sábado, 1 de março de 2008

NOTICIA

Ponte Orca é ágil, mas microônibus atrasam
Serviço oferece transporte gratuito entre estações do metrô e da CPTM. Passageiros fraudam sistema
O número de passageiros que usam as linhas da Ponte Orca (Operador Regional de Coletivo Autônomo) em São Paulo já chega a 13,5 mil por dia. O serviço oferece transporte de graça em microônibus entre estações do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). O Vigilante Agora utilizou as três pontes disponíveis na capital. O sistema é uma mão na roda e é ágil, mas tem falhas.
O primeiro embarque do Vigilante Agora foi na terça-feira passada à tarde na estação da CPTM da Barra Funda, na zona oeste da capital. E já começou com um problema: à tarde, o serviço deveria ter início às 16h30, mas o primeiro microônibus só partiu às 16h40.
"Acho o serviço bom, funcionando como deveria, porque não tem muitos atrasos. Mas já cheguei a esperar mais de 15 minutos na fila", disse o médico José farias, 32 anos, durante o trajeto.
A chegada à Vila Madalena (zona oeste) já revelou um dos principais problemas da Ponte Orca: a facilidade com que o sistema pode ser burlado.
Pessoas esperavam os passageiros chegar para pedir o bilhete-senha Orca. Retirado na estação de partida, o bilhete garante a entrada na próxima estação. Quem não precisa mais usar o metrô ou o trem acaba entregando a senha para outras pessoas.
Outro jeito de andar de microônibus "de graça" é alguém do lado de fora das catracas pedir para alguém de dentro pegar uma senha. O Vigilante tentou na estação da Vila Madalena (zona oeste), mas foi coibido por um funcionário do Metrô. "Quando tem muita gente, é mais difícil flagrar isso", disse.
Mesmo quando havia fila sextensas, os transportes não demoravam mais do que cinco minutos para chegar. O maior tempo de espera em fila que o Vigilante enfrentou foi na estação Tamanduateí: 23 minutos, na manhã de quinta.
Um dos fiscais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) chegou a conclamar quem estava na fila: "Reclamem, gente! Faltam vans". Nessa estação, o Vigilante entrou no microônibus sem apresentar a senha.
As viagens foram confortáveis. Os veículos eram novos e tinham cintos de segurança. Na maioria dos trajetos havia a lotação de 20 pessoas, mas ninguém viajou em pé. Não há dificuldades em conseguir informações. Cartazes nas estações alertam sobre o sistema, funcionários foram pacientes em tirar dúvidas e a maioria das paradas tem cabine de informações.

Bilhete único pode substituir senhas
O diretor-presidente da EMTU, José Ignácio Sequeira de Almeida, afirmou que a empresa estuda integrar o serviço da Ponte Orca ao sistema do bilhete único, substituindo os bilhetes-senha. A mudança, ainda sem data para começar, ajudaria a coibir usuários de burlar o sistema.
Segundo ele, apesar da fiscalização, os usuários também precisam se consdentizar. "A população tem de entender que todas as fraudes aplicadas no sistema de transporte comprometem seriamente os custos. As pessoas que pagam acabam sendo oneradas", disse.


Resposta
Atrasos são exceções, diz EMTU
A EMTU informou. por meio de sua assessoria de imprensa, que os atrasos na Ponte Orca são exceções e que as horários têm sido cumpridos satisfatoriamente. O intervalo máximo permitido nO serviço é de 12 minutos e a operação está mantendo intervalos médios de quatro minutos.
Segundo a empresa, mesmo quando se formam filas,o tempo ganho compensa as antigas baldeações no sistema metroferroviário.
A empresa informou, ainda, desconhecer ocorrências em que passageiros pegam vários bilhetes nas máquinas e os distribuem fora das catracas, e que intensificará a fiscaliiação para evitar qUe usuários entrem nos microônibus sem apresentar a senha.
Fonte: AGORA SP / ANTP

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