quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PESQUISA

Imagem dos transportes públicos de SP é objeto de pesquisa
Objetivo é aferir a percepção da disponibilidade dos diferentes meios de TRANSPORTE público pela população

O GT Pesquisa de Imagem dos TRANSPORTES na Região Metropolitana de São Paulo, vinculado à Comissão de Pesquisa de Opinião da Associação Nacional de TRANSPORTES Públicos-ANTP, apresentará em breve os resultados da nova Pesquisa de Imagem dos TRANSPORTES na Região Metropolitana de São Paulo referente ao ano de 2009.

Com o objetivo de aferir como a disponibilidade dos diferentes meios de TRANSPORTE público é percebida pela população da Capital paulista e por moradores dos outros municípios da RMSP, a Pesquisa da ANTP de Imagem dos TRANSPORTES Públicos na Região Metropolitana de São Paulo, em 2008, se preocupou em aferir, por meio de respostas estimuladas, mudanças recentes na maneira das pessoas se deslocarem. O relatório da pesquisa mostra que 37% mudaram recentemente o modo como se deslocam. As mudanças mais citadas dizem respeito ao tempo gasto no deslocamento e aos horários das viagens urbanas.

O "trânsito" foi apontado como a causa principalmente do tempo gasto nas viagens (84%), alteração dos horários das viagens (66%), mudanças nos trajetos realizados (61%) e quantidade de viagens (42%).

A "lotação excessiva" foi indicada como a causa principalmente de mudança no tipo de condução utilizada (62%) e nas quantidades de viagens (42%). E "o custo do TRANSPORTE", que, embora menos freqüentemente citada pelos entrevistados, afeta mais a quantidade de viagens (27%), as conduções utilizadas (21%) e o trajeto percorrido (14%).

A maioria dos entrevistados - um contingente de 51% - declarou que "tem gasto mais tempo" nos deslocamentos, e 41% disseram que "gastam o mesmo tempo que antes". Quanto aos congestionamentos, 64% dos entrevistados disseram que "afetam muito" o seu dia-a-dia, e 25% disseram que "afetam um pouco".

As conseqüências mais citadas dos congestionamentos são: "chegar atrasado ou faltar a compromissos" (56%), "ficar cansado, estressado, nervoso" (52%), e "ter menos tempo para família e amigos" (23%). Também aparecem como conseqüências: "prejudica o ar que respiro" (17%), "gastar mais dinheiro com a condução" (16%) e "poder fazer menos coisas" (12%).

Outros aspectos foram analisados, como a influência do congestionamento de trânsito na vida das pessoas. Os Ônibus municipais, por exemplo, são entendidos, nesta pesquisa de 2008, como "disponíveis" por 95% da população da capital - índice não muito diferente dos obtidos em 2005 (93%) e 2007 (96%), o que revela a presença desse modo de TRANSPORTE em toda a cidade.

O índice de aprovação dos Ônibus nos corredores da capital caiu de 64%, em 2007, para 53%, neste ano. É importante notar que pelo menos quatro dos nove corredores da Capital, quando tomados isoladamente, apresentam índices de aprovação melhores do que o índice referente aos conjunto dos corredores da cidade; são eles: Expresso Tiradentes, com 76% - um índice bem próximo ao obtido pelo Corredor São Mateus-Jabaquara; o Rio Bonito (66%), Itapecerica/João Dias (64%) e Inajá/Rio Branco/Centro (54%).

A aprovação dos Ônibus metropolitanos caiu de 53% na pesquisa anterior para 41% na pesquisa deste ano. E os Ônibus municipais de outros municípios da Região Metropolitana de São Paulo (exceto a Capital), que haviam alcançado 56%, em 2007, obtiveram 42% de aprovação em 2008.

Dois sistemas tiveram queda menos acentuada no comparativo entre o ano passado e agora: os Ônibus municipais da Capital passaram de 42% de aprovação, em 2007, para 40% neste ano, e os MicroÔNIBUS da Capital, cujo índice "excelente e bom" caiu de 43% para 40%.

Os sistemas sobre trilhos também apresentaram queda pouco acentuada. Os Trens da CPTM obtiveram 48% de "excelente e bom" em 2008, ficando abaixo dos 51% obtidos em 2007; o Metrô-SP se manteve como o sistema mais bem conceituado, apesar da queda na avaliação: de 85% em 2007 para 82% em 2008.

Por sua vez, o Metrô-SP é considerado disponível para 50% da população da capital, um avanço considerável em relação aos 33%, índice medido pela pesquisa em 2007, e aos 28%, obtidos em 2005. Os Trens da CPTM foram entendidos como disponíveis por 26% da população da Capital, o que representa mais do que os 20% registrados em 2007 e que os 21% de 2005. Para os moradores de fora da Capital, a CPTM, que alcança 22 municípios da RMSP, mostrou-se como "disponível" para 47% dos entrevistados em 2008, contra 25%, em 2007, e 22%, em 2005.

A pesquisa foi realizada com uma amostra probabilística representativa da população da RMSP com idade a partir de 16 anos e de todos os estratos sócio-econômicos, com 2.300 pessoas entrevistadas de 4 de agosto e 3 de outubro de 2008 em seus domicílios. Para garantir a representatividade, foram realizadas pesquisas adicionais em alguns serviços. Os trabalhos de campo foram desenvolvidos pela LPM - Levantamentos e Pesquisas de Marketing e os resultados servem de referência às empresas gerenciadoras e operadoras do TRANSPORTE na RMSP.
Fonte: ANTP

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