos e concessões, vamos também nos preocupar em garantir que o serviço concessionado atenda adequadamente o passageiro " .
Figueiredo explica que, para isso, além de ter um bom contrato, " será necessário instrumentalizar os serviços adequadamente " . Na licitação de transporte de passageiros, por exemplo, será exigido no contrato que as empresas instalem nos ônibus instrumentos de monitoramento. Serão coletados desde dados sobre a posição geográfica dos veículos até o registro de ocorrências, o que possibilita saber o horário de início de todas as viagens.
Nesse sentido, a ANTT também planeja implementar o que chama de rodovia inteligente, na qual será exigida, no contrato de concessão, a instalação de equipamentos de monitoramento nas vias. Figueiredo garantiu também estar discutindo a repactuação dos contratos para a implementação dos instrumentos em concessões já existentes.
Sônia Haddad ressalta que " além da estabilidade jurídica que a licitação do transporte de passageiros trará, outro ganho será o aumento de competitividade entre empresas " . Ela informou que hoje apenas 10,4% das linhas de ônibus possuem mais do que uma empresa operando. Na transição para o Propass a ANTT tem como meta aumentar essa porcentagem para 32,3%.
(Paulo Victor Braga | Valor Econômico)
BRASÍLIA - Na transição para o novo sistema de transporte interestadual de passageiros - chamado de Propass -, a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) está estudando exigir que as empresas concessionárias façam a renovação de sua frota de ônibus. Isso seria feito através dos contratos das concessões. Se a exigência se concretizar, a partir do momento da licitação - que deve ocorrer em 2011 - nenhum ônibus com mais de dez anos de operação poderá continuar sendo utilizado pelas concessionárias.
Depois de finalizar os estudos, a agência vai elaborar o plano de outorga que será enviado ao Ministério dos Transportes, onde será tomada a decisão final. Na situação atual, com as empresas operando por autorização especial, não há amparo jurídico para que se faça essa exigência. Qualquer ônibus que esteja em condições de circular, independentemente do tempo de operação, pode ser utilizado pelas empresas.
A ANTT também pretende exigir que toda a frota de ônibus de uma empresa opere dentro de uma faixa de idade média. Isso significa que as empresas terão ônibus com tempo de operação variado. Os mais antigos serão substituídos por veículos novos. A média ideal ainda está sendo estudada pela agência.
Segundo Sônia Rodrigues Haddad, superintendente do serviço de transporte de passageiros, " isso fará com que a empresa esteja sempre renovando a sua frota, sem que tenha que trocar uma grande parte dela de uma só vez. " Ela disse também que as concessionárias terão um prazo para adequarem sua frota às exigências. Terão, porém, que apresentar um plano de renovação de seus veículos desde o primeiro momento.
Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT, disse que a agência está ampliando seu foco de atuação. Ele afirma que, a partir de agora, " além de buscar a estabilidade dos contratos e concessões, vamos também nos preocupar em garantir que o serviço concessionado atenda adequadamente o passageiro " .
Figueiredo explica que, para isso, além de ter um bom contrato, " será necessário instrumentalizar os serviços adequadamente " . Na licitação de transporte de passageiros, por exemplo, será exigido no contrato que as empresas instalem nos ônibus instrumentos de monitoramento. Serão coletados desde dados sobre a posição geográfica dos veículos até o registro de ocorrências, o que possibilita saber o horário de início de todas as viagens.
Nesse sentido, a ANTT também planeja implementar o que chama de rodovia inteligente, na qual será exigida, no contrato de concessão, a instalação de equipamentos de monitoramento nas vias. Figueiredo garantiu também estar discutindo a repactuação dos contratos para a implementação dos instrumentos em concessões já existentes.
Sônia Haddad ressalta que " além da estabilidade jurídica que a licitação do transporte de passageiros trará, outro ganho será o aumento de competitividade entre empresas " . Ela informou que hoje apenas 10,4% das linhas de ônibus possuem mais do que uma empresa operando. Na transição para o Propass a ANTT tem como meta aumentar essa porcentagem para 32,3%.
(Paulo Victor Braga | Valor Econômico)
BRASIL
ANTT fiscaliza excesso de peso em ônibus nas rodovias federais
Os ônibus de linhas interestaduais que trafegam com excesso de peso estão na mira da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Com esse objetivo, a agência iniciou nesta segunda-feira uma operação de fiscalização, ainda em caráter educativo, contra as empresas que circulam pelas rodovias federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Os fiscais da ANTT e homens da Polícia Rodoviária Federal estão em pontos estratégicos das rodovias fazendo a pesagem dos veículos. A Resolução 1432/06 da ANTT determina um limite máximo de 30 quilos de bagagem por passageiro no porta-malas e 5 quilos de bagagem de mão.
O passageiro que transportar bagagem além do limite de peso estabelecido pela ANTT pagará por quilograma até 0,5% do preço da passagem.
As empresas de transporte podem negociar diretamente com os passageiros a franquia de peso total e o volume máximo de bagagem, desde que seja respeitado o peso bruto total máximo permitido ao veículo. (Diário do Grande ABC)
Os ônibus de linhas interestaduais que trafegam com excesso de peso estão na mira da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Com esse objetivo, a agência iniciou nesta segunda-feira uma operação de fiscalização, ainda em caráter educativo, contra as empresas que circulam pelas rodovias federais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Os fiscais da ANTT e homens da Polícia Rodoviária Federal estão em pontos estratégicos das rodovias fazendo a pesagem dos veículos. A Resolução 1432/06 da ANTT determina um limite máximo de 30 quilos de bagagem por passageiro no porta-malas e 5 quilos de bagagem de mão.
O passageiro que transportar bagagem além do limite de peso estabelecido pela ANTT pagará por quilograma até 0,5% do preço da passagem.
As empresas de transporte podem negociar diretamente com os passageiros a franquia de peso total e o volume máximo de bagagem, desde que seja respeitado o peso bruto total máximo permitido ao veículo. (Diário do Grande ABC)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
COLUNISTA
Ariverson Feltrin - Jogo Rápido
Licitação adiada
O sistema de ônibus de linhas interestaduais e internacionais teve a licitação das concessões adiada para 2011, segundo comunicado divulgado semana passada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A licitação, que deveria acontecer em junho, teve dados e alguns dos critérios contestados pela Abrati, a entidade empresarial que reúne as empresas do setor. A ANTT, diante dos apelos, resolveu montar novo cronograma de trabalho que consiste numa pesquisa operacional a ser feita a contar deste mês até abril de 2010. A seguir virá uma etapa de audiências públicas e, num próximo passo, acontecerá a divulgação dos editais, prevista para novembro de 2010. O leilão está agendado para março de 2011.
Melhor mês de vendas
O adiamento das licitações das concessões de ônibus interestaduais trouxe alívio para os fornecedores de chassis e carrocerias para ônibus que viram cair drasticamente suas vendas. Com a reprogramação da concorrência, a Scania, com produtos direcionados para percursos de médias e longas distâncias, teve em outubro o melhor mês de vendas em 2009. (Diário do Grande ABC)
Licitação adiada
O sistema de ônibus de linhas interestaduais e internacionais teve a licitação das concessões adiada para 2011, segundo comunicado divulgado semana passada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A licitação, que deveria acontecer em junho, teve dados e alguns dos critérios contestados pela Abrati, a entidade empresarial que reúne as empresas do setor. A ANTT, diante dos apelos, resolveu montar novo cronograma de trabalho que consiste numa pesquisa operacional a ser feita a contar deste mês até abril de 2010. A seguir virá uma etapa de audiências públicas e, num próximo passo, acontecerá a divulgação dos editais, prevista para novembro de 2010. O leilão está agendado para março de 2011.
Melhor mês de vendas
O adiamento das licitações das concessões de ônibus interestaduais trouxe alívio para os fornecedores de chassis e carrocerias para ônibus que viram cair drasticamente suas vendas. Com a reprogramação da concorrência, a Scania, com produtos direcionados para percursos de médias e longas distâncias, teve em outubro o melhor mês de vendas em 2009. (Diário do Grande ABC)
BRASIL
ANTT prorroga até 2011 licenças para ônibus
Agência admite erros para fazer licitação para linhas interestaduais
João Domingos
A Agência Nacional de TRANSPORTES Terrestres (ANTT) prorrogou de dezembro deste ano para 31 de dezembro de 2011 a autorização especial para que as 244 empresas de TRANSPORTES de PASSAGEIROS que dividem 2.535 linhas interestaduais e 93 linhas internacionais possam continuar operando na legalidade. A ANTT marcou ainda para o período de março a maio de 2011 a licitação para a exploração das linhas pelos próximos 15 anos.
Essa foi a solução encontrada pela agência, Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU) para cumprir exigência constitucional de licitar as linhas do TRANSPORTE de PASSAGEIROS, sem a paralisação do setor, haja vista que todas as outorgas venceram em outubro do ano passado. Como a ANTT não conseguiu preparar a licitação a tempo, o jeito foi conceder às empresas a autorização especial de funcionamento, agora prorrogada.
O diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, admitiu que a agência foi omissa. "A inércia da agência gerou uma desconfiança no mercado, que passou a acreditar que não haveria licitação e, sim, prorrogação. Sem o processo licitatório, a agência perdeu credibilidade, pois não fez o dever de casa", disse ele. Pressionada pelo MP e pelo TCU, a ANTT correu para fazer a licitação, mas os dados que recebeu das empresas foram considerados insatisfatórios. Agora, a ANTT contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP para levantar os dados referentes ao número de ônibus e PASSAGEIROS que circulam nas linhas e o valor arrecado com as passagens.
Depois, os dados serão levados ao TCU. Em seguida, a ANTT lançará o edital de licitação e dará tempo para a consulta pública. Em 2011, entre março e maio, fará a licitação. De junho a dezembro será o tempo para a transição entre um sistema ? que, criado pelas próprias empresas, nunca passou por licitação ? para um outro, a ser montado à base da concorrência pelo menor preço e pela qualificação das empresas, uma exigência da Associação Brasileira das Empresas de TRANSPORTE Terrestre de PASSAGEIROS (Abrati). Figueiredo disse que tudo leva a crer que as empresas que já operam o sistema serão as vencedoras, pois têm infraestrutura e conhecem o mercado. O prazo da concessão das linhas a partir da licitação será de 15 anos. (O ESTADO DE S. PAULO - SP)
Agência admite erros para fazer licitação para linhas interestaduais
João Domingos
A Agência Nacional de TRANSPORTES Terrestres (ANTT) prorrogou de dezembro deste ano para 31 de dezembro de 2011 a autorização especial para que as 244 empresas de TRANSPORTES de PASSAGEIROS que dividem 2.535 linhas interestaduais e 93 linhas internacionais possam continuar operando na legalidade. A ANTT marcou ainda para o período de março a maio de 2011 a licitação para a exploração das linhas pelos próximos 15 anos.
Essa foi a solução encontrada pela agência, Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU) para cumprir exigência constitucional de licitar as linhas do TRANSPORTE de PASSAGEIROS, sem a paralisação do setor, haja vista que todas as outorgas venceram em outubro do ano passado. Como a ANTT não conseguiu preparar a licitação a tempo, o jeito foi conceder às empresas a autorização especial de funcionamento, agora prorrogada.
O diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, admitiu que a agência foi omissa. "A inércia da agência gerou uma desconfiança no mercado, que passou a acreditar que não haveria licitação e, sim, prorrogação. Sem o processo licitatório, a agência perdeu credibilidade, pois não fez o dever de casa", disse ele. Pressionada pelo MP e pelo TCU, a ANTT correu para fazer a licitação, mas os dados que recebeu das empresas foram considerados insatisfatórios. Agora, a ANTT contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP para levantar os dados referentes ao número de ônibus e PASSAGEIROS que circulam nas linhas e o valor arrecado com as passagens.
Depois, os dados serão levados ao TCU. Em seguida, a ANTT lançará o edital de licitação e dará tempo para a consulta pública. Em 2011, entre março e maio, fará a licitação. De junho a dezembro será o tempo para a transição entre um sistema ? que, criado pelas próprias empresas, nunca passou por licitação ? para um outro, a ser montado à base da concorrência pelo menor preço e pela qualificação das empresas, uma exigência da Associação Brasileira das Empresas de TRANSPORTE Terrestre de PASSAGEIROS (Abrati). Figueiredo disse que tudo leva a crer que as empresas que já operam o sistema serão as vencedoras, pois têm infraestrutura e conhecem o mercado. O prazo da concessão das linhas a partir da licitação será de 15 anos. (O ESTADO DE S. PAULO - SP)
RIO DE JANEIRO
Corredores prometem revolucionar o trânsito
O Globo
As obras para implantação de dois corredores de ônibus expressos (Bus Rapid Transit, ou BRT) começam na Barra, no Recreio e em Madureira no primeiro semestre de 2010. Os bairros vão virar canteiros de obras com a construção de pontes, mergulhões e viadutos, necessários para a implantação da novidade. A licitação para o primeiro corredor (T5), que vai ligar a Barra à Penha e foi anunciado como uma das promessas para as Olimpíadas de 2016, será realizada no mês que vem, provavelmente no dia 9. Imóveis comerciais e residenciais ao longo do trajeto terão que ser desapropriados, como informa a repórter Maria Elisa Alves, em matéria publicada este domingo no Globo.
Em janeiro, o prefeito Eduardo Paes licitará outro BRT, o TransOeste, que terá 38,5km de extensão, entre a Barra e Guaratiba, e conexões para vários bairros da Zona Oeste, como Santa Cruz e Campo Grande. Esta obra implicará a abertura do Túnel da Grota Funda, com 1.104 metros de extensão. A previsão é que as duas iniciativas diminuam a quantidade de linhas de ônibus existentes e reduzam o tempo de viagem - de 96 minutos para 47 no caso do T5, e de duas horas para uma, na ligação Santa Cruz-Barra. A frota dos BRTs será movida a biodiesel, diminuindo também a poluição ambiental. Ao longo do T5, rebatizado pelo prefeito de TransCarioca, haverá ainda ciclofaixas e estações com bicicletários.
- Não tem nada mais terrível do que ser cidadão e ter que se utilizar do transporte público no Rio. E essa desordem afeta objetivamente também quem anda de carro. Você faz o TransOeste e troca milhares de ônibus que saem da Zona Oeste e vão se integrar num só. Vão deixar de ser 500 ônibus saindo da Zona Oeste para Copacabana - diz Paes.
A Secretaria municipal de Transportes já sabe como reordenar as linhas que circularão no TransCarioca e atenderão também a área onde haverá eventos olímpicos. Para que o BRT funcione, a prefeitura vai construir o Mergulhão Cidade da Música, no cruzamento das Avenidas Ayrton Senna e das Américas, próximo ao Terminal Alvorada, e um viaduto de 876 metros ligando a Ayrton Senna até a Avenida Embaixador Abelardo Bueno, por cima da Lagoa de Jacarepaguá.
O Globo
As obras para implantação de dois corredores de ônibus expressos (Bus Rapid Transit, ou BRT) começam na Barra, no Recreio e em Madureira no primeiro semestre de 2010. Os bairros vão virar canteiros de obras com a construção de pontes, mergulhões e viadutos, necessários para a implantação da novidade. A licitação para o primeiro corredor (T5), que vai ligar a Barra à Penha e foi anunciado como uma das promessas para as Olimpíadas de 2016, será realizada no mês que vem, provavelmente no dia 9. Imóveis comerciais e residenciais ao longo do trajeto terão que ser desapropriados, como informa a repórter Maria Elisa Alves, em matéria publicada este domingo no Globo.
Em janeiro, o prefeito Eduardo Paes licitará outro BRT, o TransOeste, que terá 38,5km de extensão, entre a Barra e Guaratiba, e conexões para vários bairros da Zona Oeste, como Santa Cruz e Campo Grande. Esta obra implicará a abertura do Túnel da Grota Funda, com 1.104 metros de extensão. A previsão é que as duas iniciativas diminuam a quantidade de linhas de ônibus existentes e reduzam o tempo de viagem - de 96 minutos para 47 no caso do T5, e de duas horas para uma, na ligação Santa Cruz-Barra. A frota dos BRTs será movida a biodiesel, diminuindo também a poluição ambiental. Ao longo do T5, rebatizado pelo prefeito de TransCarioca, haverá ainda ciclofaixas e estações com bicicletários.
- Não tem nada mais terrível do que ser cidadão e ter que se utilizar do transporte público no Rio. E essa desordem afeta objetivamente também quem anda de carro. Você faz o TransOeste e troca milhares de ônibus que saem da Zona Oeste e vão se integrar num só. Vão deixar de ser 500 ônibus saindo da Zona Oeste para Copacabana - diz Paes.
A Secretaria municipal de Transportes já sabe como reordenar as linhas que circularão no TransCarioca e atenderão também a área onde haverá eventos olímpicos. Para que o BRT funcione, a prefeitura vai construir o Mergulhão Cidade da Música, no cruzamento das Avenidas Ayrton Senna e das Américas, próximo ao Terminal Alvorada, e um viaduto de 876 metros ligando a Ayrton Senna até a Avenida Embaixador Abelardo Bueno, por cima da Lagoa de Jacarepaguá.
RIO DE JANEIRO
Prefeito do Rio quer Padronizar Pinturas
Escrito por Ricardo Gomes
PADRONIZAÇÃO DE PINTURAS-Um decreto do prefeito do Rio, Eduardo Paes, publicado ontem no Diário Oficial do Município, estabelece um prazdo de 60 dias para um estudo de elaboração para uma indentidade visual padrão em todos os ônibus da frota municipal.
Segue abaixo o decreto Publicado.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,
DECRETA:
Art. 1º. Fica estabelecido o prazo de 60 dias para que a Secretaria Municipal de Transportes – SMTR apresente plano de uniformização das cores dos veículos que compõem a frota do sistema de transporte público de passageiros por ônibus no Município do Rio de Janeiro.
Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2009; 445º da Fundação da Cidade.
EDUARDO PAES
A publicação do decreto deu início há um grande debate na cidade entre empresários, pesquisadores em transporte e sindicatos de rodoviários do Estado do Rio de Janeiro. Para alguns empresários de transportes e desings consultados pela Revista do Ônibus, o decreto trata-se de uma imposição do governo que irá gerar além de custos altos na troca da identidade visual de toda a frota urbana da cidade, uma verdadeira confusão para os passageiros, já que muitos identificam com muita facilidade as empresas de ônibus nos dias atuais.
A Revista do Ônibus que defende o transporte de passageiros cada vez mais integrado, repudia totalmente a decisão do governo municipal na tentativa de acabar com os projetos visuais das empresas da cidade do Rio de Janeiro, um dos locais do país que é considerado cidade com maior diversidade de pinturas de ônibus.
Fonte: Revista do Onibus
Escrito por Ricardo Gomes
PADRONIZAÇÃO DE PINTURAS-Um decreto do prefeito do Rio, Eduardo Paes, publicado ontem no Diário Oficial do Município, estabelece um prazdo de 60 dias para um estudo de elaboração para uma indentidade visual padrão em todos os ônibus da frota municipal.
Segue abaixo o decreto Publicado.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,
DECRETA:
Art. 1º. Fica estabelecido o prazo de 60 dias para que a Secretaria Municipal de Transportes – SMTR apresente plano de uniformização das cores dos veículos que compõem a frota do sistema de transporte público de passageiros por ônibus no Município do Rio de Janeiro.
Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2009; 445º da Fundação da Cidade.
EDUARDO PAES
A publicação do decreto deu início há um grande debate na cidade entre empresários, pesquisadores em transporte e sindicatos de rodoviários do Estado do Rio de Janeiro. Para alguns empresários de transportes e desings consultados pela Revista do Ônibus, o decreto trata-se de uma imposição do governo que irá gerar além de custos altos na troca da identidade visual de toda a frota urbana da cidade, uma verdadeira confusão para os passageiros, já que muitos identificam com muita facilidade as empresas de ônibus nos dias atuais.
A Revista do Ônibus que defende o transporte de passageiros cada vez mais integrado, repudia totalmente a decisão do governo municipal na tentativa de acabar com os projetos visuais das empresas da cidade do Rio de Janeiro, um dos locais do país que é considerado cidade com maior diversidade de pinturas de ônibus.
Fonte: Revista do Onibus
INFO
Os ônibus na mira do blog
Promotor reúne denúncias e reclamações em site e página no Twitter
Por Maria Paola de Salvo
Boa parte dos blogueiros abre sua caixa de comentários à procura de elogios e mensagens de apoio. Não é o caso do promotor de Justiça Saad Mazloum, do Ministério Público do Es¬¬tado de São Paulo. Autor do Blog do Ôni¬¬bus (www.onibus.blog.br), ele está atrás de reclamações. ' Busco toda e qualquer informação sobre o transporte público da cidade ', afirma ele. Em maio, Mazloum instaurou um inquérito civil para apurar uma denúncia do vendedor Moisés de Araújo, que se queixava de superlotação na linha 8594-0 (Cidade D’Abril-Praça Ramos). Foi a campo investigar o caso e descobriu problemas em todo o sistema. ' Dois dias depois, pus o blog no ar para falar diretamente com a população ', conta o promotor, que não costuma andar de ônibus. Atualizado quase que diariamente, o site é o único do Ministério Público criado exclusivamente para fins investigativos. Há ainda no Twitter uma espécie de filial do blog (http://twitter.com/blogdoonibus). Mazloum promete analisar cada uma das 1.342 linhas de transporte coletivo da cidade. ' Não im¬¬porta quanto tempo isso demore, vou pror¬¬¬rogar o prazo do inquérito por mais meio ano”, diz ele. “Se a prefeitura se omitir e não der soluções, podemos até entrar com uma ação civil pública por improbidade administrativa. '
Entre os 1.700 comentários recebidos até agora, os mais frequentes são reclamações sobre intervalos excessivos entre um veículo e outro, superlotação e direção perigosa. “As empresas costumam pôr para rodar um número de carros menor do que o previsto em contrato”, afirma. Quando alguma linha acumula muitas queixas, o promotor-blogueiro en¬¬¬¬via um ofício pedindo explicações à SPTrans. Além disso, desloca um representante para verificar o que está errado e documentar tudo com fotos e vídeos. Depois, ouve dirigentes das empresas e coloca a ata da reunião e o eventual compromisso firmado entre eles no blog. ' Acompanhamos sempre o blog e acho ótimo termos canais assim para o público se manifestar ', diz o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes. ' Já solucionamos 156 dos 473 pedidos enviados pelo promotor. ' (VEJA SP)
Promotor reúne denúncias e reclamações em site e página no Twitter
Por Maria Paola de Salvo
Boa parte dos blogueiros abre sua caixa de comentários à procura de elogios e mensagens de apoio. Não é o caso do promotor de Justiça Saad Mazloum, do Ministério Público do Es¬¬tado de São Paulo. Autor do Blog do Ôni¬¬bus (www.onibus.blog.br), ele está atrás de reclamações. ' Busco toda e qualquer informação sobre o transporte público da cidade ', afirma ele. Em maio, Mazloum instaurou um inquérito civil para apurar uma denúncia do vendedor Moisés de Araújo, que se queixava de superlotação na linha 8594-0 (Cidade D’Abril-Praça Ramos). Foi a campo investigar o caso e descobriu problemas em todo o sistema. ' Dois dias depois, pus o blog no ar para falar diretamente com a população ', conta o promotor, que não costuma andar de ônibus. Atualizado quase que diariamente, o site é o único do Ministério Público criado exclusivamente para fins investigativos. Há ainda no Twitter uma espécie de filial do blog (http://twitter.com/blogdoonibus). Mazloum promete analisar cada uma das 1.342 linhas de transporte coletivo da cidade. ' Não im¬¬porta quanto tempo isso demore, vou pror¬¬¬rogar o prazo do inquérito por mais meio ano”, diz ele. “Se a prefeitura se omitir e não der soluções, podemos até entrar com uma ação civil pública por improbidade administrativa. '
Entre os 1.700 comentários recebidos até agora, os mais frequentes são reclamações sobre intervalos excessivos entre um veículo e outro, superlotação e direção perigosa. “As empresas costumam pôr para rodar um número de carros menor do que o previsto em contrato”, afirma. Quando alguma linha acumula muitas queixas, o promotor-blogueiro en¬¬¬¬via um ofício pedindo explicações à SPTrans. Além disso, desloca um representante para verificar o que está errado e documentar tudo com fotos e vídeos. Depois, ouve dirigentes das empresas e coloca a ata da reunião e o eventual compromisso firmado entre eles no blog. ' Acompanhamos sempre o blog e acho ótimo termos canais assim para o público se manifestar ', diz o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes. ' Já solucionamos 156 dos 473 pedidos enviados pelo promotor. ' (VEJA SP)
INFO
Santo André encosta 18 ônibus escolares por falta de licitação
Evandro Enoshita
Diário do Grande ABC
Dezoito ônibus da Secretaria de Educação de Santo André, que tiveram painéis e tacógrafos roubados no início do mês de agosto, estão parados em um pátio da Prefeitura no Parque Capuava desde a época do crime. Dez deles são praticamente novos, com menos de três anos de uso. Segundo a Prefeitura, uma licitação deverá ser aberta ainda neste mês para que seja realizado o reparo, mas não existe prazo para que os veículos voltem a rodar.
Estacionados lado a lado, os ônibus não receberam qualquer tipo de manutenção ou limpeza desde o furto. O mato já está crescido ao redor dos ônibus e a poeira de cor escura passa a recobrir os ônibus. Uma imagem que chega a lembrar os pátios de veículos rebocados das prefeituras.
Com apenas 14 dos 32 veículos da frota em operação - uma disponibilidade de 43% - a Secretaria de Educação estaria conseguindo manter apenas o transporte regular de alunos. Passeios escolares foram cortados.
R$ 3,5 MILHÕES - Parte dos veículos danificados são de um lote de 15 ônibus entregues novos à Prefeitura em 2007. Comprados para servir ao transporte de estudantes da rede pública ao Sabina Escola Parque do Conhecimento, no bairro Paraíso, a administração desembolsou à época R$ 3,5 milhões para adquirir os veículos.
O Diário realizou uma pesquisa junto a vendedores de autopeças e apurou que o gasto com peças para repor os tacógrafos e painéis furtados ficaria na faixa dos R$ 70 mil.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Santo André respondeu que uma licitação chegou a ser aberta, mas como não houve interessados, a administração municipal pretende publicar ainda este mês outro edital. Caso a falta de empresas interessadas se confirme, a Prefeitura deverá partir para a compra direta dos equipamentos.
Em relação à suspensão de passeios e excursões, a administração destacou que "está priorizando o transporte das crianças de suas residências para as escolas, deixando em segundo plano a realização de passeios e atividades extraclasse."
Ainda segundo a administração, a secretaria conta com 13 vans para o transporte de alunos da rede municipal, sendo quatro delas adaptadas para o transporte de deficientes.
Veículo destinado à inclusão digital está abandonado
No mesmo pátio em que peças de 18 ônibus foram furtadas em agosto, um coletivo branco de pintura já bem desgastada chama atenção pelo seu estado de abandono.
Há quatro meses no pátio da Secretaria de Educação de Santo André, o veículo - que permanece trancado - possui inscrições do Projeto Rede Cidadania de Inclusão Digital, da Prefeitura de Santo André.
Pelos seus vidros embaçados e sujos, ainda é possível ver uma série de computadores em seu interior. Muita poeira e a falta do tacógrafo marcam o posto do motorista.
Ao serem questionados pela reportagem, os funcionários do pátio não souberam informar onde estava guardada a chave da porta que divide o condutor dos computadores.
Criado em 2002, na gestão do ex-prefeito João Avamileno, o projeto prevê a disponibilização de computadores para que, com auxílio de monitores, a população possa aprender a operar programas e acessar a internet.
Questionada pela reportagem do Diário se havia previsão de o ônibus voltar a operar, a Prefeitura não respondeu até o fechamento desta edição.
Polícia ainda não tem pistas dos ladrões do pátio
Três meses após o furto no pátio da Secretaria de Educação de Santo André, a polícia ainda não tem pista dos criminosos.
Segundo a delegada titular do 5º DP de Santo André, Vera Lucia Pereira de Araújo, "a equipe de investigadores permaneceu na rua colhendo evidências por vários dias, mas não foi possível identificar os autores do furto".
O crime aconteceu entre os dias 8 e 9 de agosto, um final de semana, quando criminosos se aproveitaram da falta de segurança do pátio da Prefeitura - que até então não contava com vigilantes - e arrebentaram uma cerca metálica.
O furto foi notado no dia 10, quando ao chegar ao pátio, os funcionários notaram que a cerca estava danificada e resolveram vistoriar os veículos.
Foram retirados dos ônibus painéis, tacógrafos e aparelhos de CD. Alguns veículos chegaram a ter os vidros das portas quebrados. Na ocasião, a Prefeitura garantiu que iria buscar uma solução rápida para o problema.
Em relação às medidas de segurança, foi anunciado pelo comando da GCM (Guarda Civil Municipal) da cidade que dois guardas civis iriam ficar responsáveis pelo patrulhamento no local.
Evandro Enoshita
Diário do Grande ABC
Dezoito ônibus da Secretaria de Educação de Santo André, que tiveram painéis e tacógrafos roubados no início do mês de agosto, estão parados em um pátio da Prefeitura no Parque Capuava desde a época do crime. Dez deles são praticamente novos, com menos de três anos de uso. Segundo a Prefeitura, uma licitação deverá ser aberta ainda neste mês para que seja realizado o reparo, mas não existe prazo para que os veículos voltem a rodar.
Estacionados lado a lado, os ônibus não receberam qualquer tipo de manutenção ou limpeza desde o furto. O mato já está crescido ao redor dos ônibus e a poeira de cor escura passa a recobrir os ônibus. Uma imagem que chega a lembrar os pátios de veículos rebocados das prefeituras.
Com apenas 14 dos 32 veículos da frota em operação - uma disponibilidade de 43% - a Secretaria de Educação estaria conseguindo manter apenas o transporte regular de alunos. Passeios escolares foram cortados.
R$ 3,5 MILHÕES - Parte dos veículos danificados são de um lote de 15 ônibus entregues novos à Prefeitura em 2007. Comprados para servir ao transporte de estudantes da rede pública ao Sabina Escola Parque do Conhecimento, no bairro Paraíso, a administração desembolsou à época R$ 3,5 milhões para adquirir os veículos.
O Diário realizou uma pesquisa junto a vendedores de autopeças e apurou que o gasto com peças para repor os tacógrafos e painéis furtados ficaria na faixa dos R$ 70 mil.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Santo André respondeu que uma licitação chegou a ser aberta, mas como não houve interessados, a administração municipal pretende publicar ainda este mês outro edital. Caso a falta de empresas interessadas se confirme, a Prefeitura deverá partir para a compra direta dos equipamentos.
Em relação à suspensão de passeios e excursões, a administração destacou que "está priorizando o transporte das crianças de suas residências para as escolas, deixando em segundo plano a realização de passeios e atividades extraclasse."
Ainda segundo a administração, a secretaria conta com 13 vans para o transporte de alunos da rede municipal, sendo quatro delas adaptadas para o transporte de deficientes.
Veículo destinado à inclusão digital está abandonado
No mesmo pátio em que peças de 18 ônibus foram furtadas em agosto, um coletivo branco de pintura já bem desgastada chama atenção pelo seu estado de abandono.
Há quatro meses no pátio da Secretaria de Educação de Santo André, o veículo - que permanece trancado - possui inscrições do Projeto Rede Cidadania de Inclusão Digital, da Prefeitura de Santo André.
Pelos seus vidros embaçados e sujos, ainda é possível ver uma série de computadores em seu interior. Muita poeira e a falta do tacógrafo marcam o posto do motorista.
Ao serem questionados pela reportagem, os funcionários do pátio não souberam informar onde estava guardada a chave da porta que divide o condutor dos computadores.
Criado em 2002, na gestão do ex-prefeito João Avamileno, o projeto prevê a disponibilização de computadores para que, com auxílio de monitores, a população possa aprender a operar programas e acessar a internet.
Questionada pela reportagem do Diário se havia previsão de o ônibus voltar a operar, a Prefeitura não respondeu até o fechamento desta edição.
Polícia ainda não tem pistas dos ladrões do pátio
Três meses após o furto no pátio da Secretaria de Educação de Santo André, a polícia ainda não tem pista dos criminosos.
Segundo a delegada titular do 5º DP de Santo André, Vera Lucia Pereira de Araújo, "a equipe de investigadores permaneceu na rua colhendo evidências por vários dias, mas não foi possível identificar os autores do furto".
O crime aconteceu entre os dias 8 e 9 de agosto, um final de semana, quando criminosos se aproveitaram da falta de segurança do pátio da Prefeitura - que até então não contava com vigilantes - e arrebentaram uma cerca metálica.
O furto foi notado no dia 10, quando ao chegar ao pátio, os funcionários notaram que a cerca estava danificada e resolveram vistoriar os veículos.
Foram retirados dos ônibus painéis, tacógrafos e aparelhos de CD. Alguns veículos chegaram a ter os vidros das portas quebrados. Na ocasião, a Prefeitura garantiu que iria buscar uma solução rápida para o problema.
Em relação às medidas de segurança, foi anunciado pelo comando da GCM (Guarda Civil Municipal) da cidade que dois guardas civis iriam ficar responsáveis pelo patrulhamento no local.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
INFO
Vandalismo causa prejuízo de R$ 270 mil por mês no transporte de Curitiba
Valor inclui troca de vidros e janelas dos veículos e reformas em terminais.
Vinte e oito ônibus foram depredados no domingo, dia 25.
Do G1, em São Paulo
O vandalismo no sistema de transporte de Curitiba dá um prejuízo de R$ 270 mil por mês à prefeitura, segundo levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs). Esse valor inclui a troca de vidros e janelas quebradas nos ônibus depredados e reformas nos sanitários e paredes pichadas nos terminais.
No domingo, dia 25, 28 ônibus foram depredados após um jogo de futebol. Os veículos atingidos são os mais recentes da frota da cidade. "São custos absurdos, que não podem ser pagos pela sociedade. O verdadeiro custo do vandalismo é o do medo e do risco", afirma o presidente da Urbs, Marcos Isfer.
Ainda segundo informações da Urbs, a reposição de vidros de janelas de ônibus riscados até setembro deste ano custaria em torno de R$ 2,2 milhões. São quase 2 mil veículos circulando.
O presidente da Urbs afirma que a fiscalização da empresa e as forças policiais estão trabalhando no combate ao vandalismo.
“Precisamos de uma mobilização maior, que envolva a sociedade como um todo, que envolva poder público e iniciativa privada para que possamos acabar com o vandalismo. Estamos preparando sugestões para que possamos atuar com eficiência", disse.
Valor inclui troca de vidros e janelas dos veículos e reformas em terminais.
Vinte e oito ônibus foram depredados no domingo, dia 25.
Do G1, em São Paulo
O vandalismo no sistema de transporte de Curitiba dá um prejuízo de R$ 270 mil por mês à prefeitura, segundo levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs). Esse valor inclui a troca de vidros e janelas quebradas nos ônibus depredados e reformas nos sanitários e paredes pichadas nos terminais.
No domingo, dia 25, 28 ônibus foram depredados após um jogo de futebol. Os veículos atingidos são os mais recentes da frota da cidade. "São custos absurdos, que não podem ser pagos pela sociedade. O verdadeiro custo do vandalismo é o do medo e do risco", afirma o presidente da Urbs, Marcos Isfer.
Ainda segundo informações da Urbs, a reposição de vidros de janelas de ônibus riscados até setembro deste ano custaria em torno de R$ 2,2 milhões. São quase 2 mil veículos circulando.
O presidente da Urbs afirma que a fiscalização da empresa e as forças policiais estão trabalhando no combate ao vandalismo.
“Precisamos de uma mobilização maior, que envolva a sociedade como um todo, que envolva poder público e iniciativa privada para que possamos acabar com o vandalismo. Estamos preparando sugestões para que possamos atuar com eficiência", disse.
INFO
Violência eleva em 17,5% número de ônibus depredados este ano
RIO - As imagens do fogo consumindo o ônibus, enquanto os passageiros se acotovelavam para escapar das chamas, surgem na memória do rodoviário X., de 38 anos, sempre que um coletivo passa à sua frente. O motorista, que teve o uniforme respingado por gasolina, espalhada no veículo por traficantes do Jacarezinho, abandonou o emprego na manhã de 17 de outubro. De janeiro até o último fim de semana, 67 ônibus foram queimados e depredados no Rio, número 17,5% superior aos 57 destruídos ano passado.
Além do prejuízo de R$ 16,7 milhões, o vandalismo orquestrado por integrantes de facções criminosas resulta em aumento de até dez minutos nos intervalos das linhas e num déficit de mão de obra, estimado pelo Sindicato dos Rodoviários do Rio em três mil vagas. De 2000 até o último fim de semana, a Fetranspor contabilizou 809 ônibus destruídos no Rio - um prejuízo de R$ 202,3 milhões.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a frota de uma empresa considerada de grande porte conta em média com 250 coletivos. De acordo com a relações-públicas da Fetranspor, Suzy Balloussier, a reposição de um ônibus queimado leva até 60 dias. (O Globo)
RIO - As imagens do fogo consumindo o ônibus, enquanto os passageiros se acotovelavam para escapar das chamas, surgem na memória do rodoviário X., de 38 anos, sempre que um coletivo passa à sua frente. O motorista, que teve o uniforme respingado por gasolina, espalhada no veículo por traficantes do Jacarezinho, abandonou o emprego na manhã de 17 de outubro. De janeiro até o último fim de semana, 67 ônibus foram queimados e depredados no Rio, número 17,5% superior aos 57 destruídos ano passado.
Além do prejuízo de R$ 16,7 milhões, o vandalismo orquestrado por integrantes de facções criminosas resulta em aumento de até dez minutos nos intervalos das linhas e num déficit de mão de obra, estimado pelo Sindicato dos Rodoviários do Rio em três mil vagas. De 2000 até o último fim de semana, a Fetranspor contabilizou 809 ônibus destruídos no Rio - um prejuízo de R$ 202,3 milhões.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, a frota de uma empresa considerada de grande porte conta em média com 250 coletivos. De acordo com a relações-públicas da Fetranspor, Suzy Balloussier, a reposição de um ônibus queimado leva até 60 dias. (O Globo)
INFO
Bilhete Único chega a Guarulhos em 2010
Wilian Miron
SÃO PAULO - A partir de 2010 os ônibus de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, poderão estar integrados com o sistema de BILHETE ÚNICO, já implantado na capitala paulistana. Na última quinta-feira (5) o prefeito guarulhense Sebastião Almeida (PT) assinou decreto que trata da reestruturação do Sistema de TRANSPORTE Público e da implantação do novo sistema de cobrança das passagens nos coletivos do município.
Segundo o secretário de TRANSPORTES e Trânsito, José Evaldo Gonçalo, a previsão é para a licitação que irá determinar as novas regras para o funcionamento das empresas de ônibus e de implantação do BILHETE ÚNICO esteja concluído ainda no próximo ano.
A expectativa da Secretaria de TRANSPORTES e Trânsito da cidade é que o número de usuários do TRANSPORTE público passe dos atuais 380 mil para 450 mil PASSAGEIROS ao dia. A cidade ainda receberá novos corredores de ônibus como: terminal Cecap, Taboão e Juscelino Kubitschek. (DCI / NTU)
Wilian Miron
SÃO PAULO - A partir de 2010 os ônibus de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, poderão estar integrados com o sistema de BILHETE ÚNICO, já implantado na capitala paulistana. Na última quinta-feira (5) o prefeito guarulhense Sebastião Almeida (PT) assinou decreto que trata da reestruturação do Sistema de TRANSPORTE Público e da implantação do novo sistema de cobrança das passagens nos coletivos do município.
Segundo o secretário de TRANSPORTES e Trânsito, José Evaldo Gonçalo, a previsão é para a licitação que irá determinar as novas regras para o funcionamento das empresas de ônibus e de implantação do BILHETE ÚNICO esteja concluído ainda no próximo ano.
A expectativa da Secretaria de TRANSPORTES e Trânsito da cidade é que o número de usuários do TRANSPORTE público passe dos atuais 380 mil para 450 mil PASSAGEIROS ao dia. A cidade ainda receberá novos corredores de ônibus como: terminal Cecap, Taboão e Juscelino Kubitschek. (DCI / NTU)
INFO
Frota 80% renovada
Meta é ter em 2010 todos os ônibus com menos de quatro anos de uso
Lara Cristina
Exercer o direito de ir e vir, com independência. Simples assim é como Ystônio de Oliveira, 35 anos, define a sensação de poder utilizar o TRANSPORTE público com ACESSIBILIDADE para cadeirantes. Atualmente, no Distrito Federal, existem 950 ônibus com rampa de acesso para pessoas com deficiência. O número faz parte de uma frota de 2.020 veículos com menos de dois anos de uso. De três anos para cá, aproximadamente 80% dos ônibus do DF foram substituídos. A meta do governo do Distrito Federal até 2010 é que não haja nenhum coletivo com mais de quatro anos de uso nas ruas da capital.
Desde que foi iniciada a substituição, em 2007, a frota reduziu a idade média dos ônibus de 14 para três anos. A idade prevista para circulação dos veículos é de sete anos, embora a legislação permita o uso até dez anos.
Para o técnico em informática Ystônio, o TRANSPORTE público mudou muito nos últimos três anos. Há quase 20 anos ele ficou paraplégico por conta de um tiro nas costas e, desde então, utiliza a cadeira de rodas para se locomover. E para ir e voltar do trabalho e demais compromissos, Ystônio utiliza o TRANSPORTE público. "Acho que com relação à ACESSIBILIDADE, o serviço está pelo menos 50% melhor. Antes, isso simplesmente não existia, agora quase metade dos ônibus já tem acesso para cadeirantes", observa ele.
Para complementar o serviço, na opinião de Ystônio, os profissionais que trabalham no TRANSPORTE, em especial cobradores e motoristas, deveriam receber melhor formação para atender pessoas com deficiência. "É frequente acontecer de o condutor dizer que a rampa está quebrada e que não pode parar o ônibus. Na verdade, muitos não têm paciência de esperar o embarque do passageiro com deficiência", acrescenta o técnico.
MOTORISTAS SATISFEITOS
A substituição da frota dos co-letivos não agradou só no quesito ACESSIBILIDADE. Os motoristas também estão mais contentes em trabalhar com ônibus que não quebram a toda hora e mais fáceis de dirigir e manobrar. "O que mais gostei foi que todas as mudanças no veículo são voltadas para garantir a segurança", comenta Noelton Silva Marcos, motorista há 11 anos.
Ele conta que os novos veículos trazem recursos que ainda não existiam, como sensores nas portas (o ônibus não anda se alguma porta estiver aberta); possuem controle de velocidade (fazem no máximo, 70km/hora e, se estiver chovendo, não ultrapassam 60 km/h); e GPS (que acusa se as portas estão abertas ou fechadas e também se o carro atingiu o limite de velocidade). "O único problema é que com o controle de velocidade nosso horário ficou mais apertado e os PASSAGEIROS esperam mais tempo nas paradas. Se, antes, uma viagem durava 1h40, agora leva cerca de 2h10. Mas com o tempo isso se resolve", observa.
Mesmo com o contraponto, Noelton considera que, no final das contas, a mudança faz com que ele e os PASSAGEIROS se estressem menos no trajeto. Essa diferença no dia a dia também é observada pelo cobrador Hugo Fernandes Campeche. "Ficou mais confortável para todos. Antes a gente chegava no final do dia com zumbido no ouvido, por causa do barulho dos ônibus velhos". Ele observa ainda, que hoje não existe mais o antigo "tapinha" na gaveta do caixa para avisar que os PASSAGEIROS desceram. Basta o cobra-dor acionar um botão e o condutor já sabe quando fechar as portas.
Aumentam as viagens
O secretário de TRANSPORTE, Alberto Fraga, revela que com os investimentos na substituição da frota das empresas a quantidade de viagens passou de 3 mil para 6, 2 mil. "Quando esse número aumenta, o tempo de espera diminui", observa. Além disso, mais viagens podem representar também ônibus menos lotados. Como a fiscalização era reduzida, as empresas preferiam deixar parte da frota dentro das garagens, parada, alegando baixo número de PASSAGEIROS. "Hoje, podemos verificar essa demanda. Sei se uma linha de Samambaia, por exemplo, está com deficit ou não", diz Fraga, que faz questão de comentar que consegue fiscalizar tudo isso de dentro do gabinete.
Atualmente, todos os dados do sistema são monitorados e controlados por rede informatizada. "Não precisamos mais pedir estas informações às empresas", diz o secretário. E lembra, ainda, que tais dados podiam ser facilmente manipulados. "Todo ano era a mesma coisa. As empresas reclamavam de déficit e pediam aumento de tarifas. Quem pagava a conta era o usuário", salienta.
Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de TRANSPORTE Coletivo e Urbano do Distrito Federal (Setrans-DF), Wagner Canhedo, os três segmentos da sociedade ganham com a renovação da frota - empresários, governo e usuários. "Embora tenha sido uma solicitação do governo, também ganhamos muito com isso, pois a empresa VALE o que a frota VALE. Além disso, com tudo novo, caem os gastos com manutenção", diz. Canhedo acrescenta que entre os benefícios gerados pelos investimentos está o aumento no número de PASSAGEIROS.
Entretanto, o presidente do Setrans-DF confessa uma preocupação: "Que o governo nos ofereça condições de pagar as prestações". Para tanto, o GDF propôs apoio em forma de subsídio, como a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel COMBUSTÍVEL e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Além disso, segundo o secretário Fraga, ano que vem, outro subsídio (no valor de R$ 4 milhões) será concedido pelo governo: o passe estudantil, que até este ano é custeado em um terço pelo estudante e dois terços pelo sistema (os demais usuários pagantes), passará a ser 100% custeado pelo GDF.
(JORNAL DE BRASILIA/ NTU)
Meta é ter em 2010 todos os ônibus com menos de quatro anos de uso
Lara Cristina
Exercer o direito de ir e vir, com independência. Simples assim é como Ystônio de Oliveira, 35 anos, define a sensação de poder utilizar o TRANSPORTE público com ACESSIBILIDADE para cadeirantes. Atualmente, no Distrito Federal, existem 950 ônibus com rampa de acesso para pessoas com deficiência. O número faz parte de uma frota de 2.020 veículos com menos de dois anos de uso. De três anos para cá, aproximadamente 80% dos ônibus do DF foram substituídos. A meta do governo do Distrito Federal até 2010 é que não haja nenhum coletivo com mais de quatro anos de uso nas ruas da capital.
Desde que foi iniciada a substituição, em 2007, a frota reduziu a idade média dos ônibus de 14 para três anos. A idade prevista para circulação dos veículos é de sete anos, embora a legislação permita o uso até dez anos.
Para o técnico em informática Ystônio, o TRANSPORTE público mudou muito nos últimos três anos. Há quase 20 anos ele ficou paraplégico por conta de um tiro nas costas e, desde então, utiliza a cadeira de rodas para se locomover. E para ir e voltar do trabalho e demais compromissos, Ystônio utiliza o TRANSPORTE público. "Acho que com relação à ACESSIBILIDADE, o serviço está pelo menos 50% melhor. Antes, isso simplesmente não existia, agora quase metade dos ônibus já tem acesso para cadeirantes", observa ele.
Para complementar o serviço, na opinião de Ystônio, os profissionais que trabalham no TRANSPORTE, em especial cobradores e motoristas, deveriam receber melhor formação para atender pessoas com deficiência. "É frequente acontecer de o condutor dizer que a rampa está quebrada e que não pode parar o ônibus. Na verdade, muitos não têm paciência de esperar o embarque do passageiro com deficiência", acrescenta o técnico.
MOTORISTAS SATISFEITOS
A substituição da frota dos co-letivos não agradou só no quesito ACESSIBILIDADE. Os motoristas também estão mais contentes em trabalhar com ônibus que não quebram a toda hora e mais fáceis de dirigir e manobrar. "O que mais gostei foi que todas as mudanças no veículo são voltadas para garantir a segurança", comenta Noelton Silva Marcos, motorista há 11 anos.
Ele conta que os novos veículos trazem recursos que ainda não existiam, como sensores nas portas (o ônibus não anda se alguma porta estiver aberta); possuem controle de velocidade (fazem no máximo, 70km/hora e, se estiver chovendo, não ultrapassam 60 km/h); e GPS (que acusa se as portas estão abertas ou fechadas e também se o carro atingiu o limite de velocidade). "O único problema é que com o controle de velocidade nosso horário ficou mais apertado e os PASSAGEIROS esperam mais tempo nas paradas. Se, antes, uma viagem durava 1h40, agora leva cerca de 2h10. Mas com o tempo isso se resolve", observa.
Mesmo com o contraponto, Noelton considera que, no final das contas, a mudança faz com que ele e os PASSAGEIROS se estressem menos no trajeto. Essa diferença no dia a dia também é observada pelo cobrador Hugo Fernandes Campeche. "Ficou mais confortável para todos. Antes a gente chegava no final do dia com zumbido no ouvido, por causa do barulho dos ônibus velhos". Ele observa ainda, que hoje não existe mais o antigo "tapinha" na gaveta do caixa para avisar que os PASSAGEIROS desceram. Basta o cobra-dor acionar um botão e o condutor já sabe quando fechar as portas.
Aumentam as viagens
O secretário de TRANSPORTE, Alberto Fraga, revela que com os investimentos na substituição da frota das empresas a quantidade de viagens passou de 3 mil para 6, 2 mil. "Quando esse número aumenta, o tempo de espera diminui", observa. Além disso, mais viagens podem representar também ônibus menos lotados. Como a fiscalização era reduzida, as empresas preferiam deixar parte da frota dentro das garagens, parada, alegando baixo número de PASSAGEIROS. "Hoje, podemos verificar essa demanda. Sei se uma linha de Samambaia, por exemplo, está com deficit ou não", diz Fraga, que faz questão de comentar que consegue fiscalizar tudo isso de dentro do gabinete.
Atualmente, todos os dados do sistema são monitorados e controlados por rede informatizada. "Não precisamos mais pedir estas informações às empresas", diz o secretário. E lembra, ainda, que tais dados podiam ser facilmente manipulados. "Todo ano era a mesma coisa. As empresas reclamavam de déficit e pediam aumento de tarifas. Quem pagava a conta era o usuário", salienta.
Na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de TRANSPORTE Coletivo e Urbano do Distrito Federal (Setrans-DF), Wagner Canhedo, os três segmentos da sociedade ganham com a renovação da frota - empresários, governo e usuários. "Embora tenha sido uma solicitação do governo, também ganhamos muito com isso, pois a empresa VALE o que a frota VALE. Além disso, com tudo novo, caem os gastos com manutenção", diz. Canhedo acrescenta que entre os benefícios gerados pelos investimentos está o aumento no número de PASSAGEIROS.
Entretanto, o presidente do Setrans-DF confessa uma preocupação: "Que o governo nos ofereça condições de pagar as prestações". Para tanto, o GDF propôs apoio em forma de subsídio, como a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel COMBUSTÍVEL e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Além disso, segundo o secretário Fraga, ano que vem, outro subsídio (no valor de R$ 4 milhões) será concedido pelo governo: o passe estudantil, que até este ano é custeado em um terço pelo estudante e dois terços pelo sistema (os demais usuários pagantes), passará a ser 100% custeado pelo GDF.
(JORNAL DE BRASILIA/ NTU)
INFO
Kassab socorre viações de novo
Prefeitura tirou R$ 25 milhões do Rodoanel para manter passagem de ônibus a R$ 2,30
FELIPE GRANDIN, felipe.grandin@grupoestado.com.br
Para cumprir sua promessa de campanha de não aumentar a tarifa do transporte coletivo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) transferiu R$ 25 milhões das obras do Rodoanel para as empresas de ônibus. O democrata prometeu investir R$ 300 milhões na construção do anel viário até o fim de seu mandato, em 2012, mas até agora nem um centavo saiu dos cofres municipais.
Kassab vem destinando cada vez mais dinheiro para subsidiar as empresas que prestam serviço de transporte público na cidade. O último reajuste da passagem aconteceu em 2006, quando o valor passou de R$ 2 para R$ 2,30. De lá para cá, o gasto com subsídios mais que dobrou.
Com o aumento do repasse, o gasto da Prefeitura para cobrir o rombo do transporte coletivo chegou a R$ 683 milhões - mais da metade do orçamento da Secretaria de Transportes. Kassab e o titular da pasta, Alexandre de Moraes, afirmaram que o subsídio não ultrapassaria os R$ 600 milhões este ano.
Desde maio, no entanto, a Prefeitura paga mais do que o limite. O desembolso mensal, que deveria ser de R$ 50 milhões, chegou a R$ 100 milhões em setembro. Se continuar nesse ritmo, o total passará de R$ 800 milhões este ano. A verba é usada para cobrir a diferença entre o que é arrecadado com passagens e o que as empresas declaram gastar.
Com o aumento da tarifa em janeiro de 2010, os subsídios cairão para cerca de R$ 360 milhões ao ano. O valor da passagem deve ficar entre R$ 2,70 e R$ 2,80.
Procurado, o Sindicato das Empresas de Ônibus (SPUrbanuss) afirmou que não se manifesta sobre “questões de responsabilidade do governo”, como o aumento do subsídio e da tarifa de ônibus.
A Secretaria de Transportes negou que o subsídio tenha passado do limite. “(Foram pagos) R$ 431 milhões em compensações tarifárias e R$ 227 milhões referentes à renovação de frota. Até o final do ano, está previsto um pagamento total de R$ 531 milhões em compensações tarifárias”, afirmou a pasta, em nota. O próprio site da SPTrans, no entanto, mostra que a verba foi destinada a “compensações tarifárias”. O órgão informou que houve o remanejamento porque “não havia perspectiva de aplicação imediata da verba do Rodoanel” e que “mantém o plano de investir (na obra)”. (ESTADÃO)
Prefeitura tirou R$ 25 milhões do Rodoanel para manter passagem de ônibus a R$ 2,30
FELIPE GRANDIN, felipe.grandin@grupoestado.com.br
Para cumprir sua promessa de campanha de não aumentar a tarifa do transporte coletivo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) transferiu R$ 25 milhões das obras do Rodoanel para as empresas de ônibus. O democrata prometeu investir R$ 300 milhões na construção do anel viário até o fim de seu mandato, em 2012, mas até agora nem um centavo saiu dos cofres municipais.
Kassab vem destinando cada vez mais dinheiro para subsidiar as empresas que prestam serviço de transporte público na cidade. O último reajuste da passagem aconteceu em 2006, quando o valor passou de R$ 2 para R$ 2,30. De lá para cá, o gasto com subsídios mais que dobrou.
Com o aumento do repasse, o gasto da Prefeitura para cobrir o rombo do transporte coletivo chegou a R$ 683 milhões - mais da metade do orçamento da Secretaria de Transportes. Kassab e o titular da pasta, Alexandre de Moraes, afirmaram que o subsídio não ultrapassaria os R$ 600 milhões este ano.
Desde maio, no entanto, a Prefeitura paga mais do que o limite. O desembolso mensal, que deveria ser de R$ 50 milhões, chegou a R$ 100 milhões em setembro. Se continuar nesse ritmo, o total passará de R$ 800 milhões este ano. A verba é usada para cobrir a diferença entre o que é arrecadado com passagens e o que as empresas declaram gastar.
Com o aumento da tarifa em janeiro de 2010, os subsídios cairão para cerca de R$ 360 milhões ao ano. O valor da passagem deve ficar entre R$ 2,70 e R$ 2,80.
Procurado, o Sindicato das Empresas de Ônibus (SPUrbanuss) afirmou que não se manifesta sobre “questões de responsabilidade do governo”, como o aumento do subsídio e da tarifa de ônibus.
A Secretaria de Transportes negou que o subsídio tenha passado do limite. “(Foram pagos) R$ 431 milhões em compensações tarifárias e R$ 227 milhões referentes à renovação de frota. Até o final do ano, está previsto um pagamento total de R$ 531 milhões em compensações tarifárias”, afirmou a pasta, em nota. O próprio site da SPTrans, no entanto, mostra que a verba foi destinada a “compensações tarifárias”. O órgão informou que houve o remanejamento porque “não havia perspectiva de aplicação imediata da verba do Rodoanel” e que “mantém o plano de investir (na obra)”. (ESTADÃO)
INFO
SP fará 6 monotrilhos em 4 anos; custo chega a R$ 10 bi
Prefeitura e Estado têm projetos; Metrô diz que sistema exige menos desapropriações e as Linhas 2, 16 e 17 já contam com percursos definidos
Eduardo Reina
O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura optaram pelo monotrilho para ampliar o sistema de transporte público. São seis os projetos, que somam 110 km, a serem concluídos a partir de 2010 e até 2013, com custo estimado entre R$ 7,7 bilhões e R$ 10,4 bilhões. A licitação para execução, fornecimento e instalação de projeto, da obra civil, dos sistemas e dos trens para o prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, no trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes, foi lançada há duas semanas, embora não tenha ainda estudo de impacto ambiental e de impacto na vizinhança.
As outras linhas são a de ligação entre o Jardim Ângela e a Vila Olímpia (M"Boi Mirim) e a da Linha 17-Ouro, que ligará numa primeira etapa o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô e depois tem previsão de ir até a Avenida Roberto Marinho. Há ainda a Linha 16-Prata (Vila Nova Cachoeirinha-Lapa), a ligação entre a Vila Sônia e a zona sul, além do Celso Garcia, que já foi lançado como corredor e deve virar monotrilho, entre o Parque d. Pedro II e o Itaim Paulista.
O monotrilho é um sistema de transporte considerado de média capacidade, que hoje existe em vários países. Seu custo de implementação é mais barato que o do metrô convencional (subsolo), mas mais caro que o de um corredor de ônibus. A proposta na capital é que seja suspenso em pilares de 12 a 15 metros de altura erguidos no meio-fio de grandes avenidas. Isso evitaria desapropriações e teria execução mais rápida.
O custo de construção varia de R$ 70 milhões a R$ 95 milhões por km. O metrô convencional custa de R$ 270 milhões a R$ 380 milhões - e o corredor de ônibus, cerca de R$ 38 milhões. Os 24 km do prolongamento da Linha 2 até Cidade Tiradentes são orçados em R$ 2,1 bilhões, sem as 17 estações. "A adoção do monotrilho requer menos desapropriações e interferências no trânsito", explica o diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sérgio Brasil.
O vencedor da licitação para o prolongamento da Linha 2 será conhecido em 22 de dezembro. A conclusão será em três etapas, até 2013 - a primeira, Vila Prudente até Oratório, será em 2010.
O Metrô informou que os estudos de impacto ambiental estão sendo elaborados e a licença de instalação para o primeiro trecho já foi obtida. (ESTADÃO)
Prefeitura e Estado têm projetos; Metrô diz que sistema exige menos desapropriações e as Linhas 2, 16 e 17 já contam com percursos definidos
Eduardo Reina
O governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura optaram pelo monotrilho para ampliar o sistema de transporte público. São seis os projetos, que somam 110 km, a serem concluídos a partir de 2010 e até 2013, com custo estimado entre R$ 7,7 bilhões e R$ 10,4 bilhões. A licitação para execução, fornecimento e instalação de projeto, da obra civil, dos sistemas e dos trens para o prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, no trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes, foi lançada há duas semanas, embora não tenha ainda estudo de impacto ambiental e de impacto na vizinhança.
As outras linhas são a de ligação entre o Jardim Ângela e a Vila Olímpia (M"Boi Mirim) e a da Linha 17-Ouro, que ligará numa primeira etapa o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô e depois tem previsão de ir até a Avenida Roberto Marinho. Há ainda a Linha 16-Prata (Vila Nova Cachoeirinha-Lapa), a ligação entre a Vila Sônia e a zona sul, além do Celso Garcia, que já foi lançado como corredor e deve virar monotrilho, entre o Parque d. Pedro II e o Itaim Paulista.
O monotrilho é um sistema de transporte considerado de média capacidade, que hoje existe em vários países. Seu custo de implementação é mais barato que o do metrô convencional (subsolo), mas mais caro que o de um corredor de ônibus. A proposta na capital é que seja suspenso em pilares de 12 a 15 metros de altura erguidos no meio-fio de grandes avenidas. Isso evitaria desapropriações e teria execução mais rápida.
O custo de construção varia de R$ 70 milhões a R$ 95 milhões por km. O metrô convencional custa de R$ 270 milhões a R$ 380 milhões - e o corredor de ônibus, cerca de R$ 38 milhões. Os 24 km do prolongamento da Linha 2 até Cidade Tiradentes são orçados em R$ 2,1 bilhões, sem as 17 estações. "A adoção do monotrilho requer menos desapropriações e interferências no trânsito", explica o diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sérgio Brasil.
O vencedor da licitação para o prolongamento da Linha 2 será conhecido em 22 de dezembro. A conclusão será em três etapas, até 2013 - a primeira, Vila Prudente até Oratório, será em 2010.
O Metrô informou que os estudos de impacto ambiental estão sendo elaborados e a licença de instalação para o primeiro trecho já foi obtida. (ESTADÃO)
domingo, 11 de outubro de 2009
EVENTO
Primeiro Plano
Ariverson Feltrin
Time na Fenatran
Total de 210 expositores terá estandes na Fenatran - 17° Salão Internacional de Transporte, marcado para 26 a 30 deste mês no Parque Anhembi, em São Paulo. Com horário de visitação das 13h às 21h, a Fenatran reunirá fabricantes de caminhões, implementos rodoviários, autopeças, transportadores, bancos e fornecedores de serviços em geral para a cadeia de transporte.
Ariverson Feltrin
Time na Fenatran
Total de 210 expositores terá estandes na Fenatran - 17° Salão Internacional de Transporte, marcado para 26 a 30 deste mês no Parque Anhembi, em São Paulo. Com horário de visitação das 13h às 21h, a Fenatran reunirá fabricantes de caminhões, implementos rodoviários, autopeças, transportadores, bancos e fornecedores de serviços em geral para a cadeia de transporte.
INFO
SP repassa R$ 100 mi para manter o ônibus a R$ 2,30
Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota
Diego Zanchetta
Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a "compensações tarifárias" - verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações - atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.
O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na "compensação tarifária" e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.
Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de "compensações tarifárias". Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.
Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma "tarifa social", o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.
Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a "bancar" parte das gratuidades. "Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho."
Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.
Compensação paga pela Prefeitura às viações chega a valor recorde[br]na década e Prefeitura alega gastos com a renovação da frota
Diego Zanchetta
Prestes a completar três anos sem aumento, a tarifa de ônibus a R$ 2,30 chega perto do fim de 2009 amparada em um repasse recorde de subsídios. Em setembro, o pagamento mensal da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans) referente a "compensações tarifárias" - verba destinada a cobrir os custos das gratuidades e de operação declarados pelas viações - atingiu R$ 100 milhões, o maior volume repassado na década. Às vésperas das eleições do ano passado, quando uma das principais promessas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era manter até 2010 o preço da passagem, os subsídios atingiram R$ 86 milhões. Neste ano, desde maio a média dos repasses tem sido de R$ 75 milhões.
O governo já pagou em subsídios nos três primeiros trimestres, às viações de ônibus e cooperativas de perueiros, R$ 583 milhões, o equivalente a 97% do teto de R$ 600 milhões estabelecido pelo Orçamento de 2009. A Secretaria Municipal de Transportes argumenta que os repasses para renovação da frota estão embutidos na "compensação tarifária" e totalizam R$ 202 milhões, enquanto os subsídios somam R$ 381 milhões. Entre 2000 e 2008, porém, a verba para a renovação da frota tinha rubrica específica e nunca foi incluída no repasse dos subsídios.
Se for mantida a média dos repasses, o ano deverá fechar com R$ 732 milhões de "compensações tarifárias". Kassab adotou a política de ampliar os subsídios para evitar o aumento da tarifa em julho de 2007, mês no qual o patamar mensal saltou de R$ 27 milhões para R$ 37 milhões. De novembro de 2006, data do último reajuste, até o dia 30 de setembro, já houve quase R$ 1,5 bilhão de subvenções. No período, porém, as dez viações e oito cooperativas tiveram três reajustes contratuais na remuneração por passageiro transportado, o que independe do preço da passagem. As viações recebem hoje, em média, R$ 1,78 por passageiro e as peruas, R$ 1,12.
Apesar de técnicos do governo defenderem o uso de subsídios como forma de manter uma "tarifa social", o que favorece as classes mais baixas, especialistas criticam a falta de fôlego nos investimentos por causa da alta desse recurso. O prefeito não construiu nenhuma pista exclusiva completa para ônibus e atrasou a conclusão do prolongamento do Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila) até a Vila Prudente, prometida para 2008.
Para Horácio Augusto Figueira, especialista em transito, não dá para pagar subsídio sem impor metas de eficiência às empresas. O especialista, porém, é favorável a "bancar" parte das gratuidades. "Como usuário de ônibus e autônomo, não recebo vale-transporte e pago parte da gratuidade do estudante. Acho justo pagar essa conta de alguém que batalha por um trabalho."
Em janeiro de 2010, a passagem deverá passar para um valor que deve ficar por volta de R$ 2,75. Com o aumento, os subsídios devem cair para R$ 360 milhões anuais. O governo diz que o teto de R$ 600 milhões para os subsídios está mantido.
INFO
Monotrilho ligará Congonhas ao metrô
Linha integra projetos para a Copa e inclui extensão até o Morumbi. Edital sai em novembro
Eduardo Reina
O governo de São Paulo prevê lançar o edital para construção da Linha 17-Ouro do Metrô até novembro. Ela vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi, num traçado de 21,5 quilômetros de extensão, será feita em três etapas e poderá ter verba federal. A primeira fase, de Congonhas à Estação São Judas do Metrô, tem conclusão prevista para dezembro de 2010, já como parte dos investimentos paulistas para a Copa de 2014. “Entre 30 e 60 dias o edital estará nas ruas e o projeto funcional da linha está concluído”, diz o secretário adjunto estadual de Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopez.
Mas não será um metrô convencional. A proposta é fazer um monotrilho suspenso em pilares. As composições terão tração elétrica e sustentação sobre pneus. A pista suspensa deverá ocupar o canteiro central de avenidas como a Jabaquara, Bandeirantes, Washington Luís, Roberto Marinho. Segundo Lopez, a definição pelo monotrilho levou em conta número menor de desapropriações, embora não tenha adiantado o número de imóveis comprometidos.
O custo total do projeto é estimado em R$ 3,3 bilhões. Foi solicitado ao governo federal financiamento de R$ 2,4 bilhões, por meio de recursos do Programa de Aceleração dos Crescimento (PAC) da Mobilidade. “Também haverá participação da Prefeitura de São Paulo na terceira fase das obras, na região do Morumbi”, disse.
Como comparação, a Linha 4-Amarela do Metrô, que entrará em operação em 2010, tem custo de mais de R$ 3 bilhões. Os 12,8 quilômetros de extensão entre a Vila Sônia e a Estação Luz são todos subterrâneos. Na Linha 17-Ouro, as vias e estações deverão ser construídas a uma altura entre 12 e 15 metros. Para segurança dos passageiros, é prevista porta de plataforma em todas as estações. Elas são feitas de vidro e se abrem junto com as dos trens. Completa, a linha deve transportar 230 mil usuários por dia.
A viagem entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô vai demorar seis minutos. Essa etapa de 3,8 quilômetros terá duas estações e uma demanda prevista de 18 mil usuários por dia. O trecho 2, São Judas-Estação Morumbi, com interligação na Estação Jabaquara do Metrô, movimentará 100 mil usuários/dia. Essa fase deve começar a operação em 2012 e terá mais 10,8 quilômetros e 12 estações.
Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, Fernando Okimoto, a escolha pelo monotrilho deve levar em conta problemas a serem gerados com o elevado, como desvalorização de regiões e agressão à paisagem urbana. “Pode-se resolver o problema do transporte e provocar um outro, urbanístico.”
Linha integra projetos para a Copa e inclui extensão até o Morumbi. Edital sai em novembro
Eduardo Reina
O governo de São Paulo prevê lançar o edital para construção da Linha 17-Ouro do Metrô até novembro. Ela vai ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi, num traçado de 21,5 quilômetros de extensão, será feita em três etapas e poderá ter verba federal. A primeira fase, de Congonhas à Estação São Judas do Metrô, tem conclusão prevista para dezembro de 2010, já como parte dos investimentos paulistas para a Copa de 2014. “Entre 30 e 60 dias o edital estará nas ruas e o projeto funcional da linha está concluído”, diz o secretário adjunto estadual de Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopez.
Mas não será um metrô convencional. A proposta é fazer um monotrilho suspenso em pilares. As composições terão tração elétrica e sustentação sobre pneus. A pista suspensa deverá ocupar o canteiro central de avenidas como a Jabaquara, Bandeirantes, Washington Luís, Roberto Marinho. Segundo Lopez, a definição pelo monotrilho levou em conta número menor de desapropriações, embora não tenha adiantado o número de imóveis comprometidos.
O custo total do projeto é estimado em R$ 3,3 bilhões. Foi solicitado ao governo federal financiamento de R$ 2,4 bilhões, por meio de recursos do Programa de Aceleração dos Crescimento (PAC) da Mobilidade. “Também haverá participação da Prefeitura de São Paulo na terceira fase das obras, na região do Morumbi”, disse.
Como comparação, a Linha 4-Amarela do Metrô, que entrará em operação em 2010, tem custo de mais de R$ 3 bilhões. Os 12,8 quilômetros de extensão entre a Vila Sônia e a Estação Luz são todos subterrâneos. Na Linha 17-Ouro, as vias e estações deverão ser construídas a uma altura entre 12 e 15 metros. Para segurança dos passageiros, é prevista porta de plataforma em todas as estações. Elas são feitas de vidro e se abrem junto com as dos trens. Completa, a linha deve transportar 230 mil usuários por dia.
A viagem entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação São Judas do Metrô vai demorar seis minutos. Essa etapa de 3,8 quilômetros terá duas estações e uma demanda prevista de 18 mil usuários por dia. O trecho 2, São Judas-Estação Morumbi, com interligação na Estação Jabaquara do Metrô, movimentará 100 mil usuários/dia. Essa fase deve começar a operação em 2012 e terá mais 10,8 quilômetros e 12 estações.
Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp, Fernando Okimoto, a escolha pelo monotrilho deve levar em conta problemas a serem gerados com o elevado, como desvalorização de regiões e agressão à paisagem urbana. “Pode-se resolver o problema do transporte e provocar um outro, urbanístico.”
SERVIÇO
Bilhete especial para desempregado
O trabalhador demitido sem justa causa, há no mínimo um mês e no máximo seis, tem direito ao Bilhete Especial do Desempregado do Metrô de São Paulo. O solicitante deve ter trabalhado nos últimos seis meses contínuos. Para fazer a requisição, o usuário deve comparecer à Estação Marechal Deodoro do Metrô, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. O passageiro deve levar a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o termo de rescisão do último contrato empregatício. O bilhete é válido por 90 dias e pode ser utilizado em todas estações do Metrô. Para mais informações, o telefone é 0800-7707-722.
O trabalhador demitido sem justa causa, há no mínimo um mês e no máximo seis, tem direito ao Bilhete Especial do Desempregado do Metrô de São Paulo. O solicitante deve ter trabalhado nos últimos seis meses contínuos. Para fazer a requisição, o usuário deve comparecer à Estação Marechal Deodoro do Metrô, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. O passageiro deve levar a carteira de identidade, a carteira de trabalho e o termo de rescisão do último contrato empregatício. O bilhete é válido por 90 dias e pode ser utilizado em todas estações do Metrô. Para mais informações, o telefone é 0800-7707-722.
INFO
Transporte coletivo ruim incentiva uso do carro
Roberto do Nascimento
Pesquisa encomendado pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope, mostra que o paulistano até deixaria o carro em casa, se tivesse um transporte coletivo decente. Foram entrevistadas 805 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 28 e 1º. A pesquisa quis saber, por exemplo, o tempo que as pessoas levam para se deslocar todos os dias para sua atividade principal e se trocariam o carro pelo transporte público, caso houvesse boa oferta. A consulta antecede o Dia Mundial sem Carro, que ocorre na terça-feira.
Na comparação com os resultados de 2008, cresceu 13 pontos porcentuais o número de paulistanos com um ou mais carros (de 37% para 50%). E 37% deles compraram o veículo nos últimos 12 meses.
O paulistano, segundo a pesquisa, estaria disposto a deixar o carro em casa, se tivesse transporte público de qualidade. Do total, 43% deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte, e 35% provavelmente deixariam.
A população está dividida sobre a proibição aos ônibus fretados (47% dos entrevistados são a favor e 51%, contrários). A liberação de mototáxi na cidade também coloca metade da cidade em campos opostos: 50% são a favor e 48%, contrários. Mas 57% afirmaram que não utilizariam o serviço.
Maioria é a favor da ampliação da avenida Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo - 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê, porém 56% acham que o dinheiro da obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. (DiárioNet)
Roberto do Nascimento
Pesquisa encomendado pelo Movimento Nossa São Paulo ao Ibope, mostra que o paulistano até deixaria o carro em casa, se tivesse um transporte coletivo decente. Foram entrevistadas 805 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 28 e 1º. A pesquisa quis saber, por exemplo, o tempo que as pessoas levam para se deslocar todos os dias para sua atividade principal e se trocariam o carro pelo transporte público, caso houvesse boa oferta. A consulta antecede o Dia Mundial sem Carro, que ocorre na terça-feira.
Na comparação com os resultados de 2008, cresceu 13 pontos porcentuais o número de paulistanos com um ou mais carros (de 37% para 50%). E 37% deles compraram o veículo nos últimos 12 meses.
O paulistano, segundo a pesquisa, estaria disposto a deixar o carro em casa, se tivesse transporte público de qualidade. Do total, 43% deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte, e 35% provavelmente deixariam.
A população está dividida sobre a proibição aos ônibus fretados (47% dos entrevistados são a favor e 51%, contrários). A liberação de mototáxi na cidade também coloca metade da cidade em campos opostos: 50% são a favor e 48%, contrários. Mas 57% afirmaram que não utilizariam o serviço.
Maioria é a favor da ampliação da avenida Marginal Tietê, mas, se pudesse escolher, optaria por investir os recursos no transporte coletivo - 89% dos entrevistados concordaram com a criação de novas pistas na Marginal Tietê, porém 56% acham que o dinheiro da obra deveria ser utilizado para ampliar linhas de metrô e trem e em corredores de ônibus. (DiárioNet)
INFO
Usuário reclama que espera mais por ônibus
Entrevistados pelo Ibope também apontam maior superlotação
Renato Machado
Os usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo acham que os ônibus estão demorando mais para passar e estão mais lotados. Segundo dados preliminares de uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, 44% dos entrevistados afirmam que aumentou o tempo de espera no último ano, ante 42% que acham que está igual. Para apenas 11% diminuiu e outros 3% não souberam responder.
Situação parecida foi constatada em relação à lotação. Os dados mostram que 50% apontaram aumento na lotação, ante 43% que acham que não houve mudança. Somente 4% afirmaram que diminuiu e outros 2% não souberam responder. A pesquisa Ibope foi feita entre 28 de agosto e o dia 1º deste mês. Foram ouvidas 805 pessoas.
"Os ônibus sempre foram lotados. Mas eles estão demorando mais e, por isso, a gente se mete no primeiro que passa", diz o auxiliar administrativo Marcelo de Oliveira Calixto, de 27 anos. Por volta de 7h50, ele pega o ônibus na Avenida Francisco Morato, no Jardim Canner, e segue até a Paulista.
Os especialistas ressaltam que a pesquisa reflete a percepção do usuário e não exatamente a situação, já que não é baseada em estatísticas operacionais. "Mas é um importante termômetro da situação", diz o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público, Marcos Pimentel Bicalho. "Um dos fatores que prejudicam os ônibus cada vez mais é o congestionamento. Os ônibus são os que mais sofrem, porque tem uma rota fixa e não podem fugir das filas. Mas também temos de analisar se a frota diminuiu."
Segundo dados do site da São Paulo Transportes (SPTrans), houve redução na frota cadastrada que serve o transporte público. Os números de agosto (os mais recentes) apontam que há 14.868 veículos. No mesmo mês do ano passado, eram 14.982. Por outro lado, a média mensal de passageiros transportados até agosto foi de 235,3 milhões ante 231,2 milhões do período anterior.
A SPTrans afirma que não registrou aumento no tempo de espera nos ônibus e as partidas continuam com o mesmo intervalo. "Além disso, o acompanhamento feito aponta aumento de 3,5% na velocidade nos corredores no pico da manhã." A empresa diz que os dados no site referem-se à frota cadastrada e não à frota circulante, sendo que a última não diminuiu porque "cada linha tem um número definido de veículos". A SPTrans diz que os novos ônibus têm capacidade maior de transporte e, por isso, aumentou a quantidade de passageiros transportados por veículos. (Jornal da Tarde)
Entrevistados pelo Ibope também apontam maior superlotação
Renato Machado
Os usuários de transporte coletivo na cidade de São Paulo acham que os ônibus estão demorando mais para passar e estão mais lotados. Segundo dados preliminares de uma pesquisa do Ibope encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, 44% dos entrevistados afirmam que aumentou o tempo de espera no último ano, ante 42% que acham que está igual. Para apenas 11% diminuiu e outros 3% não souberam responder.
Situação parecida foi constatada em relação à lotação. Os dados mostram que 50% apontaram aumento na lotação, ante 43% que acham que não houve mudança. Somente 4% afirmaram que diminuiu e outros 2% não souberam responder. A pesquisa Ibope foi feita entre 28 de agosto e o dia 1º deste mês. Foram ouvidas 805 pessoas.
"Os ônibus sempre foram lotados. Mas eles estão demorando mais e, por isso, a gente se mete no primeiro que passa", diz o auxiliar administrativo Marcelo de Oliveira Calixto, de 27 anos. Por volta de 7h50, ele pega o ônibus na Avenida Francisco Morato, no Jardim Canner, e segue até a Paulista.
Os especialistas ressaltam que a pesquisa reflete a percepção do usuário e não exatamente a situação, já que não é baseada em estatísticas operacionais. "Mas é um importante termômetro da situação", diz o superintendente da Associação Nacional de Transporte Público, Marcos Pimentel Bicalho. "Um dos fatores que prejudicam os ônibus cada vez mais é o congestionamento. Os ônibus são os que mais sofrem, porque tem uma rota fixa e não podem fugir das filas. Mas também temos de analisar se a frota diminuiu."
Segundo dados do site da São Paulo Transportes (SPTrans), houve redução na frota cadastrada que serve o transporte público. Os números de agosto (os mais recentes) apontam que há 14.868 veículos. No mesmo mês do ano passado, eram 14.982. Por outro lado, a média mensal de passageiros transportados até agosto foi de 235,3 milhões ante 231,2 milhões do período anterior.
A SPTrans afirma que não registrou aumento no tempo de espera nos ônibus e as partidas continuam com o mesmo intervalo. "Além disso, o acompanhamento feito aponta aumento de 3,5% na velocidade nos corredores no pico da manhã." A empresa diz que os dados no site referem-se à frota cadastrada e não à frota circulante, sendo que a última não diminuiu porque "cada linha tem um número definido de veículos". A SPTrans diz que os novos ônibus têm capacidade maior de transporte e, por isso, aumentou a quantidade de passageiros transportados por veículos. (Jornal da Tarde)
INFO
MASCARELLO LANÇA O GRANFLEX 330
A Mascarello Ônibus do Paraná lança mais uma grande ferramenta para o transporte: o GranFlex 330.
O modelo já era um sucesso de vendas e agora ficou mais moderno e atraente.
As principais alterações foram em seu estilo. Tem a frente com um desenho mais limpo, faróis com lentes integradas e maior área de visão. Os espelhos carenados aumentaram também o campo de visão para as manobras.
Em seu interior, destacam-se o novo painel, que agora é mais ergonomico e tem melhor acesso aos comandos. A porta de entrada ficou mais larga e com a nova escada, obteve-se um maior espaço.Espaço também encontrado no bageiro e no novo porta pacotes.
A Mascarello aposta muito nesta novidade e ressalta que com passos curtos mas bem pensados, toda sua linha sempre estará moderna e pronta para atender ao mercado.
Sobre a Mascarello
Hoje a empresa conta com uma linha de produtos que absorve o mercado nacional e internacional. Com modelos que atendem os diversos meios como urbanos, rodoviários, micros e minis, a Mascarello aposta positivamente na sua qualidade, inovação e está se preparando para atender as novas regras do setor.
Os modelos fabricados pela Mascarello são: GranMini, GranMicro, GranMidi, GranVia, Granvia Midi, GranVia Articulado, GranVia Low Entry, GranFlex, Roma MD e Roma 350.
Fonte: Shoptrans
A Mascarello Ônibus do Paraná lança mais uma grande ferramenta para o transporte: o GranFlex 330.
O modelo já era um sucesso de vendas e agora ficou mais moderno e atraente.
As principais alterações foram em seu estilo. Tem a frente com um desenho mais limpo, faróis com lentes integradas e maior área de visão. Os espelhos carenados aumentaram também o campo de visão para as manobras.
Em seu interior, destacam-se o novo painel, que agora é mais ergonomico e tem melhor acesso aos comandos. A porta de entrada ficou mais larga e com a nova escada, obteve-se um maior espaço.Espaço também encontrado no bageiro e no novo porta pacotes.
A Mascarello aposta muito nesta novidade e ressalta que com passos curtos mas bem pensados, toda sua linha sempre estará moderna e pronta para atender ao mercado.
Sobre a Mascarello
Hoje a empresa conta com uma linha de produtos que absorve o mercado nacional e internacional. Com modelos que atendem os diversos meios como urbanos, rodoviários, micros e minis, a Mascarello aposta positivamente na sua qualidade, inovação e está se preparando para atender as novas regras do setor.
Os modelos fabricados pela Mascarello são: GranMini, GranMicro, GranMidi, GranVia, Granvia Midi, GranVia Articulado, GranVia Low Entry, GranFlex, Roma MD e Roma 350.
Fonte: Shoptrans
INFO
TÁXIS PODEM CIRCULAR NOS CORREDORES EXCLUSIVOS DE ÔNIBUS ATÉ O FINAL DO ANO
SMT também prorroga autorização para circulação de veículos de passeio durante madrugadas, fins de semana e feriados.
A Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) renovou, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para circulação de táxis nos corredores de ônibus da capital desde que os veículos estejam transportando passageiros.
A Secretaria adota essa medida porque considera que o serviço de táxi, destinado ao transporte de passageiros, contribui para a redução de congestionamentos.
A SMT adverte que, para usufruir desse direito, os táxis não podem possuir película de escurecimento nos vidros, porque ela dificulta a visualização do interior do carro pela fiscalização.
Os corredores de ônibus liberados para o tráfego são:
* Pirituba/Lapa/Centro
* Inajar/Rio Branco/Centro
* Campo Limpo/Rebouças/Centro
* Santo Amaro/Nove de Julho/Centro
* Jardim Ângela/Guarapiranga/Santo Amaro
* Capelinha/Ibirapuera/Centro
* Parelheiros/Rio Bonito/Santo Amaro
* Itapecerica/João Dias/Centro
* Paes de Barros
Também foi renovada, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para a circulação de veículos de passeio nesses corredores nos fins de semana, feriados e diariamente durante as madrugadas, desde que respeitados os seguintes horários:
diariamente, das 23 às 4 horas;
nos fins de semana, das 15 horas do sábado às 4 horas da segunda-feira;
nos feriados, da 0 hora às 4 horas do dia seguinte.
A autorização para o uso de corredores de ônibus em períodos ociosos foi determinada pela primeira vez em 15 de agosto de 2005 e, desde então, sua renovação tem sido feita sistematicamente.(Prefeitura SP)
SMT também prorroga autorização para circulação de veículos de passeio durante madrugadas, fins de semana e feriados.
A Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) renovou, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para circulação de táxis nos corredores de ônibus da capital desde que os veículos estejam transportando passageiros.
A Secretaria adota essa medida porque considera que o serviço de táxi, destinado ao transporte de passageiros, contribui para a redução de congestionamentos.
A SMT adverte que, para usufruir desse direito, os táxis não podem possuir película de escurecimento nos vidros, porque ela dificulta a visualização do interior do carro pela fiscalização.
Os corredores de ônibus liberados para o tráfego são:
* Pirituba/Lapa/Centro
* Inajar/Rio Branco/Centro
* Campo Limpo/Rebouças/Centro
* Santo Amaro/Nove de Julho/Centro
* Jardim Ângela/Guarapiranga/Santo Amaro
* Capelinha/Ibirapuera/Centro
* Parelheiros/Rio Bonito/Santo Amaro
* Itapecerica/João Dias/Centro
* Paes de Barros
Também foi renovada, até 31 de dezembro de 2009, a autorização para a circulação de veículos de passeio nesses corredores nos fins de semana, feriados e diariamente durante as madrugadas, desde que respeitados os seguintes horários:
diariamente, das 23 às 4 horas;
nos fins de semana, das 15 horas do sábado às 4 horas da segunda-feira;
nos feriados, da 0 hora às 4 horas do dia seguinte.
A autorização para o uso de corredores de ônibus em períodos ociosos foi determinada pela primeira vez em 15 de agosto de 2005 e, desde então, sua renovação tem sido feita sistematicamente.(Prefeitura SP)
INFO
Ônibus 100% biocombustíveis emitem 30% menos poluentes
Depois de circularem por um mês, resultado foi além do esperado. Consumo médio também foi menor
Os seis ônibus da Linha Verde, que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de óxido de nitrogênio e de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).
Os resultados foram apresentados na segunda-feira durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira em torno de 2,5 mil participantes. O prefeito Beto Richa e o ministro das Cidades, Marcio Fortes, abriram o Congresso ontem, na Universidade Positivo.
Os ônibus, três da Scânia e três da Volvo, foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto, e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. “Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.”, disse Elcio Luiz Karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito, reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.
Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. “O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia”, afirma. “E os primeiros resultados são animadores”, disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.
Os ônibus do B 100 fazem a linha Pinheirinho-Carlos Gomes pela Linha Verde e rodam em média, por dia útil, em torno de 200 quilômetros. A fase experimental vai durar 18 meses e a intenção é ampliar o uso do biocombustível para toda a frota da Linha Verde e, se comprovada a viabilidade, para o restante da frota da cidade. (NTU)
Depois de circularem por um mês, resultado foi além do esperado. Consumo médio também foi menor
Os seis ônibus da Linha Verde, que há um mês estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel, apresentaram resultados que surpreenderam até mesmo os coordenadores do projeto, pioneiro na América Latina. Medições técnicas mostraram um índice de opacidade (emissão de fumaça) 25% menor e redução de 19% de óxido de nitrogênio e de 30% nas emissões de monóxido de carbono (CO).
Os resultados foram apresentados na segunda-feira durante visita técnica programada pela Urbs, Urbanização de Curitiba S/A, que integra a programação do 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Congresso reunirá em Curitiba, até sexta-feira em torno de 2,5 mil participantes. O prefeito Beto Richa e o ministro das Cidades, Marcio Fortes, abriram o Congresso ontem, na Universidade Positivo.
Os ônibus, três da Scânia e três da Volvo, foram abastecidos 100% com biocombustível à base de soja no dia 27 de agosto, e a previsão era de um consumo de combustível até 8% maior do que os ônibus abastecidos com diesel. “Mas o que se verificou é que o consumo aumentou apenas 5%, com índices melhores que os esperados neste início de programa.”, disse Elcio Luiz Karas, gestor da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs, durante apresentação a técnicos e especialistas em transporte e trânsito, reunidos no auditório do Mercado de Orgânicos de Curitiba.
Coordenador do projeto, Karas comemorou os resultados. “O desempenho, potência, consumo e emissões de poluentes estão sendo acompanhados dia a dia”, afirma. “E os primeiros resultados são animadores”, disse ele, destacando que o projeto B100, como é definido pelos técnicos, só foi possível graças à determinação da administração municipal e à ampla parceria com empresas e institutos de tecnologia.
Os ônibus do B 100 fazem a linha Pinheirinho-Carlos Gomes pela Linha Verde e rodam em média, por dia útil, em torno de 200 quilômetros. A fase experimental vai durar 18 meses e a intenção é ampliar o uso do biocombustível para toda a frota da Linha Verde e, se comprovada a viabilidade, para o restante da frota da cidade. (NTU)
SÓ ALEGRIA
PraDESCONTRAIR
Lula e Pelé
O presidente Lula chega a uma festade aniversário para a qual tinha sido convidado.
Na portaria, percebeu que havia esquecido seus documentos. Mesmo assim, tentou entrar, mas foi barrado:
- Os documentos, senhor. Disse o segurança.
- Eu os esqueci...
- Então não pode entrar.
- Como assim? Eu sou o presidente da república! E, além disso, eu fui convidado!
- Bom, então o senhor vai ter que me provar que é mesmo o presidente.
- Como?
- Ainda há pouco, o Oscar passou por aqui com o mesmo problema do senhor e, para me provar que era mesmo o Oscar, jogou um basquete fenomenal aqui na minha frente... Depois foi o Pelé, que com uma bola no pé, fez maravilhas. Agora é a vez do senhor!
- Mas eu não sei fazer nada...
- Me convenceu, pode entrar.
(MAIS HUMOR? INFOCASA: http://infocasa.blogspot.com )
Lula e Pelé
O presidente Lula chega a uma festade aniversário para a qual tinha sido convidado.
Na portaria, percebeu que havia esquecido seus documentos. Mesmo assim, tentou entrar, mas foi barrado:
- Os documentos, senhor. Disse o segurança.
- Eu os esqueci...
- Então não pode entrar.
- Como assim? Eu sou o presidente da república! E, além disso, eu fui convidado!
- Bom, então o senhor vai ter que me provar que é mesmo o presidente.
- Como?
- Ainda há pouco, o Oscar passou por aqui com o mesmo problema do senhor e, para me provar que era mesmo o Oscar, jogou um basquete fenomenal aqui na minha frente... Depois foi o Pelé, que com uma bola no pé, fez maravilhas. Agora é a vez do senhor!
- Mas eu não sei fazer nada...
- Me convenceu, pode entrar.
(MAIS HUMOR? INFOCASA: http://infocasa.blogspot.com )
INFO
Bilhete integrado metropolitano
O crescente custo do sistema de transporte público de São Paulo poderá ser freado a partir de janeiro com a adoção do Bilhete Integrado Metropolitano (BIM), iniciativa do governo do Estado, que permitirá aos passageiros o deslocamento por um tempo determinado, pagando tarifa única e usando todos os meios de transportes das cidades da região metropolitana de São Paulo que aderirem ao sistema. Em novembro será concluído o processo de licitação de R$ 2 bilhões, que cederá à iniciativa privada a gerência do bilhete único. A concessão será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com contrato reajustado anualmente pelo IPC-Fipe.
A empresa ou consórcio que vencer a concorrência do BIM pagará R$ 200 milhões à Prefeitura de São Paulo como compensação pelos gastos com a implantação do bilhete único, desde 2004, e terá de investir R$ 310 milhões para implantar e manter o bilhete integrado tecnologicamente atualizado durante 30 anos. Será criada uma câmara de compensação para administrar a receita das passagens e serão instalados validadores de bilhetes, bloqueios e softwares para leitura dos bilhetes.
No primeiro ano, a empresa assumirá a arrecadação do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da São Paulo Transportes, responsável pela administração do sistema de ônibus da capital. Dois anos após a assinatura do contrato, cidades das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas poderão integrar o sistema.
Para a Prefeitura de São Paulo, o BIM reduzirá significativamente os custos do transporte. A administração municipal calcula uma economia de pelo menos R$ 250 milhões já no próximo ano. Note-se que nos últimos quatro anos as despesas com o sistema quadruplicaram. Conforme auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), entre 2005 e 2008, os gastos da Prefeitura com os ônibus saltaram de R$ 244 milhões para quase R$ 1 bilhão anuais. Esse custo deveria ser coberto pela arrecadação no próprio sistema, mas as viações afirmam que há uma grande diferença entre seus custos e a compensação paga pelo poder público por passageiro transportado.
A Prefeitura cobre esse déficit. Nos últimos dois anos, com o congelamento da tarifa em R$ 2,30 - promessa de campanha do prefeito Gilberto Kassab -, os subsídios subiram de R$ 300 milhões para R$ 630 milhões por ano. Gastos para manter as operações dos terminais, da venda de passagens, recarga de bilhete único, fiscalização e gerenciamento completam a conta do sistema em quase R$ 1 bilhão por ano.
Em seu relatório, auditores do TCM lembram que pelos contratos de concessão assinados em 2003, os gastos com operação do sistema deveriam ser de responsabilidade das viações. No entanto, várias cláusulas foram introduzidas, livrando as empresas de ônibus desse peso e deixando ao governo municipal toda a carga.
Se ao alto custo correspondesse uma substancial melhoria da qualidade do serviço prestado, ainda haveria justificativa para o peso que os subsídios exercem sobre as finanças municipais. Mas pesquisas realizadas pela Associação Nacional de Transportes Públicos apontam queda de 52% para 40% na proporção de passageiros que aprovam o sistema de ônibus municipais. Entre todos os modais de transporte avaliados, os ônibus são os piores.
Especialistas em transporte público acreditam que a instalação do bilhete único integrado colocará à disposição dos passageiros serviços de metrô, trens e ônibus mais modernos, confortáveis e confiáveis. Acredita-se, porém, numa elevação da tarifa (hoje, viajar de ônibus custa R$ 2,30 e de metrô, R$ 2,55), seguindo o exemplo do que ocorre nas estradas privatizadas, nas quais as condições são melhores do que as das estradas mantidas pelo governo, mas o custo dos pedágios é mais alto. É preciso considerar, porém, que para grande parte da população, principalmente a que hoje usa o carro para se deslocar, o transporte público só será atraente se oferecer conforto, eficiência e segurança, embora possa custar um pouco mais.
O crescente custo do sistema de transporte público de São Paulo poderá ser freado a partir de janeiro com a adoção do Bilhete Integrado Metropolitano (BIM), iniciativa do governo do Estado, que permitirá aos passageiros o deslocamento por um tempo determinado, pagando tarifa única e usando todos os meios de transportes das cidades da região metropolitana de São Paulo que aderirem ao sistema. Em novembro será concluído o processo de licitação de R$ 2 bilhões, que cederá à iniciativa privada a gerência do bilhete único. A concessão será feita por meio de Parceria Público-Privada (PPP), com contrato reajustado anualmente pelo IPC-Fipe.
A empresa ou consórcio que vencer a concorrência do BIM pagará R$ 200 milhões à Prefeitura de São Paulo como compensação pelos gastos com a implantação do bilhete único, desde 2004, e terá de investir R$ 310 milhões para implantar e manter o bilhete integrado tecnologicamente atualizado durante 30 anos. Será criada uma câmara de compensação para administrar a receita das passagens e serão instalados validadores de bilhetes, bloqueios e softwares para leitura dos bilhetes.
No primeiro ano, a empresa assumirá a arrecadação do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e da São Paulo Transportes, responsável pela administração do sistema de ônibus da capital. Dois anos após a assinatura do contrato, cidades das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas poderão integrar o sistema.
Para a Prefeitura de São Paulo, o BIM reduzirá significativamente os custos do transporte. A administração municipal calcula uma economia de pelo menos R$ 250 milhões já no próximo ano. Note-se que nos últimos quatro anos as despesas com o sistema quadruplicaram. Conforme auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), entre 2005 e 2008, os gastos da Prefeitura com os ônibus saltaram de R$ 244 milhões para quase R$ 1 bilhão anuais. Esse custo deveria ser coberto pela arrecadação no próprio sistema, mas as viações afirmam que há uma grande diferença entre seus custos e a compensação paga pelo poder público por passageiro transportado.
A Prefeitura cobre esse déficit. Nos últimos dois anos, com o congelamento da tarifa em R$ 2,30 - promessa de campanha do prefeito Gilberto Kassab -, os subsídios subiram de R$ 300 milhões para R$ 630 milhões por ano. Gastos para manter as operações dos terminais, da venda de passagens, recarga de bilhete único, fiscalização e gerenciamento completam a conta do sistema em quase R$ 1 bilhão por ano.
Em seu relatório, auditores do TCM lembram que pelos contratos de concessão assinados em 2003, os gastos com operação do sistema deveriam ser de responsabilidade das viações. No entanto, várias cláusulas foram introduzidas, livrando as empresas de ônibus desse peso e deixando ao governo municipal toda a carga.
Se ao alto custo correspondesse uma substancial melhoria da qualidade do serviço prestado, ainda haveria justificativa para o peso que os subsídios exercem sobre as finanças municipais. Mas pesquisas realizadas pela Associação Nacional de Transportes Públicos apontam queda de 52% para 40% na proporção de passageiros que aprovam o sistema de ônibus municipais. Entre todos os modais de transporte avaliados, os ônibus são os piores.
Especialistas em transporte público acreditam que a instalação do bilhete único integrado colocará à disposição dos passageiros serviços de metrô, trens e ônibus mais modernos, confortáveis e confiáveis. Acredita-se, porém, numa elevação da tarifa (hoje, viajar de ônibus custa R$ 2,30 e de metrô, R$ 2,55), seguindo o exemplo do que ocorre nas estradas privatizadas, nas quais as condições são melhores do que as das estradas mantidas pelo governo, mas o custo dos pedágios é mais alto. É preciso considerar, porém, que para grande parte da população, principalmente a que hoje usa o carro para se deslocar, o transporte público só será atraente se oferecer conforto, eficiência e segurança, embora possa custar um pouco mais.
INFO
PRIMEIRO PLANO
Ariverson Feltrin
Corredor ABD
Nota publicada na coluna desta semana sobre a demora do Corredor de Ônibus ABD ser interligado a São Paulo mereceu esclarecimentos da EMTU, gestora do sistema. "Sobre o corredor Diadema-São Paulo (Brooklin) há uma situação jurídica que impede a continuidade do processo de licitação das obras. A EMTU aguarda parecer em relação aos recursos impetrados por empresas concorrentes e reitera o compromisso de iniciar a obra assim que for autorizada pela Justiça. Após a solução dos impedimentos jurídicos, a obra será concluída em oito meses, a partir do seu início", informa a assessoria de imprensa da gestora. (Diário do Grande ABC)
Ariverson Feltrin
Corredor ABD
Nota publicada na coluna desta semana sobre a demora do Corredor de Ônibus ABD ser interligado a São Paulo mereceu esclarecimentos da EMTU, gestora do sistema. "Sobre o corredor Diadema-São Paulo (Brooklin) há uma situação jurídica que impede a continuidade do processo de licitação das obras. A EMTU aguarda parecer em relação aos recursos impetrados por empresas concorrentes e reitera o compromisso de iniciar a obra assim que for autorizada pela Justiça. Após a solução dos impedimentos jurídicos, a obra será concluída em oito meses, a partir do seu início", informa a assessoria de imprensa da gestora. (Diário do Grande ABC)
sábado, 3 de outubro de 2009
INFO
Kassab vai mudar os repasses a lotações
Licitação individualiza pagamentos e reduz poder das cooperativas
Diego Zanchetta
A licitação do transporte público, realizado sob permissão do poder público por 5.789 perueiros lotados em oito cooperativas, deve ocorrer em 2010 e será um dos maiores desafios da gestão Gilberto Kassab (DEM). Os contratos de R$ 2,7 bilhões, assinados em 11 de julho de 2003, têm validade de sete anos. Dentro do governo, técnicos já trabalham com o objetivo de formular edital de concorrência que reduza o poder das cooperativas sobre os donos de lotações, que passariam a receber a remuneração por passageiro transportado, por meio de contas individualizadas abertas pela SPTrans (SPTrans). Os lotações transportam 2 milhões de passageiros por dia.
A discussão sobre o assunto já mobiliza políticos e empresários ligados às cooperativas em audiências e reuniões na Câmara. O vereador Milton Leite (DEM) diz que as peruas correm o risco de se transformarem em "táxis" coletivos. "E se o perueiro quebrar, quem vai colocar um carro reserva no lugar dele? Um modelo assim é impossível: a perua quebra, o motorista vai para casa e o passageiro fica esperando no ponto", argumenta o vereador, do mesmo partido do secretário de Transportes, Alexandre de Moraes. "As atitudes dele estão causando muito descontentamento entre perueiros", disse Leite.
O assunto também desperta temor no governo em relação aos possíveis protestos da categoria em ano eleitoral. Desde março de 2005, quando perueiros cercaram a Prefeitura e incendiaram carros, lotações não paralisam a cidade - o que também ocorreu em 2003 e 2004. Apesar das suspeitas de fraudes na licitação de 2003 realizada pela gestão Marta Suplicy (2001-2004) e da ligação de donos de cooperativas com integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PPC), revelada em fevereiro de 2006 pela Polícia Civil, nunca houve mudanças no comando das garagens.
Entre as denúncias levantadas pelo Ministério Público Estadual, uma cooperativa da zona leste, por exemplo, foi acusada por perueiros de cobrar propina mensal de R$ 6 mil de quem quisesse um itinerário em 2006. No mesmo ano, as denúncias chegaram a resultar em pedido de prisão do ex-secretário de Transportes Jilmar Tatto. O pedido foi negado pela Justiça, mas as mesmas garagens envolvidas, como a Associação Paulistana, continuam comandadas pelos mesmos diretores que venceram a concorrência em 2003.
SUBSÍDIOS
A licitação dos perueiros deve ocorrer no segundo semestre, quando a integração tarifária entre ônibus e Metrô estiver implementada. Planejada pelos governos municipal e estadual, a medida deve resultar em economia de R$ 250 milhões à Prefeitura. O Orçamento para 2010 também baixou a verba destinada a subsídios e renovação da frota - de R$ 700 milhões para R$ 360 milhões. Com folga no Orçamento, a pasta terá verbas para fazer a nova concorrência e para construir terminais de ônibus.
Na Assistência Social, o Orçamento divulgado na quarta-feira pelo governo, de R$ 704 milhões, foi corrigido ontem pela pasta. A assessoria da secretaria diz que o orçamento é de R$ 300 milhões - e outros R$ 404 milhões são do Fundo Municipal de Assistência Social, destinado às repartições gerenciadas por entidades sem fins lucrativos. A Secretaria de Serviços também informou que o teto de R$ 1,38 bilhão para 2010 não é só para a limpeza urbana, como o Estado divulgou ontem, mas inclui também os serviços funerário e de iluminação. (ESTADAO)
Licitação individualiza pagamentos e reduz poder das cooperativas
Diego Zanchetta
A licitação do transporte público, realizado sob permissão do poder público por 5.789 perueiros lotados em oito cooperativas, deve ocorrer em 2010 e será um dos maiores desafios da gestão Gilberto Kassab (DEM). Os contratos de R$ 2,7 bilhões, assinados em 11 de julho de 2003, têm validade de sete anos. Dentro do governo, técnicos já trabalham com o objetivo de formular edital de concorrência que reduza o poder das cooperativas sobre os donos de lotações, que passariam a receber a remuneração por passageiro transportado, por meio de contas individualizadas abertas pela SPTrans (SPTrans). Os lotações transportam 2 milhões de passageiros por dia.
A discussão sobre o assunto já mobiliza políticos e empresários ligados às cooperativas em audiências e reuniões na Câmara. O vereador Milton Leite (DEM) diz que as peruas correm o risco de se transformarem em "táxis" coletivos. "E se o perueiro quebrar, quem vai colocar um carro reserva no lugar dele? Um modelo assim é impossível: a perua quebra, o motorista vai para casa e o passageiro fica esperando no ponto", argumenta o vereador, do mesmo partido do secretário de Transportes, Alexandre de Moraes. "As atitudes dele estão causando muito descontentamento entre perueiros", disse Leite.
O assunto também desperta temor no governo em relação aos possíveis protestos da categoria em ano eleitoral. Desde março de 2005, quando perueiros cercaram a Prefeitura e incendiaram carros, lotações não paralisam a cidade - o que também ocorreu em 2003 e 2004. Apesar das suspeitas de fraudes na licitação de 2003 realizada pela gestão Marta Suplicy (2001-2004) e da ligação de donos de cooperativas com integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PPC), revelada em fevereiro de 2006 pela Polícia Civil, nunca houve mudanças no comando das garagens.
Entre as denúncias levantadas pelo Ministério Público Estadual, uma cooperativa da zona leste, por exemplo, foi acusada por perueiros de cobrar propina mensal de R$ 6 mil de quem quisesse um itinerário em 2006. No mesmo ano, as denúncias chegaram a resultar em pedido de prisão do ex-secretário de Transportes Jilmar Tatto. O pedido foi negado pela Justiça, mas as mesmas garagens envolvidas, como a Associação Paulistana, continuam comandadas pelos mesmos diretores que venceram a concorrência em 2003.
SUBSÍDIOS
A licitação dos perueiros deve ocorrer no segundo semestre, quando a integração tarifária entre ônibus e Metrô estiver implementada. Planejada pelos governos municipal e estadual, a medida deve resultar em economia de R$ 250 milhões à Prefeitura. O Orçamento para 2010 também baixou a verba destinada a subsídios e renovação da frota - de R$ 700 milhões para R$ 360 milhões. Com folga no Orçamento, a pasta terá verbas para fazer a nova concorrência e para construir terminais de ônibus.
Na Assistência Social, o Orçamento divulgado na quarta-feira pelo governo, de R$ 704 milhões, foi corrigido ontem pela pasta. A assessoria da secretaria diz que o orçamento é de R$ 300 milhões - e outros R$ 404 milhões são do Fundo Municipal de Assistência Social, destinado às repartições gerenciadas por entidades sem fins lucrativos. A Secretaria de Serviços também informou que o teto de R$ 1,38 bilhão para 2010 não é só para a limpeza urbana, como o Estado divulgou ontem, mas inclui também os serviços funerário e de iluminação. (ESTADAO)
RIO DE JANEIRO
A ressurreição de 14 rotas de ônibus
Linhas abandonadas transportavam 35 mil passageiros na Zona Oeste
POR FRANCISCO EDSON ALVES, RIO DE JANEIRO
Rio - A licitação que a prefeitura fará em 90 dias para as 47 linhas de ônibus da Zona Oeste ressuscitará 14 delas, que atualmente só existem no papel. Há anos esses trajetos foram abandonados. Essas linhas esquecidas transportavam 35 mil passageiros por dia, segundo a Secretaria Municipal de Transportes. Em algumas rotas cedidas a outras empresas temporariamente sobram queixas de usuários.
Os percursos que serão reativados pertencem a Feital, Ocidental e Oriental. Entre eles, há ligações entre bairros da Zona Oeste com a Barra da Tijuca e Praça 15. “Algumas dessas linhas chegaram a ser cobertas pelo ‘pool’ (conjunto de empresas), mas de forma precária. Elas deverão ser reativadas com a nova licitação”, afirma o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.
Hoje, ex-usuários dessas linhas são obrigados a andar quilômetros ou embarcar em vans ilegais. A expectativa é que, com a licitação do transporte alternativo municipal, as vans piratas passem a ser reprimidas. O resultado da concorrência do primeiro lote, justamente na Zona Oeste, será conhecido em novembro.
FILA DE QUEIXAS
A transferência de alguns trajetos para outras empresas nem sempre é sinônimo de bom serviço para os passageiros. “A gente tem que esperar por mais de uma hora aqui na Praça 15, sob sol forte ou chuva”, lamentou a enfermeira Rosemeri Silva, 45, usuária da linha 367 (Realengo-Praça 15), que a prefeitura passou da Feital para a Viação Campo Grande.
Essa empresa, ontem, recebeu ordem para reduzir o intervalo entre os ônibus da linha 397 de uma hora para 30 minutos, na madrugada. A linha é ‘herdada’ da Ocidental, proibida pela Justiça de colocar seus precários veículos na rua.
Após esperar 40 minutos pelo S14 (Campo Grande-Praça Tiradentes), da Oriental, o aposentado Valdir José, 56, indignou-se com o estado do ônibus: “Olha que absurdo! Não há banco nesta fileira”. Ele se referia ao veículo que chegou ao ponto das esquinas das ruas do Senado e do Lavradio, por volta das 10h50, esperado por longa fila de passageiros.
CONFIRA AS 14 LINHAS QUE VÃO VOLTAR ÀS RUAS
Nos pontos de ônibus, os passageiros já não creem na justificativa dos atrasos devido a engarrafamentos. “Essa lorota a gente já escuta há tempos. Elas (viações) não têm é condições de prestar um serviço decente para nós”, criticou Luciana da Silva, 37, usuária do 398 (Campo Grande-Vila Kennedy), da Oriental.
Diretor da Oriental, Júlio Mesquita alegou que está investindo na renovação da frota. “Ano passado gastamos R$ 7 milhões com aquisição de 53 ônibus. Até o fim do ano, a previsão é de mais R$ 12 milhões”, afirmou Mesquita, que diz não ter sido avisado oficialmente da cassação. Feital e da Ocidental não retornaram as ligações de O DIA.
As 14 linhas que devem voltar a circular são: 756 (Senador Camará-Alvorada, via BarraShopping); 856 (Base Aérea-Mal. Hermes); 875 (Sepetiba-Cascadura, via Rodoviária de Campo Grande); 301 (Deodoro-Praça 15, rápido); 784 (Mal. Hermes-Vila Kennedy); 817 (Campo Grande-Fazenda Botafogo, via Bangu); 860 (Mangaratiba-Pedra de Guaratiba); 861 (Reta-Cesarão); 862 (Urucânia-São Fernando); 863 (S. Fernando-Cesarão); 886 (Sta. Cruz-Jesuítas); 892 (Sta. Cruz-São Benedito); S10 (Mendanha-Lgo. de S. Francisco), e 810 (Taquaral-INPS). (O Dia)
Linhas abandonadas transportavam 35 mil passageiros na Zona Oeste
POR FRANCISCO EDSON ALVES, RIO DE JANEIRO
Rio - A licitação que a prefeitura fará em 90 dias para as 47 linhas de ônibus da Zona Oeste ressuscitará 14 delas, que atualmente só existem no papel. Há anos esses trajetos foram abandonados. Essas linhas esquecidas transportavam 35 mil passageiros por dia, segundo a Secretaria Municipal de Transportes. Em algumas rotas cedidas a outras empresas temporariamente sobram queixas de usuários.
Os percursos que serão reativados pertencem a Feital, Ocidental e Oriental. Entre eles, há ligações entre bairros da Zona Oeste com a Barra da Tijuca e Praça 15. “Algumas dessas linhas chegaram a ser cobertas pelo ‘pool’ (conjunto de empresas), mas de forma precária. Elas deverão ser reativadas com a nova licitação”, afirma o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão.
Hoje, ex-usuários dessas linhas são obrigados a andar quilômetros ou embarcar em vans ilegais. A expectativa é que, com a licitação do transporte alternativo municipal, as vans piratas passem a ser reprimidas. O resultado da concorrência do primeiro lote, justamente na Zona Oeste, será conhecido em novembro.
FILA DE QUEIXAS
A transferência de alguns trajetos para outras empresas nem sempre é sinônimo de bom serviço para os passageiros. “A gente tem que esperar por mais de uma hora aqui na Praça 15, sob sol forte ou chuva”, lamentou a enfermeira Rosemeri Silva, 45, usuária da linha 367 (Realengo-Praça 15), que a prefeitura passou da Feital para a Viação Campo Grande.
Essa empresa, ontem, recebeu ordem para reduzir o intervalo entre os ônibus da linha 397 de uma hora para 30 minutos, na madrugada. A linha é ‘herdada’ da Ocidental, proibida pela Justiça de colocar seus precários veículos na rua.
Após esperar 40 minutos pelo S14 (Campo Grande-Praça Tiradentes), da Oriental, o aposentado Valdir José, 56, indignou-se com o estado do ônibus: “Olha que absurdo! Não há banco nesta fileira”. Ele se referia ao veículo que chegou ao ponto das esquinas das ruas do Senado e do Lavradio, por volta das 10h50, esperado por longa fila de passageiros.
CONFIRA AS 14 LINHAS QUE VÃO VOLTAR ÀS RUAS
Nos pontos de ônibus, os passageiros já não creem na justificativa dos atrasos devido a engarrafamentos. “Essa lorota a gente já escuta há tempos. Elas (viações) não têm é condições de prestar um serviço decente para nós”, criticou Luciana da Silva, 37, usuária do 398 (Campo Grande-Vila Kennedy), da Oriental.
Diretor da Oriental, Júlio Mesquita alegou que está investindo na renovação da frota. “Ano passado gastamos R$ 7 milhões com aquisição de 53 ônibus. Até o fim do ano, a previsão é de mais R$ 12 milhões”, afirmou Mesquita, que diz não ter sido avisado oficialmente da cassação. Feital e da Ocidental não retornaram as ligações de O DIA.
As 14 linhas que devem voltar a circular são: 756 (Senador Camará-Alvorada, via BarraShopping); 856 (Base Aérea-Mal. Hermes); 875 (Sepetiba-Cascadura, via Rodoviária de Campo Grande); 301 (Deodoro-Praça 15, rápido); 784 (Mal. Hermes-Vila Kennedy); 817 (Campo Grande-Fazenda Botafogo, via Bangu); 860 (Mangaratiba-Pedra de Guaratiba); 861 (Reta-Cesarão); 862 (Urucânia-São Fernando); 863 (S. Fernando-Cesarão); 886 (Sta. Cruz-Jesuítas); 892 (Sta. Cruz-São Benedito); S10 (Mendanha-Lgo. de S. Francisco), e 810 (Taquaral-INPS). (O Dia)
INFO
(Primeiro Plano - Ariverson Feltrin/Diário do Grande ABC)
Copa acelera soluções
Em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil, como palco do maior evento de futebol do planeta, tem muitas deficiências para resolver, uma delas, bem evidente, está na questão da mobilidade. A Copa é de curta duração, mas impõe soluções que, se bem equacionadas, podem deixar as bases para melhorar de vez o travado cotidiano do ir e vir dos brasileiros.
No transporte coletivo, uma deficiência notabilizada pelo inchaço das metrópoles, há pelo menos duas correntes de interesses que disputam a primazia de terem seus sistemas adotados nas cidades que serão palco da Copa do Mundo. Uma delas é o BRT, transporte rápido feito por ônibus operados em canaletas, sistema adotado por Curitiba nos anos 1970 e propagado, em boa parte por consultores brasileiros, para várias partes do mundo, incluindo Colômbia, Estados Unidos, China e África do Sul, sede da Copa de 2010.
Outra corrente de interesse defende a solução do monotrilho, cogitado por algumas cidades, inclusive São Paulo. O sistema será apresentado na Feira Negócios nos Trilhos, de 10 a 12 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos expositores interessados, a Hitachi, assume um desafio: mostrar ao público que o monorail não é só atração de parque temático, mas meio de transporte de massa seguro, confortável, capaz de desatar as dificuldades de tráfego dos grandes centros urbanos. "Nossa empresa participou ativamente dos projetos implantados no Japão. Temos fornecido monorails no país desde 1964, sem nenhum acidente. Esperamos trazer este sistema de transporte ao Brasil", diz por meio de nota Toshiro Iwayama, vice-presidente da Hitachi Brasil.
Como temos dito reiteradas vezes neste espaço, o Brasil tem feito até agora muito pouco em prol da melhoria do sistema coletivo de transporte. Autoridades e formadores de opinião em geral não são usuários do meio coletivo (e, se já foram, deletam o passado). O tema, distante do cotidiano de quem decide, recorrentemente só ocupa o debate em épocas eleitorais.
Desta vez o Brasil foi eleito pelo mundo para ser a sede da Copa, o esporte mais difundido no planeta. O que se espera de todo anfitrião é que receba e transporte com eficiência todos os convidados, nativos e visitantes.
Copa acelera soluções
Em contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2014, o Brasil, como palco do maior evento de futebol do planeta, tem muitas deficiências para resolver, uma delas, bem evidente, está na questão da mobilidade. A Copa é de curta duração, mas impõe soluções que, se bem equacionadas, podem deixar as bases para melhorar de vez o travado cotidiano do ir e vir dos brasileiros.
No transporte coletivo, uma deficiência notabilizada pelo inchaço das metrópoles, há pelo menos duas correntes de interesses que disputam a primazia de terem seus sistemas adotados nas cidades que serão palco da Copa do Mundo. Uma delas é o BRT, transporte rápido feito por ônibus operados em canaletas, sistema adotado por Curitiba nos anos 1970 e propagado, em boa parte por consultores brasileiros, para várias partes do mundo, incluindo Colômbia, Estados Unidos, China e África do Sul, sede da Copa de 2010.
Outra corrente de interesse defende a solução do monotrilho, cogitado por algumas cidades, inclusive São Paulo. O sistema será apresentado na Feira Negócios nos Trilhos, de 10 a 12 de novembro, no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Um dos expositores interessados, a Hitachi, assume um desafio: mostrar ao público que o monorail não é só atração de parque temático, mas meio de transporte de massa seguro, confortável, capaz de desatar as dificuldades de tráfego dos grandes centros urbanos. "Nossa empresa participou ativamente dos projetos implantados no Japão. Temos fornecido monorails no país desde 1964, sem nenhum acidente. Esperamos trazer este sistema de transporte ao Brasil", diz por meio de nota Toshiro Iwayama, vice-presidente da Hitachi Brasil.
Como temos dito reiteradas vezes neste espaço, o Brasil tem feito até agora muito pouco em prol da melhoria do sistema coletivo de transporte. Autoridades e formadores de opinião em geral não são usuários do meio coletivo (e, se já foram, deletam o passado). O tema, distante do cotidiano de quem decide, recorrentemente só ocupa o debate em épocas eleitorais.
Desta vez o Brasil foi eleito pelo mundo para ser a sede da Copa, o esporte mais difundido no planeta. O que se espera de todo anfitrião é que receba e transporte com eficiência todos os convidados, nativos e visitantes.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
EVENTO
PRIMEIRO PLANO - Ariverson Feltrin
A Fenatran vem aí
Segundo maior produtor mundial de ônibus e sexto em caminhões, de acordo com ranking da Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras, o Brasil se prepara para mostrar produtos e serviços para o setor de movimentação de cargas e passageiros de 26 a 30 de outubro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, na Fenatran - Salão Internacional de Transporte.
A indústria brasileira de caminhões e ônibus, que tem metade de sua produção montada na região, vai movimentar neste ano em torno de R$ 30 bilhões com a venda estimada de 130 mil veículos. Em unidades, caminhões e ônibus representam apenas 5% do total de veículos comercializados. Em valores, no entanto, equivalem a algo como 25% do total da indústria automobilística.
O Brasil tem matriz de transporte muito dependente do setor rodoviário. Mais de 60% das cargas e 90% dos passageiros são movimentados por ruas e estradas. Investimentos em outros modos de transportes são quase imperceptíveis, o que torna o País vulnerável ao crescimento sustentável.
A Fenatran vem aí
Segundo maior produtor mundial de ônibus e sexto em caminhões, de acordo com ranking da Oica, organização internacional que compila os dados das montadoras, o Brasil se prepara para mostrar produtos e serviços para o setor de movimentação de cargas e passageiros de 26 a 30 de outubro no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, na Fenatran - Salão Internacional de Transporte.
A indústria brasileira de caminhões e ônibus, que tem metade de sua produção montada na região, vai movimentar neste ano em torno de R$ 30 bilhões com a venda estimada de 130 mil veículos. Em unidades, caminhões e ônibus representam apenas 5% do total de veículos comercializados. Em valores, no entanto, equivalem a algo como 25% do total da indústria automobilística.
O Brasil tem matriz de transporte muito dependente do setor rodoviário. Mais de 60% das cargas e 90% dos passageiros são movimentados por ruas e estradas. Investimentos em outros modos de transportes são quase imperceptíveis, o que torna o País vulnerável ao crescimento sustentável.
INFO
Ônibus colabora com poluição sonora em SP
Em nove ruas da capital, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras de ruído
Fernanda Aranda
A poluição sonora "circula" de ônibus pela cidade de São Paulo. Com um aparelho especial, o Estado constatou que, mesmo em vias já saturadas de barulho - como a Rua Augusta, no centro -, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras quando passava pela rua, o que contribui para o estresse e a surdez urbana. Nove ruas da cidade foram percorridas pela reportagem. Todas apresentavam índices preocupantes de ruído.
Com auxílio técnico do Centro Auditivo Telex em São Paulo, constatou-se que as vias São João, Ipiranga, Amaral Gurgel, General Jardim, Augusta, 23 de Maio, Túnel Ayrton Senna, Luiz Carlos Berrini, além do Viaduto do Chá, registraram ontem (entre 9h30 e 11h30) decibéis entre 75 e 96, já considerados pelos especialistas prejudiciais após longo período de exposição. Com a presença dos ônibus a situação era agravada, saindo da média de 81 db na Augusta para picos de 91; na 23 de Maio, os coletivos ampliaram a média de 78 para 84, na Berrini de 79 para 86 - sem veículo na hora da medição, o índice desta via caiu para 53 decibéis.
Para atenuar os efeitos de tanto zumbido na saúde auditiva dos motoristas e dos passageiros de ônibus - nos condutores, estudos da Unicamp constataram que a perda de audição afeta até 80% -, a Lei Municipal 13.542 obrigou que se colocassem os motores do transporte público na parte traseira dos ônibus. Apenas essa medida, avalia o engenheiro Luiz Felipe Silva, que defendeu doutorado na USP sobre o tema, já seria "eficiente para melhorar o ambiente de trabalho dos profissionais".
No entanto, sete anos depois da lei, metade da frota paulistana ainda trafega com as peças na dianteira (4.514 coletivos dos 8.912 existentes). O motivo é um decreto promulgado no mesmo ano da legislação, que possibilitou "exceções". Motores na parte da frente seriam liberados caso o ônibus precisasse circular em vias com muitas lombadas, valetas, curvas e não restasse nenhuma outra alternativa mecânica sem ser veículos com peças dianteiras (que são mais altos). Segundo a São Paulo Transporte (SPtrans), laudos técnicos comprovam que esse é o caso para 50,4% da frota atual. "Com isso, trabalhamos em uma situação ensurdecedora", afirma o diretor do Sindicato dos Motoristas de Transporte Urbano (Sindmotoristas), Nailton Francisco de Souza. "Isso compromete não só a audição dos colegas como a qualidade do transporte como um todo. Os condutores ficam estressados, irritadiços e os passageiros, também."
De acordo com a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, a perda auditiva em muitos casos é irreversível e só é descoberta muito tarde. "Por isso, exames de rotina são tão importantes", afirmou.
RECORDE DE BARULHO
A preocupação com a saúde auditiva não deve ser reflexo apenas do som provocado por ônibus, carros e caminhões. Bares, restaurantes, obras e até igrejas contribuem para a poluição sonora. Os números da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, divulgados ontem pelo Estado, confirmam que o assunto incomoda cada vez mais o paulistano. Entre janeiro e julho, 417 bares foram multados por infringir a lei do silêncio, recorde desde 2005. (ESTADÃO)
Em nove ruas da capital, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras de ruído
Fernanda Aranda
A poluição sonora "circula" de ônibus pela cidade de São Paulo. Com um aparelho especial, o Estado constatou que, mesmo em vias já saturadas de barulho - como a Rua Augusta, no centro -, um único coletivo é capaz de trazer até 10 decibéis extras quando passava pela rua, o que contribui para o estresse e a surdez urbana. Nove ruas da cidade foram percorridas pela reportagem. Todas apresentavam índices preocupantes de ruído.
Com auxílio técnico do Centro Auditivo Telex em São Paulo, constatou-se que as vias São João, Ipiranga, Amaral Gurgel, General Jardim, Augusta, 23 de Maio, Túnel Ayrton Senna, Luiz Carlos Berrini, além do Viaduto do Chá, registraram ontem (entre 9h30 e 11h30) decibéis entre 75 e 96, já considerados pelos especialistas prejudiciais após longo período de exposição. Com a presença dos ônibus a situação era agravada, saindo da média de 81 db na Augusta para picos de 91; na 23 de Maio, os coletivos ampliaram a média de 78 para 84, na Berrini de 79 para 86 - sem veículo na hora da medição, o índice desta via caiu para 53 decibéis.
Para atenuar os efeitos de tanto zumbido na saúde auditiva dos motoristas e dos passageiros de ônibus - nos condutores, estudos da Unicamp constataram que a perda de audição afeta até 80% -, a Lei Municipal 13.542 obrigou que se colocassem os motores do transporte público na parte traseira dos ônibus. Apenas essa medida, avalia o engenheiro Luiz Felipe Silva, que defendeu doutorado na USP sobre o tema, já seria "eficiente para melhorar o ambiente de trabalho dos profissionais".
No entanto, sete anos depois da lei, metade da frota paulistana ainda trafega com as peças na dianteira (4.514 coletivos dos 8.912 existentes). O motivo é um decreto promulgado no mesmo ano da legislação, que possibilitou "exceções". Motores na parte da frente seriam liberados caso o ônibus precisasse circular em vias com muitas lombadas, valetas, curvas e não restasse nenhuma outra alternativa mecânica sem ser veículos com peças dianteiras (que são mais altos). Segundo a São Paulo Transporte (SPtrans), laudos técnicos comprovam que esse é o caso para 50,4% da frota atual. "Com isso, trabalhamos em uma situação ensurdecedora", afirma o diretor do Sindicato dos Motoristas de Transporte Urbano (Sindmotoristas), Nailton Francisco de Souza. "Isso compromete não só a audição dos colegas como a qualidade do transporte como um todo. Os condutores ficam estressados, irritadiços e os passageiros, também."
De acordo com a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, a perda auditiva em muitos casos é irreversível e só é descoberta muito tarde. "Por isso, exames de rotina são tão importantes", afirmou.
RECORDE DE BARULHO
A preocupação com a saúde auditiva não deve ser reflexo apenas do som provocado por ônibus, carros e caminhões. Bares, restaurantes, obras e até igrejas contribuem para a poluição sonora. Os números da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, divulgados ontem pelo Estado, confirmam que o assunto incomoda cada vez mais o paulistano. Entre janeiro e julho, 417 bares foram multados por infringir a lei do silêncio, recorde desde 2005. (ESTADÃO)
INFO
Ônibus italiano evoca apartheid
Cidade de Foggia adota linha de coletivo exclusiva para transportar imigrantes africanos, a maioria negros
Entre os imigrantes, que dependem do parecer do governo para serem aceitos na Europa, as críticas ao ônibus são raras. Em lugar de protestos, há silêncio ou elogios à amabilidade dos seguranças do centro de acolhimento.
Elvis Samano e Kyei Darkwa, ambos de 20 anos, pagaram US$ 1 mil cada para ingressar em um bote entre Trípoli, na Líbia, e a Ilha de Lampedusa, na Itália. "Os italianos são gentis", disse Samano. O imigrante espera receber o status de refugiado em um mês. "Queria ficar na Itália, mas não tenho trabalho. Aceito qualquer coisa na Europa." Edwin Egemb, de 35 anos, mostra-se envergonhado ao ser questionado sobre a linha 24/i. Esboça uma manifestação forte, mas interrompe a frase: "Temos de aguentar." À espera do asilo político desde abril, ele reconhece apenas que o isolamento da sociedade de Foggia não ajuda no processo de integração, nem no aprendizado do idioma ou na busca de emprego. O presidente da Associação de Comunidades Estrangeiras (Asci), Habib Ben Sghaier, protesta contra a iniciativa. "Não é assim que se faz integração. Isso é racismo." (O Estado de São Paulo)
Cidade de Foggia adota linha de coletivo exclusiva para transportar imigrantes africanos, a maioria negros
Entre os imigrantes, que dependem do parecer do governo para serem aceitos na Europa, as críticas ao ônibus são raras. Em lugar de protestos, há silêncio ou elogios à amabilidade dos seguranças do centro de acolhimento.
Elvis Samano e Kyei Darkwa, ambos de 20 anos, pagaram US$ 1 mil cada para ingressar em um bote entre Trípoli, na Líbia, e a Ilha de Lampedusa, na Itália. "Os italianos são gentis", disse Samano. O imigrante espera receber o status de refugiado em um mês. "Queria ficar na Itália, mas não tenho trabalho. Aceito qualquer coisa na Europa." Edwin Egemb, de 35 anos, mostra-se envergonhado ao ser questionado sobre a linha 24/i. Esboça uma manifestação forte, mas interrompe a frase: "Temos de aguentar." À espera do asilo político desde abril, ele reconhece apenas que o isolamento da sociedade de Foggia não ajuda no processo de integração, nem no aprendizado do idioma ou na busca de emprego. O presidente da Associação de Comunidades Estrangeiras (Asci), Habib Ben Sghaier, protesta contra a iniciativa. "Não é assim que se faz integração. Isso é racismo." (O Estado de São Paulo)
INFO
Irisbus chega ao Brasil Iveco traz sua unidade de transporte de passageiros para o Brasil
Após realizar os ensaios no mercado com suas versões de veículos leves, adaptáveis também ao transporte de passageiros em curtas distâncias, a Iveco anunciou ontem, em Sete Lagoas (MG), a chegada da Irisbus, sua nova Divisão de Ônibus, ao país. No momento, há 53 unidades em teste, de uma versão com motor dianteiro e 17 t de PBT, no Grupo Vicasa, que concentra empresas urbanas em Salvador, Aracaju e Canoas (RS).
Segundo Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Iveco, a inserção da unidade no mercado faz parte da estratégia da empresa de ampliar a oferta de veículos de transporte de passageiros na América Latina, onde já há mercado comprador. “Isso vem sendo planejado há pelo menos dois ou três anos, em conjunto com a matriz na Europa e começará, efetivamente, no próximo ano”, comenta. Atualmente já há 316 ônibus da Irisbus operando na Venezuela e 218 em Córdoba, na Argentina. Faz parte da política de expansão da Iveco comercializar ônibus também no Chile, Peru e Colômbia – e essas tratativas já estão sendo feitas. (O Carreteiro)
Após realizar os ensaios no mercado com suas versões de veículos leves, adaptáveis também ao transporte de passageiros em curtas distâncias, a Iveco anunciou ontem, em Sete Lagoas (MG), a chegada da Irisbus, sua nova Divisão de Ônibus, ao país. No momento, há 53 unidades em teste, de uma versão com motor dianteiro e 17 t de PBT, no Grupo Vicasa, que concentra empresas urbanas em Salvador, Aracaju e Canoas (RS).
Segundo Renato Mastrobuono, diretor de Engenharia da Iveco, a inserção da unidade no mercado faz parte da estratégia da empresa de ampliar a oferta de veículos de transporte de passageiros na América Latina, onde já há mercado comprador. “Isso vem sendo planejado há pelo menos dois ou três anos, em conjunto com a matriz na Europa e começará, efetivamente, no próximo ano”, comenta. Atualmente já há 316 ônibus da Irisbus operando na Venezuela e 218 em Córdoba, na Argentina. Faz parte da política de expansão da Iveco comercializar ônibus também no Chile, Peru e Colômbia – e essas tratativas já estão sendo feitas. (O Carreteiro)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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